Usando Avatares Personalizados na Terapia VR para Apoio LGBTQ+
Este estudo explora os benefícios de avatares personalizados na terapia em VR para pessoas LGBTQ+.
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Índice
A Realidade Virtual (VR) é uma nova ferramenta que pode ajudar a galera da comunidade LGBTQ+ que muitas vezes enfrenta problemas de saúde mental. Muitas pessoas dessa comunidade sofrem discriminação e podem ter dificuldade em se expressar em ambientes de terapia tradicionais. Este estudo analisa como criar Avatares personalizados pode tornar a terapia em VR mais eficaz para essas pessoas.
A Importância dos Avatares
Avatares são representações digitais dos usuários em um mundo virtual. Neste estudo, os Participantes puderam usar avatares já disponíveis ou criar os seus próprios. Ter a opção de desenhar o avatar é importante porque ajuda os usuários a se sentirem mais confortáveis e representados. A ideia é que, quando as pessoas podem personalizar seus avatares para refletir quem elas querem ser, a experiência na terapia pode ser melhor.
Perguntas de Pesquisa
O estudo buscou responder duas perguntas principais:
- Que diferenças podemos ver nas experiências dos usuários quando criam seus próprios avatares em vez de usar os pré-selecionados na terapia em VR?
- Como as respostas fisiológicas, como a frequência cardíaca, diferem quando os participantes usam avatares personalizados em comparação aos prontos?
Configuração do Experimento
A pesquisa foi realizada em um ambiente seguro e amigável em um centro comunitário LGBTQ+. Os participantes foram convidados a participar, e tudo que precisavam fazer era fazer parte da comunidade. O experimento durou dois dias, com um total de 10 pessoas participando.
Etapas do Experimento
Inscrição e Familiarização: Os participantes aprenderam sobre o sistema de VR e receberam dispositivos para monitorar sua frequência cardíaca.
Usando Avatares Pré-Selecionados: Os participantes escolheram um avatar de uma lista de opções. Depois de escolher, eles conversaram com um pesquisador sobre suas seleções e sentimentos.
Criando Avatares Personalizados: Em seguida, os participantes criaram seus próprios avatares usando uma ferramenta online que permitia personalizar vários aspectos de acordo com suas preferências.
Usando Avatares Personalizados em VR: Após criar seus avatares, os participantes retornaram ao espaço de VR para discutir seus novos avatares e como se sentiram com o processo de Personalização.
Questionários: Os participantes preencheram questionários para compartilhar suas opiniões sobre a experiência, incluindo como se sentiram usando diferentes avatares.
Participantes
O estudo envolveu 10 participantes de origens diversas. As idades variavam de 20 a 39 anos, com uma mistura de identidades relacionadas a gênero e orientação sexual. Essa variedade ajudou a entender diferentes perspectivas dentro da comunidade LGBTQ+.
Coleta e Análise de Dados
Entrevistas
Os pesquisadores gravaram e analisaram as conversas com os participantes durante as sessões de VR. Eles buscaram temas comuns no que os participantes disseram sobre suas experiências e sentimentos em relação à seleção de avatares.
Fisiológicos
DadosPara medir como os corpos dos participantes reagiram durante as sessões, eles usaram dispositivos de monitoramento da frequência cardíaca durante todo o experimento. Os dados ajudaram a indicar como os participantes se sentiram relaxados ou animados durante cada parte da experiência em VR.
Descobertas das Entrevistas
Criação de Avatares
A maioria dos participantes preferiu criar seus próprios avatares para refletir melhor seus "eus" ideais. Muitos mencionaram querer usar características de celebridades ou mudar o gênero de seus avatares. Isso se alinha com descobertas anteriores mostrando que avatares personalizados podem aumentar significativamente as sensações de controle e representação.
Um participante expressou que ter um avatar customizado permitiu que ele se sentisse mais como ele mesmo, até querendo cantar e dançar como seu avatar. Isso reflete como o ato de criar uma representação pessoal pode aumentar a confiança e facilitar uma melhor comunicação na terapia.
Percepção e Comunicação dos Avatares
Ao discutir os avatares pré-selecionados, muitos participantes acharam eles fofos, mas frequentemente se sentiram desconectados deles. Em contraste, os avatares personalizados proporcionaram uma sensação mais forte de identidade, levando a uma maior disposição para se engajar em conversas durante a terapia.
Os participantes expressaram o desejo de que seus avatares customizados mostrassem mais emoções e expressões faciais. Essa necessidade de representação emocional destaca a importância da personalização em criar um ambiente de terapia acolhedor.
Avatares na Terapia
Os participantes geralmente se sentiram positivos em relação ao conceito de usar avatares nas sessões de terapia. Eles acharam a ideia divertida e intrigante, com muitos mostrando preferência por avatares personalizados durante as sessões. Porém, vale notar que suas percepções poderiam estar influenciadas pela novidade de experimentar VR pela primeira vez.
Experiência de VR
No geral, os participantes avaliaram sua experiência em VR de forma positiva, especialmente em termos de imersão e satisfação. No entanto, eles deram notas médias sobre a facilidade de uso, apontando espaço para melhorias em tornar a tecnologia mais acessível.
Descobertas dos Dados Fisiológicos
A análise da variabilidade da frequência cardíaca indicou que os participantes experimentaram respostas fisiológicas aumentadas ao usar ambos os tipos de avatares durante a terapia. Especificamente, houve diferenças notáveis nas frequências cardíacas, sugerindo que os usuários se sentiram mais animados ao usar seus avatares personalizados.
Enquanto diferenças significativas foram encontradas entre certas medidas, a empolgação de uma nova experiência provavelmente influenciou as respostas fisiológicas observadas nos participantes. Isso significa que o aumento nas frequências cardíacas poderia ser atribuído não apenas aos avatares em si, mas também à novidade da VR como um todo.
Discussão
O estudo destaca como é importante que cada indivíduo se sinta representado na terapia, especialmente na comunidade LGBTQ+. Muitos participantes mostraram uma preferência clara por avatares personalizados, o que pode levar a um aumento da confiança e maior conforto ao discutir questões pessoais.
A pesquisa também enfatiza que personalizar avatares pode ajudar a apoiar a terapia de saúde mental, proporcionando aos indivíduos LGBTQ+ uma sensação de controle e auto-representação. Ao permitir que as pessoas criem avatares que reflitam seus eus ideais, a terapia em VR pode oferecer uma experiência transformadora, abrindo caminho para melhores resultados em saúde mental.
Conclusão
As descobertas deste estudo sugerem que usar avatares personalizados na terapia em VR pode ser benéfico para indivíduos LGBTQ+. Avatares personalizados não só ajudam na expressão da identidade, mas também melhoram a experiência terapêutica ao incentivar a abertura e o conforto. À medida que a conscientização sobre problemas de saúde mental na comunidade LGBTQ+ continua a crescer, ferramentas inovadoras como a VR podem desempenhar um papel vital em tornar a terapia mais acessível e acolhedora. Pesquisas futuras devem envolver grupos maiores para explorar ainda mais o impacto da personalização de avatares nas experiências terapêuticas.
Este estudo ilumina uma abordagem promissora para o suporte à saúde mental através da tecnologia, potencialmente preenchendo lacunas na terapia tradicional e criando ambientes inclusivos para todos.
Título: "I Wanted to Create my Ideal Self": Exploring Avatar Perception of LGBTQ+ Users for Therapy in Virtual Reality
Resumo: In this paper we explore the potential of utilizing Virtual Reality (VR) as a therapeutic tool for supporting individuals in the LGBTQ+ community, who often face elevated risks of mental health issues. Specifically, we investigated the effectiveness of using pre-existing avatars compared to allowing individuals to create their own avatars through a website, and their experience in a VR space when using these avatars. We conducted a user study (n=10) measuring heart rate variability (HRV) and gathering subjective feedback through semi-structured interviews conducted in VR. Avatar creation was facilitated using an online platform, and conversations took place within a two-user VR space developed in a commercially available VR application. Our findings suggest that users significantly prefer creating their own avatars in the context of therapy sessions, and while there was no statistically significant difference, there was a consistent trend of enhanced physiological response when using self-made avatars in VR. This study provides initial empirical support for the importance of custom avatar creation in utilizing VR for therapy within the LGBTQ+ community.
Autores: Anish Kundu, Giulia Barbareschi, Midori Kawaguchi, Yuichiro Yano, Mizuki Ohashi, Kaori Kitaoka, Aya Seike, Kouta Minamizawa
Última atualização: 2024-08-31 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.00383
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.00383
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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