Avaliação da Confiabilidade dos Modelos MIL na Saúde
Esse artigo analisa a confiabilidade dos modelos MIL em aplicações clínicas.
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Índice
Na área da saúde, ter modelos confiáveis é super importante. Esses modelos ajudam a fazer boas previsões, especialmente em áreas como a imagem médica, onde a precisão pode impactar muito o atendimento ao paciente. Uma parte do foco é o uso de modelos de Aprendizado de Múltiplas Instâncias (MIL) para classificar Imagens de Lâmina Inteira (WSIs) em patologia computacional. Porém, pouca atenção tem sido dada a quão confiáveis esses modelos realmente são.
Esse artigo tem como objetivo investigar a confiabilidade dos modelos MIL e compará-los usando diferentes métricas. Com isso, esperamos esclarecer quais modelos podem ser mais confiáveis em ambientes clínicos.
Importância da Confiabilidade na Saúde
Em aplicações de saúde, modelos confiáveis são essenciais para ganhar a confiança dos médicos. Se um modelo consegue fazer boas previsões de forma consistente, ele pode ser usado com segurança na prática clínica. Infelizmente, muitos modelos de aprendizado de máquina só foram avaliados em métricas de desempenho básicas como precisão ou F1 score, que não indicam necessariamente quão confiáveis eles são.
Confiabilidade significa que um modelo age como esperado em condições normais. Por isso, entender a confiabilidade dos modelos MIL é crucial. Quando os modelos são testados apenas na capacidade de classificar dados, sem considerar a confiabilidade, eles podem focar em características menos relevantes, levando a resultados ruins. Então, se torna essencial avaliar a confiabilidade desses modelos em vários conjuntos de dados.
O que é Aprendizado de Múltiplas Instâncias?
Aprendizado de Múltiplas Instâncias (MIL) é um método usado em tarefas onde obter rótulos precisos é difícil, como na histopatologia. Nesse método, os dados são agrupados em "sacos" de instâncias, e o objetivo é prever rótulos para esses sacos em vez de instâncias individuais. A ideia básica é que um saco positivo contém pelo menos uma instância importante, enquanto um saco negativo não contém.
Desenvolvimentos recentes em deep learning levaram à criação de vários modelos MIL que podem enfrentar os desafios das tarefas de classificação em patologia computacional. Esses modelos focam em encontrar instâncias chave, melhorando o espaço de características e evitando overfitting.
Avaliando a Confiabilidade
Para avaliar a confiabilidade dos modelos MIL, propomos usar três métricas específicas: Informação Mútua, Correlação de Spearman e Área Sob a Curva de Precisão-Revocação (PR-AUC). Essas métricas oferecem uma forma quantitativa de avaliar como os modelos se saem, além das medidas simples de precisão.
Informação Mútua: Essa métrica analisa a dependência estatística entre duas variáveis e pode ajudar na seleção de características.
Correlação de Spearman: Avalia quão fortemente duas variáveis estão relacionadas, mesmo de forma não linear.
Área Sob a Curva de Precisão-Revocação: Essa métrica é útil para avaliar modelos quando os dados estão muito desbalanceados.
Usar essas métricas permite uma compreensão mais aprofundada de quão confiáveis os modelos são em cenários práticos.
Configuração Experimental
Neste estudo, usamos três conjuntos de dados públicos para avaliar os modelos MIL: CAMELYON16, CATCH e TCGA BRCA. Cada um desses conjuntos oferece tipos variados de dados sobre câncer de mama, permitindo que avaliemos os modelos em diferentes situações.
Durante nossos experimentos, utilizamos um método de otimização popular e definimos parâmetros específicos para nossos modelos. Observamos tanto o desempenho de classificação quanto a confiabilidade com base nas métricas propostas. Além disso, levamos em conta o custo computacional, já que isso também é importante para aplicações reais.
Resultados dos Experimentos
Depois de rodar nossos experimentos, encontramos uma variedade de resultados que destacam os pontos fortes e fracos de diferentes modelos.
Classificação vs. Confiabilidade: Alguns modelos foram bem na classificação, mas tiveram baixa confiabilidade. Por exemplo, o modelo MAX-POOL mostrou ótimas métricas de classificação, mas não era confiável nas previsões. Isso sugere que focar apenas em números altos de classificação pode ser enganoso.
Modelos Mais Simples: Curiosamente, o modelo MEAN-POOL-INS, que é uma arquitetura mais simples, mostrou valores altos de confiabilidade, mantendo baixos os custos computacionais. Isso indica que modelos mais simples podem, às vezes, superar os mais complexos em termos de confiabilidade.
Modelos Multihead: Os modelos multihead, embora mais custosos computacionalmente, geralmente proporcionaram um melhor equilíbrio entre confiabilidade e desempenho de classificação. Eles demonstraram que ter múltiplos caminhos no modelo pode ser benéfico para alcançar bons resultados.
Modelos Aditivos: Ao olharmos para as versões aditivas desses modelos, percebemos que elas não melhoraram significativamente o desempenho de classificação. No entanto, mostraram pequenas melhorias nas métricas de confiabilidade.
Conclusão
Os resultados dos nossos experimentos ressaltam a necessidade de considerar tanto métricas de classificação quanto de confiabilidade ao escolher modelos para aplicações de saúde. Alto desempenho em classificação é importante, mas não deve vir à custa da confiabilidade. Em termos práticos, modelos como o MEAN-POOL-INS podem ser preferidos para aplicações onde a confiabilidade é prioridade.
À medida que os pesquisadores continuam a desenvolver novos modelos, é vital incluir métricas de confiabilidade no processo de avaliação. Isso levará a resultados mais confiáveis em aplicações de saúde, beneficiando, em última análise, o cuidado com o paciente.
Direções Futuras
Seguindo em frente, esperamos que as descobertas deste trabalho incentivem mais pesquisas na área de modelos confiáveis para patologia computacional. Focando tanto em desempenho quanto em confiabilidade, o campo pode avançar na criação de ferramentas mais eficazes para diagnosticar e tratar doenças. Isso envolverá uma colaboração contínua entre especialistas em aprendizado de máquina e profissionais de saúde para garantir que os modelos atendam às necessidades reais dos médicos.
Em resumo, o caminho para modelos MIL confiáveis e eficientes em patologia computacional é claro. Ao adotar uma abordagem abrangente de avaliação, incluindo métricas de classificação e confiabilidade, podemos pavimentar o caminho para melhores resultados na saúde.
Título: Quantitative Evaluation of MILs' Reliability For WSIs Classification
Resumo: Reliable models are dependable and provide predictions acceptable given basic domain knowledge. Therefore, it is critical to develop and deploy reliable models, especially for healthcare applications. However, Multiple Instance Learning (MIL) models designed for Whole Slide Images (WSIs) classification in computational pathology are not evaluated in terms of reliability. Hence, in this paper we compare the reliability of MIL models with three suggested metrics and use three region-wise annotated datasets. We find the mean pooling instance (MEAN-POOL-INS) model more reliable than other networks despite its naive architecture design and computation efficiency. The code to reproduce the results is accessible at https://github.com/tueimage/MILs'R .
Autores: Hassan Keshvarikhojasteh
Última atualização: 2024-09-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.11110
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.11110
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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