Os riscos ocultos da inatividade para a saúde
Estudo mostra os perigos da inatividade física na saúde de camundongos.
Erin J Stephenson, A. Meyer, N. Kim, M. Nguyen, M. Misch, K. Marmo, J. Dowd, C. Will, M. Janosevic
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Índice
- A Necessidade de Melhor Compreensão
- Nova Abordagem de Pesquisa
- Design do Experimento
- Alojamento e Dieta dos Animais
- Treinamento em Esteira
- Medindo os Efeitos
- Visão Geral dos Resultados
- Capacidade de Correr
- Peso Corporal e Composição
- Mudanças nos Tecidos Musculares e Adiposos
- Ingestão e Absorção de Energia
- Níveis de Açúcar no Sangue e Insulina
- Níveis de Glicogênio Muscular
- Mudanças na Atividade Gênica
- Conclusão
- Fonte original
A inatividade física é um problema de saúde sério que pode levar a doenças graves e até à morte. Pesquisas mostram que um número significativo de pessoas, incluindo muitos jovens, não se exercita o suficiente. Essa falta de Atividade aumenta o risco de várias doenças, como diabetes tipo 2, problemas cardíacos, AVCs, demência e vários tipos de câncer.
Apesar de saberem que a atividade física regular é boa para a saúde, cerca de um terço dos adultos e impressionantes 81% dos adolescentes em todo o mundo não atingem os níveis recomendados de exercício diário, que são 60 minutos de atividade moderada para crianças e adolescentes e 150 minutos de atividade moderada para adultos por semana. Muito mais pessoas, especialmente meninas e mulheres, não são ativas. Os adultos mais velhos também costumam ser menos ativos, e essa inatividade pode levar a sérios problemas de saúde.
A Necessidade de Melhor Compreensão
Nos últimos anos, os pesquisadores se concentraram em entender como a inatividade pode levar a problemas de saúde. Estudos usaram diferentes abordagens para ver o que acontece com o corpo quando uma pessoa ou animal se torna menos ativo. Por exemplo, experimentos com humanos e animais mostram que reduzir a atividade física leva rapidamente a problemas como resistência à Insulina e dificuldade em lidar com a glicose, mesmo que a quantidade geral de comida consumida permaneça a mesma. Isso sugere que a inatividade pode causar mudanças em como o corpo funciona antes que qualquer mudança visível no peso aconteça.
Embora o interesse nessa área tenha crescido, ainda há muito a aprender sobre as partes específicas do corpo e os processos afetados pela inatividade. Os estudos costumam usar modelos animais, mas muitos métodos tradicionais de simulação de inatividade não representam com precisão as situações da vida real, dificultando a obtenção de conclusões claras sobre como a inatividade afeta a saúde.
Nova Abordagem de Pesquisa
Para enfrentar esse desafio, os pesquisadores criaram uma nova maneira de estudar a inatividade em animais. Esse modelo permite que os cientistas controlem quão ativos os animais são enquanto ainda estão em um ambiente que imita as condições normais de vida. Neste novo estudo, os pesquisadores coletaram dados de camundongos que tinham diferentes níveis de atividade física. Alguns camundongos foram mantidos inativos, enquanto outros participaram de Exercícios regulares antes de um período de inatividade. Esse design ajuda a identificar como a redução da atividade pode afetar o corpo, especialmente em termos de atividade gênica nos Músculos.
Design do Experimento
Alojamento e Dieta dos Animais
O estudo envolveu camundongos machos e fêmeas que foram alojados em condições controladas. Eles receberam uma dieta específica e eram mantidos em um ciclo de luz e escuridão para imitar condições naturais. Durante o estudo, os camundongos tiveram seus pesos monitorados para ver como a inatividade os afetava.
Treinamento em Esteira
Os pesquisadores montaram uma esteira para garantir que os camundongos pudessem realizar exercícios de forma controlada. Os camundongos foram treinados para correr nessa esteira, aumentando gradualmente a velocidade e a duração da corrida ao longo de várias semanas. Após esse treinamento, alguns camundongos passaram por um período de inatividade de duas semanas, enquanto outros continuaram ativos. Essa abordagem visava observar como a inatividade impactava seus músculos e saúde geral.
Medindo os Efeitos
Após as fases de treinamento e inatividade, os pesquisadores analisaram vários indicadores de saúde. Eles examinaram peso corporal, massa muscular e tecido adiposo. Além disso, mediram a quantidade de energia que os camundongos consumiram e absorveram de sua dieta. Amostras de sangue também foram coletadas para verificar os níveis de insulina e glicose, que são importantes para entender como o corpo gerencia açúcar.
Visão Geral dos Resultados
Capacidade de Correr
Os primeiros resultados mostraram que o treinamento físico foi eficaz. Os camundongos que correram regularmente se saíram melhor em testes físicos do que aqueles que estavam inativos. No entanto, após duas semanas de inatividade, o desempenho desses camundongos anteriormente ativos caiu significativamente, mostrando que mesmo uma breve pausa no exercício poderia reverter os benefícios obtidos com a atividade regular.
Peso Corporal e Composição
Durante o estudo, os camundongos foram monitorados de perto quanto a mudanças de peso. Curiosamente, enquanto não foram observadas mudanças significativas de peso entre os grupos durante as primeiras quatro semanas, os camundongos machos do grupo inativo ganharam mais peso em comparação com os camundongos ativos após suas duas semanas de inatividade.
Mudanças nos Tecidos Musculares e Adiposos
O estudo também analisou de perto os tecidos adiposos e musculares. As camundongas não mostraram diferenças na massa de tecido adiposo entre os diferentes grupos de exercício. No entanto, os camundongos machos que eram ativos tinham menos gordura em seus corpos em comparação com os machos inativos. Isso sugere que o exercício regular ajuda a manter a gordura corporal sob controle.
Ingestão e Absorção de Energia
Quando os pesquisadores mediram quanto alimento os camundongos comeram, descobriram que as camundongas do grupo inativo comeram mais em comparação com aquelas que se exercitaram. Por outro lado, os camundongos machos não mostraram diferenças significativas na ingestão de alimentos entre os grupos. Isso indica que a resposta ao exercício e à inatividade pode diferir entre os sexos.
Níveis de Açúcar no Sangue e Insulina
Os testes sanguíneos revelaram que tanto os camundongos machos quanto as fêmeas não mostraram diferenças significativas nos níveis de insulina ou glicose entre os vários grupos de atividade. Isso foi um pouco surpreendente, já que se esperava que a inatividade levasse a um controle glicêmico pior. Contudo, sugere que duas semanas de atividade reduzida não desestabilizaram imediatamente como o corpo gerencia açúcar.
Níveis de Glicogênio Muscular
O glicogênio é como os músculos armazenam açúcar para energia. As medições mostraram diferenças nos níveis de glicogênio nos músculos das camundongas, indicando que aquelas que passaram por inatividade tinham mais glicogênio em comparação com as inativas. Isso não aconteceu com os machos, que não mostraram mudanças significativas.
Mudanças na Atividade Gênica
Uma das partes mais interessantes do estudo foi ver como a inatividade afetou a atividade gênica nos músculos. Os pesquisadores encontraram vários genes nos músculos que responderam de forma única à inatividade. Alguns genes aumentaram sua expressão, enquanto outros diminuíram. Por exemplo, um gene ligado ao crescimento muscular foi encontrado menos ativo quando a atividade física foi reduzida.
Conclusão
Esse novo modelo de pesquisa acrescenta uma visão valiosa sobre como a inatividade afeta a saúde. Ao mostrar claramente as mudanças fisiológicas que ocorrem ao passar de estados ativos para inativos, ele abre caminho para novos estudos para entender os fatores biológicos envolvidos. As descobertas destacam que mesmo breves períodos de inatividade podem rapidamente desfazer os benefícios adquiridos através do exercício regular. Mais pesquisas são necessárias para explorar os potenciais efeitos a longo prazo da inatividade, as diferentes respostas em machos e fêmeas, e como esses processos biológicos poderiam ser aproveitados para ajudar pessoas que lutam para manter um estilo de vida ativo.
No geral, esse estudo reforça a importância da atividade física regular para manter a saúde e prevenir doenças, especialmente em um mundo onde muitos têm dificuldade em atingir os níveis de atividade recomendados. Esforços futuros podem se concentrar em como incentivar mais pessoas a se manterem ativas e quais estratégias podem ser empregadas para mitigar os efeitos da inatividade na saúde.
Título: Inactivity-mediated molecular adaptations: insights from a pre-clinical model of physical activity reduction
Resumo: Insufficient physical activity is associated with increased relative risk of cardiometabolic disease and is an independent risk factor for mortality. Experimentally reducing physical activity rapidly induces insulin resistance, impairs glucose handling, and drives metabolic inflexibility. These adaptations manifest during the early stages of physical inactivity, even when energy balance is maintained, suggesting that inactivity-mediated metabolic reprogramming is an early event that precedes changes in body composition. To identify mechanisms that promote metabolic adaptations associated with physical inactivity, we developed a mouse model of physical activity reduction that permits the study of inactivity in animals prior to the onset of overt changes in body composition. Adult mice were randomized into three groups: an inactive control group (standard rodent housing), an active control group (treadmill running 5 d/week for 6-weeks), and an activity reduction group (treadmill running for 4-weeks, followed by 2-weeks of inactivity). Transcriptional profiling of gastrocnemius muscle identified seven transcripts uniquely altered by physical activity reduction compared to the inactive and active control groups. Most identified transcripts had reported functions linked to bioenergetic adaptation. Future studies will provide deeper characterization of the function(s) of each the identified transcripts while also determining how inactivity affects transcriptional regulation in other tissues.
Autores: Erin J Stephenson, A. Meyer, N. Kim, M. Nguyen, M. Misch, K. Marmo, J. Dowd, C. Will, M. Janosevic
Última atualização: 2024-11-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.17.613551
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.17.613551.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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