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# Biologia Quantitativa# Neurónios e Cognição# Inteligência Artificial# Visão computacional e reconhecimento de padrões# Aprendizagem de máquinas

Novo modelo liga estrutura e função do cérebro

Uma nova abordagem revela conexões entre a estrutura do cérebro e as funções cognitivas.

Ziquan Wei, Tingting Dan, Jiaqi Ding, Guorong Wu

― 7 min ler


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Recentes avanços nas tecnologias de imagem cerebral permitem que a gente veja como diferentes partes do cérebro se comunicam. Embora consigamos observar conexões entre as regiões, entender como a estrutura do cérebro apoia suas funções ainda é um desafio. Os pesquisadores têm investido bastante tempo usando Aprendizado de Máquina para descobrir relações entre a atividade cerebral e várias características associadas às funções cognitivas. Mas, os métodos existentes costumam deixar de lado insights essenciais da neurociência, dificultando a compreensão de como atividades temporárias do cérebro se relacionam a comportamentos cognitivos.

O Desafio

O principal problema é descobrir como a Conectividade Estrutural (SC) e a Conectividade Funcional (FC) interagem dentro do cérebro. A conectividade estrutural refere-se às conexões físicas entre as regiões do cérebro, enquanto a conectividade funcional diz respeito a como essas regiões trabalham juntas durante diversas tarefas. Ao examinar esses dois tipos de conectividade, conseguimos ter uma imagem mais clara da cognição humana. No entanto, ainda falta entendimento de como esses dois aspectos se unem para apoiar processos de pensamento e comportamentos.

Para resolver esse problema, propomos uma nova abordagem que trata a relação entre SC e FC como um problema complexo de redes. Nesse método, introduzimos a ideia de desvios topológicos, que descrevem como uma conexão imediata em FC é apoiada por caminhos neurais mais longos criados por SC. Esse conceito destaca que a função e a estrutura do cérebro trabalham juntas em um ciclo, com cada uma influenciando a outra.

Nova Abordagem

Nossa nova abordagem utiliza um tipo especial de modelo de aprendizado de máquina chamado Transformer. Esse modelo é projetado para capturar as várias conexões que existem entre gráficos pareados de SC e FC. Focando em como os caminhos estruturais suportam as conexões funcionais, nosso modelo consegue revelar características importantes de uma enorme quantidade de dados de neuroimagem. Isso pode levar a melhores aplicações em áreas como reconhecimento de tarefas e diagnóstico de doenças.

Testamos nosso modelo usando grandes conjuntos de dados, como os do Human Connectome Project e do UK Biobank. Em várias configurações experimentais, incluindo diferentes condições de aprendizado supervisionado e zero-shot, nosso modelo se mostrou superior em comparação com os métodos existentes na área de neurociência de redes.

Entendendo Gráficos na Pesquisa Cerebral

Representações gráficas ajudam os pesquisadores a entender relações complexas, especialmente em áreas como a conectividade cerebral. Estudar esses gráficos pode trazer insights sobre como diferentes partes do cérebro se relacionam. Na nossa pesquisa, usamos a representação gráfica para codificar relações tanto na conectividade estrutural quanto na funcional.

Reconhecemos que, enquanto a conectividade estrutural é estática - ou seja, geralmente permanece a mesma ao longo do tempo - a conectividade funcional pode mudar com base nas tarefas que estão sendo realizadas. Essas mudanças dinâmicas podem criar desafios para modelar a atividade cerebral de forma eficaz. Portanto, melhorar nossa compreensão de como SC e FC interagem ajudará a fechar a lacuna na compreensão dos comportamentos cognitivos.

Aprendizado de Máquina e Redes Cerebrais

O aprendizado de máquina fez grandes avanços na análise de dados de neuroimagem. Vários modelos computacionais foram desenvolvidos, incluindo modelos biofísicos, técnicas estatísticas e métodos de aprendizado profundo. No entanto, a relação entre SC e FC ainda é um mistério para muitos pesquisadores. Em particular, não existem caminhos físicos claros entre algumas áreas do cérebro que demonstrem ativação funcional. Essa desconexão indica que os modelos existentes poderiam se beneficiar da integração de insights tanto da conectividade estrutural quanto da funcional.

Nosso objetivo é apresentar uma abordagem mais abrangente para examinar a cognição humana, considerando múltiplos caminhos pelo cérebro. Nossa visão é que cada instância de conectividade funcional é respaldada por conexões estruturais específicas. Essa visão nos permite desenvolver um novo tipo de modelo que consiga analisar funções cerebrais de forma mais eficaz.

O Mecanismo de Acoplamento Multivariado SC-FC

Apresentamos um novo modelo multivariado que ajuda a entender a relação entre SC e FC. Esse novo mecanismo nos permite ir além de conexões diretas simples e explorar como uma conexão funcional pode ter múltiplos caminhos estruturais subjacentes. Por exemplo, uma ligação funcional pode ser apoiada por vários desvios estruturais, o que adiciona complexidade ao processo de mapeamento.

Aproveitando esse mecanismo multivariado, nosso modelo pode aprender com os dados de SC e FC. Essa abordagem dupla nos permite revelar mais sobre os processos neurais que sustentam Tarefas Cognitivas. A interconexão entre os dois tipos de conectividade é essencial para capturar a dinâmica da função cerebral.

O Modelo Transformer

O núcleo da nossa abordagem proposta é construído em um modelo Transformer, que utiliza um mecanismo de autoatenção com múltiplas cabeças. Isso permite que o modelo preste atenção a vários caminhos simultaneamente, transformando nós ao longo desses desvios para gerar insights sobre como as conexões funcionais são apoiadas por caminhos estruturais.

Na prática, isso significa que nosso modelo pode aprender quais caminhos importam mais para tarefas cognitivas específicas, levando em conta as relações entre diferentes regiões do cérebro. O mecanismo de autoatenção do Transformer garante que nosso modelo possa ajustar dinamicamente seu foco para capturar como a atividade cerebral evolui com base em diferentes estímulos ou tarefas.

Avaliando o Modelo

Testamos nossa abordagem em quatro grandes conjuntos de dados, incluindo varreduras cerebrais estáticas e dinâmicas. As descobertas indicam que nosso modelo pode superar outros em termos de precisão na previsão de estados cognitivos e reconhecimento de tarefas.

Nossos experimentos mostraram resultados promissores, demonstrando que integrar SC e FC gera insights significativos sobre a conectividade cerebral. A capacidade do modelo de se adaptar a diferentes tipos de dados, incluindo cenários de aprendizado zero-shot, destaca sua robustez e potencial para aplicação no mundo real na neurociência.

Importância dos Insights da Neurociência

Um aspecto chave do nosso trabalho é a introdução de insights da neurociência nos modelos de aprendizado de máquina. Essa integração é vital para entender a complexa estrutura e funções do cérebro. Ao considerar como mudanças estruturais afetam a atividade funcional, conseguimos uma visão mais sutil dos comportamentos cognitivos.

À medida que a pesquisa cerebral evolui, a necessidade de modelos abrangentes que reflitam as complexidades da conectividade cerebral se torna clara. Nosso modelo proposto não só serve como uma ferramenta para entender processos cognitivos, mas também contribui para o campo mais amplo da neurociência computacional.

Aplicações Futuras

As implicações da nossa pesquisa se estendem a várias áreas, como diagnóstico clínico e pesquisa cognitiva. Ao identificar os caminhos neurais que apoiam as funções cerebrais, nosso modelo pode ajudar a diagnosticar distúrbios cognitivos. Por exemplo, distinguir entre diferentes estágios da doença de Alzheimer pode se tornar mais preciso com os insights do nosso modelo sobre como a conectividade estrutural influencia a atividade funcional.

Além disso, nossa abordagem pode aprimorar as capacidades de reconhecimento de tarefas em vários contextos, particularmente na compreensão de como diferentes regiões do cérebro colaboram durante tarefas cognitivas. Esse conhecimento pode levar a uma melhor compreensão da função cerebral e, potencialmente, informar práticas terapêuticas.

Conclusão

Em conclusão, nossa pesquisa aborda lacunas críticas na compreensão da relação entre conectividade estrutural e conectividade funcional no cérebro. Ao usar um mecanismo de acoplamento SC-FC multivariado embutido em um modelo Transformer, apresentamos uma nova abordagem que gera insights significativos sobre processos cognitivos.

Nossas descobertas destacam o potencial dos modelos de aprendizado de máquina para integrar perspectivas da neurociência, abrindo caminho para aplicações mais informadas em pesquisa cognitiva e ambientes clínicos. À medida que continuamos a explorar as complexidades do cérebro humano, nossa abordagem promete avançar o conhecimento e a compreensão de como a estrutura cerebral apoia a função, aprimorando, em última análise, nossa compreensão da cognição humana.

Fonte original

Título: NeuroPath: A Neural Pathway Transformer for Joining the Dots of Human Connectomes

Resumo: Although modern imaging technologies allow us to study connectivity between two distinct brain regions in-vivo, an in-depth understanding of how anatomical structure supports brain function and how spontaneous functional fluctuations emerge remarkable cognition is still elusive. Meanwhile, tremendous efforts have been made in the realm of machine learning to establish the nonlinear mapping between neuroimaging data and phenotypic traits. However, the absence of neuroscience insight in the current approaches poses significant challenges in understanding cognitive behavior from transient neural activities. To address this challenge, we put the spotlight on the coupling mechanism of structural connectivity (SC) and functional connectivity (FC) by formulating such network neuroscience question into an expressive graph representation learning problem for high-order topology. Specifically, we introduce the concept of topological detour to characterize how a ubiquitous instance of FC (direct link) is supported by neural pathways (detour) physically wired by SC, which forms a cyclic loop interacted by brain structure and function. In the clich\'e of machine learning, the multi-hop detour pathway underlying SC-FC coupling allows us to devise a novel multi-head self-attention mechanism within Transformer to capture multi-modal feature representation from paired graphs of SC and FC. Taken together, we propose a biological-inspired deep model, coined as NeuroPath, to find putative connectomic feature representations from the unprecedented amount of neuroimages, which can be plugged into various downstream applications such as task recognition and disease diagnosis. We have evaluated NeuroPath on large-scale public datasets including HCP and UK Biobank under supervised and zero-shot learning, where the state-of-the-art performance by our NeuroPath indicates great potential in network neuroscience.

Autores: Ziquan Wei, Tingting Dan, Jiaqi Ding, Guorong Wu

Última atualização: 2024-10-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.17510

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.17510

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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