Tratamentos Antipsicóticos e Gravidez: Uma Relação Complexa
Explorando o impacto dos medicamentos antipsicóticos em mulheres grávidas e seus filhos.
Shakir Atoyebi, P. Bediako-Kakari, M. Monyo, A. Olagunju
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Índice
Os transtornos psicóticos afetam cerca de 1,5 a 3,5% da galera. E ainda tem uma galera que pode ter pelo menos um sintoma de psicose em algum momento da vida. Quando a psicose não é tratada direitinho, pode causar sérios problemas tanto pra pessoa quanto pra sociedade. Esses problemas podem incluir agravamento dos sintomas, queda na rotina diária, maior risco de suicídio, saúde física pior, mais idas ao hospital, isolamento social, estigma e estresse a mais pra famílias e sistemas de saúde.
Tratamentos Padrão para Psicose
Os medicamentos Antipsicóticos orais são os mais usados pra tratar psicose. Esses remédios vêm em dois tipos: antipsicóticos de primeira geração e de segunda geração. Esses medicamentos funcionam mudando como os neurotransmissores no cérebro trabalham, ajudando a aliviar sintomas como alucinações e delírios. Mas, tem gente que não toma a medicação como deveria, especialmente aqueles com problemas de saúde mental mais graves. Isso pode limitar a eficácia do tratamento. Os medicamentos orais também enfrentam desafios, como serem processados no fígado antes de funcionarem direito, o que às vezes exige doses maiores e aumenta as chances de efeitos colaterais.
Vantagens dos Injetáveis de Longa Duração
Pra lidar com os desafios dos medicamentos orais, desenvolveram os injetáveis de longa duração (LAIs). Essas injeções oferecem uma liberação constante do medicamento e eliminam a necessidade de doses diárias. Elas ajudam a garantir que a medicação seja tomada de forma consistente, o que pode melhorar os resultados do tratamento. Os LAIs diminuem as chances de esquecer doses ou de overdose, tornando menos provável que alguém tenha uma recaída nos sintomas. Além disso, como essas injeções passam direto pelo sistema digestivo, evitam problemas relacionados à forma como a medicação é processada no fígado, levando a níveis mais estáveis de remédio no corpo.
Mas, os LAIs também têm suas dificuldades, como o desconforto das injeções, ajustes mais lentos nas dosagens e a necessidade de visitas regulares para tratamento. Isso pode ser ainda mais complicado pra mulheres grávidas, já que os corpos delas podem mudar de um jeito que afeta como o remédio funciona.
Gravidez
Gerenciando a Psicose Durante aA gravidez traz muitas mudanças, tanto mentais quanto físicas. Pra mulheres com condições de saúde mental existentes, há um risco maior de agravamento dos sintomas ou recaídas. Gerenciar a psicose durante a gravidez é crucial porque problemas de saúde mental não tratados podem prejudicar tanto a mãe quanto o bebê. Isso pode levar a problemas como cuidados pré-natais ruins, uso de drogas e complicações durante o parto. Mulheres grávidas também podem ter dificuldade em tomar medicamentos orais por causa de náuseas e dificuldade pra engolir. Tem também o risco de que o uso de antipsicóticos possa expor o feto a esses medicamentos, o que pode causar problemas como baixo peso ao nascer ou problemas congênitos. Apesar dessas preocupações, muitas vezes é essencial que as mães continuem tomando seus remédios pela saúde delas e do bebê.
No entanto, ainda tem muita coisa pra aprender sobre como diferentes tipos de antipsicóticos afetam o desenvolvimento Fetal. Estimar quanto medicamento chega ao feto é complicado por questões éticas e práticas nos testes. Os pesquisadores usam métodos indiretos pra ter uma boa noção dos níveis de medicamento no feto, como estudar como os medicamentos se movem no corpo e usar dados de estudos em animais.
O Papel da Modelagem
Um dos métodos promissores pra estimar a exposição fetal a medicamentos é através de modelos de Farmacocinética baseados em fisiologia (PBPK). Esses modelos simulam como os medicamentos se movem de uma mãe grávida pro feto durante diferentes estágios da gravidez. Eles levam em conta as mudanças que acontecem tanto na mãe quanto no feto ao longo do tempo.
Por exemplo, dois antipsicóticos comuns, aripiprazol e olanzapina, são frequentemente usados pra tratar psicose. O aripiprazol é metabolizado principalmente por duas enzimas, enquanto a olanzapina é processada por outras diferentes. Ambos os medicamentos vêm em formas que podem ser tomadas oralmente ou através de injeções. As injeções ajudam a fornecer um nível estável de medicação.
Ao desenvolver esses modelos PBPK, os pesquisadores usam dados sobre composição corporal e taxas de fluxo sanguíneo pra criar uma imagem realista de como os medicamentos se comportam no corpo da grávida. Eles consideram a absorção, distribuição, metabolismo e eliminação dos medicamentos pra prever quanto remédio chega ao feto.
Validando os Modelos com Dados Reais
Pra checar se os modelos funcionam, os pesquisadores comparam as previsões dos modelos com dados clínicos reais. Isso envolve analisar estudos onde pacientes tomaram esses medicamentos pra ver se as previsões do modelo estão alinhadas com o que realmente aconteceu. Pra concentrações de drogas, os pesquisadores analisam vários parâmetros farmacocinéticos, incluindo quanto de remédio tem no corpo ao longo do tempo.
Tem poucos dados sobre como esses medicamentos se comportam em mulheres grávidas, o que torna essa validação desafiadora. Contudo, os pesquisadores podem usar estudos disponíveis e dados de populações não grávidas pra informar seus modelos. Usando esses dados, eles podem simular o que pode acontecer durante a gravidez.
Examinando a Exposição Fetal
Usando os modelos, os pesquisadores podem simular quanto do medicamento chega ao feto quando as mães tomam medicamentos orais ou LAIs. Eles analisam diferentes cenários com base nas dosagens do medicamento e nos estágios da gravidez.
As simulações geralmente mostram que a exposição fetal ao medicamento diminui conforme a gravidez avança. Pra medicamentos orais e LAIs, os pesquisadores podem acompanhar como os níveis de remédio na mãe se comparam aos do feto. Normalmente, a quantidade que chega ao feto é menor do que na corrente sanguínea da mãe, sugerindo que, enquanto algum medicamento atravessa a barreira, ele ainda está em níveis mais baixos.
Esses modelos também revelam que os padrões de exposição fetal ao medicamento podem mudar conforme o tipo de medicação tomada. Embora a quantidade de medicamento transmitida ao feto seja menor pra ambos os tipos de formulações, diferenças podem aparecer, especialmente com medicamentos mais complexos.
Limitações e Pesquisas Futuras
Apesar de essas descobertas serem informativas, há limitações nos modelos. Fatores como como a placenta processa os medicamentos e o papel de proteínas de transporte específicas não foram totalmente examinados. Esses fatores podem impactar significativamente a exposição fetal.
Dado que pode não haver uma ligação direta entre a quantidade de medicamento que chega ao feto e o risco de complicações, é essencial considerar todos os resultados ao olhar pra esses medicamentos. À medida que os estudos continuam, os pesquisadores esperam obter melhores insights sobre como abordar o uso de antipsicóticos durante a gravidez de forma mais segura.
Conclusão
Entender como os medicamentos antipsicóticos afetam mulheres grávidas e seus fetos é vital pra garantir a segurança e saúde de ambos. Conforme mais pesquisas são realizadas e mais dados são coletados, os profissionais de saúde podem tomar decisões mais informadas sobre medicamentos para mulheres grávidas que estão passando por psicose. Esforços contínuos nessa área vão melhorar as opções de tratamento e resultados.
Título: Comparative modeling of fetal exposure to maternal long-acting injectable versus oral daily antipsychotics
Resumo: This study employed physiologically based pharmacokinetic (PBPK) modelling to compare the extent of fetal exposure between oral and long-acting injectable (LAI) aripiprazole and olanzapine. Adult and pregnancy PBPK models were developed and validated with relevant clinical data. Relevant indices of fetal exposure during pregnancy were predicted from concentration-time data at steady-state dosing for both oral and LAI formulations. Fetal Cmax for aripiprazole was 59-78% higher with LAI than oral, and 68-181% higher with LAI olanzapine than the oral formulation. Predicted C:M ratios (range) was 0.59-0.69 for oral aripiprazole and 0.61-0.66 for LAI aripiprazole, 0.34-0.64 for oral olanzapine and 0.89-0.96 for LAI olanzapine. Also, cumulative fetal exposure over 28 days from oral formulations were generally predicted to be lower compared with their therapeutic-equivalent LAI. As in utero fetal exposure to maternal drugs does not necessarily translate to risk, these data should be interpreted in a broader context that includes benefit-risk assessments.
Autores: Shakir Atoyebi, P. Bediako-Kakari, M. Monyo, A. Olagunju
Última atualização: 2024-10-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.22.24315924
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.22.24315924.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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