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Avaliação de Testes Online para Sinais Iniciais de Demência

Estudo avalia a confiabilidade de testes cognitivos online para avaliação do risco de demência.

Katie A. Peterson, Adrian Leddy, Michael Hornberger

― 8 min ler


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A demência afeta como as pessoas pensam e funcionam, o que coloca uma carga pesada nos sistemas de saúde. Esse problema deve crescer conforme a população do Reino Unido envelhece. Os pesquisadores querem encontrar formas de tratar a demência, mas enfrentam um grande problema: eles não conseguem identificar a doença cedo o suficiente porque não há sinais suficientes para detectar antes que os sintomas apareçam. Mudanças no cérebro acontecem muito antes de alguém perceber que algo está errado, então pegar a demência no início é muito importante. Se conseguirmos identificar isso nas fases iniciais, os tratamentos podem funcionar melhor.

Estudos recentes mostram que as pessoas podem começar a notar pequenas mudanças no pensamento anos antes de qualquer diagnóstico oficial. É aí que entram os testes no cérebro. Esses testes podem ajudar a acompanhar como as pessoas estão mentalmente, mas para identificar esses sinais iniciais, precisamos de métodos de teste melhores e mais precisos. Usar tecnologia para obter dados mais precisos e frequentes é uma área empolgante para os pesquisadores, especialmente através de testes online que as pessoas podem fazer de casa.

O Papel dos Testes Online

Nem todo mundo que acha que tá enfrentando um declínio mental realmente tem demência. Essa sensação de declínio cognitivo é chamada de "Declínio Cognitivo Subjetivo" (DCS). Quando as pessoas experimentam DCS, elas sentem que suas habilidades de pensamento estão escorregando, mesmo que os testes convencionais digam o contrário. A maioria das pessoas com DCS nunca desenvolve demência severa, mas estão em risco maior em comparação com quem não tem DCS.

Alguns sinais que aumentam o risco de declínio cognitivo incluem notar lapsos de memória, sentir que esse declínio aconteceu recentemente, ter mais de 60 anos, ter problemas contínuos com DCS, visitar uma clínica de memória e ter alguém próximo apontando problemas. Novas pesquisas também encontraram fatores de risco adicionais para quem tem DCS, como ter certos marcadores cerebrais relacionados ao Alzheimer, carregar o gene apolipoproteína E4, vivenciar outros problemas de saúde mental, fumar, ter menos anos de escolaridade e não se sair bem em testes que medem habilidades executivas.

Como a maioria das pessoas com DCS não vai virar pacientes de demência, não faria sentido testar todo mundo. No entanto, para aqueles que mostram fatores de risco adicionais, os testes online podem ser uma forma econômica de acompanhar a função cerebral ao longo do tempo. Além disso, considerando que a população mais velha nas áreas rurais está aumentando, avaliações remotas podem ajudar a garantir que todos tenham acesso a serviços neuropsicológicos.

Evidências iniciais sugerem que esses testes online podem identificar pequenos declínios mentais em quem tem DCS. No entanto, a pergunta permanece: esses testes online fornecem resultados confiáveis em comparação com testes presenciais tradicionais? Existem alguns desafios com testes online, como problemas tecnológicos, habilidades variadas de computador entre os usuários e a falta de orientação durante o teste. Então, não podemos apenas supor que os testes online são tão bons quanto os presenciais.

Algumas ferramentas de teste online mostraram resultados mistos sobre sua confiabilidade. Mais pesquisas são necessárias para diferentes grupos de pessoas para entender melhor como esses testes online devem ser usados em situações da vida real.

Um Estudo sobre Testes Neuropsicológicos Online

Neste estudo, queríamos ver quão confiáveis são os testes neuropsicológicos online para pessoas com e sem DCS. Focamos em certos testes da plataforma de software NeurOn que já mostraram resultados confiáveis em um grupo de adultos mais velhos saudáveis. Nosso objetivo era descobrir se esses testes poderiam fornecer resultados consistentes em configurações online.

O principal objetivo era verificar quão confiáveis esses testes são quando aplicados novamente ao longo do tempo (Confiabilidade teste-reteste). Também queríamos comparar como as pessoas com DCS se saíam em comparação com as que não têm.

Achamos que os testes online mostrariam uma confiabilidade moderada com base em estudos anteriores. Além disso, acreditamos que aqueles com DCS se sairiam um pouco pior nesses testes em comparação com os sem DCS.

Obtendo Aprovação e Montando a Pesquisa

Antes de começar o estudo, obtivemos aprovação ética para garantir que tudo fosse feito de forma adequada. Os participantes tiveram que concordar em participar assinando um formulário de consentimento online.

Para este estudo, usamos duas plataformas de software: Mantal e NeurOn. A plataforma Mantal ajuda a gerenciar estudos clínicos online, enquanto a NeurOn oferece testes de memória e cognitivos. Escolhemos uma seleção de testes da NeurOn que mediam diferentes funções cognitivas, como memória e Atenção, que costumam ser afetadas nas fases iniciais da demência.

Quem Participou do Estudo?

Para participar do estudo, os participantes tinham que ter mais de 60 anos, serem capazes de dar consentimento e ter habilidades básicas de computador. Eles também precisavam ser fluentes em inglês e ter acesso a um computador ou laptop. Não poderíamos incluir ninguém com diagnóstico de problemas cognitivos severos ou outros distúrbios neurológicos.

Nosso objetivo era ter 50 participantes em cada grupo, considerando uma possível taxa de desistência de cerca de 20%. A recrutamento começou em abril de 2023, e os participantes souberam sobre o estudo através de anúncios online e do campus da universidade.

Como foi o Funcionamento do Estudo?

Uma vez que os participantes concordaram em participar, eles preencheram um formulário demográfico e completaram vários testes online. Além das avaliações de memória, responderam perguntas sobre seu humor, já que depressão e ansiedade podem afetar o desempenho cognitivo.

Os Testes Cognitivos incluíam tarefas que pediam aos participantes para lembrar imagens e palavras, responder rapidamente a diferentes estímulos e prestar atenção ao longo do tempo. Cada teste levava cerca de 20 a 30 minutos para ser concluído, e os participantes foram incentivados a fazer tudo de uma vez, embora pudessem fazer pausas, se necessário.

Acompanhando ao Longo do Tempo

Cinco meses após a aplicação inicial dos testes, os participantes foram convidados a completar os testes novamente. Esse acompanhamento foi essencial para verificar a confiabilidade dos resultados ao longo do tempo.

Para avaliar o DCS, usamos um questionário projetado para identificar queixas cognitivas em adultos mais velhos. Definimos DCS em nosso estudo com base em respostas que indicavam que os participantes sentiam que seu desempenho cognitivo havia diminuído.

Como Analisamos os Dados

Ao analisar os dados, procuramos diferenças no desempenho entre aqueles com DCS e aqueles sem. Também avaliamos quão consistentes foram os resultados dos testes quando aplicados novamente após algum tempo.

Realizamos vários testes estatísticos e medimos quão confiáveis eram os testes online, usando formas padrão de medir confiabilidade.

O Que Descobrimos?

Dos participantes, alguns desistiram ou não completaram certos testes, mas 108 indivíduos terminaram as avaliações principais. O grupo DCS era mais velho e relatou níveis mais altos de ansiedade e depressão do que aqueles sem DCS, embora as pontuações ainda estivessem abaixo dos limites clínicos.

Resultados de Confiabilidade dos Testes

Quando olhamos para a confiabilidade dos testes, encontramos uma mistura de resultados. Algumas partes dos testes mostraram confiabilidade moderada em quem tinha DCS, enquanto outras não. Os testes que pareceram ter um desempenho melhor foram aqueles que mediram atenção e memória.

Curiosamente, no início, o grupo DCS se saiu melhor que o grupo Não-DCS em algumas áreas, ao contrário do que esperamos. No entanto, isso não se sustentou sob verificações estatísticas mais rigorosas, o que significa que pode ter sido uma coincidência.

No geral, mostramos que alguns dos testes da NeurOn têm confiabilidade moderada em ambos os grupos, especialmente para testes relacionados à atenção sustentada e reconhecimento de imagens. Isso sugere que os testes online podem funcionar bem o suficiente para acompanhar mudanças na função cerebral.

Limitações e Direções Futuras

Embora tenhamos encontrado alguns resultados encorajadores, também enfrentamos desafios. Alguns indivíduos não completaram todos os testes, o que dificultou ter um conjunto de dados completo. O formato online pode ter contribuído para esse problema, já que as pessoas não tinham ninguém orientando ou ajudando com problemas técnicos.

Definir DCS com base no questionário também teve suas desvantagens. Diferentes estudos usam métodos diferentes para identificar DCS, o que torna complicado comparar resultados.

Apesar desses problemas, o teste neuropsicológico online oferece um caminho promissor para avaliar mudanças cognitivas. É uma opção mais acessível em comparação com métodos tradicionais e pode potencialmente alcançar mais pessoas, especialmente em áreas rurais.

À medida que mais pesquisas se desenrolam, precisaremos enfrentar os problemas atuais, garantir resultados confiáveis e melhorar a compreensão de como identificar e acompanhar melhor o DCS no futuro.

Fonte original

Título: Reliability of online, remote neuropsychological assessment in people with and without subjective cognitive decline

Resumo: Online, remote neuropsychological assessment paradigms may offer a cost-effective alternative to in-person assessment for people who experience subjective cognitive decline (SCD). However, it is vital to establish the psychometric properties of such paradigms. The present study (i) evaluates test-retest reliability of remote, online neuropsychological tests from the NeurOn software platform in people with and without SCD (Non-SCD) recruited from the general population; and (ii) investigates potential group differences in baseline performance and longitudinal change. Ninety-nine participants (SCD N = 44, Non-SCD N = 55) completed seven tests from the NeurOn battery, covering visual and verbal memory, working memory, attention and psychomotor speed. Sixty-nine participants (SCD N = 34, Non-SCD N = 35) repeated the assessment six (+/-one) months later. SCD was classified using the Cognitive Change Index questionnaire. Test-retest reliability of the NeurOn test outcome measures ranged from poor to good, with the strongest evidence of reliability shown for the Sustained Attention to Response Test and Picture Recognition. The SCD group was significantly older than the Non-SCD group so group differences were investigated using analysis of covariance whilst controlling for the effect of age. SCD scored significantly better than Non-SCD for Digit Span Backwards (maximum sequence length) and Picture Recognition (recall of object position) at baseline. However, these were not significant when using the Bonferroni-adjusted alpha level. There were no differences between SCD and Non-SCD in longitudinal change. The results suggest online, remote neuropsychological assessment is a promising option for assessing and monitoring SCD. Author summaryA considerable proportion of the older adult population experiences subjective decline in their thinking skills even though they score within normal limits on screening tests for mild cognitive impairment or dementia. Research suggests that, for a small percentage of these people, their experience of a decline in their thinking skills might indicate an early stage of dementia. It is important for research to identify the earliest markers of dementia as this is when treatments may be most effective. By harnessing computing technology to improve on the accuracy and availability of cognitive assessments, we may be able to identify early and subtle cognitive changes caused by dementia. This study investigated whether online and remote cognitive assessment is a reliable method to assess and monitor thinking skills in the general older adult population. We were able to identify tasks which showed the best evidence for reliability when completed online and remotely by people with and without a subjective experience of cognitive decline, and therefore may be appropriate for monitoring thinking skills in people who are concerned about their cognitive ability. Our findings suggest online cognitive assessment may be a useful and cost-effective alternative to in-person clinic-based assessment.

Autores: Katie A. Peterson, Adrian Leddy, Michael Hornberger

Última atualização: 2024-10-30 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.29.24316380

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.29.24316380.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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