Enfrentando o Aumento de Doenças Não Transmissíveis em Burkina Faso
Burkina Faso tá enfrentando um desafio crescente com doenças não transmissíveis e precisa agir rápido.
Moussa Ouedraogo, Dia Sanou, Mahamadé Goubgou, Estelle Aissa Bambara, Souleymane Tirogo, Aly Savadogo
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Índice
Doenças não transmissíveis, ou DNTs pra simplificar, são um grande problema na saúde pública hoje em dia. Não são como pegar uma gripe; na verdade, elas ficam por muito tempo. Isso inclui problemas como obesidade, doenças cardíacas, diabetes, câncer, pressão alta e até alguns problemas de saúde bucal. É como uma festa chata que não acaba nunca, e ninguém quer estar lá.
Os especialistas dizem que os riscos à saúde das doenças crônicas relacionadas à alimentação são até piores do que os do tabaco, álcool e sexo desprotegido juntos. Pois é, você ouviu certo! Em países de baixa e média renda, mais da metade das mortes prematuras-as que rolam antes das pessoas chegarem aos 60-são por causa dessas DNTs chatinhas. É como perder um jogo sem nem saber que estava jogando.
Pra piorar a situação, não tem grana suficiente sendo separada nos últimos dez anos pra combater essas doenças. Em Burkina Faso, por exemplo, as taxas de obesidade dispararam de 11,3% em 2013 pra 15,9% em 2021 nas cidades. E adivinha? Cerca de 35% das mortes em Burkina Faso estão ligadas às DNTs. Isso é muito mais do que você gostaria de ver numa festa.
A Urgência da Ação
Ignorar as DNTs não é uma opção. Na verdade, se não fizermos nada, o número crescente dessas doenças pode sobrecarregar totalmente os serviços de saúde que já estão lutando pra se manter. Essa é uma situação muito séria tanto para os indivíduos quanto para a economia. A OMS acredita que as DNTs vão ser a principal causa de morte na África Subsaariana até 2030. Isso tá logo ali!
Com o passar dos anos, algumas iniciativas globais surgiram pra lidar com essas doenças. A Assembleia Mundial da Saúde, por exemplo, propôs um plano de ação pra fortalecer a capacidade nos países, promover liderança, incentivar a Colaboração e fomentar parcerias. Parece bom, né? Mas muitos países de baixa e média renda ainda parecem estar atrasados em responder de forma eficaz. E com as mudanças atuais na África Subsaariana, a necessidade de ação é mais urgente do que nunca.
O Quadro da Pesquisa
Pra descobrir o que tá rolando com a alocação de recursos e governança relacionadas às DNTs, uma equipe decidiu investigar a fundo as estratégias de saúde em Burkina Faso. Eles usaram algo chamado Teoria Fundamentada, que é só uma forma chique de dizer que queriam analisar várias fontes de dados pra comparar o que encontraram. Conversaram com pessoas-chave do Ministério da Saúde e olharam muitos documentos pra ter uma visão clara da situação.
Um estudo transversal foi realizado, combinando diferentes tipos de dados pra analisar as alocações orçamentárias do Ministério da Saúde de 2010 a 2020, focando especialmente em fundos relacionados às DNTs. Eles queriam olhar pro dinheiro de verdade que foi gasto, e não só pra grana prometida-meio que como checar sua conta bancária na vida real em vez de só ler uma proposta orçamentária.
Quem Tava Falando?
Os participantes da pesquisa eram principalmente pessoas do Ministério da Saúde que estavam diretamente envolvidas no combate às DNTs. No total, foram feitas 20 entrevistas, 15 com equipes técnicas do Ministério e cinco com ONGs e associações que atuam no setor de saúde. Essas conversas foram gravadas e analisadas pra coletar insights, enquanto também consultaram documentos-chave sobre políticas de DNT.
Entendendo as Alocações Orçamentárias
De 2010 a 2020, o Ministério da Saúde de Burkina Faso alocou cerca de 17,33 bilhões de FCFA (o que dá em torno de 29,9 milhões de dólares) pra combater as DNTs. Isso dá uma média de cerca de 2,72 milhões de dólares por ano-aproximadamente 1,55% do orçamento total do Ministério. Agora, tem um detalhe: a taxa de absorção do orçamento foi de mais de 98%, ou seja, eles realmente gastaram quase tudo que alocaram. Se ao menos gerenciar nossas próprias despesas fosse tão fácil!
Tipos de Alocações
O orçamento foi dividido em diferentes categorias. Por exemplo, 6,64 bilhões, ou cerca de 38,4% do orçamento alocado, foram pra intervenções específicas de DNT. O outro pedaço-cerca de 10,68 bilhões ou 61,6%-foi pra intervenções sensíveis.
Ao analisar como esses fundos foram usados em relação aos planos de ação globais pra DNTs, a equipe encontrou que apenas alguns objetivos foram financiados. O maior montante de grana, 13,6 bilhões de FCFA (ou 78,48%), foi pra melhorar os sistemas de saúde. Mas parece que algumas áreas-chave não receberam atenção suficiente-ou nenhuma.
E se você acha que o gasto foi consistente ao longo dos anos, pense de novo! Entre 2010 e 2013, as alocações orçamentárias estavam uma bagunça. Mas depois que o plano estratégico integrado foi introduzido em 2016, o orçamento anual pra DNTs subiu significativamente.
Desafios Institucionais
Um dos maiores problemas encontrados foi que o Ministério da Saúde estabeleceu um departamento pra lidar com as DNTs, mas não coordenou com outros departamentos relevantes. Pense nisso como ter um "muitos cozinheiros estragam o caldo." Cada departamento tinha seus próprios planos e itens de ação, o que levou a um monte de sobreposição e confusão, dificultando alcançar os objetivos gerais.
Importante destacar que a falta de colaboração multi-setorial significa que cada departamento tá puxando pra um lado diferente, em vez de trabalharem juntos. No entanto, há uma crescente percepção de que todos precisam estar na mesma página, incluindo setores como agricultura, educação e até empresas privadas se quiserem lidar com esse problema de forma eficaz.
Disponibilidade de Recursos
Quando se trata de recursos, todo mundo envolvido concordou que simplesmente não tem o suficiente pra combater as DNTs de forma eficaz. O orçamento do estado e o financiamento dos parceiros simplesmente não são suficientes. Muitas intervenções descritas nos planos estratégicos nem chegam a ser implementadas ou recebem esforços meia boca.
É frustrante, e o consenso é claro: a menos que mais atenção e grana internacional sejam direcionadas pras DNTs, a situação provavelmente vai estagnar. Na verdade, tem pesquisas mostrando uma séria falta de interesse nas DNTs em comparação com outros problemas de saúde, como nutrição infantil.
Identificando as Linhas Orçamentárias
Na pesquisa, um total de 29 linhas orçamentárias relacionadas à prevenção e manejo das DNTs foram identificadas. Dentre elas, três foram consideradas específicas para DNTs, enquanto 18 eram intervenções sensíveis e 8 eram investimentos positivos.
Alocações ao Longo do Tempo
A análise mostrou que, enquanto o compromisso total com as DNTs aumentou ao longo dos anos, ainda é uma fração pequena do orçamento geral de saúde. Os pesquisadores calcularam que aproximadamente 1,5% do orçamento de saúde de Burkina Faso foi direcionado para combater as DNTs. Considerando o aumento da carga dessas doenças, esse número é decepcionantemente baixo.
Quando a equipe olhou como a grana foi alocada antes e depois do plano estratégico, descobriram que a alocação média anual subiu de cerca de 467,4 milhões de FCFA antes de 2016 pra mais de 2,9 bilhões de FCFA depois de 2016. Isso mostra que a estratégia integrada fez diferença, mesmo que não seja o suficiente.
Seguindo em Frente
Como essa pesquisa mostra, Burkina Faso tá dando alguns passos pra lidar com as DNTs, mas ainda tem muito trabalho pela frente. Existem vários planos voltados pra diminuir a exposição aos fatores de risco dessas doenças, mas sem uma estrutura adequada pra monitorar e implementar tudo isso, o progresso vai ser devagar.
O país precisa urgentemente de um plano multi-setorial que una todo mundo pra enfrentar as DNTs. Isso ajudaria a envolver todos os jogadores relevantes, desde departamentos de saúde até escolas e ONGs, em um esforço conjunto.
A importância de ter um quadro claro e compartilhado pra ação não pode ser subestimada. Uma abordagem colaborativa não só tornará mais fácil mobilizar recursos, mas também pode levar a melhores resultados de saúde pra todo mundo envolvido.
Conclusão
Em resumo, a batalha contra as DNTs em Burkina Faso está em um ponto crucial. Embora haja algumas tendências positivas em orçamentos e política, ainda existem lacunas significativas em colaboração e alocação de recursos. Se o país tá sério em combater as DNTs, vai precisar juntar seus muitos jogadores-como uma banda se reunindo de novo-e trabalhar juntos de forma mais eficaz.
Resumindo, todos podemos concordar: ninguém quer uma festa que continue sem fim e sem diversão. Vamos garantir que Burkina Faso consiga mudar a melodia e transformar essa crise de saúde pública em algo gerenciável, se não divertido.
Título: Analysis of Burkina Faso's institutional framework and budget allocations for NCDs control and monitoring
Resumo: Diet-related non-communicable diseases (NCDs) are today a major public health problem and a global development challenge. Yet governance responses to these diseases are still in their infancy in most low-income countries like Burkina Faso. How Burkina Faso organizes itself institutionally and financially to respond adequately to NCDs is unknown to the scientific community. The aim was to analyze Burkina Fasos institutional framework and budget allocations. This was a cross-sectional survey based on mixed (qualitative and quantitative) data collection. The analysis revealed a number of difficulties in the institutional framework hindering the performance of the fight against NCDs in Burkina Faso, including (i) the absence of a multi-sectoral policy or strategic plan involving all stakeholders, (ii) the absence of a multi-sectoral coordinating body and (iii) the lack of sufficient financial resources. A total of twentynine (29) budget lines related to the prevention and/or management of NCDs were identified, with a total budget of 17.33 billion FCFA ($29.8 million), or an average of $2.72 million per year. This represents only 1.55% of the total budget of the Ministry of Health over the same period. We recommend, among other things, the development of a national multi-sectoral policy with a clear definition of the roles and responsibilities of each player, the creation of a coordinating body, improved funding, and greater attention to NCDs in the provision of primary healthcare services.
Autores: Moussa Ouedraogo, Dia Sanou, Mahamadé Goubgou, Estelle Aissa Bambara, Souleymane Tirogo, Aly Savadogo
Última atualização: 2024-10-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.29.24316362
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.29.24316362.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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