COVID-19: Diferenças de Gênero nos Riscos e Efeitos
Analisando como a COVID-19 impacta homens e mulheres de forma diferente.
Shelli R. Kesler, Alexa De La Torre Schutz, Oscar Y. Franco Rocha, Kimberly Lewis
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COVID-19 tem sido assunto há um tempo, e descobrimos que não trata todo mundo igual. Estudos mostram que os homens parecem enfrentar um risco maior de complicações severas do que as mulheres. Mas por quê? Vamos simplificar as coisas, sem todo o blá-blá-blá científico.
O Papel de Certas Proteínas
COVID-19 entra no nosso corpo através de proteínas específicas chamadas ACE2 e TMPRSS2. Pense nessas proteínas como os "campainhas" que o vírus toca para entrar nas nossas células. Os homens tendem a ter níveis mais altos dessas campainhas no corpo. Então, quando COVID-19 aparece, os homens podem ter mais acesso do que as mulheres, o que pode explicar as taxas de mortalidade mais altas.
Mas espera, tem mais! Outra proteína, a HLA-DQA2, também pode influenciar quanto tempo alguém fica doente depois de pegar COVID-19. Essa proteína ajuda nosso sistema imunológico a reconhecer os problemas, ou seja, os vírus. Não existem muitas pesquisas sobre como essa proteína se comporta de forma diferente em homens e mulheres, mas sabemos que o sexo pode afetar como nossos sistemas imunológicos funcionam.
Long COVID: O Convidado Indesejado
Agora, mesmo depois que o show principal acaba, algumas pessoas podem sentir efeitos persistentes do COVID-19-muitas vezes chamados de "long COVID." Esses podem incluir vários sintomas como o famoso "brain fog", que é uma forma chique de dizer que você tá meio perdido. Estranhamente, estudos sugerem que as mulheres são mais propensas a ter sintomas de long COVID, mesmo que os homens tenham mais chances de adoecer gravemente.
Cérebro Após COVID-19
Mudanças noPesquisadores descobriram que o COVID-19 pode causar mudanças no cérebro, mesmo em quem teve casos leves. Alguns estudos mostram que isso pode incluir alterações em áreas do cérebro responsáveis pela memória e cognição. E enquanto os homens podem enfrentar riscos maiores de morrer por COVID-19, as mulheres parecem relatar mais problemas como "brain fog" e outros problemas neurológicos depois.
O Que Acontece no Cérebro?
Então, o que acontece com essas proteínas no cérebro? Os níveis de ACE2 parecem estar desregulados em pessoas que tiveram COVID-19, especialmente aquelas com problemas neurológicos visíveis. Embora a gente não saiba muito sobre TMPRSS2 no cérebro, descobertas recentes sugerem que tanto ACE2 quanto TMPRSS2 aparecem em áreas semelhantes do cérebro, indicando que podem estar trabalhando juntas nas funções cerebrais.
Há também algumas indicações de que proteínas como HLA-DQA2 podem entrar em ação quando nosso cérebro está em alerta máximo devido à inflamação, que pode ocorrer após uma infecção. Infelizmente, muita inflamação não é boa para o cérebro e pode piorar problemas existentes, como em casos de doenças como Alzheimer e esclerose múltipla.
O Que Dizem os Números?
Há evidências empolgantes de alguns estudos explorando a expressão gênica em tecidos de homens e mulheres. A maioria das pesquisas indica que os níveis de ACE2 são geralmente mais altos nos homens do que nas mulheres. No entanto, não há muita informação sobre TMPRSS2 e HLA-DQA2. Alguns estudos não encontraram diferenças significativas em TMPRSS2 entre os vários órgãos, mas, mais uma vez, não checaram o cérebro.
O Bom, o Mau e o Cérebro
Então, temos todas essas proteínas afetando como as pessoas vivenciam COVID-19, mas ainda há muito que não sabemos. É como tentar interpretar uma música que você não entende totalmente. Embora os pesquisadores tenham descoberto que os homens têm níveis mais altos de certas proteínas, isso não significa automaticamente que eles terão mais problemas. As mulheres podem experimentar mais sintomas neurológicos devido a várias razões, incluindo respostas imunológicas melhores que, às vezes, podem dar errado, levando a uma inflamação maior.
Além disso, pode haver uma diferença em como os sintomas são relatados. As mulheres são mais propensas a expressar seus sintomas, enquanto os profissionais de saúde podem dar mais atenção ao que as mulheres dizem em comparação aos homens. Isso pode distorcer os números.
Um Olhar sobre os Estudos
Vários estudos analisaram a função cognitiva após COVID-19 e relataram resultados mistos. Alguns descobriram que as mulheres mostraram desempenho cognitivo mais baixo, enquanto outros não viram muita diferença. É meio que jogar uma moeda-às vezes sai cara, às vezes coroa.
Para piorar, não há muitos estudos que olhem especificamente se os homens ou as mulheres são mais afetados pelo long COVID. A maioria das pesquisas foca em sintomas gerais, em vez de investigar a fundo o que pode estar acontecendo com os diferentes sexos.
Avançando: O Que Vem a Seguir?
Os dados sugerem que há uma conexão entre ACE2, TMPRSS2 e HLA-DQA2 e como elas trabalham juntas no nosso cérebro. Essa conexão pode influenciar a gravidade dos sintomas da COVID-19 e por que a recuperação pode variar entre homens e mulheres.
Os pesquisadores agora estão interessados em estudar outras proteínas e como elas interagem com os genes da COVID-19. Uma área a ser observada é o papel das moléculas MHC Classe II no cérebro, porque elas podem estar envolvidas em como o cérebro reage a várias doenças.
Considerações Finais: O Mistério Continua
Resumindo, ainda estamos montando o quebra-cabeça de como o COVID-19 afeta homens e mulheres de forma diferente. As informações que temos estão apenas arranhando a superfície. Embora esteja claro que as diferenças biológicas, especialmente em relação a certas proteínas, levam a resultados diferentes, o quadro geral está entrelaçado com muitas variáveis.
Com os estudos em andamento, esperamos ter uma imagem mais clara de como o COVID-19 interage com as diferenças de sexo, respostas imunológicas e saúde cerebral. Afinal, conhecimento é poder, e quem não gostaria de ter mais poder sobre esse vírus chato?
Título: Sex differences in ACE2, TMPRSS2, and HLA-DQA2 expression in gray matter: Implications for post-COVID-19 neurological symptoms
Resumo: COVID-19 has been associated with sex differences in terms of mortality and morbidity. Viral entry proteins including those regulated by ACE2 and TMPRSS2 may play a role, but few studies have been conducted to date and none have examined sex differences in brain expression. Additionally, HLA-DQA2 expression has emerged as a potential moderator of COVID-19 outcomes. Using non-invasive imaging transcriptomics, we measured ACE2, TMPRSS2, and HLA-DQA2 mRNA expression in gray matter volumes using MRI scans obtained from 1,045 healthy adults aged 21-35 years (44% male) imaged prior to the COVID-19 pandemic. ACE2 (t = 9.24, p < 0.001, d = 0.576), TMPRSS2 (t = 24.66, p < 0.001, d = 1.54), and HLA-DQA2 (t = 3.70, p < 0.001, d = 0.231) expression was significantly higher in males compared to females. Bayesian network analysis indicated significant (p < 0.05) positive causal paths from ACE2 to HLA-DQA2 (B = 0.282), ACE2 to TMPRSS2 (B = 0.357), and TMPRSS2 to HLA-DQA1 (B = 0.139) and a negative causal path from sex (males = -1, females = 1) to TMPRSS2 (B = -0.607). Our results have important implications for neurological symptoms associated with COVID-19 and long COVID including complex interactions between viral entry proteins and immune responses, sex-related disparities in symptom reporting and diagnosis, assessment of neurological problems after COVID-19, and potential COVID-19 related syndemics. However, further research is needed to determine gene expression patterns by sex and COVID-19 outcomes, to evaluate additional genes that may influence neurologic status, and studies that include objective assessments of neurologic outcomes.
Autores: Shelli R. Kesler, Alexa De La Torre Schutz, Oscar Y. Franco Rocha, Kimberly Lewis
Última atualização: 2024-11-04 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.04.24316706
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.04.24316706.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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