Cuidados para Gestantes com HIV na África do Sul
Analisando a eficácia da Opção B+ e do tratamento precoce de HIV.
Cornelius Nattey, Mhairi Maskew, Nelly Jinga, Amy Wise, Nicola van Dongen, Thalia Ferreira Brizido, Maanda Mudau, Karl-G Technau, Kate Clouse
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Índice
Na África do Sul, muitas mulheres grávidas vivendo com HIV estão recebendo tratamento graças a um plano chamado Opção B+. Essa política diz que toda mulher grávida com HIV deve começar a tomar um remédio chamado terapia antirretroviral (TAR), não importa quão saudável ela esteja. O objetivo é manter o vírus sob controle pra não passar de mãe pra filho durante a Gravidez. Desde que esse plano começou, mais mulheres têm recebido a ajuda que precisam, e menos bebês estão nascendo com HIV.
Mas ainda rola uma pergunta na cabeça de muita gente: as mulheres estão conseguindo a ajuda que precisam assim que descobrem que estão grávidas? Quanto mais cedo elas começam o tratamento, menor a chance de passar o HIV pros bebês. Pesquisas mostram que muitas mulheres só descobrem que têm HIV quando vão fazer os exames de rotina durante a gravidez, e às vezes elas não começam o tratamento até mais tarde na gestação.
Nesse artigo, vamos olhar o que sabemos sobre como as mulheres se envolvem no cuidado com HIV logo no início e como isso afeta a saúde delas e a saúde dos bebês. Vamos também ver como o plano mudou desde que a Opção B+ começou.
Contexto
O tratamento do HIV para mulheres grávidas na África do Sul mudou ao longo dos anos. Tiveram diferentes estratégias pra ajudar mães e seus bebês. Os líderes de saúde do mundo deram diretrizes, e a África do Sul adaptou isso pras necessidades locais.
Em 2008, foi feito um plano para mulheres grávidas onde elas podiam começar o tratamento se a saúde delas estivesse bem baixa. Depois, em 2010, uma nova opção permitiu que mulheres com saúde um pouco melhor começassem o tratamento mais cedo. Em 2013, as coisas melhoraram ainda mais com o plano Opção B, onde toda mulher grávida foi oferecida o melhor tratamento sem ter que esperar a saúde piorar. Finalmente, em 2015, o plano Opção B+ entrou em ação, permitindo que todas as mulheres grávidas com HIV começassem tratamento vitalício de imediato.
A População do Estudo
Pra entender como esses planos estão funcionando, os pesquisadores analisaram dois grupos principais de mulheres. O primeiro grupo era formado por mulheres grávidas que deram à luz em um hospital específico em Joanesburgo de 2013 a 2017. Eles coletaram todas as informações importantes, como idades, saúde e quanto cuidado elas receberam.
O segundo grupo veio de uma fonte de dados mais ampla, usando informações coletadas de laboratórios de saúde que atendem a maior parte da população na África do Sul. Essas informações são usadas pra acompanhar testes e Tratamentos ao longo do tempo, o que dá uma visão mais completa de como as mulheres estão se saindo.
Ligando os dados das duas fontes, os pesquisadores conseguiram ter uma imagem mais clara de como as mulheres estão se envolvendo com o cuidado do HIV tanto antes quanto durante a gravidez.
Descobertas Principais Sobre o Envolvimento no Cuidado do HIV
Os pesquisadores descobriram que cerca de 65% das mulheres se envolveram de alguma forma com o cuidado do HIV antes de entrar nas consultas de gravidez. Dentre essas mulheres, apenas um décimo disse que já estava tomando a medicação antes de engravidar, enquanto outras mostraram provas de ter recebido cuidados através de resultados de laboratório.
Com os anos, houve um aumento notável nas mulheres se envolvendo com o cuidado antes de engravidar, especialmente para aquelas que estavam tendo seu segundo filho ou mais. A proporção de mulheres acessando cuidado antes da primeira consulta durante a gravidez aumentou significativamente após a introdução da Opção B+, subindo de cerca de 55% antes da política pra 66% depois.
Por Que Algumas Mulheres Não Se Envolvem Cedo
Mesmo com opções como a Opção B+, mulheres mais jovens se mostraram menos propensas a buscar cuidado do HIV logo de início em comparação com mulheres mais velhas. Isso pode ter a ver com o fato de que mães mais jovens geralmente são mães de primeira viagem. Elas podem estar nervosas, confusas ou simplesmente muito ocupadas tentando entender tudo.
Tem várias razões pelas quais as mulheres podem não buscar ajuda cedo. Algumas se sentem sobrecarregadas, enquanto outras podem não ter apoio em casa ou se preocupar com o que as pessoas vão pensar se descobrirem que têm HIV.
Testes de HIV e Monitoramento do Carregamento Viral
Ao analisar os testes de Carga Viral, que medem a quantidade de vírus no sangue de uma pessoa, os pesquisadores descobriram que cerca de 41% das mulheres fizeram testes quando começaram as consultas de gravidez, e cerca de 60% tiveram pelo menos um teste durante a gestação.
Entre as mulheres que se envolveram em cuidados antes da gravidez, cerca de 61% das que tiveram sua carga viral testada apresentaram uma contagem de vírus baixa o suficiente pra minimizar o risco de passar pra seus bebês. Por outro lado, apenas cerca de 28% daquelas que não se envolveram em cuidados antes da gravidez alcançaram o mesmo nível de supressão.
Durante a gravidez, as taxas de supressão viral foram até melhores para aquelas que começaram o tratamento antes de engravidar, destacando a importância da intervenção precoce.
Tendências ao Longo do Tempo
Os dados também acompanharam tendências ao longo dos anos. Embora houvesse períodos de boa supressão viral entre as mulheres, houve uma queda notável em 2016, levantando algumas sobrancelhas e preocupações entre os profissionais de saúde. No entanto, houve uma pequena recuperação em 2017, embora ainda não estivesse tão boa quanto em anos anteriores.
O Impacto da Opção B+
A introdução do plano Opção B+ mostrou uma mudança positiva na capacidade das mulheres de se envolverem no cuidado do HIV antes de engravidar. No entanto, apesar desse progresso, muitas mulheres ainda começaram suas gravidezes com doenças avançadas de HIV, o que pode colocar em risco tanto a saúde delas quanto a dos bebês.
As descobertas indicam que mulheres que começaram o tratamento antes de engravidar provavelmente teriam melhores resultados de saúde, incluindo cargas virais mais baixas durante a gravidez.
Conclusão
Pra concluir, apesar dos avanços significativos no cuidado do HIV para mulheres grávidas na África do Sul sob o plano Opção B+, ainda tem muito trabalho a ser feito. Embora mais mulheres estejam recebendo tratamento mais cedo, muitas ainda aparecem nas consultas com HIV avançado. As evidências sugerem que o envolvimento precoce nos cuidados pode melhorar bastante os resultados de saúde, tanto para as mães quanto para os bebês.
O apoio social e a educação devem focar em guiar mães mais jovens e de primeira viagem a buscar cuidados cedo. Fazendo isso, podemos ajudar a reduzir o número de mulheres começando suas gravidezes em risco e garantir que mais bebês nasçam saudáveis e livres de HIV.
No final das contas, a saúde das mães e dos bebês é uma prioridade nacional, e todo esforço deve ser feito pra apoiar as mulheres a acessar os cuidados que precisam antes e durante a gravidez.
Humor?
É verdade que lidar com o HIV é um assunto sério, mas não conseguimos evitar dar risada de como as pessoas ficam surpresas ao descobrir que ir ao médico pode ser uma experiência positiva! Assim como quando você finalmente decide ir buscar aquela pizza que estava adiando – você tá nervoso com o que pode descobrir, mas no final, sempre é melhor pra sua saúde! Então vamos continuar encorajando essas visitas antecipadas, um pedaço de cada vez!
Título: The impact of Option B+ policy on engagement in HIV care and viral suppression among pregnant women living with HIV in South Africa
Resumo: BackgroundEarly access to HIV care impacts maternal outcomes and the risk of vertical transmission of HIV Option B+, a policy that mandates offering all pregnant women living with HIV (PWLH) lifelong antiretroviral therapy (ART) irrespective of their CD4 count, has been adopted across sub-Saharan Africa, including South Africa since 2015. This study aimed to assess the impact of Option B+ on engagement in HIV care and viral suppression among pregnant women in South Africa. MethodsThis observational study used data from pregnant women living with HIV who delivered at Rahima Moosa Mother and Child Hospital in Johannesburg, South Africa from 2013-2017. Linkage to a national HIV laboratory cohort (the NHLS National HIV cohort) was used to ascertain engagement in HIV care prior to antenatal care (ANC) entry and viral load outcomes. Analyses were stratified by the pre-Option B+ (2013-2015) and Option B+ (2016-2017) eras. We compared engagement rates before and during the Option B+ era and assessed factors associated with HIV care engagement and viral suppression. Risk ratios were estimated using log-binomial regression. Results: Among 4,865 PWLH, 65% had evidence of prior engagement in HIV care. Prior engagement in care was higher during the Option B+ era (66%) compared to the pre-Option B+ era (55%) (p
Autores: Cornelius Nattey, Mhairi Maskew, Nelly Jinga, Amy Wise, Nicola van Dongen, Thalia Ferreira Brizido, Maanda Mudau, Karl-G Technau, Kate Clouse
Última atualização: 2024-11-08 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.08.24316965
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.08.24316965.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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