Enfrentando a Ameaça do Envenenamento por Mordida de Cobra
Uma olhada nos perigos das picadas de cobra e a necessidade de tratamentos melhores.
Keirah E. Bartlett, Adam Westhorpe, Mark C. Wilkinson, Nicholas R. Casewell
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Índice
- Entendendo os Venenos de cobra
- O que tem dentro do veneno de cobra?
- O dano causado pelos venenos
- Dano celular causado pelo veneno
- Vamos desmembrar: Como os pesquisadores estudam os venenos
- O papel do EDTA
- Variações entre os venenos de cobra
- Métodos de teste e pesquisa
- Indo em frente: Novos tratamentos
- E agora?
- Conclusão
- Fonte original
Envenenamento por picada de cobra é um baita problema, principalmente em áreas rurais de países da África subsaariana, Sul da Ásia, Sudeste Asiático e América Latina. Todo ano, isso causa até 138 mil mortes e cerca de 400 mil pessoas com deficiência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a picada de cobra como uma doença tropical negligenciada e quer cortar pela metade o número de mortes e incapacidades até 2030. O principal tratamento disponível é o antiveneno, que pode salvar vidas, mas tem questões como custo e eficácia.
Venenos de cobra
Entendendo osOs venenos de cobra são misturas complexas de proteínas que podem causar vários efeitos nocivos. Alguns venenos criam problemas sérios pelo corpo todo, enquanto outros causam danos mais severos no local da picada. Muitas vezes, o dano local pode levar à perda de membros ou exigir cirurgia. Na África, milhares de pessoas acabam precisando amputar membros todo ano por causa de picadas de cobra.
O veneno de certas cobras como a víbora da puff e a víbora serrilhada é conhecido por causar danos locais significativos. Na Nigéria, um tipo específico de víbora serrilhada contribui muito para casos graves de envenenamento. O veneno da víbora da puff também causa problemas generalizados em várias regiões.
O que tem dentro do veneno de cobra?
As Toxinas no veneno de cobra vêm de diferentes famílias de proteínas. Cientistas descobriram que certas proteínas como metaloproteinases de veneno de cobra (SVMPs) e fosfolipases A2 (PLA2) são comuns nos venenos de cobras problemáticas. Cada tipo de veneno tem sua própria composição.
Por exemplo, na Nigéria, o veneno da víbora da puff tem muitas proteínas semelhantes a lectinas do tipo C, enquanto o veneno da víbora serrilhada contém mais SVMPs. Até mesmo diferentes regiões podem ter cobras com propriedades de veneno diferentes.
O dano causado pelos venenos
Quando as cobras mordem, o veneno pode levar a condições que ameaçam a vida ou causar danos locais severos. Isso pode incluir sangramento, morte muscular e outros problemas sérios. Os tipos de toxinas no veneno podem causar vários efeitos no corpo, com algumas afetando o sangue e outras atacando diretamente os tecidos.
Ainda rola um mistério sobre quais componentes específicos do veneno causam mais dano. Alguns estudos históricos sugeriram que diferentes tipos de toxinas contribuem para os efeitos nocivos em geral, mas muitos detalhes ainda estão nebulosos.
Dano celular causado pelo veneno
Em experimentos com células da pele humana, pesquisadores descobriram que tanto o veneno da víbora serrilhada quanto o da víbora da puff podem causar danos celulares significativos. O veneno da víbora serrilhada se mostrou um pouco mais prejudicial que o da víbora da puff nesses testes.
Quando os cientistas examinaram os componentes individuais dos venenos, ficou claro que as SVMPs eram as principais responsáveis pelo dano celular. Essas proteínas, especialmente o subtipo PIII da víbora serrilhada, eram os principais culpados.
Vamos desmembrar: Como os pesquisadores estudam os venenos
Para investigar mais, os pesquisadores separaram os venenos em diferentes partes e testaram quais partes causavam danos celulares. Eles descobriram que certas frações do veneno da víbora serrilhada eram particularmente tóxicas, enquanto outras partes do veneno da víbora da puff também mostraram efeitos nocivos. Quando os cientistas usaram um agente especial para inibir as SVMPs, perceberam que isso reduzia significativamente os danos causados por ambos os venenos.
O papel do EDTA
O EDTA é um composto que pode inibir proteases, que são enzimas que quebram proteínas. Usando o EDTA nos testes, os pesquisadores conseguiram ver uma grande redução nos efeitos nocivos dos venenos. Essa descoberta sugere que as SVMPs têm um papel chave nos efeitos citotóxicos dos venenos.
Encontrando maneiras de bloquear efetivamente essas toxinas, os pesquisadores estão esperançosos sobre o desenvolvimento de melhores tratamentos para as vítimas de picadas de cobra.
Variações entre os venenos de cobra
Diferentes espécies de cobras podem ter venenos variados, até mesmo dentro da mesma espécie em diferentes regiões. Pesquisadores descobriram que o veneno da víbora da puff da Tanzânia era muito mais nocivo do que o da Nigéria quando testado em células da pele humana.
Dá pra dizer que as cobras da Nigéria e da Tanzânia têm seus próprios métodos de 'fabricação' do veneno, e parece que a versão tanzaniana é mais potente!
Métodos de teste e pesquisa
Os pesquisadores usaram uma combinação de técnicas para desmembrar os venenos e testar seus efeitos nas células. Combinando separação por tamanho com ensaios específicos-como o ensaio MTT que mede a viabilidade celular-os cientistas puderam aprender muito sobre quais componentes do veneno estavam causando os danos.
Indo em frente: Novos tratamentos
Considerando que o antiveneno nem sempre é eficaz ou acessível, há um impulso para criar novos tratamentos. Isso pode incluir anticorpos monoclonais ou inibidores de pequenas moléculas, que atacariam especificamente as toxinas prejudiciais do veneno de cobra.
Entender os componentes específicos que causam problemas permite que os pesquisadores desenvolvam novas terapias que podem tornar os antivenenos atuais obsoletos.
E agora?
Essa pesquisa abre portas para novos avanços na medicina para lidar com picadas de cobra. Embora os tratamentos atuais sejam limitados, os estudos apontam para alternativas potencialmente eficazes que poderiam mitigar os sérios perigos apresentados pelas picadas de cobra no futuro.
Só podemos esperar que esses avanços cheguem rápido, para que menos pessoas tenham que se preocupar com o próximo encontro com uma cobra-especialmente em áreas rurais onde esses incidentes são bem comuns.
Conclusão
O envenenamento por picada de cobra é um problema de saúde global significativo, especialmente em regiões tropicais. As complexidades dos venenos de cobra e seus efeitos no corpo humano destacam a necessidade de pesquisa contínua para aprimorar as opções de tratamento.
Com um pouco de humor, pode-se dizer que as cobras têm um flair para entradas dramáticas-especialmente quando seu veneno está envolvido. Ao desvendar os mistérios desses venenos, os cientistas estão se aproximando de encontrar soluções eficazes que podem salvar vidas e membros. Então, vamos torcer para que a próxima cura para os problemas de picadas de cobra esteja logo ali na esquina!
Título: Snake venom metalloproteinases are predominantly responsible for the cytotoxic effects of certain African viper venoms
Resumo: AbstractSnakebite envenoming is a neglected tropical disease that causes substantial mortality and morbidity globally. The puff adder (Bitis arietans) and saw-scaled viper (Echis romani) have cytotoxic venoms that cause permanent injury via tissue-destructive dermonecrosis around the bite site. Identification of cytotoxic toxins within these venoms will allow development of targeted treatments, such as small molecule inhibitors or monoclonal antibodies to prevent snakebite morbidity. Venoms from both species were fractionated using gel filtration chromatography, and a combination of cell-based cytotoxicity approaches, SDS-PAGE gel electrophoresis, and enzymatic assays were applied to identify venom cytotoxins in the resulting fractions. Our results indicated that snake venom metalloproteinase (SVMP) toxins are predominately responsible for causing cytotoxic effects across both venoms, but that the PII subclass of SVMPs are likely the main driver of cytotoxicity following envenoming by B. arietans, whilst the structurally distinct PIII subclass of SVMPs are responsible for conveying this effect in E. romani venom. Identification of distinct SVMPs as the primary cytotoxicity-causing toxins in these two African viper venoms will facilitate the future design and development of novel therapeutics targeting these medically important venoms, which in turn could help to mitigate the severe life and limb threatening consequences of tropical snakebite. Key ContributionSVMP toxins were identified as the primary cytotoxicity-causing toxins in the venoms of the puff adder (Bitis arietans) and saw-scaled viper (Echis romani); PII and PIII SVMPs, respectively. This cytotoxicity can be prevented using the metalloproteinase-inhibiting chelator EDTA, suggesting targeted drugs/antibodies may be a viable option for future treatment.
Autores: Keirah E. Bartlett, Adam Westhorpe, Mark C. Wilkinson, Nicholas R. Casewell
Última atualização: 2024-12-07 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.04.626778
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.04.626778.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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