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# Ciências da saúde# HIV/AIDS

Esforços de Moçambique Contra a Transmissão do HIV

Moçambique tá avançando em prevenir a transmissão do HIV de mãe pra filho.

Judite Langa, Maria Inês de Deus, Sarah Arciniegas, Argentina Wate, Erica Bila, Arla Alfândega, Nelice Mate, Irene Rungo, Gizela Azambuja, Kwalila Tibana, Námita Eliseu

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Luta contra a transmissãoLuta contra a transmissãodo HIV em Moçambiquede mãe pra filho de forma eficaz.Moçambique combate a transmissão do HIV
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O HIV é um grande problema, especialmente para as crianças. Muitas novas infecções de HIV entre crianças acontecem por causa de uma parada chamada Transmissão Vertical, onde o vírus passa da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Se ajudarmos as mães a terem o cuidado que precisam, podemos evitar muitas dessas situações. A meta é reduzir a taxa de transmissão de mãe para filho para menos de 5% até 2030.

A Luta Contra a Transmissão Vertical em Moçambique

Em Moçambique, um programa para prevenir a transmissão vertical começou lá em 2002. No começo, usaram uma dose única de um remédio chamado nevirapina para mulheres em certas áreas. Aí, em 2013, eles deram um up, oferecendo terapia antirretroviral (TAR) vitalícia para todas as mulheres grávidas e amamentando assim que descobriam que eram HIV positivas, não importando o quão doentes estavam. Em 2016, trouxeram tratamentos mais novos que funcionavam mais rápido e melhor durante a gravidez. Em 2019, ainda adicionaram xaropes para bebês nascidos dessas mães, para dar uma chance melhor desde o início.

À medida que o programa cresceu, eles também melhoraram na coleta de dados sobre como estava funcionando. Criaram registros para acompanhar os cuidados que mulheres grávidas e bebês estavam recebendo. Também começaram a usar "mães mentoras", que são mulheres vivendo com HIV que ajudam outras em situações parecidas, oferecendo apoio e encorajamento. Em agosto de 2023, tinham mais de 3.800 dessas mães mentoras em quase todos os locais de saúde financiados pelo governo dos EUA.

Metas e Estratégias

A meta desse programa é eliminar a transmissão vertical do HIV em Moçambique. O plano inclui quatro passos principais:

  1. Intervenções Biomédicas: Isso significa fazer testes para HIV e iniciar as mulheres na TAR o mais rápido possível.

  2. Envolvendo os Homens: Fazer os pais se envolverem nos cuidados de saúde das mães e crianças ajuda a melhorar os resultados de saúde e diminuir as chances de transmissão.

  3. Apoio Contínuo: Manter as mulheres na TAR e dar apoio emocional pra elas se manterem saudáveis.

  4. Cuidados com os Bebês: Garantir que os bebês sejam testados para HIV cedo e, se necessário, colocá-los na TAR imediatamente.

Análise de Dados de 2017-2023

Os dados de 2017 a 2023 mostram bem como esse programa tem funcionado. Eles analisaram quantas mulheres receberam cuidados pré-natais (CPN), quantas sabiam seu status de HIV e quantos bebês foram testados para HIV.

Cuidados Pré-Natais para Mulheres

De 2022 a 2023, quase 87% das mulheres grávidas compareceram à primeira consulta de CPN, mas só cerca de 49% foram a quatro ou mais consultas. As mulheres nas partes sul de Moçambique tiveram a maior participação, o que é uma boa notícia. E a porcentagem de mulheres que conheciam seu status de HIV na primeira consulta de CPN subiu de 90% em 2017 para impressionantes 99,9% em 2023.

Testes e Tratamento do HIV

Mais mulheres que testaram negativo para HIV na primeira consulta de CPN passaram a ser testadas novamente depois. Isso é importante porque ajuda a detectar novas infecções mais cedo. Entre as mulheres HIV positivas, o número que foi diagnosticado pela primeira vez na primeira consulta de CPN caiu bastante, significando que mais mulheres estavam cientes de seu status antes mesmo de chegarem à CPN.

Testes de Carga Viral

O número de testes feitos para checar como o tratamento estava funcionando também aumentou, passando de cerca de 24.000 testes para mais de 200.000 em seis anos. Mais mulheres estão mostrando que seu tratamento está funcionando, com taxas de supressão da carga viral (significa que o vírus não é detectável) aumentando de cerca de 61% para quase 93% entre as mulheres amamentando.

Bebês e Testes de HIV

Entre 2017 e 2023, o número de bebês expostos ao HIV aumentou um pouco. Mas a boa notícia é que a porcentagem desses bebês sendo testados para HIV subiu muito. Testar os bebês cedo é fundamental porque permite tratamento rápido, se necessário. A porcentagem de bebês fazendo seu primeiro teste antes dos dois meses saltou de cerca de 70% para mais de 93%.

Entretanto, a taxa de testes positivos entre esses bebês caiu drasticamente. Isso é um sinal de que os esforços para prevenir a transmissão de mãe para filho estão realmente dando certo.

Conexão com o Tratamento

Para os bebês diagnosticados com HIV, a porcentagem que recebeu tratamento aumentou significativamente. Isso mostra que não só mais bebês estão sendo testados, mas também estão recebendo o cuidado que precisam quando descobrem que são positivos.

O Que Tudo Isso Significa?

Esses números são promissores! O programa em Moçambique teve muito sucesso nos últimos anos. Mas ainda há alguns desafios pela frente. Por exemplo, mesmo que muitas mulheres estejam sendo testadas para HIV e conectadas à TAR, ainda não é suficiente o número de mulheres que comparecem às suas consultas de CPN. Ainda fica abaixo da meta de 90%. As visitas de CPN são super importantes porque é lá que podem descobrir se as mulheres são HIV positivas e dar a ajuda que precisam.

Além disso, as mulheres mais jovens ainda têm um pouco mais de dificuldade em manter o tratamento comparadas às mais velhas. Isso é um desafio comum em muitos lugares, onde as mulheres mais jovens podem acabar deixando passar.

Desafios pela Frente

Embora tenha havido um grande progresso, ainda existem barreiras a serem superadas. Muitas mulheres ainda descobrem seu status de HIV muito tarde, ou perdem consultas porque não têm o suporte certo. O sistema de saúde precisa melhorar em áreas como treinar mais profissionais de saúde e garantir que haja recursos suficientes nas unidades de saúde.

Conclusão

Então, resumindo, Moçambique fez avanços impressionantes no combate à transmissão vertical do HIV por meio de programas inteligentes e apoio da comunidade. O número de mulheres e bebês sendo testados e tratados está aumentando, e isso é uma ótima notícia! Claro, ainda há trabalho a ser feito para eliminar completamente a transmissão de mãe para filho. O país está no caminho certo, mas vai precisar de esforço e apoio contínuos para continuar a melhorar. Com um pouco de humor, é como dizem: "Roma não foi feita em um dia", e nem uma nação saudável! Vamos continuar empurrando para que esses números sigam subindo!

Fonte original

Título: Trends in Prevention of Mother-to-Child Transmission of HIV at PEPFAR-Supported Sites in Mozambique, 2017-2023

Resumo: BackgroundMozambique has implemented Prevention of Vertical Transmission (PVT) of HIV as part of national programming since 2002. Despite gains, vertical transmission rates remain high, estimated at 9% in 2023. We describe PVT progress at PEPFAR-supported sites. MethodsWe analyzed routine data from 656 PEPFAR-supported sites reported for fiscal years (October-September) 2017-2023. We calculated the proportion of pregnant women (PW) at first antenatal care (ANC1) who knew their status, HIV test positivity (positive tests divided by the total number of tests conducted); the proportion of PW on antiretroviral therapy (ART); the proportion of PW on ART with documented viral load (VL) test; the proportion of PW and breastfeeding women (BFW) with viral load suppression (VLS, defined as

Autores: Judite Langa, Maria Inês de Deus, Sarah Arciniegas, Argentina Wate, Erica Bila, Arla Alfândega, Nelice Mate, Irene Rungo, Gizela Azambuja, Kwalila Tibana, Námita Eliseu

Última atualização: Nov 20, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.20.24317608

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.20.24317608.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

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