Diferenças de Gênero na Dor e na Imunidade
Pesquisas mostram como homens e mulheres sentem dor de maneiras diferentes por causa de fatores biológicos.
Allison M Barry, Julia R Sondermann, Joseph B Lesnak, Feng Xian, Úrzula Franco-Enzástiga, Jayden A O’Brien, David Gomez Varela, Morgan K Schackmuth, Stephanie Shiers, Theodore J Price, Manuela Schmidt
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Índice
- Impacto Hormonal na Dor e Resposta Imune
- O Gânglio da Raiz Dorsal: Um Jogador Chave
- O Estudo: Análise de Proteínas nos Gânglios da Raiz Dorsal
- Proteínas e Dor: Um Olhar Mais Próximo na Sinalização do TNFα
- Entendendo Canais Iônicos e Proteínas de Membrana
- O Que os Dados Revelaram sobre os Gânglios da Raiz Dorsal e a Raiz Nervosa
- Expressão Gênica e Dimorfismo Sexual
- O Futuro do Entendimento da Dor e Tratamento
- Conclusão: Um Novo Entendimento da Dor e Gênero
- Fonte original
- Ligações de referência
Condições neuroimunes lidam com como nosso sistema nervoso e Sistema Imunológico interagem. Essas condições podem afetar como sentimos dor e podem ser diferentes para homens e mulheres. É importante entender como essa diferença funciona pra que a gente consiga tratar essas condições melhor. Por exemplo, descobriram que condições autoimunes, que são doenças onde o sistema imunológico ataca o corpo, geralmente afetam mais as mulheres do que os homens. Na verdade, mais de 80% das pessoas com certas condições autoimunes são mulheres.
Quando se trata de dor, as mulheres costumam relatar sentir mais dor em situações experimentais. Elas também têm taxas mais altas de dor crônica e são mais propensas a sofrer de distúrbios relacionados à dor, como enxaquecas e síndrome da dor regional complexa. Isso indica algumas diferenças subjacentes baseadas em sexo e gênero que precisam ser exploradas mais a fundo.
Impacto Hormonal na Dor e Resposta Imune
Os hormônios desempenham um papel significativo em como nosso corpo reage à dor e à doença. Em particular, hormônios como estrogênio, prolactina e testosterona podem influenciar como nosso sistema imunológico funciona e como percebemos a dor. Pesquisas com roedores mostram que essas influências hormonais podem criar diferenças notáveis na resposta à dor e na função imunológica entre os sexos. Isso sugere que fatores biológicos levam a experiências diferentes de dor e problemas imunológicos em homens e mulheres.
O Gânglio da Raiz Dorsal: Um Jogador Chave
Os Gânglios da Raiz Dorsal (DRG) são um agrupamento de corpos celulares nervosos localizados na coluna. Eles têm um papel vital em como sentimos a dor. Os neurônios sensitivos no DRG recebem sinais da pele e outras partes do corpo e enviam esses sinais para o cérebro. Quando ocorre inflamação no corpo, esses neurônios reagem detectando sinais imunológicos e liberando substâncias chamadas neuropeptídeos. Isso cria circuitos complexos que conectam o sistema imunológico e o sistema nervoso.
Recentemente, pesquisadores começaram a estudar os genes e Proteínas específicas nesses neurônios para entender melhor as diferenças entre homens e mulheres. Alguns estudos mostraram que há diferenças na forma como os genes são expressos em neurônios sensitivos e outros tipos de células com base no sexo. Essa pesquisa ajuda a ver como os corpos masculinos e femininos podem responder de forma diferente à dor.
O Estudo: Análise de Proteínas nos Gânglios da Raiz Dorsal
Em um estudo inovador, pesquisadores coletaram e analisaram dados sobre proteínas de tecidos humanos do DRG de doadores masculinos e femininos. O objetivo do estudo era identificar quantas proteínas diferentes estavam presentes e como elas variavam entre os sexos. A pesquisa revelou que existem cerca de 12.500 proteínas diferentes no DRG, fornecendo uma visão bem detalhada do sistema nervoso humano.
Esse extenso conjunto de dados inclui descobertas relacionadas a proteínas importantes para funções de dor e imunidade. Não surpreendentemente, eles encontraram diferenças notáveis na forma como certas proteínas eram expressas em homens e mulheres, especialmente em caminhos relacionados à inflamação e dor.
Proteínas e Dor: Um Olhar Mais Próximo na Sinalização do TNFα
Uma via proteica que se destacou nessa pesquisa é a via de sinalização do TNFα. Essa via está envolvida na inflamação e é crucial quando o corpo combate doenças. Os pesquisadores notaram que essa via se comporta de maneira diferente em homens em comparação com mulheres, o que é essencial para entender como esses sexos reagem a tratamentos que envolvem essa via.
Quando os pesquisadores realizaram testes adicionais, encontraram fortes evidências que apoiam que a via de sinalização do TNFα desempenha um papel importante na maneira como sentimos dor. Isso significa que medicamentos que visam essa via poderiam funcionar de forma diferente para homens e mulheres, possivelmente levando a melhores opções de tratamento no futuro.
Entendendo Canais Iônicos e Proteínas de Membrana
Neste estudo, os pesquisadores também examinaram canais iônicos e proteínas de membrana, que são críticas na sinalização nervosa. Eles encontraram vários tipos diferentes de canais iônicos expressos no DRG. Esses canais iônicos permitem que sinais elétricos passem pelos nervos, ajudando a gente a sentir sensações como dor.
O estudo identificou proteínas importantes especificamente nos gânglios, que normalmente não são encontradas na raiz nervosa. Ao examinar a distribuição dessas proteínas, os pesquisadores puderam determinar como essas áreas do sistema nervoso funcionam e como podem contribuir para as sensações de dor.
O Que os Dados Revelaram sobre os Gânglios da Raiz Dorsal e a Raiz Nervosa
Ao comparar os níveis de proteínas no DRG com a raíz nervosa, os pesquisadores descobriram diferenças importantes entre os dois. Proteínas associadas à mielina, que isola as fibras nervosas, eram mais abundantes na raiz nervosa, enquanto proteínas relacionadas a funções neuronais eram mais prevalentes nos gânglios. Isso apoia a ideia de que essas duas áreas do sistema nervoso servem a papéis distintos quando se trata de dor e sinalização nervosa.
Além disso, não havia padrões claros com base no sexo ao considerar a expressão geral de proteínas na raiz nervosa. No entanto, os gânglios mostraram uma forte conexão com diferenças sexuais, especialmente na sinalização do TNFα que estava enriquecida em doadores masculinos, enquanto as doadoras femininas mostraram uma preferência por processos de fosforilação oxidativa.
Expressão Gênica e Dimorfismo Sexual
Estudos de expressão gênica forneceram mais clareza sobre como as diferenças sexuais se manifestam no DRG. Usando conjuntos de genes específicos, os pesquisadores observaram que nenhum tipo de célula era significativamente mais prevalente do que os outros. Em vez disso, eles viram uma mistura de diferentes tipos de células representadas nas amostras. Embora não tenham detectado diferenças óbvias na expressão geral de proteínas entre homens e mulheres, a análise de enriquecimento de vias revelou padrões distintos indicando que a sinalização do TNFα estava mais ativa em homens.
No geral, os dados indicaram que existem, de fato, padrões de dimorfismo sexual na maneira como as proteínas relacionadas à dor são expressas, o que pode influenciar como homens e mulheres experienciam a dor.
O Futuro do Entendimento da Dor e Tratamento
As implicações dessas descobertas vão além da simples biologia. Se homens e mulheres respondem de maneira diferente a tratamentos que visam a sinalização do TNFα, isso pode levar a novas estratégias para gerenciar e tratar condições relacionadas à dor e inflamação.
À medida que a pesquisa avança, é essencial lembrar que cada um é único. Fatores como idade, status hormonal e histórico médico afetam como os indivíduos respondem a diferentes tratamentos. Daqui pra frente, entender essas nuances será crucial para desenvolver opções de tratamento melhores e mais personalizadas.
Conclusão: Um Novo Entendimento da Dor e Gênero
Este estudo fornece uma nova perspectiva sobre o papel do sexo e gênero nas respostas à dor e imunidade. Ao criar um perfil de proteínas detalhado do DRG humano, os pesquisadores abriram novas avenidas para explorar como essas diferenças biológicas podem impactar os pacientes. Acontece que, enquanto todos somos humanos, nossos corpos têm suas próprias maneiras únicas de lidar com dor e doença, e isso pode fazer toda a diferença em como tratamos uns aos outros no futuro.
No mundo da medicina, esse conhecimento pode muito bem ajudar a personalizar tratamentos que melhor atendam às necessidades únicas de pacientes masculinos e femininos, nos levando um passo mais perto de entender a complexa interação entre nossa biologia e saúde.
Título: Multi-omic integration with human DRG proteomics highlights TNFα signalling as a relevant sexually dimorphic pathway
Resumo: The peripheral nervous system has been widely implicated in pathological conditions that exhibit distinct clinical presentations in men and women, most notably in chronic pain disorders. Here, we explored this sexual dimorphism at a molecular level. We expanded the available omics landscape in the PNS to include quantitative proteomics of the human dorsal root ganglia (hDRG) and nerve. Using data-independent acquisition mass spectrometry, we uncovered an extensive protein landscape, validated against tissue-specific differences between the nerve and hDRG. Using a combination of multi-omic analyses and in vitro functional support, we then examined sex-differences, highlighting TNF signalling as a relevant sexually dimorphic pathway in males. These results support a functional sexually dimorphism in the periphery, which is of particular importance to sensory- and pain-related clinical translation.
Autores: Allison M Barry, Julia R Sondermann, Joseph B Lesnak, Feng Xian, Úrzula Franco-Enzástiga, Jayden A O’Brien, David Gomez Varela, Morgan K Schackmuth, Stephanie Shiers, Theodore J Price, Manuela Schmidt
Última atualização: Dec 10, 2024
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.06.626968
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.06.626968.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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