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# Biologia # Biologia do Cancro

Investigando a Hipertranscrição no Câncer: Novas Ideias

Pesquisas mostram novos métodos para estudar a hipertranscrição em tecidos cancerígenos.

Steven Henikoff, R. M. Paranal, J. E. Greene, Y. Zheng, Z. R. Russell, F. Szulzewsky, S. Kugel, E. C. Holland, K. Ahmad

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As células do nosso corpo precisam criar moléculas de RNA pra produzir proteínas e gerenciar várias funções. Esse processo é chamado de Transcrição. Quando as células estão crescendo e se dividindo, elas costumam aumentar a quantidade de transcrição que fazem, o que às vezes é chamado de hipertranscrição. Esse fenômeno já foi amplamente estudado no contexto do câncer, onde as células crescem de forma descontrolada.

Um gene bem conhecido envolvido nesse processo é o cMyc. Acredita-se que ele aumenta os níveis de transcrição em muitos genes nos mamíferos. Células cancerígenas frequentemente apresentam essa hipertranscrição, que pode acontecer porque certos mecanismos que normalmente mantêm a transcrição sob controle são perdidos. Por exemplo, proteínas que ajudam a regular a transcrição, como a topoisomerase I, podem não funcionar direito no câncer.

Desafios Atuais na Medição da Hipertranscrição

Os pesquisadores tentaram entender a hipertranscrição no câncer medindo os níveis de RNA. No entanto, relacionar os níveis de RNA de volta ao DNA de onde vêm pode ser complicado. Muitos estudos usam sequenciamento de RNA (RNA-seq) pra estimar quanto de um RNA específico é produzido, mas surgem desafios devido às diferentes durações de vida das moléculas de RNA e à dificuldade de detectar transcritos de baixo nível, como aqueles de certos fatores de transcrição que são importantes no desenvolvimento e frequentemente desregulados no câncer.

A maioria dos métodos atuais para estudar a hipertranscrição depende de RNA de alta qualidade de amostras frescas. Infelizmente, muitas amostras de câncer são preservadas de forma que podem danificar o RNA e dificultar a análise. Essa preservação muitas vezes envolve fixar o tecido em formaldeído, que pode criar ligações cruzadas entre proteínas e ácidos nucleicos, levando a mais complicações.

Uma Nova Abordagem: FFPE-CUTAC

Pra superar alguns desses problemas, uma nova técnica chamada FFPE-CUTAC foi desenvolvida. Esse método aproveita o processo de fixação em formaldeído pra criar uma imagem clara da maquinaria de transcrição em ação. Em vez de depender apenas dos níveis de RNA, os pesquisadores podem mapear diretamente onde a transcrição está acontecendo no DNA.

Essa técnica analisa a maquinaria de proteínas responsável pela transcrição, conhecida como RNA Polimerase II (RNAPII). Modificando procedimentos existentes, os pesquisadores podem estudar áreas abertas de cromatina em tecidos fixados em formaldeído de forma eficiente. Isso permite identificar regiões onde a transcrição está ocorrendo ativamente, mesmo em amostras que são difíceis de analisar com métodos padrão.

Resultados de Tumores Cerebrais em Camundongos

Nos estudos de tumores cerebrais em camundongos usando FFPE-CUTAC, os pesquisadores descobriram que certos elementos reguladores de genes envolvidos na transcrição estavam frequentemente mais ativos nos tumores em comparação com tecidos normais. Por exemplo, entre diferentes tipos de tumores cerebrais impulsionados por várias alterações genéticas, os pesquisadores observaram que algumas regiões regulatórias eram muito mais ativas do que outras.

A regulação positiva da transcrição variou significativamente entre os diferentes tumores, sugerindo que células cancerígenas podem ter padrões diferentes de atividade transcricional, mesmo quando vêm de contextos genéticos similares. Além disso, os pesquisadores notaram que mesmo quando havia menos células tumorais presentes em uma amostra, altos níveis de transcrição ainda podiam ser observados, indicando que a atividade da maquinaria de transcrição pode ser alta mesmo em áreas com menos tumor.

Examinando Tumores Humanos

Pra ver se essas descobertas se aplicavam aos cânceres humanos, os pesquisadores analisaram amostras de tecidos de vários tipos de tumores humanos junto com tecidos normais adjacentes. Aplicando FFPE-CUTAC, eles identificaram várias regiões de hipertranscrição que eram comuns em diferentes tipos de câncer. Isso foi particularmente evidente em amostras de tumores de mama e cólon, onde muitas das regiões hipotranscritas foram encontradas no Cromossomo 17.

Esse cromossomo tem sido associado a genes importantes do câncer, como HER2, que frequentemente é amplificado em cânceres de mama agressivos. A sobreposição da hipertranscrição com genes relacionados ao câncer sugere que essas mudanças na transcrição podem desempenhar um papel na progressão da doença.

Variabilidade Entre Tumores

Nem todos os tumores apresentaram os mesmos níveis de hipertranscrição. Por exemplo, ao examinar vários tumores no fígado, os pesquisadores encontraram diferenças significativas na atividade da maquinaria de transcrição entre tumores de diferentes pacientes. Isso indica que mesmo dentro do mesmo tipo de câncer, pode haver uma ampla gama de respostas transcricionais que podem afetar como os tumores se comportam e respondem aos tratamentos.

Insights de Genes Histona

O estudo também destacou a hipertranscrição em genes de histona, que são cruciais para o empacotamento de DNA nas células. Ao examinar esses genes, os pesquisadores puderam entender melhor como a divisão e o crescimento celular são regulados no câncer. O aumento da transcrição desses genes de histona está alinhado com a ideia de que os tumores estão se dividindo rapidamente e precisam de mais histonas pra embalar a quantidade crescente de DNA.

Identificando Conexões com a Progressão do Câncer

Os pesquisadores exploraram mais a fundo as regiões hipotranscritas no Cromossomo 17 pra avaliar se estavam ligadas a motoras de câncer conhecidas. Eles descobriram que muitas das regiões com alta atividade de transcrição em tumores correspondiam a genes frequentemente envolvidos no câncer. Essa ligação fornece insights valiosos sobre como certos tumores podem evoluir e responder a terapias.

Potencial para Medicina Personalizada

A capacidade de mapear a hipertranscrição em tumores usando FFPE-CUTAC oferece uma avenida promissora pra medicina personalizada. Entender a paisagem transcricional específica do tumor de um indivíduo poderia ajudar a adaptar tratamentos pra serem mais eficazes. Ao identificar vias ativas nos tumores dos pacientes, os médicos podem implementar terapias mais precisas que visam a biologia subjacente do câncer.

Desafios Avançando

Embora o FFPE-CUTAC mostre grande potencial, ainda há algumas limitações. O método requer amostras de alta qualidade, e sua eficácia pode variar com base na qualidade da preservação do tecido. Além disso, embora possa oferecer insights sobre a atividade de transcrição, deve ser combinado com outras técnicas pra obter uma compreensão abrangente da biologia do tumor.

Conclusão

A pesquisa destaca a importância da hipertranscrição no câncer e os métodos inovadores que podem ser usados pra estudá-la. Ao desenvolver técnicas que medem diretamente a atividade transcricional em tecidos preservados, os pesquisadores podem obter insights que podem, em última análise, levar a uma melhor detecção, compreensão e tratamento de vários cânceres. Esse progresso é crucial no esforço contínuo pra melhorar os resultados para pacientes enfrentando essas doenças desafiadoras.

Fonte original

Título: RNA Polymerase II hypertranscription at histone genes in cancer FFPE samples

Resumo: Genome-wide hypertranscription is common in hu-man cancer and predicts poor prognosis. To under-stand how hypertranscription might drive cancer, we applied our FFPE-CUTAC method for mapping RNA Polymerase II (RNAPII) genome-wide in formalin-fixed paraffin-embedded (FFPE) sections. We demonstrate global RNAPII elevations in mouse gliomas and assort-ed human tumors in small clinical samples and discov-er regional elevations corresponding to de novo HER2 amplifications punctuated by likely selective sweeps. RNAPII occupancy at replication-coupled histone genes correlated with WHO grade in meningiomas, ac-curately predicted rapid recurrence, and corresponded to whole-arm chromosome losses. Elevated RNAPII at histone genes in meningiomas and diverse breast cancers is consistent with histone production being rate-limiting for S-phase progression and histone gene hypertranscription driving overproliferation and aneu-ploidy in cancer, with general implications for precision oncology.

Autores: Steven Henikoff, R. M. Paranal, J. E. Greene, Y. Zheng, Z. R. Russell, F. Szulzewsky, S. Kugel, E. C. Holland, K. Ahmad

Última atualização: 2024-12-12 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.28.582647

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.28.582647.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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