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# Ciências da saúde # Terapia intensiva e medicina critica

O Papel da Aspirina na Insuficiência Respiratória Aguda

Aspirina pode melhorar as taxas de sobrevivência de pacientes com falência respiratória aguda.

Zhenhong Jiang, Shijin Lv, Guohu Zhang, Zengyan Fu

― 7 min ler


Aspirina na Falência Aspirina na Falência Respiratória de falência respiratória aguda? A aspirina pode salvar vidas em casos
Índice

A falência respiratória aguda (FRA) é uma condição séria onde os pulmões de repente não conseguem fornecer oxigênio suficiente pro corpo ou remover dióxido de carbono. Isso pode levar a problemas graves de respiração e até ser fatal. Muitas coisas podem causar a FRA, como pneumonia, infecções severas, acidentes e até alguns remédios. Nos Estados Unidos, quase 2 milhões de pessoas são hospitalizadas por FRA todo ano, acumulando despesas médicas que passam de 50 bilhões de dólares.

Por causa da gravidade da FRA, cerca de metade dos pacientes pode precisar de máquinas pra ajudar a respirar, como ventiladores. Infelizmente, mais de 20% desses pacientes não saem do hospital vivos. Atualmente, o tratamento pra FRA foca principalmente em cuidados de suporte, que inclui fornecer oxigênio, usar ventiladores, e gerenciar a pressão arterial. No entanto, tem poucas medicações que atacam especificamente os problemas subjacentes da FRA.

Causas e Fisiopatologia

Quando alguém sofre de FRA, muitos processos complexos acontecem no corpo. Um aspecto importante é a interação entre os sistemas de coagulação do sangue e inflamação. Quando a FRA se desenvolve, as células que revestem os vasos sanguíneos nos pulmões podem mudar de um estado que impede a coagulação e reduz a inflamação pra um estado que promove a coagulação e a inflamação. Essa mudança pode levar à formação de coágulos, danos ao tecido pulmonar, e dificuldades pra respirar.

Inicialmente, alguns coágulos podem ajudar na troca gasosa e na cicatrização, mas se isso for longe demais, pode piorar a situação, danificando ainda mais os pulmões. Compreender esses processos é essencial pra encontrar novas formas de tratar a FRA de forma eficaz.

Entra a Aspirina

A aspirina é um remédio bem conhecido e amplamente usado. É famosa pela sua capacidade de aliviar a dor, reduzir febre e baixar a inflamação. Seus benefícios vêm da sua ação em enzimas específicas chamadas ciclooxigenases. Essas enzimas têm papéis cruciais no corpo, incluindo ajudar a gerenciar a inflamação e a coagulação do sangue.

Estudos recentes mostraram que a aspirina também tem outros usos, como ajudar a prevenir infartos, impedindo que as plaquetas no sangue se aglomerem.

Alguns pesquisadores começaram a investigar se a aspirina poderia ajudar pacientes com FRA. No entanto, os achados foram mistos. Alguns estudos sugerem que a aspirina poderia ajudar pacientes com FRA, enquanto outros não encontraram benefícios significativos. O problema é que a aspirina pode ter efeitos diferentes dependendo da dose. Doses baixas são ótimas pra prevenir coágulos, enquanto doses mais altas também podem reduzir a inflamação.

Visão Geral do Estudo

Pra entender melhor o papel da aspirina na FRA, os pesquisadores recorreram a um grande banco de dados chamado MIMIC-IV. Esse banco contém informações de muitos pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Analisando os dados, os pesquisadores queriam ver se o uso de aspirina influenciava os resultados de saúde dos pacientes com FRA. Eles estavam particularmente interessados em determinar a melhor dose de aspirina pra esses pacientes.

Coleta de Dados e Seleção de Pacientes

O estudo envolveu olhar muitos registros médicos. Os pesquisadores focaram em pacientes diagnosticados com FRA e excluíram aqueles que não ficaram na UTI por pelo menos 48 horas ou que tinham menos de 18 anos. Eles compararam pacientes que receberam aspirina com aqueles que não receberam.

Pra garantir comparações justas, os pesquisadores usaram uma técnica estatística chamada pareamento por escore de propensão. Esse método ajuda a emparelhar pacientes semelhantes em ambos os grupos, permitindo uma análise menos tendenciosa de como a aspirina afeta os resultados de saúde.

Resultados Primários e Secundários

O objetivo principal deste estudo foi descobrir quantos pacientes morreram dentro de 90 dias após o tratamento para FRA. Eles também olharam a Mortalidade em 30 dias e quanto tempo as pessoas ficaram na UTI.

Resultados

Características dos Pacientes

O estudo incluiu um número significativo de pacientes com FRA. Dentre os examinados, cerca de 6.663 atenderam aos critérios de inclusão. Eles coletaram informações sobre as condições de saúde, tratamentos, e quando começaram e pararam de usar aspirina.

A aspirina foi usada principalmente em dose baixa, com muitos pacientes tomando cerca de 81 miligramas por dia. Alguns pacientes foram prescritos com doses mais altas, mas os achados sugeriram que doses mais baixas poderiam ser mais benéficas. Usando estatísticas pra controlar as diferenças entre os grupos, os pesquisadores compararam os resultados de saúde dos pacientes que usaram aspirina com aqueles que não usaram.

Resultados de Mortalidade

Os dados revelaram que os pacientes que usaram aspirina tinham riscos menores de morrer nos primeiros 30 e 90 dias em comparação com aqueles que não usaram. Isso foi uma surpresa agradável! Parecia que tomar aspirina poderia ajudar os pacientes com FRA a sobreviverem por mais tempo, e a diferença nas taxas de mortalidade foi significativa.

Curvas de Kaplan-Meier

Pra visualizar esses resultados, os pesquisadores criaram curvas de Kaplan-Meier mostrando as taxas de sobrevivência dos dois grupos. As curvas mostraram que os usuários de aspirina geralmente tinham melhores taxas de sobrevivência do que os não usuários, sugerindo que a aspirina poderia fazer uma diferença notável nos resultados dos pacientes.

Duração da Permanência na UTI e Hospital

Curiosamente, enquanto os pacientes que usaram aspirina ficaram mais tempo na UTI e no hospital, eles precisaram de menos tempo em Ventilação Mecânica. Isso sugere que a aspirina pode ajudar os pacientes a se recuperarem da falência respiratória mais rapidamente, mesmo que precisem ficar no hospital por mais tempo.

Análises de Subgrupo

Os pesquisadores também olharam pra diferentes grupos dentro dos pacientes com FRA com base em idade, gênero, raça e outras condições médicas. Eles descobriram que a aspirina parecia beneficiar muitos subgrupos, especialmente pacientes mais jovens, homens e aqueles com problemas de saúde específicos como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A Dosagem Importa

Um achado importante foi sobre a dosagem da aspirina. Os pesquisadores notaram que doses mais altas de aspirina (mais de 300 mg por dia) estavam ligadas a um risco maior de morte em comparação com doses mais baixas. Essa é uma informação crítica, pois sugere que menos pode ser mais quando se trata de aspirina para pacientes com FRA.

O estudo mostrou que pacientes que receberam doses baixas tinham uma chance melhor de sobreviver do que aqueles em doses altas. Doses mais altas não só podem ser menos eficazes, mas também podem levar a mais efeitos colaterais.

Conclusão

Os resultados deste estudo sugerem que a aspirina poderia ser um tratamento útil para pacientes com FRA na UTI. Pode diminuir as chances de morrer dentro de 30 e 90 dias, enquanto possivelmente encurta o tempo passado em ventilação mecânica.

Mesmo com achados promissores, é importante notar que este foi um estudo observacional, ou seja, não pôde provar de forma definitiva que a aspirina foi a causa dos melhores resultados. Mais pesquisas são necessárias pra estabelecer a relação exata entre o uso de aspirina e os resultados da FRA.

Considerações Finais

A FRA continua sendo uma condição desafiadora, e a aspirina pode oferecer uma nova via pra melhorar o tratamento. Enquanto os medicamentos existentes e os tratamentos avançaram, a busca por terapias eficazes continua. Se a aspirina pode ajudar aqueles que lutam contra a FRA, pode ser uma opção simples e eficaz.

Então, da próxima vez que você pensar na aspirina apenas como um analgésico, lembre-se de que ela pode estar dando um soco na luta contra a falência respiratória também! Assim como aquele vizinho que sempre traz sobremesa pros churrascos—inesperado, mas apreciado!

Fonte original

Título: Aspirin reduces the mortality risk of Acute Respiratory Failure: an observational study using the MIMIC IV database

Resumo: BackgroundAcute Respiratory Failure (ARF) is a serious complication of various diseases, characterized by a high mortality rate. Aspirin influences cyclooxygenase, which have a crucial role in inflammation, blood clotting, and immune system modulation. ARF is characterized by an uncontrolled inflammatory and pro-coagulant response, but aspirin can mitigate this inflammatory response by inhibiting platelet function, potentially leading to improved outcomes.Numerous studies have produced conflicting data concerning the impact of aspirin on individuals suffering from Acute Respiratory Failure. We performed an analysis of the MIMIC IV database to explore the association between aspirin use and the outcomes in ARF patients, as well as to ascertain the optimal dosing regimen for aspirin treatment. Materials and methodsARF patients clinical data were extracted from MIMICIV2.2. Propensity score matching was utilized to ensure comparability of baseline characteristics between the group receiving aspirin and the group not receiving aspirin. Subsequently, the link between aspirin and patient death was examined through the application of Kaplan-Meier estimations and Cox proportional hazard regression analyses. ResultsWe identified a cohort of 6,663 individuals suffering from ARF from the MIMIC IV database.Following propensity score matching in a sample of 4,008 participants, multivariate Cox proportional hazards analysis revealed a lower hazard of dying within 90 days for those in the aspirin group versus the non-users group (adjusted Hazard Ratio: 0.723; 95% Confidence Interval: 0.652 to 0.802). Additionally, the Kaplan-Meier survival curves indicated that the 90-day survival rate was higher among aspirin users compared to non-users (log-rank test p< 0.001). And the median duration of survival for patients undergoing aspirin therapy was considerably extended compared to those who did not receive it, amounting to 15.60 days versus 10.36 days, respectively In the aspirin group, the median ICU stay length was longer than non-users group (6.93 days vs. 6.08 days, p

Autores: Zhenhong Jiang, Shijin Lv, Guohu Zhang, Zengyan Fu

Última atualização: 2024-11-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.27.24318046

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.27.24318046.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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