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# Ciências da saúde # Salute pubblica e globale

Transmissão da Dengue: Além de Casa

Estudo revela como locais fora de casa influenciam infecções por dengue através do movimento humano.

Victor Hugo Pena-Garcia, B. N. Ndenga, F. M. Mutuku, A. D. LaBeaud, E. A. Mordecai

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Padrões de Disseminação Padrões de Disseminação da Dengue Revelados infecções por dengue em áreas urbanas. O movimento das pessoas influencia as
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Dengue é uma doença transmitida por Mosquitos, bem comum em áreas tropicais e subtropicais. O principal mosquito responsável por espalhar a dengue é o Aedes aegypti, que prefere viver perto de pessoas. Isso faz dela uma preocupação significativa de saúde pública nas cidades.

Métodos Tradicionais de Controle

Por muito tempo, o principal jeito de controlar a dengue era diminuir a população de mosquitos. Isso geralmente significava focar nas casas, já que muitas infecções eram pensadas para acontecer lá. Mas estudos recentes mostram que outros lugares, como locais de trabalho e mercados, também têm um papel grande na propagação da doença. Na verdade, pesquisas sugerem que mais da metade das infecções por dengue pode acontecer fora de casa.

Importância dos Locais Fora de Casa

Como muitas pessoas frequentam lugares além de suas casas, esses pontos podem ajudar a espalhar a doença. Isso significa que o número total de infecções por dengue pode depender de como as pessoas se movem entre casas e esses outros locais. Entretanto, como esses Movimentos afetam a doença não foi estudado a fundo.

Analisando o Movimento de Pessoas e Mosquitos

Para entender melhor como a dengue se espalha, foi feito um estudo usando um modelo de computador. Esse modelo analisou como pessoas e mosquitos se movem em diferentes ambientes urbanos. Os pesquisadores queriam descobrir como a disposição dos lugares fora de casa e o movimento entre casas e esses lugares influenciavam a propagação da dengue.

Configurando o Modelo

Os pesquisadores ajustaram um modelo existente para entender melhor como diferentes tipos de locais contribuem para os casos de dengue. Eles focaram em cinco tipos de lugares fora de casa: locais de trabalho, mercados, áreas de lazer, locais religiosos e escolas. Dados foram coletados de duas cidades no Quênia para ajudar nisso.

O modelo monitorou como as pessoas se deslocavam para vários locais e quantas pessoas visitavam esses lugares a cada dia. Também considerou a presença de mosquitos com base em pesquisas anteriores. A configuração permitiu entender como esses fatores influenciam o número de casos de dengue.

Como o Modelo Funciona

O modelo simulou dois anos de interações diárias entre pessoas e mosquitos. Levou em conta fatores como temperatura, condições de reprodução dos mosquitos e com que frequência humanos e mosquitos tinham contato. Os pesquisadores rodaram o modelo várias vezes para coletar uma ampla gama de resultados.

Entendendo os Padrões de Movimento

Os pesquisadores analisaram dois aspectos principais do movimento: a distância que as pessoas viajavam de suas casas para outros locais e quantas pessoas estavam se movendo. Eles testaram diferentes distâncias—alguns indo apenas para os lugares mais próximos, enquanto outros viajavam mais longe.

Eles também ajustaram quantas pessoas visitavam os locais fora de casa. Por exemplo, se todo mundo seguisse suas rotinas normais, marcaram como 100% de movimento. Mas se menos pessoas frequentassem esses lugares, reduziram essa porcentagem para 50% ou até 20%.

Movimento dos Mosquitos e Seus Efeitos

Os pesquisadores também consideraram como os mosquitos se movem, levando em conta a necessidade deles por alimento e locais de reprodução. Eles investigaram se ter mais mosquitos se movendo diminuiria ou aumentaria o número de casos de dengue. Descobriram que um maior movimento de mosquitos levou, na verdade, a menos casos, porque resultou em populações menores de mosquitos.

Resultados do Estudo

Movimento Humano Afeta Casos de Dengue

O estudo encontrou uma conexão clara entre o quanto as pessoas se moviam e o número de casos de dengue. Quando mais pessoas visitavam locais fora de casa, o número de infecções por dengue aumentava. O modelo mostrou que o número de casos caía significativamente quando menos pessoas se moviam entre casas e locais fora de casa.

Impacto dos Locais Fora de Casa

Curiosamente, quando os locais fora de casa estavam espalhados pela cidade, havia mais infecções. Isso acontece porque ter muitas pessoas próximas umas das outras aumenta as chances de os mosquitos picarem alguém e transmitirem o vírus.

Apesar das diferenças nas disposições espaciais, a tendência geral permaneceu consistente: menos pessoas se movendo reduziu o número de infecções.

Distância Importa Menos Que Movimento

O estudo também analisou como a distância de casa para os lugares fora de casa influenciava a propagação da dengue. Eles descobriram que essa distância não importava muito comparada ao número total de pessoas em movimento. O que importava mais era para onde as pessoas iam e com que frequência visitavam locais fora de casa.

Agrupamento de Casos

Os pesquisadores também estudaram como a disposição dos casos na cidade mudava dependendo de quão longe as pessoas viajavam e quantas estavam se movendo. Eles notaram que distâncias de viagem mais curtas geralmente levavam a uma propagação mais agrupada de casos, enquanto mais movimento levava a casos mais dispersos.

Migração de Mosquitos e Seus Custos

Ao olhar para o movimento dos mosquitos, os pesquisadores descobriram que permitir que os mosquitos se movessem mais frequentemente resultava em menos casos. Isso porque o movimento parecia levar a taxas de mortalidade mais altas entre os mosquitos, o que significava um número menor de mosquitos disponíveis para espalhar a doença.

Conclusão

O estudo destaca o papel crucial que os locais fora de casa desempenham na propagação da dengue, mostrando que o movimento humano é um fator chave para entender como essa doença se espalha em áreas urbanas. Enfatiza que reduzir o número de pessoas que visitam locais de alto risco pode diminuir significativamente o número de infecções por dengue.

Além disso, enquanto a disposição dos lugares fora de casa impacta a transmissão, a distância percorrida pelas pessoas é menos importante do que o movimento total entre casas e outros lugares. Entender essas dinâmicas pode ajudar as autoridades de saúde a elaborar melhores estratégias para controlar a dengue, focando não só nas casas, mas também nos ambientes fora de casa que facilitam a propagação da doença.

Fonte original

Título: Mobility and non-household environments: understanding dengue transmission patterns in urban contexts

Resumo: AbstractO_ST_ABSBackgroundC_ST_ABSHouseholds (HH) have been traditionally described as the main environments where people are at risk of dengue (and other arbovirus) infection. Mounting entomological evidence has suggested a larger role of environments other than HH in transmission. Recently, an agent-based model (ABM) estimated that over half of infections occur in non-household (NH) environments like workplaces, markets, and recreational sites. However, the importance of human and vector mobility and the configurations of urban spaces in mediating the effects of NH on dengue transmission remains understudied. MethodsTo improve our knowledge of the relevance of NH in transmission, we expanded an ABM calibrated from field data in Kenya to examine movement of people and vectors under different spatial configurations of buildings. In this model, we assessed the number of people traveling between HH and NH and their distance. Those were studied on three different urban configurations, on which the NH are spatially distributed either randomly (scattered), centered (in a single center), or clustered (in more than one cluster). ResultsAcross simulations, the number of people moving is a major influential variable where higher levels of movement between HH and NH increases the number of cases. In addition, the number of cases is higher when NH are scattered. Intriguingly, the distance that people travel from HH to NH seems to have little effect on dengue burden; however, it affects the level of spatial clustering of cases. ConclusionsThese results highlight the importance of NH as a major spreader of infections between HH and NH environments supporting the relevance of NH in transmission and its interaction with human movement in driving dengue dynamics.

Autores: Victor Hugo Pena-Garcia, B. N. Ndenga, F. M. Mutuku, A. D. LaBeaud, E. A. Mordecai

Última atualização: 2024-12-05 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.28.24308061

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.28.24308061.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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