Mudanças Climáticas e a Alta da Dengue
Analisando como as mudanças climáticas ajudam na propagação da dengue e outras doenças.
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Atividades humanas tão mudando o clima, resultando em Eventos Climáticos Extremos como ondas de calor, secas e Ciclones. Essas mudanças podem ter efeitos sérios na saúde, aumentando o risco de doenças como mortes relacionadas ao calor e enfermidades transmitidas por insetos, como a Dengue. A dengue é transmitida por mosquitos e tem ficado mais comum nos últimos anos. Em 2023, mais de cinco milhões de casos foram registrados globalmente, com milhares de mortes. O número de casos só deve aumentar, especialmente com as mudanças climáticas afetando os padrões de chuva e temperatura.
A Alta da Dengue
A dengue é um vírus transmitido principalmente por dois tipos de mosquitos: Aedes aegypti e Aedes albopictus. O aumento nos casos de dengue tem sido ligado às mudanças climáticas, especialmente eventos climáticos extremos que criam condições ideais para os mosquitos. Chuvas fortes, por exemplo, oferecem locais para a reprodução desses insetos. Isso é preocupante porque os surtos de dengue geralmente coincidem com esses padrões climáticos.
Recentemente, os casos de dengue atingiram um número recorde. Em março de 2023, o Peru enfrentou um ciclone mortal chamado Yaku, que causou chuvas intensas e inundações, afetando centenas de milhares de pessoas. Logo após esse evento, o Peru teve seu pior surto de dengue da história, superando significativamente a média de casos.
Clima Extremo e Surtos de Doenças
Pesquisas mostram que eventos climáticos extremos podem acionar surtos de doenças. Porém, não há muitos estudos sobre como o clima causado pelas mudanças climáticas influencia diretamente a disseminação de doenças como a dengue. Cientistas notaram que vários fatores contribuem para como as mudanças climáticas afetam os resultados de saúde. Por exemplo, entender o impacto de chuvas fortes e inundações na transmissão da dengue é fundamental.
O ciclone Yaku é um exemplo claro de como o clima extremo pode levar a surtos de doenças. As chuvas intensas do ciclone criaram ótimas condições para os mosquitos se reproduzirem. Os meses seguintes viram um aumento significativo nos casos de dengue, indicando uma ligação clara entre o evento climático extremo e a crise de saúde.
Metodologia: Entendendo o Impacto
Para estudar os efeitos do Ciclone Yaku nos casos de dengue, os pesquisadores usaram técnicas avançadas que comparam a situação em áreas afetadas com áreas semelhantes que não foram impactadas pelo ciclone. Essa abordagem ajuda a estimar quantos casos adicionais de dengue podem ser atribuídos ao ciclone em si. Analisando dados climáticos históricos e relatórios de casos, eles conseguiram tirar conclusões mais claras sobre o efeito do ciclone.
As autoridades de saúde do Peru relataram dados sobre os casos de dengue, o que permitiu que os cientistas comparassem a situação antes e depois do ciclone. Essa comparação é vital para entender a contribuição específica do ciclone no aumento dos casos de dengue.
Fatores que Influenciam Surtos
Vários fatores determinam a probabilidade de um surto de dengue ocorrer após eventos climáticos extremos. A qualidade das habitações, acesso à água e as condições de vida em geral podem desempenhar papéis significativos. Em áreas com prédios de baixa qualidade e sistemas de água inadequados, o risco de transmissão da dengue tende a ser maior. As pessoas vivendo nessas condições podem ter mais contato com os mosquitos e suas casas podem ser mais vulneráveis a inundações.
A temperatura também afeta como os mosquitos se comportam e quão rápido podem espalhar doenças. Pesquisas indicam que certas faixas de temperatura são ideais para a proliferação do vírus da dengue. Portanto, entender como as condições quentes e úmidas interagem pode ser crucial para prever surtos.
O Papel da Mudança Climática
As mudanças climáticas estão tornando o clima extremo mais comum, o que representa riscos para a Saúde Pública. Por exemplo, cientistas descobriram que a probabilidade de eventos de chuvas intensas, como os experimentados durante o Ciclone Yaku, aumentou devido às mudanças climáticas. Essas alterações ameaçam agravar as tendências já crescentes em doenças como a dengue.
Os dados históricos mostram que eventos climáticos extremos estão cada vez mais associados a atividades humanas, como emissões de gases de efeito estufa. Essa evidência destaca a necessidade de estudos focados em como essas emissões afetam os resultados de saúde.
Respostas de Saúde Pública
Abordar os riscos à saúde impostos pelas mudanças climáticas pode envolver várias estratégias. Uma abordagem chave inclui melhorar a infraestrutura para suportar eventos climáticos severos. Por exemplo, construir melhores sistemas de drenagem pode ajudar a gerenciar inundações e reduzir os locais de reprodução de mosquitos.
Os oficiais de saúde pública podem também priorizar a educação comunitária sobre como prevenir picadas de mosquito e gerenciar o armazenamento de água nas casas. Campanhas de conscientização podem reduzir significativamente a transmissão de doenças, especialmente em comunidades vulneráveis.
Além disso, aprimorar a vigilância de doenças e sistemas de alerta precoce é crucial. Detectando surtos potenciais mais cedo, as autoridades de saúde podem tomar ações direcionadas para evitar a transmissão em larga escala.
Conclusão: Um Chamado à Ação
A conexão entre mudanças climáticas, eventos climáticos extremos e o aumento de doenças como a dengue é clara. À medida que as Temperaturas globais continuam a subir, mais eventos climáticos extremos devem ocorrer, o que pode levar a novas crises de saúde.
É essencial reconhecer a importância de agir contra as mudanças climáticas para proteger a saúde pública. Esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e construir comunidades resilientes ao clima são passos cruciais para salvaguardar a saúde diante de mudanças ambientais iminentes.
Entender essas relações ajuda a informar estratégias de saúde pública e decisões políticas futuras para minimizar os impactos negativos à saúde das mudanças climáticas. A crescente ameaça da dengue serve como um alerta de que a interação entre clima e saúde não pode ser ignorada; ação imediata é necessária para proteger a saúde humana em um mundo em transformação.
Título: Extreme precipitation, exacerbated by anthropogenic climate change, drove Peru's record-breaking 2023 dengue outbreak
Resumo: Anthropogenic forcing is increasing the likelihood and severity of certain extreme weather events, which may catalyze outbreaks of climate-sensitive infectious diseases. Extreme precipitation events can promote the spread of mosquito-borne illnesses by creating vector habitat, destroying infrastructure, and impeding vector control. Here, we focus on Cyclone Yaku, which caused heavy rainfall in northwestern Peru from March 7th - 20th, 2023 and was followed by the worst dengue outbreak in Perus history. We apply generalized synthetic control methods to account for baseline climate variation and unobserved confounders when estimating the causal effect of Cyclone Yaku on dengue cases across the 56 districts with the greatest precipitation anomalies. We estimate that 67 (95% CI: 30 - 87) % of cases in cyclone-affected districts were attributable to Cyclone Yaku. The cyclone significantly increased cases for over six months, causing 38,209 (95% CI: 17,454 - 49,928) out of 57,246 cases. The largest increases in dengue incidence due to Cyclone Yaku occurred in districts with a large share of low-quality roofs and walls in residences, greater flood risk, and warmer temperatures above 24{degrees}C. Analyzing an ensemble of climate model simulations, we found that extremely intense March precipitation in northwestern Peru is 42% more likely in the current era compared to a preindustrial baseline due to climate forcing. In sum, extreme precipitation like that associated with Cyclone Yaku has become more likely with climate change, and Cyclone Yaku caused the majority of dengue cases across the cyclone-affected districts. Significance StatementAnthropogenic climate change is increasing the risk of extreme events that can lead to infectious disease epidemics, but few studies have directly measured this health cost of climate change. We do so by focusing on Cyclone Yaku, which affected northwestern Peru in March 2023, and was immediately followed by a dengue epidemic. Cyclone Yaku caused 67% of cases reported over six months in the affected region. Industrial-era climate forcing has increased the likelihood of extreme March precipitation like that associated with Cyclone Yaku by 42%. Assessing the linkages between climate change, extreme weather, and outbreaks of dengue and other infectious diseases is crucial for understanding the impact that climate change has already had and preparing for future health risks.
Autores: Mallory J Harris, K. S. Martel, C. V. Munyaco, A. G. Lescano, E. A. Mordecai, J. T. Trok, N. S. Diffenbaugh, M. J. Borbor Cordova
Última atualização: 2024-10-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.24309838
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.24309838.full.pdf
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