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# Biologia # Neurociência

Autismo e Seu Impacto na Memória e Navegação

Explore como o autismo afeta a memória e as habilidades de navegação no dia a dia.

Andrew S. Persichetti, Taylor L. Li, W. Dale Stevens, Alex Martin, Adrian W. Gilmore

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Navegando pelos Desafios Navegando pelos Desafios Ocultos do Autismo e as habilidades de navegação. Descubra como o autismo afeta a memória
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta a maneira como as pessoas se comunicam e interagem com os outros. Embora muita gente saiba que quem tem autismo enfrenta desafios em habilidades sociais, talvez não percebam que isso também pode impactar a memória e as habilidades de Navegação. Este artigo explora como o autismo afeta a capacidade da pessoa de lembrar e se orientar em diferentes ambientes.

Comunicação Social e Comportamentos

No cerne do autismo estão os problemas de comunicação social. Pessoas com autismo geralmente têm dificuldades em entender sinais sociais, como linguagem corporal ou tom de voz. Elas também podem ter comportamentos repetitivos, que variam de agitar as mãos a seguir rotinas rígidas. Esses aspectos centrais compõem uma grande parte do que define o TEA.

Outros Desafios Cognitivos

Estudos recentes apontaram que, além da comunicação social e das ações repetitivas, indivíduos com autismo podem ter dificuldades em outras tarefas mentais. Uma área interessante é como eles lembram de eventos de suas próprias vidas, conhecida como memória autobiográfica. Pense nisso como o álbum de recordações do seu cérebro.

Outro problema notável é a navegação, especialmente quando se trata de usar mapas mentais para se orientar em lugares que não podem ser vistos. Para muita gente, isso é uma habilidade do dia a dia. Por exemplo, quando você pensa em como chegar ao supermercado sem olhar um mapa, você tá usando esse tipo de navegação. Mas para quem tem TEA, esse processo pode não funcionar tão bem.

O Papel do Cérebro

Os cientistas estão curiosos sobre quais partes do cérebro estão envolvidas nessas habilidades de navegação. Duas áreas principais do cérebro são o Complexo Retrosplênico (RSC) e a Área do Lugar Occipital (OPA). Acredita-se que o RSC ajude na navegação baseada em memória, enquanto a OPA está mais ligada à navegação visual—tipo seguir direções com base no que você vê ao seu redor.

Pesquisadores usaram técnicas avançadas de escaneamento cerebral para ver como essas áreas funcionam em pessoas com autismo em comparação com aquelas sem a condição. Eles queriam descobrir se os cérebros de indivíduos autistas reagem de forma diferente ao olhar para fotos de lugares em comparação com rostos.

O Experimento

Vinte indivíduos diagnosticados com autismo participaram do estudo. Todos eram jovens homens sem deficiências intelectuais. Um grupo controle de dezenove indivíduos sem problemas neurológicos também foi recrutado para comparação. Eles se certificaram de que ambos os grupos eram semelhantes em idade e inteligência geral.

Durante os escaneamentos cerebrais, os participantes viam imagens de diferentes categorias enquanto estavam deitados dentro de uma grande máquina. Eles foram solicitados a focar nas imagens de lugares e rostos, e tiveram que espelhar a atenção nas imagens mostradas.

Resultados do Estudo

Após analisar a atividade cerebral, os pesquisadores encontraram algumas diferenças interessantes. O RSC em indivíduos com autismo mostrou menos resposta ao visualizar imagens de lugares em comparação com o grupo controle. Isso significa que os cérebros deles não estavam tão ativos na hora de processar cenas ou locais. No entanto, a OPA não mostrou diferenças significativas entre os dois grupos.

A Importância das Descobertas

Essas descobertas sugerem que indivíduos com autismo podem ter dificuldade em usar a memória quando se trata de navegação. Se o RSC não estiver funcionando bem, isso pode explicar por que alguns têm dificuldades em lembrar como chegar a um determinado lugar.

Além disso, como o RSC está ligado à recordação de memórias, isso pode ajudar a explicar por que algumas pessoas com autismo enfrentam desafios em lembrar detalhes sobre experiências pessoais. Imagine tentar lembrar os detalhes exatos da sua festa de aniversário, mas seu cérebro só consegue recordar isso em imagens vagas e borradas—isso pode ser a realidade para muitos indivíduos com TEA.

Implicações Mais Amplas

As percepções adquiridas com esses estudos podem ajudar a nos educar mais sobre o autismo. Entender os problemas de navegação guiada pela memória pode levar a melhores estratégias para apoiar indivíduos com TEA em atividades do dia a dia. Assim como a gente precisa de um bom mapa para navegar em uma cidade nova, pessoas com autismo podem se beneficiar de ferramentas e estratégias para ajudá-las em ambientes desconhecidos.

Considerações Finais

Resumindo, embora o autismo seja amplamente reconhecido por seus desafios de comunicação social, ele também inclui outras dificuldades cognitivas. Explorar como indivíduos com autismo navegam e lembram de seus arredores é um passo importante para entender a natureza complexa da condição.

Podemos até dizer que se você já se sentiu perdido em uma loja, pode canalizar seu eu autista e se orientar usando um mapa! Mas para aqueles com autismo, isso pode parecer um pouco como se preparar para brincar de esconde-esconde em um labirinto—empolgante, mas não sem seus desafios.

Enquanto os cientistas continuam a investigar, esperamos por ainda mais descobertas que levarão a uma melhor compreensão e apoio para aqueles diagnosticados com TEA.

Fonte original

Título: Atypical scene-selectivity in the retrosplenial complex in individuals with autism spectrum disorder

Resumo: A small behavioral literature on individuals with autism spectrum disorder (ASD) has shown that they can be impaired when navigating using map-based strategies (i.e., memory-guided navigation), but not during visually guided navigation. Meanwhile, there is neuroimaging evidence in typically developing (TD) individuals demonstrating that the retrosplenial complex (RSC) is part of a memory-guided navigation system, while the occipital place area (OPA) is part of a visually-guided navigation system. A key identifying feature of the RSC and OPA is that they respond significantly more to pictures of places compared to faces or objects - i.e., they demonstrate scene-selectivity. Therefore, we predicted that scene-selectivity would be weaker in the RSC of individuals with ASD compared to a TD control group, while the OPA would not show such a difference between the groups. We used functional MRI to scan groups of ASD individuals and matched TD individuals while they viewed pictures of places and faces and performed a one-back task. As predicted, scene-selectivity was significantly lower in the RSC, but not OPA, in the ASD group compared to the TD group. These results suggest that impaired memory-guided navigation in individuals with ASD may, in part, be due to atypical functioning in the RSC. Lay summaryThe retrosplenial complex (RSC), a cortical region that is part of a neural system that supports our ability to form map-like mental representations of the environment and use them to navigate (i.e., memory-guided navigation), exhibits atypical responses to images of places in individuals with autism spectrum disorder (ASD). These results are a first step towards understanding the neural mechanisms responsible for understudied behavioral impairments in memory-guided navigation in individuals with ASD.

Autores: Andrew S. Persichetti, Taylor L. Li, W. Dale Stevens, Alex Martin, Adrian W. Gilmore

Última atualização: 2024-12-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.16.628702

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.16.628702.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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