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# Biologia # Genética

Segredos do Milho: Os Guardiões Genéticos da Natureza

Descubra como o milho evita misturas indesejadas de genes.

Elli Cryan, Garnet Phinney, Arun S. Seetharam, Matthew M.S. Evans, Elizabeth A. Kellogg, Junpeng Zhan, Blake C. Meyers, Daniel Kliebenstein, Jeffrey Ross-Ibarra

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Índice

No mundo das plantas, as Barreiras Reprodutivas têm um papel super importante em manter diferentes espécies sem misturar seus genes. Essas barreiras são como os seguranças de uma balada, garantindo que só o tipo certo de pólen chegue à flor certa. Entre essas barreiras, o milho tem um sistema fascinante que impede a mistura indesejada com seus parentes selvagens, os Teosintes. Essa prevenção pode levar à criação de novas espécies ao longo do tempo.

Tipos de Barreiras Reprodutivas

As barreiras reprodutivas podem ser divididas em duas principais: pré-zigóticas e pós-zigóticas. As barreiras pré-zigóticas atuam antes da fertilização, enquanto as pós-zigóticas entram em ação depois que o pólen encontra o ovário. Em geral, as barreiras pré-zigóticas são mais eficazes em manter as espécies separadas, pois evitam que o pólen tenha a chance de fertilizar o óvulo.

Barreiras Pré-Zigóticas

Uma barreira pré-zigótica fascinante em plantas acontece entre o pólen e os órgãos reprodutivos femininos. No milho, a interação entre o pólen e a seda — uma parte da flor — determina se a fertilização vai acontecer ou não. Isso pode levar a uma redução no fluxo gênico entre diferentes populações de milho.

Barreiras Pós-Zigóticas

As barreiras pós-zigóticas entram em cena depois da fertilização. Elas podem causar problemas como a infertilidade híbrida, o que significa que a prole produzida de duas espécies diferentes pode não conseguir se reproduzir. Mas, em geral, essas barreiras não são tão eficazes em prevenir o fluxo gênico quanto as barreiras pré-zigóticas.

A Importância do Milho

O milho não é só um acompanhamento no jantar. É uma colheita principal que foi domestica por povos indígenas há mais de nove mil anos no México. Essa colheita passou por mudanças significativas ao longo do tempo, influenciada por parentes selvagens como os teosintes. Esses primos selvagens do milho desempenharam um papel na criação das variedades modernas de milho que vemos hoje.

O Papel dos Teosintes

Os ancestrais selvagens do milho, os teosintes, são cruciais para entender a evolução do próprio milho. Pelo menos duas subespécies selvagens contribuíram para a origem do que chamamos de milho agora. Agricultores na América Central ainda cultivam milho ao lado desses parentes selvagens, o que mostra o quão entrelaçadas estão suas histórias.

Os Fatores Gammatofíticos

O milho tem um conjunto específico de genes que controla as barreiras reprodutivas mencionadas acima. Três genes importantes são conhecidos como fatores gametofíticos (GA) localizados em diferentes loci: Tcb1, Ga1 e Ga2. Esses genes são responsáveis pelo que é conhecido como incompatibilidade de cruzamento unilateral, onde uma população pode fertilizar outra, mas não vice-versa.

O Gene Ga1

O gene Ga1 foi um dos primeiros do seu tipo a ser identificado, com sua "descoberta" datando de mais de um século. Esse gene controla uma barreira que separa o milho de seus parentes com base na compatibilidade do pólen e da seda. Quando o gene da seda está ativo, ele pode bloquear o pólen de um tipo diferente de milho que não tem um gene correspondente.

Como o Ga1 Funciona

O gene Ga1 opera por meio de um mecanismo fascinante. Ele produz proteínas que interagem com o pólen, garantindo que só o pólen compatível possa crescer e fertilizar o óvulo. Assim, se um grão de pólen com um gene não correspondente encontra uma seda ativa, ele vai ter dificuldade para crescer, levando a um evento de fertilização fracassado.

Identificação de Outros Genes GA

Uma vez que o gene Ga1 foi compreendido, os pesquisadores foram identificar outros fatores gametofíticos. Tcb1 e Ga2 foram encontrados para operar de maneira similar ao Ga1. Cada um desses genes pode contribuir para barreiras reprodutivas que ajudam a manter a distinção entre as populações de milho e teosinte.

Diversidade de Haplótipo

Ao estudar esses genes GA, é importante notar que há muita variação, ou diversidade de haplótipo, dentro do milho. A presença e a estrutura desses genes podem afetar quão efetivamente as barreiras são mantidas. Por exemplo, algumas linhagens de milho carregam versões desses genes que são ativas ou inativas, levando a diferentes níveis de fluxo gênico.

O Alelo Ga1 Inativo

Curiosamente, uma forma comum do alelo Ga1, conhecido como ga1-O, é inativa, mas parece ser frequente. Pesquisadores acreditam que esse alelo pode suprimir a atividade de fatores gametofíticos ativos, o que apresenta uma reviravolta na nossa compreensão de como as barreiras reprodutivas funcionam.

Como os Genes GA Evoluíram

A história evolutiva desses genes GA é complicada. Esses genes estão por aí há muito tempo, até antes da domesticação do milho. A presença deles em diferentes genomas de plantas indica pressões e interações evolutivas complexas entre o milho e seus parentes.

Interação dos Genes GA com SiRNA

O alelo ga1-O também parece estar ligado a pequenos RNAs associados ao desenvolvimento do pólen. Esses pequenos RNAs podem ter um papel na regulação de quais genes são expressos. Em alguns casos, linhagens com o alelo ga1-O mostram padrões diferentes de expressão de RNA em comparação com aquelas com alelos Ga1 ativos.

Conclusão

O estudo das barreiras reprodutivas no milho revela uma teia intrincada de interações que previnem a mistura indesejada de genes e apoiam a diversidade das espécies. Entender como essas barreiras funcionam e evoluem é vital, não só para a ciência da biologia vegetal, mas também para a agricultura e a segurança alimentar. Afinal, cada milho na espiga que a gente saboreia hoje é resultado de milhares de anos de evolução e manejo cuidadoso. Então, da próxima vez que você morder um milho, lembre-se da complexa história que ajudou a trazer essa delícia até seu prato!

Fonte original

Título: Molecular evolution of a reproductive barrier in maize and related species

Resumo: Three cross-incompatibility loci each control a distinct reproductive barrier in both domesticated maize (Zea mays ssp. mays) and its wild teosinte relatives. These three loci, Teosinte crossing barrier1 (Tcb1), Gametophytic factor1 (Ga1), and Ga2, each play a key role in preventing hybridization between incompatible populations and are proposed to maintain the barrier between domesticated and wild subspecies. Each locus encodes both a silk-active and a matching pollen-active pectin methylesterase (PMEs). To investigate the diversity and molecular evolution of these gametophytic factor loci, we identified existing and improved models of the responsible genes in a new genome assembly of maize line P8860 that contains active versions of all three loci. We then examined fifty-two assembled genomes from seventeen species to classify haplotype diversity and identify sites under diversifying selection during the evolution of these genes. We show that Ga2, the oldest of these three loci, was duplicated to form Ga1 at least 12 million years ago. Tcb1, the youngest locus, arose as a duplicate of Ga1 before or around the time of diversification of the Zea genus. We find evidence of positive selection during evolution of the functional genes at an active site in the pollen-expressed PME and predicted surface sites in both the silk- and pollen-expressed PMEs. The most common allele at the Ga1 locus is a conserved ga1 allele (ga1-Off), which is specific haplotype containing three full-length PME gene copies, all of which are non-coding due to conserved stop codons and are between 610 thousand and 1.5 million years old. We show that the ga1-Off allele is associated with and likely generates 24-nt siRNAs in developing pollen-producing tissue, and these siRNAs map to functional Ga1 alleles. In previously-published crosses, the ga1-Off allele was associated with reduced function of the typically dominant functional alleles for the Ga1 and Tcb1 barriers. Taken together, this seems to be an example of a type of epigenetic trans-homolog silencing known as paramutation functioning at a locus controlling a reproductive barrier.

Autores: Elli Cryan, Garnet Phinney, Arun S. Seetharam, Matthew M.S. Evans, Elizabeth A. Kellogg, Junpeng Zhan, Blake C. Meyers, Daniel Kliebenstein, Jeffrey Ross-Ibarra

Última atualização: 2024-12-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.02.626474

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.02.626474.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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