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# Ciências da saúde # Salute pubblica e globale

Serviços de A&E na Escócia: Lições da Pandemia

Explorando como a COVID-19 afetou os serviços de A&E na Escócia e melhorias futuras.

Hui Pheng Teoh, Kasia Banas, Christopher Aldous Oldnall

― 8 min ler


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Em março de 2020, a crise global de saúde causada pela pandemia de COVID-19 obrigou os governos de todo o mundo a impor medidas rigorosas de saúde pública. No Reino Unido, incluindo a Escócia, essas medidas incluíram lockdowns e uma realocação significativa de recursos de saúde. Isso significou que muitos serviços de saúde tiveram que focar no tratamento de pacientes com COVID-19, o que pressionou ainda mais o já pressionado Serviço Nacional de Saúde (NHS). Os departamentos de emergência, também conhecidos como departamentos A&E (Acidente e Emergência), foram particularmente afetados, enfrentando um aumento na demanda mesmo antes da pandemia devido ao aumento no número de pacientes.

O Desafio dos Departamentos A&E

Antes da pandemia, os departamentos A&E já estavam enfrentando Tempos de Espera prolongados. Pesquisas indicaram que esperar muito tempo em A&E poderia levar a piores resultados de saúde, com alguns estudos estimando uma morte evitável a cada 72 pacientes que esperavam entre 8 a 12 horas. A situação na Escócia não era diferente, mas havia uma lacuna na pesquisa que focava especificamente nos dados de A&E escoceses em comparação com a Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte. Com a pandemia de COVID-19 desequilibrando todo o sistema, entender como os serviços A&E funcionavam antes, durante e depois desse período se tornou crucial.

A Estrutura do Sistema de Saúde da Escócia

O sistema de saúde da Escócia opera sob um modelo descentralizado, o que significa que tem seus próprios poderes de tomada de decisão, separados do resto do Reino Unido. Essa descentralização está em vigor desde 1999, com controle total sobre questões fiscais e de saúde pública estabelecido em 2012. Esse arranjo dá à Escócia a capacidade de gerenciar seu sistema de saúde de acordo com suas próprias necessidades e condições, o que incluiu lidar com o impacto da pandemia nos serviços A&E especificamente.

Impacto Imediato da COVID-19 nos A&E

Assim que a COVID-19 foi declarada uma pandemia, o governo escocês impôs rigorosas medidas de saúde pública para reduzir a disseminação do vírus. Essas medidas levaram a uma queda nas taxas de atendimento em A&E, já que muitas pessoas adiaram a busca de ajuda médica por medo de contrair o vírus. Os primeiros 12 meses da pandemia viram uma diminuição significativa no número de pacientes visitando A&E, especialmente entre crianças e jovens. Essa tendência levantou alarmes entre os profissionais de saúde que reconheceram que, embora menos pacientes estivessem comparecendo, aqueles que iam muitas vezes enfrentavam esperas mais longas pelo tratamento.

Coleta e Análise de Dados

Os dados usados para avaliar o desempenho de A&E na Escócia vieram da Saúde Pública da Escócia, cobrindo o período de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Esse conjunto de dados incluiu estatísticas de 30 grandes departamentos de emergência e 64 unidades de lesões leves, tornando-se um dos recursos mais abrangentes disponíveis para avaliar a atividade de A&E na Escócia. Vários dados demográficos, como idade, sexo, horários de chegada e conselhos de saúde locais, foram examinados para entender melhor as tendências.

Os Resultados: Taxas de Atendimento e Tempos de Espera

A análise dos dados revelou que as taxas de atendimento em A&E caíram significativamente em praticamente todos os conselhos de saúde da Escócia de 2018 a 2022. Embora alguns conselhos de saúde, como Orkney, mostrassem um leve aumento na frequência, o quadro geral pintava uma tendência preocupante. Apesar do número menor de pacientes atendendo, os tempos de espera para tratamento pioraram significativamente. Em 2022, a porcentagem de pacientes atendidos dentro do tempo-alvo de quatro horas havia caído em todos os conselhos de saúde. Essa situação exigiu uma intervenção urgente, pois indicava uma pressão crescente sobre os serviços A&E, mesmo com menos pessoas aparecendo na porta.

O Impacto do Lockdown e do Alívio das Restrições

Apesar dos medos iniciais e das quedas no número de pacientes durante o auge da pandemia, as taxas de atendimento começaram a subir novamente à medida que as restrições foram aliviadas. Esse aumento nos números foi curioso e pode ser atribuído a uma mistura de fatores. À medida que o público se sentia mais confortável em navegar pelo sistema de saúde durante a pandemia, muitos voltaram a comportamentos pré-pandemia, mesmo que algumas restrições permanecessem. Essa mudança contradisse as expectativas de que as visitas aos serviços de saúde permaneceriam baixas durante toda a pandemia.

Diferenças no Desempenho de A&E entre Áreas Urbanas e Rurais

Outro aspecto interessante da análise foi a variação no desempenho entre os conselhos de saúde urbanos e rurais. Centros urbanos como NHS Greater Glasgow e Clyde viram melhorias em seus serviços A&E, provavelmente devido a uma melhor alocação e planejamento de recursos. Em contraste, áreas rurais enfrentaram desafios devido à falta de pessoal e recursos, o que dificultou sua capacidade de se adaptar às demandas em mudança dos serviços A&E durante a pandemia. Essa disparidade destacou a importância de entender como os conselhos de saúde locais poderiam se preparar melhor para as demandas futuras.

Idade, Gênero e Privação: Os Dados Demográficos de A&E

O estudo encontrou tendências demográficas claras na frequência a A&E. Por exemplo, adultos mais velhos, particularmente aqueles com mais de 75 anos, foram os que mais utilizaram os serviços de A&E durante a pandemia, um achado consistente com sua maior vulnerabilidade a complicações de saúde graves. O gênero também teve seu impacto, com os homens mostrando menor probabilidade de frequentar A&E em comparação com as mulheres. O status socioeconômico, medido por indicadores de privação, revelou que indivíduos de áreas menos privadas tendiam a visitar A&E mais do que aqueles de origens mais deprimentes.

O Papel dos Padrões Sazonais

Foi também interessante notar que os padrões de atendimento variaram com as estações do ano. Certas épocas do ano apresentaram taxas de atendimento mais baixas, refletindo uma possível natureza cíclica. Isso não é tão surpreendente, considerando que as safras de gripe e outros fatores externos frequentemente afetam a utilização dos serviços de saúde. As restrições da COVID-19 complicaram ainda mais isso, criando um cenário complexo que tornou difícil tirar conclusões diretas dos dados.

A Importância de Abordar a Pressão em A&E

Os achados dos dados ressaltam a necessidade de uma abordagem focada para melhorar os serviços A&E na Escócia. A queda no número de pacientes atendidos em até quatro horas aponta para um problema crítico que precisa ser tratado. Com o acúmulo de tratamento e a pressão contínua da pandemia, é vital que os conselhos de saúde identifiquem áreas onde os recursos possam ser alocados de forma eficaz para ajudar tanto as áreas urbanas quanto as rurais a melhorarem seu desempenho em A&E.

Recomendações para Ações Futuras

Muitos especialistas em saúde agora pedem intervenções personalizadas que abordem as necessidades e desafios específicos dos departamentos A&E. Isso envolve levar em conta as diferenças entre áreas urbanas e rurais e garantir que os funcionários estejam bem apoiados para lidar com as demandas colocadas sobre eles. Também há uma necessidade de uma visão estratégica de como gerenciar um repentino influxo de pacientes em períodos de pico sem comprometer a qualidade do atendimento.

O Caminho a Seguir

Seguindo para o futuro, o foco nos serviços A&E deve continuar a ser priorizado. Com um olho em possíveis emergências de saúde pública que podem surgir, é crucial criar sistemas resilientes que possam se adaptar às demandas em mudança. Isso significa investir em recursos humanos e infraestrutura para garantir que os conselhos de saúde possam responder melhor a crises e fornecer atendimento em tempo hábil.

Conclusão

A pandemia de COVID-19 serviu como um alerta para os sistemas de saúde em todo o mundo, e a Escócia não é exceção. A pesquisa sobre os serviços A&E durante esse período turbulento oferece insights valiosos sobre como esses serviços podem ser aprimorados. Ao aprender com os desafios enfrentados durante a pandemia, os conselhos de saúde escoceses podem desenvolver estratégias para melhorar a entrega de serviços e atender melhor a população.

Resumindo, embora possa parecer uma jornada difícil, com um pouco de planejamento e muito trabalho em equipe, os serviços A&E na Escócia podem se sobressair. Afinal, quem não gostaria de ver mais pacientes atendidos a tempo-e talvez desfrutar de um pouco menos de espera por aquele atendimento tão necessário?

Fonte original

Título: Quantifying the impact of the COVID-19 pandemic on the Scottish accident and emergency landscape.

Resumo: BackgroundThe COVID-19 pandemic, declared in March 2020, is suspected to have greatly impacted Scotlands accident and emergency (A&E) services. Stringent public health measures, including lockdowns, heightened pressures on A&E departments, but their long-term effects remain understudied. This study examines how the pandemic influenced A&E attendances over a broader time-frame. MethodsSecondary data from Public Health Scotland (2018-2022) on monthly A&E attendances was analysed, standardised per 1,000 population using census data. Choropleth maps visualised A&E attendances and wait times across health boards during key pandemic periods. A Poisson generalised linear model (GLM) assessed the influence of COVID restrictions, demographics, and service factors on attendance rates. ResultsA&E attendances dropped from 2018 to 2022, with NHS Lanarkshire (-32.7%) and NHS Borders (-27.9%) seeing the largest declines. Despite reduced attendances, the percentage of patients seen within four hours also dropped (-29.4% in NHS Lanarkshire). The Poisson GLM confirmed that COVID-19 restrictions influenced attendance rates with a lower incident rate (IRR: 0.89, 95% CI: 0.88-0.90) during lockdowns and an increased incident rate (IRR: 1.04, 95% CI: 1.03-1.05) during easing periods. Health board-level effects varied substantially. DiscussionCOVID-19 disrupted A&E services, causing fluctuating attendances and worsening wait times. Large health board-level variations suggest local policies, behaviours, and existing pressures significantly influenced outcomes. These findings highlight the need to address systemic issues alongside localised strategies for future resilience.

Autores: Hui Pheng Teoh, Kasia Banas, Christopher Aldous Oldnall

Última atualização: Dec 21, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24319411

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.12.20.24319411.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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