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Investigando VPS35 e LRRK2 na Doença de Parkinson

Pesquisas mostram o papel do VPS35 e LRRK2 nos mecanismos da doença de Parkinson.

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A doença de Parkinson (DP) é uma condição complicada que afeta o cérebro e os músculos. Sabe-se que é causada por alterações em vários genes diferentes, com mais de 20 genes ligados ao seu risco e desenvolvimento. Um dos grandes desafios que os pesquisadores enfrentam é descobrir como esses genes afetam as células e a função do cérebro conforme a doença avança.

Conexões Entre Genes e Vias

Os cientistas estão particularmente interessados quando mais de um gene relacionado à doença de Parkinson está conectado à mesma via biológica. Estudos iniciais sugeriram uma conexão entre duas proteínas chave, PINK1 e PRKN, ao examinar drosófilas. Essas proteínas trabalham juntas para ajudar a remover partes danificadas da célula, especialmente mitocôndrias danificadas, que são essenciais para a produção de energia.

A Via Endolisossomal

Nos últimos anos, os pesquisadores descobriram que vários genes relacionados à Parkinson convergem em uma via específica conhecida como a via endolisossomal. Um desses genes é o LRRK2, cujas mutações que aumentam sua atividade são frequentemente a causa mais comum de uma forma hereditária de Parkinson. Outro gene importante é o VPS35, que faz parte de um complexo de proteínas importante para reciclar materiais dentro das células. Uma mutação específica no VPS35 (D620N) foi fortemente ligada à Parkinson.

O Papel do LRRK2 e do VPS35 na Patologia da DP

O LRRK2 interage com proteínas pequenas chamadas RABs, que ajudam a gerenciar o transporte de materiais dentro das células. Usando anticorpos especiais que sinalizam a atividade do LRRK2, os pesquisadores descobriram que danos às membranas do sistema endolisossomal podem ativar o LRRK2, levando a uma resposta que ajuda a reparar as membranas. O VPS35 também parece desempenhar um papel nesse processo, com a mutação D620N fazendo com que o VPS35 aumente a atividade do LRRK2.

Construindo um Sistema Celular para Estudo

Para entender melhor as atividades do VPS35 e sua mutação D620N, os pesquisadores criaram um modelo celular especial que pode expressar tanto as formas regulares quanto as mutadas do VPS35. Esse modelo permite que os cientistas observem como essas proteínas se comportam e interagem em condições normais e sob estresse.

Observações do Modelo

Depois de criar essas linhas celulares especializadas, os pesquisadores confirmaram que a forma mutada do VPS35 levou a um aumento da atividade do LRRK2, mesmo em condições normais. Também foi descoberto que essa atividade aumentada permanecia presente mesmo quando as células estavam estressadas, como durante danos nas membranas endolisossomais.

VPS35 e o Complexo WASH

Mostraram que o VPS35 interage com um grupo de proteínas conhecido como complexo WASH. Estudos indicam que a mutação D620N reduz como o VPS35 interage com um componente desse complexo, enquanto as interações com outras proteínas importantes continuam intactas. Isso mostra que, enquanto algumas relações são afetadas, outras não são, o que é essencial para entender como a proteína mutada opera.

Tráfego de Receptores Lisossomais

Os pesquisadores descobriram que a mutação não interfere no transporte de algumas proteínas importantes que ajudam a mover cargas dentro da célula. Por exemplo, o movimento e os níveis de receptores de triagem lisossomal e certas proteínas de carga não foram significativamente alterados em células que expressam a mutação D620N. Essa descoberta ajuda a esclarecer os efeitos específicos da mutação e sua relevância para a função celular geral.

Resposta a Danos na Membrana

Sabe-se que a atividade do LRRK2 é influenciada por vários estresses. Os pesquisadores testaram diferentes agentes conhecidos por causar estresse no sistema endolisossomal. Alguns agentes foram encontrados para ativar o LRRK2 com mais eficácia do que outros, mostrando que o método de estresse aplicado pode levar a diferentes respostas celulares.

VPS35 E Estresse de Membrana

A equipe descobriu que o VPS35 (D620N) aumenta a atividade do LRRK2 quando as células enfrentam estresse induzido por certos agentes. Esses agentes, embora danosos, ajudam a revelar como as mutações gênicas interagem com as funções celulares em tempo real. Em particular, a mutação D620N resulta em uma reação aumentada do LRRK2 quando as membranas endossomais estão comprometidas.

Recuperação de Danos

Após as células experienciaram estresse, podem se reparar ou passar por um processo conhecido como lisofagia, onde partes danificadas são removidas. A mutação D620N mostrou influenciar a recuperação de danos na membrana, indicando que ela tem um papel em quão eficientemente uma célula pode se recuperar do estresse.

A Importância de Entender os Mecanismos da Doença

Entender a relação entre VPS35, LRRK2 e outras proteínas envolvidas na doença de Parkinson pode ajudar a descobrir como as mutações genéticas contribuem para a doença. As interações entre diferentes genes e suas vias são críticas para formar um quadro completo de como a doença de Parkinson se desenvolve e progride.

Novas Ferramentas para Pesquisas Futuras

Os novos modelos celulares desenvolvidos nesta pesquisa são inestimáveis para um estudo mais aprofundado do VPS35 e seu papel na doença de Parkinson. Eles permitem que os cientistas testem várias condições e estabeleçam conexões mais claras entre mutações genéticas e seus impactos na função celular.

Conclusão

O estudo contínuo da doença de Parkinson e dos genes envolvidos continua sendo uma tarefa complexa. Ao focar em genes específicos como o VPS35 e estudar como eles interagem com outros como o LRRK2, os pesquisadores esperam obter insights mais profundos sobre os mecanismos da doença. Esse conhecimento será fundamental para desenvolver tratamentos eficazes e estratégias para gerenciar ou até mesmo prevenir a doença de Parkinson em indivíduos afetados.

Fonte original

Título: The Parkinson's Disease related mutant VPS35 (D620N) amplifies the LRRK2 response to endolysosomal stress

Resumo: The identification of multiple genes linked to Parkinsons Disease invites the question as to how they may cooperate. We have generated isogenic cell lines that inducibly express either wild-type or a mutant form of the retromer component VPS35 (D620N), which has been linked to Parkinsons Disease. This has enabled us to test proposed effects of this mutation in a setting where the relative expression reflects the physiological occurrence. We confirm that this mutation compromises VPS35 association with the WASH complex, but find no defect in WASH recruitment to endosomes, nor in the distribution of lysosomal receptors, cation-independent mannose-6-phosphate receptor and Sortilin. We show VPS35 (D620N) enhances the activity of the Parkinsons associated kinase LRRK2 towards RAB12 under basal conditions. Furthermore, VPS35 (D620N) amplifies the LRRK2 response to endolysosomal stress resulting in enhanced phosphorylation of RABs 10 and 12. By comparing different types of endolysosomal stresses such as the ionophore nigericin and the membranolytic agent LLOMe, we are able to dissociate phospho-RAB accumulation from membrane rupture.

Autores: Michael J Clague, K. R. McCarron, H. Elcocks, H. J. Mortiboys, S. Urbe

Última atualização: 2024-01-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.12.02.569621

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.12.02.569621.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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