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# Física# Astrofísica das Galáxias# Fenómenos Astrofísicos de Altas Energias

Examinando Buracos Negros Supermassivos e Seus Discos de Acreção

Um olhar mais de perto nos buracos negros supermassivos e na matéria ao redor deles.

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Índice

Buracos Negros são alguns dos objetos mais misteriosos do universo. Eles têm uma força gravitacional muito forte, que pode afetar estrelas e gás perto deles. Quando um buraco negro puxa matéria, forma um disco ao seu redor. Esse disco é feito de gás e poeira, e pode esquentar e criar emissões brilhantes que conseguimos ver com telescópios. Nesse artigo, falamos sobre um tipo específico de buraco negro chamado buraco negro supermassivo, que pode ser encontrado no centro de muitas galáxias, incluindo a nossa Via Láctea.

O Que São Discos de Acretão?

Um disco de acretão é uma estrutura formada por gás e poeira que espirala em direção a um buraco negro. Quando a matéria cai em direção a um buraco negro, ela não simplesmente cai reto; ela se move em um movimento circular, criando uma forma de disco. Esse disco pode esquentar bastante por causa da fricção entre as partículas nele. Esse aquecimento faz com que o disco emita luz, que conseguimos observar.

Medindo a Massa de Buracos Negros

Para entender mais sobre buracos negros, os cientistas medem sua massa, o que ajuda a descobrir sua força e influência. Um jeito de descobrir a massa de um buraco negro é observar as emissões de luz do disco de acretão, especialmente a luz do gás hidrogênio. Os cientistas também podem olhar a velocidade do gás se movendo ao redor do buraco negro.

O Estudo

Em nossas observações, nos concentramos em um objeto brilhante específico conhecido como quasar. Quasares são objetos extremamente brilhantes alimentados por buracos negros supermassivos no centro das galáxias. Medimos a massa do buraco negro e estudamos o fluxo de material ao seu redor. Nossa pesquisa envolveu monitorar a luz desse quasar por um período de dois anos, o que nos permitiu detectar mudanças na intensidade ao longo do tempo.

Observações

Fizemos nossas observações usando uma rede de telescópios que nos forneceu imagens em diferentes cores. Isso nos permitiu capturar como a luminosidade mudou em várias bandas de luz. Tomamos cuidado para reduzir os efeitos do ruído em nossas medições, o que resultou em Curvas de Luz mais claras, que são gráficos que mostram como a intensidade muda ao longo do tempo.

Analisando Curvas de Luz

Através da verificação cuidadosa das curvas de luz, identificamos dois tipos de variações. O primeiro tipo acontece mais devagar e aparece em uma escala de tempo de cerca de 100 dias. Essas variações correspondem às emissões do disco de acretão. As variações mais rápidas ocorrem em escalas de tempo menores, e acreditamos que elas estão relacionadas à luz sendo processada enquanto viaja dentro do disco.

Conectando a Variação de Luz com as Propriedades do Buraco Negro

Analisamos as curvas de luz para encontrar atrasos entre as emissões de diferentes cores. Esses atrasos ajudam a entender a estrutura do disco de acretão e a temperatura do gás ao redor do buraco negro. Quando temos uma compreensão melhor desses fatores, conseguimos estimar melhor a massa do buraco negro.

Entendendo o Fluxo de Acretão

O fluxo de acretão pode ser complicado. Quando um buraco negro puxa matéria a uma taxa muito alta, a área ao redor esquenta. Esse calor pode causar mudanças na forma como a luz é emitida do disco. Nossa análise sugeriu que o buraco negro que observamos está puxando matéria a uma taxa excepcionalmente alta, levando-nos a pensar que ele pode estar em um estado diferente em comparação com outros buracos negros em condições menos ativas.

Usando Espectroscopia

Além de acompanhar as curvas de luz, também fizemos espectroscopia. Esse método divide a luz em suas cores componentes, revelando mais detalhes sobre o material ao redor do buraco negro. Usando essa técnica, pudemos medir as emissões específicas do gás hidrogênio, fornecendo mais evidências sobre a massa do buraco negro e a dinâmica do disco de acretão.

Resultados

Através de nossas medições, estimamos uma massa de buraco negro que se alinha com dados existentes para objetos semelhantes, mas tendia a ficar mais na parte inferior dos valores reportados anteriormente. Isso mostra que ainda tem muito a aprender sobre como essas estruturas se formam e evoluem.

Descobrindo Variabilidade

Nossas descobertas indicaram que as variações observadas na luz poderiam estar ligadas a processos físicos que ocorrem na galáxia. Ao separar as mudanças rápidas das mais lentas, conseguimos entender como a matéria se comporta ao redor dos buracos negros. As variações mais lentas parecem vir de uma área mais ampla, mais distante do buraco negro, reforçando a ideia de que há uma interação complexa entre o buraco negro e seu ambiente.

Importância de Entender as Propriedades de Acretão

Entender como a matéria cai em buracos negros é crucial. Ajuda a aprender não só sobre os buracos negros em si, mas também sobre a evolução das galáxias. As interações entre buracos negros e seus arredores podem influenciar a formação de estrelas e a estrutura geral das galáxias.

O Papel da Poeira e Radiação

Ao estudar discos de acretão, também precisamos considerar a presença de poeira nas galáxias. A poeira pode alterar como a luz viaja e como a observamos. Nossa pesquisa destacou a importância de corrigir os dados em relação à poeira ao medir as emissões, garantindo que nossos dados refletissem as verdadeiras propriedades do buraco negro e seu disco.

Ajustes e Modelos

Para ter uma visão mais clara do fluxo de acretão do buraco negro, usamos modelos para comparar nossas observações. Isso envolveu ajustar as formas teóricas das curvas de luz aos dados que coletamos. Com isso, conseguimos entender os parâmetros físicos do disco de acretão e como eles afetam as emissões que observamos.

Comparando Diferentes Modelos

Examinamos tanto modelos de discos de acretão finos quanto slim. Um disco fino é a suposição comum quando buracos negros estão puxando matéria em uma taxa mais baixa, enquanto um disco slim é usado quando a matéria está caindo a taxas muito mais altas. Nossos resultados sugeriram que, embora ambos os cenários pudessem se ajustar às observações, o modelo de disco slim forneceu uma correspondência ligeiramente melhor nesse caso.

O Quadro Geral

Essas descobertas contribuem para nosso entendimento do universo, permitindo que investiguemos o funcionamento interno dos buracos negros. Ao estudarmos seus processos de acretão e as emissões resultantes, conseguimos conectá-los ao crescimento das galáxias ao longo do tempo cósmico.

Conclusão

Continuando a estudar esses objetos distantes e enigmáticos, ganhamos insights sobre a natureza dos buracos negros e seu papel na formação do universo. Os métodos que usamos – como monitorar as variações de luz e examinar dados espectrais – são ferramentas cruciais para desvendar os mistérios do nosso cosmos. À medida que acumulamos mais dados e refinamos nossas técnicas, com certeza desvendaremos novos aspectos desses fenômenos celestiais fascinantes.

Direções Futuras

À medida que avançamos, há muitos caminhos para pesquisas futuras. Entender o impacto de buracos negros supermassivos em suas galáxias hospedeiras continua sendo uma questão importante. Além disso, precisamos considerar como as condições ao redor desses buracos negros mudam com o tempo e como isso afeta seu crescimento. Observações contínuas, modelagem e análise ajudarão a aprofundar nosso entendimento desses sistemas complexos no universo.

Considerações Finais

O estudo de buracos negros e seus discos de acretão continua sendo um campo empolgante de pesquisa. A cada descoberta, nos aproximamos mais de responder perguntas fundamentais sobre a natureza do universo e nosso lugar nele.

Fonte original

Título: Testing Super-Eddington Accretion onto a Supermassive Black Hole: Reverberation Mapping of PG 1119+120

Resumo: We measure the black hole mass and investigate the accretion flow around the local ($z=0.0502$) quasar PG 1119+120. Spectroscopic monitoring with Calar Alto provides H$\beta$ lags and linewidths from which we estimate a black hole mass of $\log \left(M_{\bullet}/\mathrm{M}_{\odot} \right) = 7.0$, uncertain by $\sim0.4$ dex. High cadence photometric monitoring over two years with the Las Cumbres Observatory provides lightcurves in 7 optical bands suitable for intensive continuum reverberation mapping. We identify variability on two timescales. Slower variations on a 100-day timescale exhibit excess flux and increased lag in the $u'$ band and are thus attributable to diffuse bound-free continuum emission from the broad line region. Faster variations that we attribute to accretion disc reprocessing lack a $u'$-band excess and have flux and delay spectra consistent with either $\tau \propto \lambda^{4/3}$, as expected for a temperature structure of $T(R) \propto R^{-3/4}$ for a thin accretion disc, or $\tau \propto \lambda^{2}$ expected for a slim disc. Decomposing the flux into variable (disc) and constant (host galaxy) components, we find the disc SED to be flatter than expected with $f_{\nu} \sim \rm{const}$. Modelling the SED predicts an Eddington ratio of $\lambda_{\rm Edd} > 1$, where the flat spectrum can be reproduced by a slim disc with little dust extinction or a thin disc which requires more dust extinction. While this accretion is super-Eddington, the geometry is still unclear, however a slim disc is expected due to the high radiation pressure at these accretion rates, and is entirely consistent with our observations.

Autores: Fergus R. Donnan, Juan V. Hernández Santisteban, Keith Horne, Chen Hu, Pu Du, Yan-Rong Li, Ming Xiao, Luis C. Ho, Jesús Aceituno, Jian-Min Wang, Wei-Jian Guo, Sen Yang, Bo-Wei Jiang, Zhu-Heng Yao

Última atualização: 2023-05-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.09370

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.09370

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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