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Estudando o Filamento G11.11-0.12: Insights sobre Formação de Estrelas

A pesquisa sobre o filamento G11.11-0.12 revela informações importantes sobre os processos de formação de estrelas.

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Astrônomos tão interessados em entender como as estrelas se formam. Uma parte chave desse processo rola em estruturas longas e finas chamadas filamentos. Esses filamentos são feitos de gás e Poeira no espaço e podem ser o berço das estrelas. Neste artigo, vamos focar em um filamento específico conhecido como G11.11-0.12.

G11.11-0.12 é um alvo interessante porque parece estar em uma fase inicial de formação estelar. O estudo desse filamento vai ajudar a gente a aprender mais sobre as condições necessárias para as estrelas se formarem e o papel que diferentes forças, como Gravidade e campos magnéticos, têm nesse processo.

A Importância dos Campos Magnéticos e da Poeira

Filamentos como G11.11-0.12 não existem em um espaço vazio; eles estão cheios de gás e poeira. Um aspecto crucial desses filamentos é a presença de campos magnéticos. Esses campos podem influenciar como o gás e a poeira dentro do filamento se comportam. Por exemplo, eles podem ajudar a organizar o fluxo de material, tornando-o mais coerente. Essa organização é vital porque permite que os filamentos se mantenham juntos por mais tempo, dando assim chance para as estrelas se formarem.

Grãos de poeira nesses filamentos não são apenas passivos; eles também interagem com campos magnéticos. Quando os grãos de poeira se alinham com esses campos, eles podem afetar a luz que a gente observa. A poeira pode se polarizar, ou seja, as ondas de luz vibram em uma direção em vez de todas as direções. Essa Polarização pode revelar informações valiosas sobre os campos magnéticos e as propriedades da poeira nos filamentos.

Observando G11.11-0.12

Usamos dados coletados por um instrumento especial em um avião chamado SOFIA, que significa Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha. Esse instrumento pode detectar luz infravermelha, que é útil para estudar objetos frios no espaço como nuvens de poeira. As observações foram feitas em um comprimento de onda de 214 micrômetros.

Nosso principal objetivo era medir a luz polarizada emitida pela poeira em G11.11-0.12. Fazendo isso, podemos obter insights sobre os campos magnéticos presentes no filamento e como eles interagem com os grãos de poeira.

A Estrutura e o Tamanho de G11.11-0.12

G11.11-0.12 está localizado a cerca de 3,6 kiloparsecs de nós, o que é equivalente a cerca de 11.700 anos-luz. O filamento tem cerca de 1,0 parsec de largura (cerca de 3,3 anos-luz) e um comprimento de cerca de 2,5 parsecs (cerca de 8,2 anos-luz). Isso faz dele uma estrutura significativa na nossa galáxia.

O filamento é composto por muito gás frio e denso, que é essencial para a formação de estrelas. Dentro de G11.11-0.12, encontramos áreas compactas conhecidas como núcleos, onde materiais estão se juntando e onde as estrelas provavelmente vão se formar.

Propriedades da Poeira e Alinhamento

Ao estudar G11.11-0.12, prestamos muita atenção aos grãos de poeira. Esses grãos não são uniformes; eles vêm em várias formas e tamanhos. O alinhamento deles com os campos magnéticos no filamento pode revelar informações importantes sobre suas propriedades.

Quando olhamos para a polarização da luz que vem da poeira, percebemos que o grau de polarização muda com a intensidade da luz emitida. Isso significa que, à medida que a luz se torna mais intensa, o grau de polarização diminui. Esse efeito é conhecido como depolarização e geralmente ocorre em áreas de maior densidade, onde os grãos podem não se alinhar tão bem com as linhas do Campo Magnético.

O Papel dos Campos Magnéticos em G11.11-0.12

Das nossas observações, descobrimos que os campos magnéticos no filamento G11.11-0.12 tendem a ser perpendiculares à sua espinha, que é um achado importante. A espinha é o eixo central do filamento onde a maior parte do material está concentrado.

A força desses campos magnéticos varia ao longo do filamento. Nas regiões centrais, os campos magnéticos podem ser relativamente fortes, enquanto tendem a enfraquecer à medida que nos afastamos. Medindo a força dos campos magnéticos, podemos entender melhor como eles influenciam a formação e evolução do filamento.

Turbulência e Gravidade: Forças Concorrentes

Além dos campos magnéticos, duas outras forças são críticas no processo de formação de estrelas: gravidade e turbulência. A gravidade puxa o material junto, permitindo que as estrelas se formem, enquanto a turbulência pode misturar os gases e impedir que eles colapsem em estrelas.

Ao examinarmos a razão massa-fluxo, podemos avaliar o equilíbrio entre gravidade e campos magnéticos. Em G11.11-0.12, descobrimos que a região central é subcrítica, o que significa que a gravidade ainda não é forte o suficiente para forçar o gás e a poeira a colapsar em estrelas. Em vez disso, os campos magnéticos exercem um papel dominante sobre os movimentos turbulentos. Isso sugere que o filamento ainda está nas fases iniciais da formação de estrelas.

Aquecimento da Poeira e Torques Radiativos

Os grãos de poeira também são afetados pelo aquecimento de estrelas próximas e pelo campo de radiação interestelar. Em G11.11-0.12, a maior parte do aquecimento da poeira vem dos campos de radiação ao redor, e não de estrelas brilhantes dentro do filamento.

Quando os grãos de poeira são expostos à radiação, eles podem começar a girar, um processo conhecido como o mecanismo de alinhamento por torque radiativo (RAT). A eficiência desse alinhamento é essencial para entender quão bem os grãos podem se alinhar com os campos magnéticos presentes no filamento.

Estudando a relação entre a fração de polarização e a intensidade, podemos inferir quão bem os grãos de poeira estão alinhados. Um alinhamento maior geralmente significa que a poeira pode emitir mais luz polarizada, levando a uma imagem mais clara dos campos magnéticos em G11.11-0.12.

Descobertas e Implicações

Nossas análises resultaram em várias descobertas importantes sobre G11.11-0.12:

  1. Orientação do Campo B: Os campos magnéticos em G11.11-0.12 são principalmente perpendiculares à espinha do filamento. Esse alinhamento sugere que os efeitos da pressão magnética desempenham um papel importante na estrutura do filamento.

  2. Força do Campo B: As forças dos campos magnéticos variam, com valores mais altos perto da espinha do filamento. Entender como esses campos magnéticos variam vai ajudar a avaliar seu impacto na formação de estrelas.

  3. Razão Massa-Fluxo: O filamento parece ser subcrítico, indicando que o colapso gravitacional não está ocorrendo atualmente. Esse é um fator chave para entender o potencial do filamento para a formação de estrelas.

  4. Alinhamento dos Grãos: A diminuição da fração de polarização, como observada, indica que os grãos de poeira têm dificuldades para se alinhar nas regiões mais densas. Isso tem implicações de como os campos magnéticos e a turbulência trabalham juntos na formação de estrelas.

  5. Crescimento da Poeira: Nossas observações sugerem que os grãos de poeira podem estar crescendo em tamanho à medida que nos aproximamos do centro do filamento. Grãos maiores podem ter propriedades diferentes em comparação aos menores e podem impactar a eficiência da formação de estrelas.

Conclusão

O estudo de G11.11-0.12 oferece insights valiosos sobre a complexa interação entre campos magnéticos, gravidade e turbulência nas fases iniciais da formação de estrelas. Entendendo como essas forças moldam o filamento, podemos aprender mais sobre os processos que levam ao nascimento das estrelas.

Nossas descobertas ressaltam a importância de estudar a polarização da poeira e os campos magnéticos em filamentos interestelares. Elas abrem caminho para futuras pesquisas com a intenção de entender totalmente as condições necessárias para a formação das estrelas. O estudo de G11.11-0.12 é apenas um exemplo de como os astrônomos continuam a desvendar os mistérios do universo, um filamento de cada vez.

Fonte original

Título: B-fields And dust in interstelLar fiLAments using Dust POLarization (BALLAD-POL): I. The massive filament G11.11-0.12 observed by SOFIA/HAWC+

Resumo: We report the first measurement of polarized thermal dust emission toward the entire early and massive Infrared Dark Cloud G11.11$-$0.12 taken by the polarimeter SOFIA/HAWC+ at 214 $\mu m$ wavelength. Magnetic fields (B-fields) obtained from the polarized emission tend to be perpendicular to the filament's spine. We produce a map of B-field strengths for the center region of the filament. The strengths vary in the range of 100-600 $\mu\rm{G}$ and are strongest along the filament's spine. The central region is sub-Alfv\'enic and mostly sub-critical meaning that B-fields dominate over turbulence and are strong enough to resist gravitational collapse. The alignment and properties of dust grains are studied in the filament using the RAdiative Torque (RAT) theory. We find the decrease of polarization degree $P$ with emission intensity $I$, i.e., depolarization effect, of the form $P\propto I^{-\alpha}$ with $\alpha\sim$0.8-0.9, implying a significant loss of grain alignment in the filament's spine. The depolarization can be explained by the decrease in RAT alignment efficiency toward the denser regions with lower dust temperature, and cannot be explained by the B-field tangling. We study the effect of the enhanced magnetic relaxation by embedded iron inclusions on RAT alignment and find that the high polarization fraction $P\sim$20-30\% in the outer layer of the filament is potential evidence for the enhanced RAT alignment by magnetic relaxation. This is the first time this effect is evaluated in a filament. Based on the polarization fraction and RAT alignment theory, we find evidence for grain growth in the filament.

Autores: Nguyen Bich Ngoc, Pham Ngoc Diep, Thiem Hoang, Le Ngoc Tram, Nguyen Chau Giang, Ngan Le, Thuong Duc Hoang, Nguyen Thi Phuong, Dieu D. Nguyen, Nguyen Minh Khang, Gia Bao Truong Le

Última atualização: 2023-06-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.10543

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.10543

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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