Automatizando Avaliação da Idade Esquelética com Aprendizado Profundo
Este estudo explora o uso de CNN para classificar fases de crescimento na ortodontia.
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Índice
Estudar como crianças e adolescentes crescem é importante pra médicos e dentistas. Essa compreensão ajuda eles a tomarem decisões melhores sobre como diagnosticar e tratar diferentes condições. Uma das formas que eles avaliam o crescimento é olhando a idade óssea, que geralmente é medida com raios-X do punho. Esse método, embora eficaz, pode levar um tempão e exige experiência. Além disso, há algumas divergências entre os médicos sobre os resultados.
Métodos Tradicionais
A maneira usual de determinar a idade óssea é através de raios-X do punho. Essas imagens mostram os ossos do punho que estão em diferentes estágios de crescimento, facilitando a estimativa da maturidade esquelética de cada um. Esse método é popular porque envolve raios-X simples e expõe os pacientes a uma radiação mínima. Mas, tem desvantagens, como o tempo que leva pra analisar os raios-X e as variações nos resultados dependendo da experiência do médico.
Outro método envolve olhar as vértebras cervicais, que são os ossos do pescoço, pra avaliar a idade esquelética. Os médicos podem examinar esses ossos usando raios-X de perfil, chamados de radiografias cefalométricas. Esse método permite avaliar o crescimento da mandíbula enquanto diminui a necessidade de exposição extra a raios-X.
Maturação Vertebral Cervical
Maturação Vertebral Cervical (CVM) é um método onde os médicos examinam o tamanho e a forma de ossos específicos do pescoço (C2, C3 e C4). Identificando as mudanças nesses ossos, eles conseguem classificar o crescimento em diferentes estágios. Esses estágios são categorizados como pré-púberes, circo-púberes e pós-púberes, com base no quanto os ossos parecem desenvolvidos.
Alguns estudos apoiam o uso da CVM como uma maneira confiável de avaliar a idade esquelética e substituir os raios-X do punho. A relação entre os estágios da CVM e as medidas de crescimento físico, como altura, mostra potencial. Porém, outros argumentam que a análise da CVM pode ser subjetiva e variar entre os clínicos dependendo da experiência deles. Além disso, imagens 2D podem apresentar desafios em termos de precisão.
A Necessidade de Automação
Dadas as questões com os métodos tradicionais e a importância de uma análise precisa na ortodontia, automatizar o processo de determinação da idade esquelética pode economizar tempo e melhorar a precisão. É aí que entra o aprendizado de máquina. O aprendizado de máquina usa algoritmos de computador pra analisar padrões de dados, e o deep learning, um subsetor do aprendizado de máquina, foca em dados complexos como imagens.
Avanços recentes em deep learning, especialmente através de redes neurais convolucionais (CNN), tornaram possível analisar imagens médicas de forma mais eficiente. As CNNs conseguem reconhecer e classificar imagens, especialmente em tarefas complexas como identificar problemas dentários. Elas já foram bem-sucedidas em várias aplicações médicas, incluindo a detecção de problemas dentários.
Nova Tecnologia de Imagem
Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (CBCT) é uma tecnologia de imagem mais nova que tá ganhando popularidade na ortodontia. Ela permite imagens tridimensionais (3D) das estruturas dentárias e faciais do paciente, fornecendo imagens mais claras e precisas em comparação com os raios-X tradicionais. O CBCT tem menor exposição à radiação e é mais econômico.
Usar a tecnologia CBCT pra analisar os estágios da CVM pode fornecer imagens mais claras, o que pode levar a uma melhor classificação das fases de crescimento. Isso permite que os ortodontistas avaliem tanto os tecidos duros quanto os moles, levando a um planejamento de tratamento mais informado.
O Estudo
Esse estudo foca na aplicação de CNN na análise de imagens 3D pra classificar as fases de crescimento dos pacientes com base na idade esquelética. O objetivo é desenvolver um método que possa classificar automaticamente os pacientes em estágios pré-púberes, circo-púberes e pós-púberes sem precisar de processos complexos e demorados.
Um total de 56 pacientes, com idades entre 7 e 16 anos, passaram por exames de CBCT, criando um grande conjunto de dados de imagens. Ortodontistas especialistas categorizaram essas imagens em diferentes fases de crescimento, e os dados foram processados pra preparar a análise usando modelos de CNN.
O primeiro modelo tinha como objetivo classificar se as imagens mostravam uma visão clara das importantes vértebras cervicais. O segundo modelo, então, pegou essas imagens identificadas e as classificou nas três fases de crescimento.
Resultados
O primeiro modelo de CNN conseguiu uma alta precisão em prever quais imagens tinham visões adequadas das vértebras cervicais. O segundo modelo de CNN, que classificou as fases de crescimento, também mostrou resultados promissores, com mais de 84% de precisão em imagens de teste que não tinham sido vistas.
Os modelos de CNN foram criados pra automatizar completamente o processo de classificação, eliminando a necessidade de marcação manual das regiões nas imagens. O método usado é eficiente, já que requer menos intervenção manual e pode economizar tempo pra os ortodontistas enquanto mantém altos níveis de precisão.
Discussão
Os resultados do estudo indicam que usar modelos de CNN pra classificar as vértebras cervicais com base nas imagens do CBCT pode melhorar significativamente a eficiência e a confiabilidade na avaliação da idade esquelética. O alto nível de precisão alcançado sugere que essa abordagem automatizada pode ser uma ferramenta útil pra os ortodontistas tomarem decisões de tratamento de forma oportuna e eficaz.
Essa abordagem aborda algumas das limitações vistas com métodos tradicionais de análise de imagens, como a possibilidade de erro humano e a natureza demorada das avaliações manuais. Além disso, a capacidade dos modelos de deep learning de analisar imagens 3D de forma eficaz melhora o processo geral de avaliação, permitindo um melhor aproveitamento dos dados coletados dos pacientes.
Limitações
Embora o estudo apresente resultados promissores, é importante reconhecer algumas limitações. O método não incorpora radiografias de punho, focando apenas nos estágios da CVM. No entanto, essa classificação é significativa para o planejamento do tratamento ortodontico, e o estudo busca simplificar esse processo.
Além disso, a precisão do modelo pode variar com base na qualidade das imagens usadas. É crucial que os ortodontistas garantam que as imagens de CBCT sejam de alta qualidade pra alcançar os melhores resultados com os modelos de CNN.
Conclusão
Esse estudo demonstra de forma eficaz o potencial de usar modelos de CNN em imagens dentárias pra classificar fases de crescimento com base na idade esquelética. Ao automatizar totalmente a análise das vértebras cervicais em pacientes usando imagens de CBCT, o processo se torna menos complexo e demorado. Essa inovação pode levar a decisões de diagnóstico e planejamento de tratamento melhores na ortodontia.
À medida que a tecnologia continua a avançar, integrar sistemas automatizados como esse na prática clínica vai permitir que os ortodontistas forneçam cuidados mais eficientes e precisos. O CBCT, combinado com técnicas de deep learning, oferece uma nova abordagem que melhora a confiabilidade na avaliação da idade esquelética e, no final, melhora os resultados para os pacientes.
Título: Application of deep learning to classify skeletal growth phase on 3D radiographs
Resumo: Cervical vertebral maturation (CVM) is widely used to evaluate growth potential in the field of orthodontics. The aim of this study is to develop an artificial intelligence (AI) algorithm to automatically predict the CVM stages in terms of growth phases using the cone-beam computed tomographic (CBCT) images. A total of 30,016 slices obtained from 56 patients with the age range of 7-16 years were included in the dataset. After cropping the region of interest (ROI), a convolutional neural network (CNN) was built to classify the slices based on the presence of a good vision of vertebrae for classification of the growth stages. The output was used to train another model capable of categorizing the slices into phases of growth, which were defined as Phase I (prepubertal, CVM stages 1 and 2), phase II (circumpubertal, CVM stage 3), and phase III (postpubertal, CVM stages 4, 5, and 6). After training the model, 88 unused images belonging to 3 phases were used to evaluate the performance of the model using multi-class classification metrics. The average classification accuracy of the first and second CNN-based deep learning models were 96.06% and 95.79%, respectively on the validation dataset. The multi-class classification metrics applied to the new testing dataset also showed an overall accuracy of 84% for predicting the growth phase. Moreover, phase I ranked the highest accuracy in terms of F1 score (87%), followed by phase II (83%), and phase III (80%) on new images. Our proposed models could automatically detect the C2-C4 vertebrae required for CVM staging and accurately classify slices into 3 growth phases without the need for annotating the shape and configuration of vertebrae. This will result in developing a fully automatic and less complex system with reasonable performance, comparable to expert practitioners. Author SummaryThe skeletal age of orthodontic patients is a critical factor in planning the proper orthodontic treatment. Thus, an accurate assessment of the growth stage can result in better treatment outcomes and reduced treatment time. Traditionally, 2-D cephalometric radiographs obtained during the orthodontic examination were used for estimating the skeletal age using the three cervical vertebrae. However, this method was subjective and prone to errors as different orthodontists could interpret the features differently. Moreover, 2-D images provide only limited information as they only capture two dimensions and involve superimpositions of neighbour structures. In the present study, machine learning models are applied to 3-D cephalometric images to predict the growth stage of patients by analyzing the shape and pattern of cervical vertebrae. This method has the potential to improve treatment outcomes and reduce the treatment time for orthodontic patients. Additionally, it can contribute to the development of more personalized treatment plans and advance our understanding of the growth and development of the craniofacial complex.
Autores: Hollis Lai, N. Ameli, M. O. Lagravere
Última atualização: 2023-03-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.08.23287008
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.08.23287008.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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