Abordagens Inovadoras para Engenharia de Tecidos Cardíacos
Novos métodos pra criar tecidos cardíacos podem transformar a pesquisa sobre doenças do coração.
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Índice
- A Estrutura e Função dos Tecidos Cardíacos
- Desafios na Engenharia de Tecidos Cardíacos
- Novos Desenvolvimentos em Anéis Cardíacos
- Projetando e Testando Moldes
- Semear Células no Molde
- Observando a Função Cardíaca
- O Papel dos Fibroblastos
- Propriedades e Comportamento dos Tecidos Engenheirados
- Análise de Arritmia
- Testando Respostas a Tratamentos com Medicamentos
- Aplicações Futuras e Limitações
- Conclusão
- Fonte original
Criar tecido cardíaco em laboratório, conhecido como engenharia de tecido cardíaco (ETC), é importante porque o coração não se repara como outras partes do corpo. Esse método tem como objetivo fazer tecido cardíaco que pode ser usado em pacientes com insuficiência cardíaca. Os cientistas têm avançado bastante no uso de novos materiais e técnicas pra criar versões mini de tecido cardíaco, muitas vezes chamadas de tecidos cardíacos engenheirados (TCEs). Esses tecidos pequenos conseguem simular algumas funções de um coração de verdade e são úteis pra estudar doenças cardíacas e testar novos remédios sem precisar usar animais.
A Estrutura e Função dos Tecidos Cardíacos
O coração é um órgão complexo feito de diferentes tipos de células, principalmente os Cardiomiócitos (as células do músculo cardíaco) e Fibroblastos (células de suporte). O coração natural tem uma estrutura específica, e a ETC tenta imitar essa estrutura pra que os tecidos criados funcionem direitinho. Combinando vários tipos de células e materiais, os pesquisadores conseguem criar tecidos cardíacos tridimensionais que se parecem mais com o miocárdio natural.
Desafios na Engenharia de Tecidos Cardíacos
Um dos maiores desafios na criação dos TCEs é equilibrar tamanho e complexidade. Tecidos menores são mais fáceis de produzir em grande quantidade, mas geralmente não têm a estrutura detalhada que um coração de verdade tem. No começo, pequenos lotes de tecido cardíaco eram feitos em moldes fixos, mas esse método tinha suas limitações. Avanços mais recentes levaram a formas mais simples de criar tecidos menores, mantendo a complexidade celular necessária pra funcionar corretamente.
Novos Desenvolvimentos em Anéis Cardíacos
Os pesquisadores criaram um novo método pra fazer rapidamente vários pedacinhos de tecido cardíaco em forma de anel em um único poço de uma placa padrão de 96 poços. Isso permite alta produtividade, ou seja, muitos samples podem ser feitos de uma vez, o que é essencial pra testes e análises eficientes. Usando um polímero transparente e macio pra suportar os tecidos, os cientistas conseguem monitorar como o tecido contrai e quanta força ele produz.
Projetando e Testando Moldes
O primeiro passo pra fazer esses tecidos cardíacos é projetar um molde que formará os tecidos em forma de anel. Os moldes são feitos de aço inox, permitindo formas precisas. Após fazer os moldes, os pesquisadores criam moldes com géis macios pra garantir que consigam criar as estruturas necessárias. A rigidez certa dos géis é essencial pra fornecer o ambiente correto pros células do coração crescerem e funcionarem.
Semear Células no Molde
Uma vez que os moldes estão prontos, eles são preenchidos com uma solução de gel e colocados em uma placa de 96 poços. Depois que o gel endurece, uma mistura de cardiomiócitos e fibroblastos é adicionada. As células caem nas cavidades em forma de anel e começam a se organizar em tecido cardíaco. Os pesquisadores descobriram que uma proporção específica de cardiomiócitos pra fibroblastos funciona melhor pra manter os tecidos estáveis com o tempo.
Observando a Função Cardíaca
Depois de semear as células, os pesquisadores monitoram como os tecidos em forma de anel se desenvolvem. Em 24 horas, os tecidos começam a bater, mostrando sua capacidade de contrair como um músculo cardíaco de verdade. Nos dias seguintes, os tecidos mudam e se compactam à medida que crescem. Os pesquisadores podem tirar imagens pra acompanhar seu desenvolvimento e as mudanças em sua forma.
O Papel dos Fibroblastos
Os fibroblastos têm um papel essencial em apoiar e manter a estrutura dos tecidos cardíacos engenheirados. Eles ajudam a criar uma rede de suporte forte pros cardiomiócitos, que é crucial pra uma função saudável do coração. Ao otimizar a proporção desses dois tipos de células, os pesquisadores conseguem melhorar a estabilidade e a função dos tecidos com o tempo.
Propriedades e Comportamento dos Tecidos Engenheirados
Os tecidos cardíacos engenheirados foram testados extensivamente pra entender como eles se comportam. Eles mostram padrões de batimento regulares, o que é um bom sinal de sua funcionalidade. Os pesquisadores desenvolveram ferramentas pra avaliar quão bem esses tecidos contraem e quanta força eles produzem durante as contrações. Esses parâmetros são críticos pra avaliar a saúde e a performance geral dos tecidos cardíacos engenheirados.
Análise de Arritmia
Certos experimentos foram realizados pra ver como os tecidos mantêm um ritmo de batimento regular. Eles testaram os tecidos pra ver se havia irregularidades no padrão de batimento, o que pode levar a problemas cardíacos. Os resultados mostraram que os tecidos batem de maneira regular e estável, sem problemas visíveis, o que é essencial pra seu uso em pesquisas e aplicações médicas potenciais.
Testando Respostas a Tratamentos com Medicamentos
Os tecidos cardíacos engenheirados também foram expostos a vários medicamentos pra ver como eles reagiriam, imitando a reação de um coração real a medicações. Aumentar a concentração de cálcio, um mineral importante pra função do coração, levou a um aumento previsível na força de contração. Os tecidos também reagiram bem a tratamentos medicamentosos positivos e negativos, imitando as respostas esperadas do músculo cardíaco.
Aplicações Futuras e Limitações
Embora o novo método pra criar tecidos cardíacos mostre potencial, ainda existem desafios a serem superados. O tamanho pequeno desses tecidos engenheirados pode limitar seu uso em algumas aplicações. No entanto, a facilidade de criar múltiplos samples de uma vez e a capacidade de monitorar seu comportamento sugerem um futuro promissor pra essa tecnologia em testes de medicamentos e estudos de doenças cardíacas.
Conclusão
Em resumo, os avanços na engenharia de tecidos cardíacos levaram à capacidade de criar tecidos cardíacos funcionais que podem ser usados pra pesquisa e testes. A abordagem inovadora de usar construções em forma de anel apoia a exploração adicional das capacidades dos tecidos cardíacos engenheirados e sua aplicação no tratamento de condições relacionadas ao coração. Esses desenvolvimentos prometem aprimorar nossa compreensão da função cardíaca e abrir caminho pra novas abordagens terapêuticas na medicina regenerativa.
Título: A versatile high-throughput assay based on 3D ring-shaped cardiac tissues generated from human induced pluripotent stem cell derived cardiomyocytes
Resumo: We developed a 96-well plate assay which allows fast, reproducible and high-throughput generation of 3D cardiac rings around a deformable optically transparent hydrogel (PEG) pillar of known stiffness. Human induced pluripotent stem cell-derived cardiomyocytes, mixed with normal human adult dermal fibroblasts in an optimized 3:1 ratio, self-organized to form ring-shaped cardiac constructs. Immunostaining showed that the fibroblasts form a basal layer in contact with the glass, stabilizing the muscular fiber above. Tissues started contracting around the pillar at D1 and their fractional shortening increased until D7, reaching a plateau at 25{+/-}1%, that was maintained up to 14 days. The average stress, calculated from the compaction of the central pillar during contractions, was 1.4{+/-}0.4 mN/mm2. The cardiac constructs recapitulated expected inotropic responses to calcium and various drugs (isoproterenol, verapamil) as well as the arrhythmogenic effects of dofetilide. This versatile high-throughput assay allows multiple in situ mechanical and structural read-outs.
Autores: Jean-Sebastien Hulot, M. Seguret, P. Davidson, S. Robben, C. Jouve, C. Pereira, Q. Lelong, L. Deshayes, C. Cerveau, M. Le Berre, R. S. Rodrigues Ribeiro
Última atualização: 2024-01-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.03.26.534303
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.03.26.534303.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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