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# Física# Supercondutividade# Ciência dos materiais# Física Aplicada# Física Quântica

Reduzindo a Perda de Energia em Circuitos Supercondutores

Novos métodos ajudam a identificar e minimizar a perda de energia em sistemas supercondutores.

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Supercondutores são materiais que conseguem conduzir eletricidade sem resistência quando são resfriados a temperaturas muito baixas. Essa característica os torna super importantes para várias tecnologias avançadas, incluindo computação quântica. Mas, mesmo assim, eles podem perder energia, especialmente quando usados em fios ou conexões bem pequenas. Entender onde e como essa perda ocorre é crucial pra deixar essas tecnologias mais eficientes.

Neste artigo, vamos falar de um jeito novo de descobrir onde a perda de energia acontece em sistemas supercondutores, principalmente em um tipo especial de fio chamado Nióbio (Nb), que é conectado por um isolante de dióxido de silício. Vamos descrever como conseguimos separar as Perdas do fio em si e do material isolante. Usamos um equipamento especial que nos permitiu ver como essas perdas mudam com a frequência.

A Importância dos Supercondutores

Os supercondutores estão se tornando cada vez mais importantes no nosso mundo. Eles são usados em máquinas de ressonância magnética, aceleradores de partículas e muitas outras tecnologias avançadas. Para computadores do futuro que usam materiais supercondutores, reduzir a perda de energia é essencial. Quando supercondutores são usados em circuitos, a energia se dissipa em dois lugares principais: o fio Supercondutor e o material isolante que o rodeia. Encontrar maneiras de minimizar essa perda é vital para criar sistemas mais rápidos e eficientes em termos de energia.

Frequências de Micro-ondas e Perda

Uma área onde os supercondutores são especialmente úteis é em aplicações de micro-ondas. Nessas frequências altas, a maneira como a energia é perdida pode ser parecida tanto no fio quanto no material isolante. Para projetar melhores sistemas, precisamos diferenciar essas perdas. Não basta medir a perda total; precisamos entender quanto vem do fio supercondutor e quanto vem do dielétrico (material isolante).

Novo Método de Medição

Para resolver o problema de separar as perdas, desenvolvemos um novo método usando um tipo especial de ressonador de linha de transmissão. Esse ressonador consegue lidar com mais de uma frequência ao mesmo tempo, o que nos permite coletar dados de forma mais eficiente. Analisando como as perdas mudam com a frequência, conseguimos obter insights sobre o desempenho tanto do fio quanto do material isolante.

Processos de Fabricação

Para o nosso estudo, criamos vários tipos de microfios. Esses fios foram feitos de nióbio e isolados com um material derivado do tetraetilo ortosilicato, conhecido como TEOS-SiO2. Usamos três processos diferentes de fabricação para criar esses fios. Cada processo pode afetar como os fios se comportam, especialmente em relação às perdas.

  1. Processo Damasceno: Nesse método, o plano de aterramento é feito primeiro, com o fio de nióbio adicionado em cima.

  2. Processo Não Invertido: Essa é uma variação onde a estrutura é construída de uma forma um pouco diferente, mas o objetivo continua o mesmo – criar conexões supercondutoras eficientes.

  3. Processo Cloisonné: Nesse método, as camadas de metal e isolante são construídas de uma maneira única.

Comparando os resultados desses diferentes processos, conseguimos entender melhor o impacto das técnicas de fabricação no desempenho.

Entendendo as Perdas

Quando criamos os fios supercondutores, podem existir diferentes fontes de perda. O fio de nióbio em si pode ter uma resistência inerente, enquanto o material dielétrico também pode contribuir para a perda de energia. O desafio é medir essas perdas separadamente.

Usando nosso setup de ressonador, conseguimos medir como a perda de energia se comporta em diferentes frequências. Descobrimos que, à medida que a frequência aumentava, a abordagem de cada material mudava. Essa dependência da frequência é um aspecto chave que nos ajuda a separar as contribuições do fio e do material isolante.

Resultados das Nossas Mediões

Os dados que coletamos dos ressonadores mostraram padrões claros. Descobrimos que a perda no fio de nióbio varia dependendo da largura do fio e do método de fabricação utilizado. Fios mais largos geralmente tinham perdas resistivas menores que os mais estreitos. Além disso, processos de fabricação diferentes levaram a comportamentos diferentes em termos de perda.

A perda dielétrica, por outro lado, foi bastante consistente independentemente da largura do fio. Isso sugere que o isolante TEOS-SiO2 funciona de forma confiável em várias condições, tornando-se uma boa escolha para isolar fios supercondutores.

Eficiência Energética em Circuitos Supercondutores

Em circuitos como os usados na computação quântica, a eficiência energética é crucial. Circuitos supercondutores dependem de pulsos de energia para operar, e até pequenas perdas podem se acumular rapidamente. Nossas descobertas indicaram que, otimizando o design e a fabricação dos fios supercondutores, poderíamos reduzir significativamente essas perdas.

Por exemplo, os resultados sugerem que circuitos supercondutores usando interconexões de nióbio otimizadas poderiam ser trezentas vezes mais eficientes em termos de energia do que circuitos tradicionais. Essa alta eficiência pode abrir novas possibilidades para avançar a tecnologia, especialmente em sistemas maiores onde cada pedacinho de energia conta.

Desafios na Fabricação

Embora tenhamos introduzido métodos para reduzir perdas em circuitos supercondutores, ainda existem desafios na fabricação. À medida que a largura dos fios diminui, fica mais desafiador manter o desempenho. Quando os fios são feitos mais finos, eles podem se aproximar do tamanho das propriedades do material que determinam seu comportamento, levando a perdas inesperadas.

Polimento químico mecânico é uma técnica que ajuda a produzir superfícies mais lisas, mas precisa ser feito com cuidado para manter a integridade dos fios. Cada um dos nossos métodos de fabricação precisa ser ajustado para garantir que minimizemos perdas enquanto ainda produzimos circuitos confiáveis e funcionais.

Direções Futuras

O campo emergente das tecnologias supercondutoras tem muito potencial, mas ainda há trabalho a ser feito. Nossa pesquisa indica que, enquanto podemos otimizar interconexões de nióbio, também devemos considerar os materiais isolantes usados. Encontrar dielétricos com menores perdas poderia criar circuitos supercondutores ainda mais eficientes.

À medida que continuamos a refinar nossos métodos e materiais, também buscamos melhorar as técnicas de medição usadas para analisar perdas. Ampliar nossa faixa de frequência e utilizar mais modos em nossas medições poderia fornecer insights mais profundos sobre as perdas, permitindo designs ainda melhores.

Conclusão

O estudo da perda de energia em circuitos supercondutores é uma área crítica de pesquisa para o avanço da tecnologia. Ao desenvolver um novo método para separar as perdas em fios de nióbio e seu material isolante, conseguimos obter insights valiosos para melhorar a eficiência energética. Nossos resultados demonstram que, com um design e fabricação cuidadosos, é possível ultrapassar os limites da tecnologia supercondutora, tornando-a uma opção viável para futuras aplicações de alto desempenho.

Resumindo, o futuro dos circuitos supercondutores parece promissor, com potenciais inovações no horizonte à medida que continuamos a otimizar materiais e métodos.

Fonte original

Título: Disentangling superconductor and dielectric microwave losses in sub-micron $\rm Nb$/$\rm TEOS-SiO_2$ interconnects using a multi-mode microstrip resonator

Resumo: Understanding the origins of power loss in superconducting interconnects is essential for the energy efficiency and scalability of superconducting digital logic. At microwave frequencies, power dissipates in both the dielectrics and superconducting wires, and these losses can be of comparable magnitude. A novel method to accurately disentangle such losses by exploiting their frequency dependence using a multi-mode transmission line resonator, supported by a geometric factor concept and a 3D superconductor finite element method (FEM) modeling, is described. Using the method we optimized a planarized fabrication process of reciprocal quantum logic (RQL) for the interconnect loss at 4.2 K and GHz frequencies. The interconnects are composed of niobium ($\rm Nb$) insulated by silicon dioxide made with a tetraethyl orthosilicate precursor ($\rm TEOS-SiO_2$). Two process generations use damascene fabrication, and the third one uses Cloisonn\'{e} fabrication. For all three, $\rm TEOS-SiO_2$ exhibits a dielectric loss tangent $\tan \delta = 0.0012 \pm 0.0001$, independent of $\rm Nb$ wire width over $0.25 - 4 \: \mu m$. The $\rm Nb$ loss varies with both the processing and the wire width. For damascene fabrication, scanning transmission electron microscopy (STEM) and energy dispersive X-ray spectroscopy (EDS) reveal that Nb oxide and Nb grain growth orientation increase the loss above the Bardeen Cooper Schrieffer (BCS) minimum theoretical resistance $R _{BCS}$. For Cloisonn\'{e} fabrication, the $0.25 \: \mu m$ wide $\rm Nb$ wires exhibit an intrinsic resistance $R_s = 13 \pm 1.4 \: \mu \Omega$ at 10 GHz, which is below $R_{BCS} \approx 17 \: \mu \Omega$. That is arguably the lowest resistive loss reported for $\rm Nb$.

Autores: Cougar A. T. Garcia, Nancyjane Bailey, Chris Kirby, Joshua A. Strong, Anna Yu. Herr, Steven M. Anlage, Vladimir V. Talanov

Última atualização: 2023-03-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.10685

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.10685

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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