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# Ciências da saúde# HIV/AIDS

Relação Monócito-Linfócito: Um Novo Jeito de Detectar TB Latente

Pesquisas exploram a MLR como uma ferramenta para melhorar a triagem de TB em pacientes com HIV.

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Identificar pessoas com tuberculose (TB) é super importante pra ajudar a acabar com a pandemia de TB até 2035. Um jeito de detectar a TB Latente é o Teste de Liberação de Gama Interferon (IGRA), que é bem preciso. Mas, ele precisa de equipamento caro e pessoal qualificado, o que dificulta o uso em lugares com poucos recursos. Por outro lado, o Teste Cutâneo da Tuberculina (TST) é menos confiável porque pode dar resultados falsos por causa de vacinações anteriores ou outras bactérias.

Esses problemas fizeram alguns médicos darem Tratamento Preventivo de TB pra todos os pacientes HIV positivos sem os testes adequados. Mas, o tratamento preventivo de TB funciona melhor pra quem tem resultados positivos pra TB latente. É crucial encontrar maneiras melhores de fazer triagem pra TB latente e direcionar o tratamento preventivo pra quem realmente vai se beneficiar.

Métodos de Triagem Atuais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa uma checagem de quatro sintomas pra descartar TB ativa. Isso inclui ver se a pessoa tem tosse, perda de peso, sudorese noturna e febre. Embora um estudo recente tenha mostrado que esse método é bom pra encontrar pessoas sem TB ativa, ele também tem baixa precisão pra identificar corretamente quem tá realmente saudável.

Em pacientes que já estão recebendo tratamento para HIV, a eficácia desse método de triagem cai ainda mais. Além disso, tem a preocupação de que confiar nesses sintomas pode fazer com que as pessoas recebam remédios que não precisam, o que pode levar à resistência a medicamentos.

Como os testes existentes, como IGRA e TST, têm limitações, há uma necessidade de novas ferramentas pra detectar melhor a TB latente e monitorar a eficácia dos tratamentos preventivos.

Necessidade de Melhores Ferramentas de Monitoramento

Atualmente, não tem uma forma confiável de monitorar como as pessoas estão respondendo ao tratamento preventivo de TB. O monitoramento clínico, que envolve checar sinais de surto de TB, é a única opção. Os testes existentes nem sempre voltam ao normal após o tratamento. Isso deixa uma lacuna na gestão eficaz do cuidado preventivo de TB.

Os pesquisadores têm tentado encontrar novos marcadores ou testes que possam fornecer resultados confiáveis para diagnosticar e monitorar a TB. Um conceito sendo explorado é verificar o DNA dos germes da TB nas células sanguíneas.

O Papel dos Monócitos

Monócitos são um tipo de célula branca do sangue que ajuda a combater infecções, incluindo a TB. Pessoas infectadas com TB mostram um aumento em certas células por causa da resposta imunológica do corpo. Esse aumento pode ser visto na proporção de monócitos pra linfócitos. Uma proporção mais alta indica TB ativa, enquanto uma mais baixa pode sugerir TB latente.

Essa proporção é uma forma barata e rápida de ajudar a distinguir entre TB ativa e latente. Estudos descobriram que valores de corte específicos nessa proporção podem ajudar a identificar com precisão a TB ativa em diferentes populações.

Objetivo do Estudo

Pra investigar melhor, um estudo foi realizado pra comparar a eficácia da proporção de monócitos pra linfócitos (MLR) contra IGRA pra diagnosticar TB latente em adultos vivendo com HIV em Uganda. Além disso, a pesquisa tinha como objetivo medir mudanças na MLR após três meses de tratamento preventivo de TB.

Esse estudo aconteceu ao longo de vários meses e recrutou pessoas vivendo com HIV que não tinham feito tratamento pra TB antes e estavam sem sintomas.

Design do Estudo

Os participantes precisavam dar consentimento informado antes de entrar no estudo. Eles forneceram informações sobre sua saúde, incluindo contato anterior com pacientes de TB e seu estilo de vida geral.

O estudo incluiu adultos com 18 anos ou mais. Um exame médico cuidadoso foi feito pra descartar quaisquer sinais de TB. Os participantes fizeram exames de sangue pra avaliar sua saúde e medir suas contagens de monócitos e linfócitos, o que ajudaria a calcular a MLR.

Após receber o tratamento preventivo de TB (isoniazida), os participantes foram monitorados quanto a mudanças na MLR e quaisquer efeitos colaterais da medicação.

Resultados do Estudo

Dos participantes, um número significativo teve sua MLR medida antes e depois do tratamento. A MLR média diminuiu após três meses de tratamento.

A maioria que mostrou uma queda na MLR eram mulheres e adultos mais velhos. Curiosamente, aqueles com uma carga viral mais baixa de HIV eram mais propensos a ter uma mudança notável na MLR, indicando que um melhor controle do HIV pode ajudar na resposta ao tratamento da TB.

Desempenho Diagnóstico da MLR

O estudo encontrou que usar um valor de corte da MLR pode ajudar a indicar TB latente, com uma especificidade decente. No entanto, a sensibilidade foi baixa em comparação ao teste IGRA. Embora a alta especificidade da MLR ajude a confirmar diagnósticos, sua baixa sensibilidade limita sua eficácia como ferramenta de diagnóstico sozinha.

Monitorando a Resposta ao Tratamento

A capacidade da MLR de mostrar quão bem o tratamento da TB tá funcionando também foi um achado importante. Uma queda na MLR após o tratamento sugere que pode ser uma ferramenta útil pra monitorar a eficácia da terapia preventiva da TB. Atualmente, não existe um teste adequado pra esse propósito, fazendo da MLR um candidato potencial pra mais exploração.

Fatores que Afetam a MLR

A pesquisa identificou que o nível de HIV no sangue pode influenciar bastante a MLR. Aqueles com uma carga viral mais alta de HIV eram mais propensos a ter uma MLR mais alta. Isso indica que um HIV descontrolado pode afetar a suscetibilidade de uma pessoa à TB. Por outro lado, indivíduos com HIV melhor controlado mostraram uma queda mais significativa na MLR após o tratamento preventivo.

Limitações do Estudo

Embora os resultados sejam promissores, o estudo tem algumas limitações. O tamanho da amostra se concentrou principalmente na capacidade diagnóstica da MLR, o que pode não oferecer uma imagem completa de outras variáveis que afetam a MLR. Além disso, alguns participantes não completaram o acompanhamento, o que pode impactar os resultados e conclusões.

Além disso, o monitoramento foi feito após três meses de tratamento e não durante o curso completo de seis meses, o que pode não dar uma compreensão precisa de como o tratamento afeta a MLR.

Conclusão

O estudo destaca que a MLR é bem específica no diagnóstico de TB latente, mas tem limitações na sensibilidade. Também mostra que a MLR tende a cair após o tratamento preventivo de TB, tornando-a um possível biomarcador útil pra monitorar a resposta ao tratamento.

Com mais validação em estudos maiores, a MLR pode ajudar a melhorar a triagem da TB latente e fornecer um novo método pra acompanhar a eficácia da terapia preventiva. Isso é especialmente importante em áreas com recursos limitados onde os métodos diagnósticos atuais podem não ser viáveis.

Fonte original

Título: Monocyte to Lymphocyte ratio is highly specific in diagnosing latent tuberculosis and declines significantly following tuberculosis preventive therapy: a cross-sectional and nested prospective observational study

Resumo: Interferon-gamma release assay and tuberculin skin test use is limited by costly sundries and cross-reactivity with non-tuberculous mycobacteria and Bacille Calmette-Guerin (BCG) vaccination respectively. We investigated the Monocyte to Lymphocyte ratio (MLR) as a biomarker to overcome these limitations and for use in monitoring response to tuberculosis preventive therapy (TPT). We conducted a cross-sectional and nested prospective observational study among asymptomatic adults living with Human Immuno-deficiency Virus (HIV) in Kampala, Uganda. Complete blood count (CBC) and QuantiFERON-TB(R) Gold-plus were measured at baseline and CBC repeated at three months. Multivariate logistic regression was performed to identify factors associated with a high MLR and decline in MLR. We recruited 110 adults living with HIV and on antiretroviral therapy, of which 82.5% (85/110) had suppressed viral loads, 71.8% (79/110) were female, and 73.6% (81/110) had a BCG scar. The derived MLR diagnostic cut-off was 0.35, based on which the MLR sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value were 12.8%, 91.6%, 45.5%, and 65.7% respectively. The average MLR declined from 0.212 (95% CI: 0.190 - 0.235) at baseline to 0.182 (95% CI: 0.166 - 0.198) after three months of TPT. A viral load of >50 copies/ml (aOR, 5.67 [1.12-28.60]) was associated with a high MLR while that of

Autores: Jonathan Mayito, D. B. Meya, M. Akia, F. Dhikusooka, J. Rhein, C. Sekaggya-Wiltshire

Última atualização: 2023-05-05 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.02.23289422

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.02.23289422.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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