Melhorando o Foco da Luz em Tecidos Biológicos
Novos métodos melhoram o foco da luz laser em tecidos biológicos complexos.
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Índice
Quando a luz passa por tecidos biológicos, ela pode ser distorcida por causa das diferentes estruturas no tecido. Isso resulta em um padrão complicado de luz chamado speckle. Os cientistas estão de olho em maneiras de refocar a luz do laser através desses tecidos para obter imagens mais claras ou estimular áreas específicas dentro do tecido. Um processo chamado Conjugação de Fase Óptica Digital (DOPC) é usado para isso. No entanto, usar materiais fluorescentes como guias para focar a luz traz vários desafios.
Os Desafios de Usar Guias-Fluorescentes
Ao usar materiais fluorescentes para guiar a luz do laser, existem quatro problemas principais:
Baixa Disponibilidade de Luz: Materiais fluorescentes emitem um número limitado de fótons, o que restringe a quantidade de luz disponível para foco.
Largura Espectral: A luz emitida por esses materiais tem uma ampla gama de cores, dificultando a concentração em um único comprimento de onda.
Deslocamento de Stokes: Há um deslocamento no comprimento de onda da luz emitida em comparação com a luz usada para excitar o material fluorescente, complicando o processo de foco.
Falta de Feixe de Referência: O DOPC normalmente requer um feixe de referência, mas isso pode estar ausente ao usar materiais fluorescentes, tornando mais difícil medir a frente de onda resultante.
Novas Técnicas para Focar Luz
Pesquisadores encontraram maneiras de superar esses desafios e focar com sucesso feixes de laser através de amostras que dispersam luz. Eles desenvolveram um sistema que mede padrões de speckle em uma única etapa, sem precisar de um feixe de referência. Esse método usa um sensor de frente de onda de alta resolução para analisar os padrões complexos de luz.
Focando Luz de Laser
Focar luz profundamente dentro de tecidos ou através de materiais dispersivos é essencial para várias aplicações. Isso inclui:
- Imagens: Obter imagens mais claras de dentro dos tecidos.
- Fotoestimulação: Enviar luz para células ou áreas específicas para ativá-las.
- Fototerapia: Usar luz para tratar condições específicas.
Quando a luz viaja mais fundo do que uma certa distância no tecido, ela se transforma em um padrão de speckle aleatório. Essa mudança reduz drasticamente a capacidade de capturar imagens claras devido à menor clareza do sinal.
Óptica Adaptativa e Modelagem de Frente de Onda
Para controlar como a luz se move através dos tecidos, são empregadas técnicas de óptica adaptativa e modelagem de frente de onda.
Óptica Adaptativa (OA): Esse método corrige distorções da luz causadas pelo tecido. Funciona melhor quando a luz enfrenta distorções suaves.
Modelagem de Frente de Onda: Quando os caminhos da luz se tornam mais complicados e envolvem dispersão, técnicas de modelagem de frente de onda entram em cena. Isso é particularmente importante para tecidos mais profundos, onde a luz enfrenta múltiplos eventos de dispersão.
Técnicas Iterativas vs. de Tiro Único
Existem duas principais estratégias para corrigir distorções da luz: técnicas iterativas e técnicas de tiro único.
Técnicas Iterativas: Essas requerem múltiplas medições para refinar a correção das distorções. Elas são eficazes, mas podem ser lentas, o que é um problema em amostras biológicas de movimento rápido.
Técnicas de Tiro Único: Essas medem a frente de onda de uma só vez, tornando-as mais rápidas. Infelizmente, usar materiais fluorescentes dificulta medir o campo de onda de saída sem múltiplas aquisições.
O Papel dos Sensores de Frente de Onda
Sensores de frente de onda são cruciais para analisar como a luz se transforma ao passar pelos tecidos. Eles podem medir a fase e a intensidade da luz. Um tipo específico de sensor de frente de onda usado nessas situações é o sensor de frente de onda Shack-Hartmann.
Sensores de frente de onda Shack-Hartmann são compactos, sem referência e podem trabalhar com várias fontes de luz. Eles medem mudanças na frente de onda da luz, mas exigem mais cálculos para determinar a fase final.
Na imagem biológica, esses sensores são usados para medir aberrações ou distorções de baixa ordem. No entanto, muitas vezes eles ficam aquém quando enfrentam os padrões complexos criados por múltiplos Vórtices Ópticos.
Vórtices Ópticos
Vórtices ópticos são áreas em um campo de luz onde a intensidade cai a zero. A presença deles pode complicar as medições da frente de onda. Recuperar a fase a partir de medições que incluem esses vórtices tem sido um grande desafio.
Avanços recentes demonstraram que esses sensores podem medir efetivamente campos de onda complexos que incluem altas densidades de vórtices ópticos. Essa conquista permite métodos aprimorados de focar luz através de materiais dispersivos.
Sensibilidade Espectral em Tecidos Biológicos
Tecido biológicos costumam dispersar luz de maneiras únicas, o que pode complicar o processo de focagem. A estrutura desses tecidos geralmente resulta em grandes fatores de anisotropia, afetando como a luz é dispersa. Apesar da dispersão, esses tecidos têm características que podem levar a larguras maiores de correlação espectral.
Estudos mostraram que mesmo na presença de dispersão, certos planos existem nesses tecidos que podem ajudar no refoco da luz. Tais descobertas conectam diferentes abordagens, mostrando o papel significativo tanto da luz balística quanto da luz dispersa multiplicadamente.
Conseguindo DOPC de Tiro Único
Técnicas de DOPC de tiro único permitem que cientistas refocalizem feixes de laser através de amostras dispersivas sem necessidade de feixes de referência. Experimentos recentes mostraram que com sensores de frente de onda apropriados, DOPC pode ser realizado efetivamente com guias-fluorescentes.
Para conseguir isso, pesquisadores montaram sistemas que medem rapidamente e com precisão tanto a intensidade quanto a informação de fase. O sucesso desse método depende fortemente do entendimento e da manipulação de vórtices ópticos no campo de onda.
Montando o Experimento
Durante os experimentos, um feixe de laser guia é focado em uma amostra dispersiva, e a luz dispersa é coletada. A luz coletada é enviada através de um sensor de frente de onda e refletida por um modulador de luz espacial (SLM). A informação de fase medida pelo sensor de frente de onda é usada para corrigir distorções causadas pelo meio.
Pesquisadores demonstraram que, ao exibir a fase medida no SLM, é possível obter um foco nítido atrás da amostra dispersiva, enfatizando a importância de técnicas eficazes de controle da luz.
Medindo a Eficiência de Focagem
Para determinar o quão bem o sistema funciona, os pesquisadores se concentram na fração de energia de luz que é refocalizada com sucesso pelo sistema. Eles comparam a energia de luz no ponto focado com a luz espalhada pela imagem da câmera.
Utilizando Esferas Fluorescentes
Em alguns experimentos, esferas fluorescentes são usadas como guias. Essas esferas permitem a excitação e medição da fluorescência emitida. Embora desafiador devido à baixa disponibilidade de luz e largura espectral, os resultados mostram que DOPC de tiro único pode ser realizado efetivamente mesmo nessas condições difíceis.
A presença das esferas pode levar a complicações adicionais devido a incompatibilidades no índice de refração entre as esferas e o meio circundante, mas os pesquisadores fizeram progressos significativos para superar esses desafios.
Conclusão
Os avanços em DOPC de tiro único usando materiais fluorescentes escondidos atrás de amostras dispersivas representam um passo significativo para frente nas técnicas de imagem e manipulação óptica. Ao entender e usar as propriedades únicas da dispersão da luz, os pesquisadores agora conseguem obter imagens mais claras e realizar operações com luz de forma precisa em profundidade nos tecidos biológicos.
Esse trabalho abre novas possibilidades para imagens mais detalhadas, aplicações terapêuticas e mais pesquisas sobre as propriedades ópticas dos materiais biológicos. À medida que as técnicas continuam a melhorar, a capacidade de manipular luz em ambientes complexos crescerá, levando a insights mais detalhados sobre processos e estruturas biológicas.
Título: Single-shot Digital Optical Fluorescence Phase Conjugation Through Forward Multiply Scattering Samples
Resumo: Aberrations and multiple scattering in biological tissues critically distort light beams into highly complex speckle patterns. In this regard, digital optical phase conjugation (DOPC) is a promising technique enabling in-depth focusing. However, DOPC becomes challenging when using fluorescent guide-stars for four main reasons: The low photon budget available, the large spectral bandwidth of the fluorescent signal, the Stokes shift between the emission and the excitation wavelength, and the absence of reference beam preventing holographic measurement. Here, we demonstrate the possibility to focus a laser beam through multiple-scattering samples by measuring speckle fields in a single acquisition step with a reference-free, high-resolution wavefront sensor. By taking advantage of the large spectral bandwidth of forward multiply scattering samples, Digital Fluorescence Phase Conjugation (DFPC) is achieved to focus a laser beam at the excitation wavelength while measuring the broadband speckle field arising from a micron-sized fluorescent bead.
Autores: Tengfei Wu, Yixuan Zhang, Baptiste Blochet, Payvand Arjmand, Pascal Berto, Marc Guillon
Última atualização: 2023-12-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.01759
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.01759
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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