Eficácia da Vacina contra COVID-19 em Pacientes com Câncer
Tratamentos para câncer afetam a resposta imunológica às vacinas contra a COVID-19; pode ser que precisem de doses de reforço.
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Índice
Muitos pacientes recebendo tratamentos contra câncer têm uma resposta imunológica mais fraca às vacinas contra COVID-19 em comparação com pessoas sem câncer. Isso levanta questões sobre a frequência com que esses pacientes devem receber doses de reforço para ter uma proteção melhor contra o vírus. Entender os riscos de reinfecção com SARS-CoV-2 para esses pacientes é importante para garantir que eles estejam adequadamente protegidos.
Visão Geral do Estudo
Pesquisadores analisaram os níveis de anticorpos de pacientes que receberam a vacina contra COVID-19 da Pfizer-BioNTech. Eles estudaram diferentes grupos: pessoas sem câncer, aquelas com câncer que não estavam recebendo tratamento e as que estavam em diferentes tratamentos para câncer. Os tratamentos incluíam terapia direcionada, terapia hormonal, transplantes de células-tronco, imunoterapia, quimioterapia, uma combinação de imunoterapia e quimioterapia, ou medicamentos específicos como Rituximabe.
Metodologia
Para entender como os anticorpos mudavam ao longo do tempo e como isso afetava o risco de infecção, os pesquisadores usaram um método que relaciona as probabilidades de infecção aos níveis de anticorpos. Eles também combinaram dados sobre os níveis de anticorpos de vários coronavírus para criar modelos que mostrassem as chances de infecção ao longo do tempo sem doses de reforço adicionais. O estudo então calculou o risco de infecções avançadas sob diferentes cronogramas de reforço para vários grupos de pacientes, incluindo a população geral.
Descobertas para Diferentes Grupos de Tratamento
Pacientes em Tratamentos Direcionados ou Hormonal, HSCT ou Imunoterapia: Para esses pacientes, receber doses de reforço uma vez por ano reduziu significativamente o risco de infecções avançadas em comparação com não receber reforços. O risco deles era cerca de 12-14%, em comparação com 29-31% para quem não recebeu reforços. Esse nível de proteção foi semelhante ao que foi observado em pessoas sem câncer.
Pacientes em Quimioterapia: A situação era diferente para pacientes que estavam recebendo apenas quimioterapia. Os riscos de infecções avançadas eram maiores, mesmo com doses de reforço regulares. As taxas eram de 18% para aqueles que tomaram reforços uma vez por ano, 8% a cada seis meses e 3% a cada três meses.
Pacientes Sem Tratamento Atual para Câncer: Curiosamente, pacientes que não estavam fazendo tratamento nenhum tinham riscos maiores do que aqueles em tratamento ativo. As taxas projetadas de infecção ao longo de dois anos com cronogramas de reforço anual, a cada seis meses ou a cada três meses eram 22%, 11% e 6%, respectivamente.
Pacientes em Terapia com Rituximabe: Esse grupo enfrentava os maiores riscos de infecção, com 18% de chance de infecções avançadas, mesmo recebendo reforços mensais. Quase 40% desses pacientes eram esperados para ter infecções avançadas mesmo com o melhor cronograma de reforço.
Impacto Geral da Frequência de Reforços
O estudo mostra que vacinação regular com reforços pode ajudar a reduzir o risco de infecções avançadas em pacientes com câncer em diferentes tratamentos, tornando a resposta deles às vacinas mais semelhante à da população geral. No entanto, pacientes que estão somente em quimioterapia ou têm câncer não tratado mostraram riscos mais altos e podem se beneficiar de vacinações mais frequentes.
Riscos Associados ao Rituximabe
Rituximabe é um tratamento para certos cânceres de sangue e outras condições. As descobertas indicam que pacientes que recebem rituximabe podem enfrentar um risco maior de contrair COVID-19, independentemente da frequência com que recebem reforços. Isso está alinhado com pesquisas anteriores que sugeriram que esses pacientes podem ter sintomas graves de COVID-19.
Recomendações para Pacientes de Alto Risco
Dado os riscos mais altos enfrentados por pacientes com câncer, especialmente os que estão com rituximabe, precauções adicionais são necessárias. Isso pode incluir:
- Usar máscaras em ambientes lotados ou fechados
- Praticar distanciamento social
- Isolar quando necessário
- Usar tratamentos preventivos como anticorpos monoclonais que visam o SARS-CoV-2
Essas medidas podem complementar os esforços de vacinação para ajudar a proteger pacientes em risco.
Importância das Vacinas Atualizadas
Vacinas de reforço que visam novas variantes do vírus estão sendo desenvolvidas. O estudo levou isso em conta, assim como a forma como a eficácia da vacina pode diminuir ao longo do tempo devido a mudanças no vírus. No entanto, a pesquisa observa que mesmo com os atrasos na disponibilidade da vacina, as vacinas geralmente permanecem eficazes. As informações obtidas neste estudo podem orientar os profissionais de saúde em decisões que reduzem significativamente o risco de casos graves de COVID-19 em pacientes com câncer em tratamento.
Necessidade de Mais Pesquisas
A pesquisa destaca a necessidade de mais estudos que investiguem como as respostas dos anticorpos variam com diferentes tratamentos para câncer. Ao entender melhor como as vacinas funcionam em vários cenários, os profissionais de saúde podem tomar decisões informadas sobre os cronogramas de reforço. Isso ajudará a garantir que grupos vulneráveis recebam a melhor proteção possível contra a COVID-19.
Conclusão
Resumindo, pacientes com câncer, especialmente aqueles em quimioterapia ou em tratamentos como rituximabe, enfrentam riscos mais altos de infecções por COVID-19, mesmo após a vacinação. Doses de reforço regulares podem ajudar a melhorar a resposta imunológica deles, mas mais pesquisas são essenciais para refinar as estratégias de vacinação e aumentar a proteção para essas populações vulneráveis. Ao entender esses riscos e os benefícios de diferentes cronogramas de reforço, podemos proteger melhor a saúde daqueles que estão mais em risco de complicações graves por COVID-19.
Título: Infection by SARS-CoV-2 with alternate frequencies of mRNA vaccine boosting for patients undergoing antineoplastic treatment for cancer
Resumo: Patients undergoing antineoplastic therapies often exhibit reduced immune response to COVID-19 vaccination, necessitating assessment of alternate boosting frequencies for these patients. However, data on reinfection risks to guide clinical decision-making is limited. We quantified reinfection risks of SARS-CoV-2 at different mRNA boosting frequencies of patients on antineoplastic therapies. Antibody levels following Pfizer-BioNTech BNT162b2 vaccination were analyzed for patients without cancer, with cancer undergoing various treatments, and treated with different antineoplastic therapeutics. Using long-term antibody data from other coronaviruses in an evolutionary framework, we estimated infection probabilities based on antibody levels and projected waning. We calculated cumulative probabilities of breakthrough infection for alternate booster schedules over two years. Annual boosting reduced risks for targeted or hormonal treatments, immunotherapy, and chemotherapy-immunotherapy combinations similarly to the general population. Patients receiving no treatment or chemotherapy exhibited higher risks, suggesting that accelerated vaccination schedules should be considered. Patients treated with rituximab therapy posed the highest infection risk, suggesting that a combination of frequent boosting and additional interventions may be warranted for mitigating SARS-CoV-2 infection in these patients.
Autores: Jeffrey P. Townsend, H. Hassler, B. Emu, A. Dornburg
Última atualização: 2023-05-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.25.23290402
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.25.23290402.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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