Desafios na Saúde da Mulher na Nigéria Durante a COVID-19
Analisando o impacto da pandemia no acesso das mulheres à saúde na Nigéria.
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Índice
Conseguir os serviços de Saúde certos na hora certa é super importante pro bem-estar das Mulheres e das crianças. Nos últimos dez anos, teve uma pressão forte pra melhorar os serviços de saúde na Nigéria e em toda a África subsaariana. O objetivo é diminuir as mortes que poderiam ser evitadas, principalmente entre mães grávidas e que estão amamentando, que enfrentam o maior risco de morte por complicações durante o parto. Em 2020, a Nigéria teve uma parte significativa das mortes maternas no mundo, com mais de 58.000 mulheres morrendo por problemas relacionados à gravidez.
Impacto da Pandemia
A pandemia de COVID-19 deixou ainda mais evidente as desigualdades que já existiam na saúde. Muitos países da África subsaariana, incluindo a Nigéria, enfrentaram faltas críticas de medicamentos e equipamentos, o que gerou estresse e exaustão nos trabalhadores da saúde. As mulheres na Nigéria têm dificuldade em acessar cuidados médicos devido a questões como pobreza, educação limitada e normas sociais que priorizam os homens. A pandemia só piorou essas barreiras, bagunçando os sistemas de saúde e aumentando a pressão sobre as famílias.
No começo da pandemia, os especialistas enfatizaram a necessidade de estratégias de saúde que considerassem os contextos locais, como a densidade populacional e o acesso aos serviços. Eles também destacaram que o envolvimento da comunidade é crucial nas intervenções de saúde, especialmente no que diz respeito ao acesso equitativo a vacinas e recursos médicos essenciais. Isso mostra que é preciso repensar como a equidade em saúde global é abordada, principalmente em relação aos efeitos das medidas de saúde pública durante emergências.
Objetivo do Estudo
Essa pesquisa busca entender as experiências das mulheres na Nigéria em relação à saúde durante a pandemia. Ao examinar pra onde as mulheres foram em busca de cuidados e por que tomaram essas decisões, esse estudo destaca as implicações da pandemia na saúde feminina e como melhorar as respostas de saúde no futuro. Também é fundamental reconhecer e enfrentar as barreiras que as mulheres encontram pra acessar cuidados de saúde na Nigéria, incluindo atitudes culturais e fatores socioeconômicos.
Áreas de Pesquisa
A pesquisa foi realizada em comunidades rurais e semi-urbanas selecionadas em três estados da Nigéria: Sokoto, Ebonyi e Ogun. Esses estados foram escolhidos pra dar uma visão ampla das diferentes influências sociais e culturais nos comportamentos de busca de saúde entre as mulheres. Cada comunidade tinha pelo menos um centro de saúde primário, além de farmácias locais e hospitais privados. Os serviços oferecidos variavam de tratamentos rotineiros, como vacinas e tratamento de malária, até cuidados mais especializados como partos e serviços cirúrgicos.
Abordagem da Pesquisa
O estudo usou a Análise Fenomenológica Interpretativa (IPA) como método. A IPA ajuda a descobrir como os participantes percebem e vivenciam situações de forma profunda. Ao focar em um grupo menor de participantes, o estudo pode oferecer insights ricos sobre suas experiências únicas. Essa abordagem é especialmente útil pra entender situações complexas, como os desafios de saúde enfrentados pelas mulheres durante a pandemia.
Pra coletar informações, os pesquisadores realizaram entrevistas detalhadas e grupos focais, perguntando às mulheres sobre seus comportamentos de busca por saúde durante a pandemia, especialmente quando seus filhos estavam doentes. Com isso, o estudo pretendeu descobrir os vários fatores que influenciam suas escolhas, explorando os períodos antes, durante e depois dos lockdowns.
Coleta de Dados
As entrevistas e os grupos focais foram realizados nas línguas locais de cada comunidade, com tradutores profissionais garantindo a clareza. As mulheres foram recrutadas através de grupos locais, e as participantes compartilharam suas experiências, seja procurando atendimento médico ou optando por ficar em casa.
O estudo incluiu mulheres com idades entre 15 e 49 anos, com filhos de 0 a 5 anos. No total, 24 mulheres participaram, representando uma variedade de formações educacionais e contextos socioeconômicos. A maioria dessas mulheres era casada, e suas experiências na busca por cuidados de saúde variavam dependendo de suas situações financeiras, proximidade com as instalações de saúde e crenças pessoais.
Resultados
Influência das Práticas e Crenças de Saúde
Visões Negativas sobre Hospitais: Muitas mulheres relataram hesitar em procurar cuidados médicos a menos que sua condição ficasse grave. Essa relutância pode atrasar o tratamento, piorando as situações.
Crenças Religiosas e Espirituais: Algumas mulheres preferiram se apoiar em orações e orientações espirituais em vez de buscar ajuda médica, acreditando que a intervenção divina poderia resolver seus problemas de saúde.
Auto-Medicação: A auto-medicação era comum entre as participantes, com muitas mulheres achando desnecessário visitar um hospital a menos que sua condição piorasse significativamente.
Químicos Locais: Devido às restrições da pandemia, as mulheres costumavam recorrer a químicos locais pra conselhos e medicamentos. Algumas viam esses químicos como o primeiro ponto de contato para suas necessidades de saúde.
Combinação de Tratamentos: Várias mulheres relataram usar uma mistura de remédios tradicionais e medicina moderna, muitas vezes optando por tratamentos herbais antes de procurar ajuda profissional.
Barreiras Sistêmicas ao Acesso à Saúde
Medo da COVID-19: Muitas mulheres expressaram ansiedade em visitar hospitais, temendo contrair COVID-19 ou serem mal diagnosticadas. Esse medo frequentemente as impedia de buscar atendimento para outras doenças.
Desafios de Transporte: Opções limitadas de transporte tornaram difícil para as mulheres chegarem aos serviços de saúde. Algumas precisavam caminhar longas distâncias pra conseguir ajuda médica, o que foi um desafio significativo, especialmente durante a pandemia.
Problemas de Confiança com os Profissionais de Saúde: A falta de confiança nos profissionais de saúde afetou a disposição das mulheres em buscar tratamento. Elas descreveram se sentir desconfortáveis com a forma como os trabalhadores da saúde lidavam com as interações com os pacientes durante a pandemia.
Desconfiança do Sistema: Muitas participantes viam o sistema de saúde com suspeita, acreditando que médicos e políticos estavam formando um complô pra criar problemas em vez de oferecer soluções.
Desconforto com os Protocolos da COVID-19
As mulheres relataram se sentir estressadas e sobrecarregadas pelos protocolos da COVID-19 nos hospitais, incluindo o uso de máscaras e distanciamento social. Embora reconhecessem a importância dessas medidas, os requisitos adicionaram mais um nível de dificuldade ao buscar cuidados.
Responsabilidades Financeiras de Gênero
Os papéis de gênero tradicionais influenciaram fortemente as decisões das mulheres em buscar cuidados de saúde, com muitas dependendo de seus maridos pra apoio financeiro. Essa dependência muitas vezes as deixava numa posição onde precisavam pedir permissão ou fundos, mesmo tendo seu próprio dinheiro. Algumas mulheres expressaram vergonha em buscar ajuda fora da família imediata, já que fofocas poderiam prejudicar sua reputação.
Conclusão
Essa pesquisa destaca as experiências complexas das mulheres na Nigéria ao buscar cuidados de saúde durante a pandemia. Os achados indicam que vários fatores, como crenças culturais, barreiras sistêmicas e papéis de gênero, impactam significativamente o comportamento das mulheres em busca de saúde. A pandemia expôs desigualdades existentes no acesso à saúde e ressaltou a necessidade de intervenções direcionadas que considerem os desafios únicos enfrentados pelas mulheres.
Recomendações
Pra melhorar o acesso à saúde pra mulheres na Nigéria, várias ações podem ser tomadas:
Educação Comunitária: Aumentar os esforços de educação em saúde pública pra desmistificar mitos sobre a COVID-19 e encorajar as mulheres a buscarem atendimento médico a tempo.
Apoio a Profissionais de Saúde: Oferecer recursos e suporte pros trabalhadores de saúde pra melhorar suas interações com os pacientes, construindo confiança e relacionamento.
Abordagem dos Problemas de Transporte: Desenvolver opções de transporte melhores pra mulheres, especialmente durante emergências de saúde, pra garantir que elas possam acessar serviços essenciais com facilidade.
Aprimoramento do Apoio Financeiro: Explorar opções de apoio financeiro e logístico pras mulheres que buscam cuidados de saúde, criando redes de segurança durante emergências.
Promoção da Equidade de Gênero: Defender a equidade de gênero na tomada de decisões de saúde, garantindo que as mulheres tenham voz e autonomia em suas escolhas de saúde.
Entendendo essas dinâmicas, os interessados podem trabalhar juntos pra criar um sistema de saúde mais equitativo pra mulheres e crianças na Nigéria e além.
Título: Unveiling Womens Experiences Amidst the COVID-19 Pandemic in Nigeria: An Interpretive phenomenological analysis.
Resumo: BackgroundThe past three years have seen an increasing gap in health inequalities in Nigerias health systems, with many women having trouble accessing health care due to persistent social determinants of health. Studies indicate that the amplified impact of the pandemic is due to the lack of contextual focus on response plans. This study used an interpretive phenomenological analysis to analyze womens experiences with healthcare as the pandemic progressed in Nigeria. MethodsSemi-structured interviews were conducted between August to November 2022. It was supplemented with three focus group discussions with mothers. The mothers were purposively recruited for their experiences with health care during the pandemic. The analysis of the interviews followed the interpretive phenomenological analysis approach. ResultsTwenty-four women aged 15 to 49 years with children between 0 and 5 years participated in this study. These women reported mixed experiences during the pandemic, with many attributing positive health behaviours to the pandemic. Following analysis, four themes emerged: i) Influence of diversity of Healthcare Practices and Beliefs on health-seeking behaviour; ii) Unpacking Systemic Barriers to Seeking Timely and Appropriate Health Care Services; iii) Womens fear of contracting COVID-19; iv) Socioeconomic Burden for Holistic Health Care Delivery. ConclusionHealth planners must examine contextual factors that drive health usage, especially potentially changing gender dynamics ahead of the next pandemic. This paper examined womens decision to seek or not seek care, the type of care they received, and where they went for care. Women felt that the pandemic affected their decision to seek or not seek care. However, while they learned new behaviours that are now integrated into their daily lives, they also indicate that some behaviours are habitual and have persisted through the pandemic.
Autores: Mary Ndu, G. Teachman, J. Martin, E. Nouvet
Última atualização: 2023-06-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.30.23290724
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.30.23290724.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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