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Busca por Bóson Pseudoscalar no LHC

Cientistas estão investigando uma nova partícula que pode explicar fenômenos cósmicos.

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Cientistas estão de olho em um novo tipo de partícula chamada bóson pseudoscalar. Essa partícula é interessante porque pode se transformar em dois Múons, que são um tipo de partícula subatômica parecida com elétrons, só que mais pesados. A busca tá rolando em um dos maiores aceleradores de partículas do mundo, chamado Grande Colisor de Hádrons (LHC) no CERN. A pesquisa envolve analisar eventos onde um par de Quarks Top é produzido, que são as partículas mais pesadas no Modelo Padrão da física de partículas.

O que é um Bóson Pseudoscalar?

Um bóson pseudoscalar é um tipo especial de partícula com propriedades únicas. Ele não carrega carga elétrica e acredita-se que desempenhe um papel em vários modelos teóricos além do Modelo Padrão. Alguns cientistas acham que essas partículas podem ajudar a explicar certos fenômenos cósmicos, como emissões incomuns de raios gama da nossa galáxia. A ideia é que essas novas partículas podem estar conectadas à matéria escura, que é uma substância invisível que compõe uma boa parte da massa do universo.

O Papel dos Quarks Top

Quarks top são produzidos com frequência em colisões de alta energia no LHC. Quando dois prótons de alta energia colidem, eles podem criar várias partículas, incluindo pares de quarks top. O que torna essa busca interessante é que um dos quarks top pode se transformar em uma partícula mais leve, que neste caso é nosso candidato a bóson pseudoscalar, e esse bóson pode se transformar em dois múons.

Seleção e Análise de Eventos

Para fazer essas buscas, os cientistas analisam dados de colisões de prótons gravados por um detector chamado ATLAS. A análise foca em eventos onde um quark top se desintegra em um lépton carregado (um elétron ou um múon) e o outro quark top se desintegra no bóson pseudoscalar, que depois se desintegra em dois múons. Isso resulta em um estado final com três léptons e jatos adicionais da colisão.

Coleta de Dados

Os dados usados nessa pesquisa vêm de colisões que rolaram em um nível de energia de 13 TeV, que é bem alto. Esses dados foram coletados de 2015 a 2018 e correspondem a um grande número de eventos de colisão, proporcionando uma boa amostra estatística para a análise.

Os cientistas usam várias técnicas para garantir que os dados sejam confiáveis. Eles aplicam critérios de seleção rigorosos para identificar eventos que provavelmente contenham os sinais que estão procurando, enquanto filtram também o barulho de fundo irrelevante de outros tipos de colisões.

Observações e Resultados

Após analisar os dados, os cientistas não encontraram evidências significativas de um bóson se desintegrando em múons. Isso significa que eles não observaram mais eventos do que o esperado com base na física conhecida. No entanto, eles também estabeleceram limites superiores sobre a produção desse novo bóson em certos modelos teóricos específicos.

Análise Estatística

Para avaliar os dados, os cientistas usam um método chamado análise estatística. Isso permite que eles determinem a probabilidade de que qualquer excesso de eventos possa ser devido ao acaso aleatório versus um potencial sinal de nova física. Eles descobriram que, embora não houvesse evidência forte para a nova partícula, os resultados eram consistentes com modelos existentes de física de partículas.

Implicações dos Resultados

A falta de evidências para o bóson pseudoscalar não significa que ele não exista. Na verdade, isso ajuda a refinar nossa compreensão sobre quais tipos de partículas podem ou não estar presentes na natureza. Na física de partículas, resultados negativos podem ser tão importantes quanto descobertas positivas, já que eles descartam certas teorias e orientam pesquisas futuras.

Direções Futuras

A busca por novas partículas continua, e mais dados serão coletados do LHC. À medida que mais eventos de colisão forem registrados, os cientistas esperam descobrir a nova partícula ou restringir ainda mais as possibilidades de sua existência.

Entendendo o Detector ATLAs

O detector ATLAS é projetado para capturar várias partículas criadas nas colisões. Ele usa componentes como detectores de rastreamento para seguir os caminhos de partículas carregadas e calorímetros para medir sua energia. Essas ferramentas ajudam os cientistas a identificar quais partículas são produzidas em uma colisão e fornecem as informações necessárias para a análise.

Resumo

A busca por um novo bóson pseudoscalar é uma área empolgante de pesquisa em física de partículas. Embora nenhuma evidência tenha sido encontrada nos dados analisados, os cientistas conseguiram descartar certas possibilidades e estabelecer limites sobre a frequência com que tal partícula poderia aparecer. O estudo dessas partículas pode potencialmente levar a descobertas importantes na nossa compreensão do universo e do que está além dos modelos atuais de física.

A pesquisa contínua no LHC, particularmente com o detector ATLAS, continua a fornecer insights valiosos sobre o mundo das partículas subatômicas. Cada estudo ajuda a refinar teorias e a oferecer uma visão mais clara das forças fundamentais que regem tudo, desde as menores partículas até as maiores estruturas cósmicas. À medida que a tecnologia e os métodos melhoram, descobertas futuras podem nos aproximar da descoberta de novas partículas e do desvendamento dos mistérios do universo.

Em conclusão, a busca pelo bóson pseudoscalar demonstra os esforços diligentes dos cientistas para expandir nosso conhecimento sobre a física de partículas. Ao examinar as propriedades e comportamentos das partículas fundamentais, os pesquisadores estão montando o complexo quebra-cabeça do universo, uma colisão de cada vez. Essas investigações não apenas iluminam aspectos teóricos, mas também inspiram futuras gerações de físicos a explorar o desconhecido.

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