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# Biologia# Comportamento e Cognição Animal

Dinâmica de Movimento e Transmissão em Redes Sociais

Estudo revela como o movimento influencia a disseminação de informações e doenças em redes sociais.

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A forma como a informação, comportamentos ou doenças se espalham entre grupos de pessoas ou animais é importante pra entender mudanças sociais. Os comportamentos sociais são a base desse espalhamento. A estrutura dos grupos e como os indivíduos interagem são fatores cruciais que podem influenciar os resultados de como a informação ou doença se espalha. Essas dinâmicas podem afetar o equilíbrio de vantagens e desvantagens de ser social, levando a mudanças nas Redes sociais. Esse ciclo de feedback pode mudar como a informação ou doença se espalha no futuro.

Por exemplo, depois do surto de gripe suína no México, muita gente passou a evitar grandes aglomerações. Pesquisas mostraram que essa mudança rápida nas redes sociais ajudou a reduzir o tamanho da epidemia. Da mesma forma, em guppies, as estruturas sociais deles se ajustaram quando a doença se espalhou, já que eles evitavam ativamente peixes infectados. Esse feedback desempenha um papel importante em como a estrutura das redes sociais afeta o espalhamento de informação ou doença. Estudos examinaram tanto o espalhamento inicial de doenças quanto como essas dinâmicas de espalhamento afetam o desenvolvimento social e cultural.

Embora agora saibamos sobre as dinâmicas e efeitos do espalhamento, ainda precisamos aprender mais sobre o que molda as redes sociais animais e como isso afeta como as coisas se espalham. As redes podem ser influenciadas por muitos comportamentos individuais e de grupo. Um comportamento chave é o movimento, que é essencial pra criar novas conexões. O movimento ajuda a buscar recursos e evitar ameaças. Há muito tempo é reconhecido como uma ligação entre indivíduos e padrões ecológicos maiores.

Os indivíduos podem se mover em espaços físicos e sociais. A forma como os animais se movem influencia muito como a informação ou doenças podem se espalhar. Espécies diferentes, contextos ou estágios de vida têm padrões de movimento diferentes, levando a várias redes sociais. Na verdade, o movimento muitas vezes explica uma grande parte de como as redes sociais são estruturadas. Animais territoriais podem ficar perto de casa e não interagir muito com os vizinhos, levando a uma rede bem local. Animais solitários podem ter conexões soltas com muitos outros, enquanto espécies sociais geralmente se movem juntas em grupos, resultando em redes mais conectadas.

As escolhas de movimento podem variar bastante. Por exemplo, alguns animais migram enquanto outros não. Além disso, a maneira como eles se movem pode mudar; alguns têm áreas definidas que percorrem, enquanto outros vagam livremente. Dependendo desses padrões de movimento e Transmissão, os efeitos sobre como as doenças se espalham podem variar. No entanto, o movimento muitas vezes não é modelado diretamente; em vez disso, ele é incorporado nas mudanças vistas na rede ao longo do tempo. Isso pode ser problemático por duas razões. Primeiro, não entendemos completamente como diferentes padrões de movimento afetam o contato social. Segundo, não está claro se redes que resumem conexões sociais refletem com precisão como os indivíduos interagem no tempo e no espaço.

Ao estudar redes, os pesquisadores muitas vezes resumem as dinâmicas em uma única representação estática, mas a eficácia desses métodos para estudar o espalhamento de informação permanece incerta. Estudos que usam diferentes métodos pra simular o espalhamento de doenças descobriram que simulações dinâmicas muitas vezes produzem estimativas maiores do tamanho da doença, mas isso depende de vários fatores. Por outro lado, outro estudo indicou que as previsões de redes estáticas tendem a alinhar com aquelas de redes dinâmicas se as probabilidades de transmissão forem constantes. No entanto, se as probabilidades mudam com base em fatores como tipo de contato, as previsões podem diferir significativamente.

O movimento cria o potencial para o contato social, mas se uma doença ou comportamento realmente se espalha depende de mecanismos específicos de transmissão. Para doenças, a transmissão pode depender da rota de infecção ou das características dos patógenos. Para comportamentos ou informação, fatores como métodos de aprendizado social determinam quão efetivamente algo se espalha. A transmissão pode ser mais simples, onde a chance de passar informação é proporcional ao número de contatos informados conectados. Isso é chamado de “transmissão simples”. Por outro lado, o processo também pode ser complexo, influenciado pela composição dos vizinhos ou variando com base na frequência.

Estudos anteriores examinaram como o movimento espacialmente específico afeta as dinâmicas de espalhamento, mas não exploraram mecanismos de transmissão variados em profundidade. Assim, ainda há uma lacuna no Conhecimento sobre como o movimento espacial interage com a transmissão social. Essa pesquisa visa examinar como diferentes combinações de movimento e transmissão moldam redes sociais e como elas influenciam as dinâmicas de espalhamento. Usando modelos computacionais, vamos testar várias estratégias de movimento e transmissão pra ver como elas impactam as estruturas da rede e o fluxo de informação.

Modelo de Simulação

Criamos um modelo que simula grupos de 196 Agentes em um espaço controlado. Os agentes começam distribuídos de forma uniforme em uma grade. Cada agente tem uma posição específica, um perfil de conexão com outros agentes, um estado de conhecimento, uma estratégia de movimento e um método de transmissão. As simulações começam com um agente selecionado aleatoriamente que já conhece um novo comportamento, que ele pode compartilhar.

Durante cada rodada da simulação, os agentes mudam suas posições com base na sua estratégia de movimento. Depois, eles têm a chance de aprender o novo comportamento com seus vizinhos. Esse processo se repete até que todos os agentes adquiram o comportamento. Após o término da simulação, analisamos os dados pra entender a ordem e o tempo de como o conhecimento se espalha entre os agentes.

Em seguida, criamos uma versão estática da rede dinâmica. Nesse caso, os agentes não mudam suas posições; em vez disso, as conexões e pesos são averageados ao longo do período de simulação. Isso nos permite comparar como as duas abordagens diferentes se saem em termos do espalhamento do conhecimento.

Estratégias de Movimento

Testamos quatro diferentes estratégias de movimento que imitam vários comportamentos, variando de Movimentos aleatórios a ações direcionadas. Os agentes se moviam em uma superfície sem limites, garantindo um ambiente contínuo.

  1. Movimento Localizado: Agentes se movem em uma direção aleatória, escolhida de um intervalo uniforme de ângulos, ou seja, eles ficam perto da posição inicial.

  2. Movimento Semi-localizado: Agentes normalmente ficam em uma área limitada, mas ocasionalmente se afastam, usando um método que permite pequenas desvios de seu caminho original.

  3. Movimento Nômade: Agentes se movem principalmente em linha reta com mínimas desvios, seguindo um caminho mais direcionado.

  4. Movimento Guiado por Recursos: Agentes se movem em direção a ou longe de recursos específicos com base em suas necessidades. Se estiverem com fome, eles vão em direção ao recurso mais próximo e mudam de direção quando já comeram.

Essas estratégias de movimento levam a diferentes redes sociais, já que as relações entre os agentes mudam a cada movimento. Observamos como essas redes se desenvolvem ao longo do tempo e como isso afeta o espalhamento da informação.

Estratégias de Transmissão

Em cada rodada, agentes que não conhecem o comportamento podem aprender com aqueles que conhecem. As estratégias de aprendizado influenciam quão provável é que um agente ingênuo adquira conhecimento de um vizinho informado. Testamos várias estratégias de transmissão:

  1. Transmissão Simples: A chance de um agente aprender está diretamente ligada ao número de vizinhos informados.

  2. Regra de Anticonformidade: Um agente tem maior chance de aprender se menos de suas conexões imediatas forem informadas.

  3. Regra Proporcional: Similar à transmissão simples, mas leva em conta a proporção geral de vizinhos informados e ingênuos.

  4. Regra de Conformidade: Agentes têm mais chances de aprender se a maioria de seus vizinhos forem informados.

  5. Regra de Limite: Um agente precisa de um certo número de vizinhos informados pra aprender, e a chance de aprendizado é influenciada por quantos atendem a esse limite.

Ao comparar os efeitos dessas estratégias de transmissão em diferentes estratégias de movimento, podemos avaliar como a estrutura das redes resultantes influencia o espalhamento de informação.

Resultados: Regras de Movimento Impactam a Estrutura da Rede

Nossos resultados mostram que diferentes estratégias de movimento levam a estruturas sociais distintas que têm impactos variados no espalhamento de informação. A estrutura da rede social pode mudar significativamente com base no movimento dos agentes.

  1. Agentes que usaram movimento localizado tendiam a ficar fracamente conectados a alguns outros, resultando em uma rede esparsa.

  2. Agentes que se moviam de forma nômade tinham muitas conexões fracas, enquanto agentes semi-localizados estavam mais fortemente ligados a um grupo menor.

  3. O movimento guiado por recursos criou redes mais coesas, resultando em conexões mais fortes dentro de grupos menores.

À medida que os agentes se moviam e interagiam, a eficácia de suas redes de compartilhamento de informação variava. Isso foi particularmente notável quando analisamos como a informação se espalhou ao longo do tempo.

Desempenho da Transmissão Através de Regras de Movimento

Quando avaliamos quão rápido a informação se espalhou sob diferentes estratégias de movimento e transmissão, os resultados destacaram padrões claros.

  1. Em redes dinâmicas, estratégias de anticonformidade frequentemente levaram a um espalhamento mais rápido, independentemente da regra de movimento em uso.

  2. O movimento nômade geralmente resultou no espalhamento mais rápido, mas a classificação de outras estratégias de movimento dependia da regra de transmissão.

  3. O movimento guiado por recursos produzia clusters maiores, levando a momentos únicos de espalhamento rápido, particularmente ao usar transmissão simples.

Ao considerar representações estáticas da rede, observamos resultados contrastantes.

  1. Representações estáticas levaram a taxas gerais de espalhamento de informação mais altas em comparação com redes dinâmicas.

  2. Em redes estáticas, algumas estratégias de transmissão mostraram um desempenho melhor do que em sua versão dinâmica, alterando o esperado para o futuro do espalhamento de informação.

  3. As diferenças foram particularmente marcadas ao comparar como o comportamento de compartilhamento variou ao longo do tempo, com redes estáticas amplificando as diferenças entre as regras de transmissão.

Conclusões: A Interação Entre Movimento e Transmissão

No geral, esse estudo destaca as interações complexas entre estratégias de movimento e transmissão e seus efeitos nas dinâmicas de espalhamento. Diferentes regras de movimento moldam estruturas de rede, que por sua vez afetam o fluxo de informação.

Os achados mostram que previsões sobre quão rápido algo se espalha podem mudar dramaticamente com base em como as redes são representadas. Quando o compartilhamento de informação não está diretamente ligado à força das conexões, as diferenças entre abordagens estáticas e dinâmicas se tornam ainda mais pronunciadas.

Consequentemente, os pesquisadores devem tomar cuidado para capturar como os comportamentos se desenrolam ao longo do tempo. Os achados sugerem uma necessidade urgente de métodos que reflitam com precisão a natureza dinâmica das interações sociais, em vez de depender exclusivamente de representações averageadas das redes.

Entender essas dinâmicas pode levar a melhores estratégias pra gerenciar o espalhamento de informação ou doenças, tanto em humanos quanto em animais. Pesquisas futuras devem explorar como essas interações se desenrolam em situações da vida real e considerar outros fatores como pistas sociais no movimento. Explorar mais essas relações pode aprofundar nosso entendimento sobre comportamento social e suas implicações para o bem-estar individual e de grupo.

Fonte original

Título: The contribution of movement to social network structure and spreading dynamics under simple and complex transmission

Resumo: The structure of social networks fundamentally influences spreading dynamics. In general, the more contact between individuals, the more opportunity there is for the transmission of information or disease to take place. Yet, contact between individuals, and any resulting transmission events, are determined by a combination of spatial (where individuals choose to move) and social rules (who they choose to interact with or learn from). Here we examine the effect of the social-spatial interface on spreading dynamics using a simulation model. We quantify the relative effects of different movement rules (localized, semi-localized, nomadic, and resource-based movement) and social transmission rules (simple transmission, anti-conformity, proportional, conformity, and threshold rules) to both the structure of social networks and spread of a novel behaviour. Localized movement created weakly connected sparse networks, nomadic movement created weakly connected dense networks, and resource-based movement generated strongly connected modular networks. The resulting rate of spreading varied with different combinations of movement and transmission rules, but-- importantly--the relative rankings of transmission rules changed when running simulations on static versus dynamic representations of networks. Our results emphasize that individual-level social and spatial behaviours influence emergent network structure, and are of particular consequence for the spread of information under complex transmission rules.

Autores: Michael Chimento, D. R. Farine

Última atualização: 2024-03-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.09.579705

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.09.579705.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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