Melhorando a Colaboração no Design de Sistemas de Computação
Uma nova metodologia melhora o trabalho em equipe entre desenvolvedores de software e hardware para um desempenho melhor.
― 6 min ler
Índice
- Importância da Colaboração Precoce
- Visão Geral dos Veículos de Desenvolvimento de Software
- Arquitetura RISC-V
- Desafios Atuais no Design de Hardware
- A Metodologia Proposta
- Etapas da Metodologia
- Estudo de Caso: Transformada Rápida de Fourier
- Benefícios da Metodologia
- Desafios à Frente
- Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Quando se trata de criar novos sistemas de computador, especialmente supercomputadores, é super importante que as equipes de software e hardware trabalhem juntas logo no início do processo. Essa colaboração ajuda a garantir que o software funcione bem com o novo hardware que está sendo desenvolvido. Este artigo aborda ferramentas e métodos que permitem que essas equipes se comuniquem melhor e melhorem o design geral dos sistemas de computação.
Importância da Colaboração Precoce
Tradicionalmente, ao projetar hardware, o feedback dos desenvolvedores de software muitas vezes chega tarde demais no processo, o que pode resultar em problemas. Atrasos podem limitar o quão bem o sistema final se desempenha. Para mudar isso, apresentamos um método chamado Veículos de Desenvolvimento de Software (SDV), que ajuda os desenvolvedores a darem suas opiniões desde o início. Essa abordagem garante que o software possa ser testado em projetos de hardware antes de serem construídos completamente.
Visão Geral dos Veículos de Desenvolvimento de Software
Os SDVs consistem em várias ferramentas e técnicas que permitem que os desenvolvedores comecem a codificar para novos designs de hardware mais cedo. Usando SDVs, os desenvolvedores podem testar seu software em sistemas de hardware emulados, que simulam como o novo hardware funcionará. Isso facilita para as equipes de software e hardware fazerem melhorias, acelerando todo o processo de design.
Arquitetura RISC-V
O conjunto de instruções RISC-V é uma parte importante desse processo. Ele permite flexibilidade no design do hardware. Nosso estudo foca em um design RISC-V que inclui uma unidade de processamento especial capaz de lidar com grandes quantidades de dados. Isso é vital para computação de alto desempenho (HPC), pois permite que cientistas e pesquisadores realizem cálculos complexos de forma mais eficiente.
Desafios Atuais no Design de Hardware
Em muitos casos, o processo de design de novo hardware é feito separadamente do desenvolvimento de software. Isso geralmente leva a ineficiências e perda de tempo. Quando uma nova peça de hardware finalmente é construída, os desenvolvedores de software percebem que seus códigos não rodam bem nela. Nossa nova metodologia visa mudar isso integrando mais de perto o design de hardware e software.
A Metodologia Proposta
A metodologia que propomos consiste em várias etapas que permitem um feedback mais ágil entre os desenvolvedores de software e hardware. Primeiro, os desenvolvedores testam suas aplicações em sistemas RISC-V. Em seguida, eles adaptam seu código para aproveitar os novos recursos de hardware. Por fim, eles analisam como o programa se comporta no hardware, fazendo ajustes adicionais conforme necessário.
Etapas da Metodologia
Etapa 1: Portar Aplicações
Na primeira etapa, os desenvolvedores devem garantir que seu código conseguisse rodar no sistema básico RISC-V. Isso significa checar a compatibilidade e fazer as mudanças necessárias para que funcione corretamente. Essa etapa ajuda a identificar problemas cedo e confirma que o software pode rodar efetivamente no novo hardware.
Etapa 2: Vetorização
Uma vez que a aplicação roda bem no sistema básico, a próxima etapa é melhorar seu desempenho usando vetorização. A vetorização envolve reescrever o código para processar vários pontos de dados simultaneamente. Fazendo isso, o software pode tirar total proveito das capacidades do novo hardware, permitindo que realize cálculos complexos muito mais rápido.
Etapa 3: Análise de Desempenho
A etapa final envolve analisar como a aplicação roda no hardware real. Essa etapa usa ferramentas para monitorar vários aspectos do hardware e medir o desempenho. Ao olhar de perto para os resultados, os desenvolvedores podem identificar onde mais melhorias podem ser feitas para otimizar o desempenho.
Estudo de Caso: Transformada Rápida de Fourier
Para mostrar como a metodologia proposta funciona, realizamos um estudo detalhado usando a Transformada Rápida de Fourier (FFT). A FFT é um algoritmo crucial usado em muitas aplicações científicas. Começamos rodando a versão tradicional do algoritmo no sistema RISC-V.
Depois de garantir que estava rodando corretamente, procedemos para vetorização do código, permitindo que ele utilizasse os novos recursos de hardware de forma mais eficaz. Finalmente, testamos o código otimizado em nosso protótipo de FPGA, coletando dados de desempenho detalhados. Esses dados foram usados para refinar ainda mais o algoritmo, demonstrando como o ciclo de feedback entre software e hardware pode levar a melhorias significativas.
Benefícios da Metodologia
A metodologia proposta oferece várias vantagens:
- Testes Precoce: Os desenvolvedores podem testar seu software no novo hardware antes de ele estar totalmente disponível, o que identifica problemas mais cedo.
- Maior Eficiência: Ao integrar o desenvolvimento de hardware e software, as equipes podem trabalhar juntas para criar sistemas mais eficientes.
- Melhoria de Desempenho: A capacidade de analisar e revisar o código com base em dados de desempenho detalhados significa melhor desempenho geral do sistema.
- Flexibilidade: Esse método permite que várias aplicações de software funcionem em várias plataformas de hardware com facilidade.
Desafios à Frente
Apesar dos benefícios potenciais, há desafios para implementar essa metodologia. Um grande desafio é a complexidade dos designs de hardware. À medida que os sistemas se tornam mais avançados, garantir que funcionem bem com o novo software exigirá colaboração contínua entre as equipes.
Além disso, enquanto os SDVs oferecem uma maneira rápida de testar software, o processo ainda depende da prontidão do hardware. Se o hardware não estiver totalmente desenvolvido ou funcional, pode ser desafiador obter resultados precisos. Portanto, um planejamento cuidadoso e uma comunicação próxima entre as equipes são essenciais.
Direções Futuras
Para enfrentar esses desafios, há necessidade de mais pesquisa e desenvolvimento. Explorar maneiras de usar outras plataformas ou ferramentas junto com os SDVs também pode aumentar a eficácia dessa metodologia. Por exemplo, combinar SDVs com outras ferramentas de simulação pode fornecer insights adicionais e melhorar ainda mais o processo de design.
Também queremos ampliar nossa análise de eficiência energética e desenvolver métricas mais robustas para analisar o desempenho. À medida que a tecnologia evolui, adaptar nossas metodologias será fundamental para acompanhar novos desenvolvimentos de hardware e garantir uma colaboração eficaz.
Conclusão
Em resumo, a integração do design de software e hardware através do uso de Veículos de Desenvolvimento de Software representa uma abordagem promissora para melhorar sistemas de computação de alto desempenho. Ao aprimorar a colaboração e criar um ciclo de feedback entre as equipes, podemos garantir que os futuros sistemas de computação sejam tanto eficazes quanto eficientes.
Com nossa metodologia proposta, os desenvolvedores de software têm a oportunidade de adaptar seus códigos ao novo hardware logo no processo de design. Essa abordagem proativa não só economiza tempo e recursos, mas pode levar a melhorias significativas de desempenho, beneficiando toda a comunidade científica. À medida que continuamos a refinar essa metodologia, o potencial para inovação no design de hardware e software de computação só deve crescer, abrindo caminho para sistemas ainda mais poderosos e eficientes no futuro.
Título: Software Development Vehicles to enable extended and early co-design: a RISC-V and HPC case of study
Resumo: Prototyping HPC systems with low-to-mid technology readiness level (TRL) systems is critical for providing feedback to hardware designers, the system software team (e.g., compiler developers), and early adopters from the scientific community. The typical approach to hardware design and HPC system prototyping often limits feedback or only allows it at a late stage. In this paper, we present a set of tools for co-designing HPC systems, called software development vehicles (SDV). We use an innovative RISC-V design as a demonstrator, which includes a scalar CPU and a vector processing unit capable of operating large vectors up to 16 kbits. We provide an incremental methodology and early tangible evidence of the co-design process that provide feedback to improve both architecture and system software at a very early stage of system development.
Autores: Filippo Mantovani, Pablo Vizcaino, Fabio Banchelli, Marta Garcia-Gasulla, Roger Ferrer, Giorgos Ieronymakis, Nikos Dimou, Vassilis Papaefstathiou, Jesus Labarta
Última atualização: 2023-06-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.01797
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.01797
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://www.sifive.com/boards/hifive-unmatched
- https://ssh.hca.bsc.es/epi/ftp/vehave-EPI-development-latest.tar.bz2
- https://www.xilinx.com/products/boards-and-kits/vcu128.html
- https://www.xilinx.com/products/intellectual-property/ila.html
- https://www.ctan.org/pkg/fixltx2e
- https://www.ctan.org/pkg/stfloats
- https://www.ctan.org/pkg/dblfloatfix
- https://www.ctan.org/pkg/endfloat
- https://www.ctan.org/pkg/url
- https://www.fftw.org
- https://www.springer.com/gp/computer-science/lncs
- https://www.springer.com/lncs
- https://eda.sw.siemens.com/en-US/ic/veloce/
- https://github.com/riscv-ovpsim/imperas-riscv-tests
- https://www.european-processor-initiative.eu/
- https://semidynamics.com/
- https://www.chalmers.se
- https://www.ics.forth.gr/carv
- https://www.ics.forth.gr
- https://wiki.qemu.org/ChangeLog/2.12
- https://www.sifive.com/boards/hifive-unleashed