Desafios da Contaminação por Gelo em Naves Espaciais
Explorando como a contaminação por gelo afeta as operações das naves espaciais e estratégias para gerenciamento.
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Índice
Naves espaciais enfrentam um desafio e tanto quando o assunto é Contaminação por gelo de água. Esse problema afeta o desempenho delas ao longo do tempo, e entender como o gelo se forma, interage com as superfícies e, por fim, impacta as operações desses veículos é essencial. Esse artigo explora a ciência por trás da contaminação por gelo em naves espaciais, focando na física da formação do gelo e seus efeitos.
Contaminação em Naves Espaciais
A contaminação em naves espaciais pode vir de várias fontes, especialmente durante a construção e o lançamento. Um dos contaminantes mais comuns é a água, que pode se originar dos materiais usados na construção das naves. Com o tempo, a água pode liberar gases, levando à Formação de Gelo em componentes ópticos sensíveis. Esse gelo pode atrapalhar os instrumentos, tornando essencial o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle.
A Importância de Condições Limpas
No espaço, onde as condições podem ser extremas, manter a limpeza é fundamental. Naves espaciais envolvidas em ciências cosmológicas devem manter seus sistemas ópticos livres de contaminantes como o gelo de água para garantir a coleta de dados de alta qualidade. Se acumular muito gelo, isso pode dificultar a capacidade da nave de coletar e calibrar os dados com precisão.
Como o Gelo se Forma em Naves Espaciais
A formação de gelo em naves espaciais normalmente acontece através de alguns processos-chave. O vapor de água no vácuo do espaço pode se depositar em superfícies, levando à criação de filmes finos de gelo. Vários fatores influenciam esse processo, incluindo temperatura, pressão e a natureza do substrato em que o gelo se forma.
Fatores que Influenciam a Formação do Gelo
Temperatura: A temperatura das superfícies das naves desempenha um papel crucial em determinar se a água vai formar gelo. Temperaturas mais baixas favorecem a formação de gelo, enquanto temperaturas mais altas podem impedir isso.
Propriedades dos Materiais: Os materiais usados na construção das naves podem absorver vapor d'água. Materiais como Kapton, usados para isolamento, podem prender a umidade que pode depois liberar gases, levando à formação de gelo.
Topografia da Superfície: A textura e a estrutura de uma superfície podem influenciar como as moléculas de água interagem. Superfícies lisas podem permitir uma melhor adesão do gelo, enquanto superfícies rugosas podem levar a formações de gelo irregulares.
Tipos de Gelo em Naves Espaciais
Entender os diferentes tipos de gelo que podem se formar em naves espaciais é essencial. O gelo pode ser classificado com base em sua estrutura e processo de formação.
Tipos de Gelo
Gelo Amorfos: Esse tipo de gelo não tem uma estrutura definida, sendo desordenado em nível molecular. Ele costuma se formar em temperaturas baixas e pode absorver umidade facilmente.
Gelo Cristalino: Diferente do gelo amorfo, o gelo cristalino tem uma estrutura regular. Normalmente se forma em condições específicas e é mais estável que o gelo amorfo.
Tipos Mistos de Gelo: Na real, a maioria do gelo encontrado em naves espaciais é uma mistura de formas amorfas e cristalinas. Essa mistura pode complicar a forma como a contaminação é medida e gerida.
Processo de Formação do Gelo
O gelo se forma através de uma combinação de liberação de gases e deposição. Quando os materiais da nave soltam vapor d'água, ele pode se condensar em superfícies mais frias, levando à formação de gelo. Esse processo pode ser afetado por várias variáveis, incluindo flutuações de temperatura e a presença de contaminantes.
Liberação de Gases e Deposição
A liberação de gases é um processo onde gases aprisionados são liberados dos materiais. O vapor d'água pode vir das superfícies das naves e interagir com partes mais frias da nave, levando à deposição e, eventualmente, à formação de gelo. Esse ciclo pode acontecer repetidamente, causando um acúmulo de gelo ao longo do tempo.
Efeitos do Gelo nas Naves Espaciais
A presença de gelo pode ter vários efeitos negativos nas naves espaciais. Entender esses impactos é crucial para projetar estratégias de descontaminação eficazes.
Impacto nos Sistemas Ópticos
O gelo pode afetar severamente o desempenho dos sistemas ópticos, que são essenciais para observar fenômenos astronômicos. O acúmulo de gelo pode levar a dispersão e perda de sinal, comprometendo a qualidade dos dados.
Desafios de Calibração
A presença de gelo complica o processo de calibração dos instrumentos. A calibração é necessária para garantir que os dados coletados sejam precisos. Se o gelo alterar as propriedades ópticas dos instrumentos, isso pode levar a resultados mal calibrados.
Problemas de Controle Térmico
O gelo de água também pode afetar os sistemas de controle térmico. O acúmulo de gelo pode mudar as propriedades térmicas das superfícies, o que pode interferir na capacidade da nave de manter temperaturas estáveis.
Estratégias para Gerenciar a Contaminação por Gelo
Lidar com a contaminação por gelo exige uma abordagem multifacetada. Várias estratégias podem ser empregadas para minimizar o impacto do gelo nas operações das naves espaciais.
Considerações de Design
Seleção de Materiais: Escolher materiais com taxas de liberação de gases mais baixas pode ajudar a reduzir a quantidade de vapor d'água que se acumula na nave.
Técnicas de Isolamento: Um isolamento eficaz pode minimizar as chances de condensação e formação de gelo. O isolamento de múltiplas camadas (MLI) é frequentemente usado para ajudar a gerenciar as condições térmicas.
Tratamentos de Superfície: Aplicar revestimentos que repelem a água pode ajudar a reduzir o acúmulo de gelo. Esses tratamentos precisam ser cuidadosamente considerados para evitar alterar as propriedades ópticas dos instrumentos.
Procedimentos de Descontaminação
Quando a contaminação por gelo ocorre, pode ser necessário realizar procedimentos de descontaminação. Isso pode envolver aquecer superfícies para sublimar o gelo, seguido de um resfriamento para evitar nova condensação.
Ciclagem Térmica: Um método é ciclar temperaturas pra cima e pra baixo pra gerenciar os níveis de gelo. Isso pode ser um processo demorado, mas pode efetivamente remover o gelo das superfícies.
Monitoramento e Calibração: Monitorar os instrumentos em busca de sinais de contaminação e recalibrar conforme necessário pode ajudar a manter a qualidade dos dados ao longo da missão.
Missões Futuras
Para futuras missões espaciais, especialmente aquelas envolvendo observações sensíveis, a pesquisa contínua em gerenciamento de contaminação é essencial. Desenvolver sistemas de monitoramento avançados e materiais inovadores pode melhorar a capacidade de lidar com a contaminação por gelo de forma eficaz.
Conclusão
O problema da contaminação por gelo em naves espaciais é um desafio complexo que requer uma compreensão profunda dos processos envolvidos. Desde a física da formação do gelo até as estratégias para gerenciar a contaminação, vários aspectos precisam ser considerados pra garantir o sucesso da missão. O equilíbrio entre prevenir o acúmulo de gelo e manter o desempenho dos instrumentos científicos é crucial na busca por conhecimento sobre o universo. As missões futuras precisarão incorporar o que foi aprendido com experiências passadas pra mitigar os impactos do gelo de água no espaço de forma eficaz.
Título: Euclid preparation. XXIX. Water ice in spacecraft part I: The physics of ice formation and contamination
Resumo: Molecular contamination is a well-known problem in space flight. Water is the most common contaminant and alters numerous properties of a cryogenic optical system. Too much ice means that Euclid's calibration requirements and science goals cannot be met. Euclid must then be thermally decontaminated, a long and risky process. We need to understand how iced optics affect the data and when a decontamination is required. This is essential to build adequate calibration and survey plans, yet a comprehensive analysis in the context of an astrophysical space survey has not been done before. In this paper we look at other spacecraft with well-documented outgassing records, and we review the formation of thin ice films. A mix of amorphous and crystalline ices is expected for Euclid. Their surface topography depends on the competing energetic needs of the substrate-water and the water-water interfaces, and is hard to predict with current theories. We illustrate that with scanning-tunnelling and atomic-force microscope images. Industrial tools exist to estimate contamination, and we must understand their uncertainties. We find considerable knowledge errors on the diffusion and sublimation coefficients, limiting the accuracy of these tools. We developed a water transport model to compute contamination rates in Euclid, and find general agreement with industry estimates. Tests of the Euclid flight hardware in space simulators did not pick up contamination signals; our in-flight calibrations observations will be much more sensitive. We must understand the link between the amount of ice on the optics and its effect on Euclid's data. Little research is available about this link, possibly because other spacecraft can decontaminate easily, quenching the need for a deeper understanding. In our second paper we quantify the various effects of iced optics on spectrophotometric data.
Autores: Euclid Collaboration, M. Schirmer, K. Thürmer, B. Bras, M. Cropper, J. Martin-Fleitas, Y. Goueffon, R. Kohley, A. Mora, M. Portaluppi, G. D. Racca, A. D. Short, S. Szmolka, L. M. Gaspar Venancio, M. Altmann, Z. Balog, U. Bastian, M. Biermann, D. Busonero, C. Fabricius, F. Grupp, C. Jordi, W. Löffler, A. Sagristà Sellés, N. Aghanim, A. Amara, L. Amendola, M. Baldi, C. Bodendorf, D. Bonino, E. Branchini, M. Brescia, J. Brinchmann, S. Camera, G. P. Candini, V. Capobianco, C. Carbone, J. Carretero, M. Castellano, S. Cavuoti, A. Cimatti, R. Cledassou, G. Congedo, C. J. Conselice, L. Conversi, Y. Copin, L. Corcione, F. Courbin, A. Da Silva, H. Degaudenzi, A. M. Di Giorgio, J. Dinis, F. Dubath, X. Dupac, S. Dusini, S. Farrens, S. Ferriol, M. Frailis, E. Franceschi, M. Fumana, S. Galeotta, B. Garilli, W. Gillard, B. Gillis, C. Giocoli, S. V. H. Haugan, H. Hoekstra, W. Holmes, F. Hormuth, A. Hornstrup, K. Jahnke, S. Kermiche, A. Kiessling, M. Kilbinger, T. Kitching, M. Kunz, H. Kurki-Suonio, S. Ligori, P. B. Lilje, I. Lloro, E. Maiorano, O. Mansutti, O. Marggraf, K. Markovic, F. Marulli, R. Massey, E. Medinaceli, S. Mei, Y. Mellier, M. Meneghetti, E. Merlin, G. Meylan, M. Moresco, L. Moscardini, E. Munari, R. Nakajima, S. -M. Niemi, J. W. Nightingale, T. Nutma, C. Padilla, S. Paltani, F. Pasian, V. Pettorino, S. Pires, G. Polenta, M. Poncet, L. A. Popa, F. Raison, A. Renzi, J. Rhodes, G. Riccio, E. Romelli, M. Roncarelli, E. Rossetti, R. Saglia, D. Sapone, B. Sartoris, P. Schneider, A. Secroun, G. Seidel, S. Serrano, C. Sirignano, G. Sirri, J. Skottfelt, L. Stanco, P. Tallada-Crespí, A. N. Taylor, I. Tereno, R. Toledo-Moreo, I. Tutusaus, E. A. Valentijn, L. Valenziano, T. Vassallo, Y. Wang, J. Weller, A. Zacchei, J. Zoubian, S. Andreon, S. Bardelli, P. Battaglia, E. Bozzo, C. Colodro-Conde, M. Farina, J. Graciá-Carpio, E. Keihänen, V. Lindholm, D. Maino, N. Mauri, N. Morisset, V. Scottez, M. Tenti, E. Zucca, Y. Akrami, C. Baccigalupi, M. Ballardini, A. Biviano, A. Blanchard, A. S. Borlaff, C. Burigana, R. Cabanac, A. Cappi, C. S. Carvalho, S. Casas, G. Castignani, T. Castro, K. C. Chambers, A. R. Cooray, J. Coupon, H. M. Courtois, J. -G. Cuby, S. Davini, G. De Lucia, G. Desprez, S. Di Domizio, H. Dole, J. A. Escartin, S. Escoffier, I. Ferrero, L. Gabarra, K. Ganga, J. Garcia-Bellido, K. George, F. Giacomini, G. Gozaliasl, H. Hildebrandt, J. J. E. Kajava, V. Kansal, C. C. Kirkpatrick, L. Legrand, P. Liebing, A. Loureiro, G. Maggio, M. Magliocchetti, G. Mainetti, R. Maoli, S. Marcin, M. Martinelli, N. Martinet, C. J. A. P. Martins, S. Matthew, M. Maturi, L. Maurin, R. B. Metcalf, P. Monaco, G. Morgante, S. Nadathur, A. A. Nucita, L. Patrizii, J. E. Pollack, V. Popa, D. Potter, M. Pöntinen, A. G. Sánchez, Z. Sakr, A. Schneider, M. Sereno, A. Shulevski, P. Simon, J. Steinwagner, R. Teyssier, J. Valiviita
Última atualização: 2023-05-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.10107
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.10107
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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Ligações de referência
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