Aprimorando Modelos de Fala com Conhecimento de Texto
Usando modelos de texto pra melhorar a geração de fala e facilitar a compreensão.
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Índice
- Modelos de Linguagem Falada Generativa
- O Papel do Texto em Modelos de Fala
- Treinando Modelos de Fala com Modelos de Texto
- Os Componentes do GSLM
- Fatores que Afetam o Desempenho do Modelo
- Comparando Modelos de Texto e Fala
- Configuração Experimental
- Avaliando o Desempenho do Modelo
- Escala e Eficiência do Modelo
- Limitações e Desafios
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A fala é a primeira maneira que os humanos se comunicam. Mesmo que envolva mais do que só palavras-como tom e gestos-muitos sistemas que entendem a linguagem falada focam apenas no que tá escrito. Ultimamente, teve grandes avanços em criar sistemas que conseguem aprender só com a linguagem falada. Esses novos modelos conseguem gerar fala sem depender de texto escrito.
Mas ainda tem muito mais conteúdo escrito na internet do que falado, o que dificulta a criação de grandes modelos baseados na fala. Em contraste, modelos que são feitos com uma quantidade enorme de dados textuais já mostraram sucesso em várias tarefas, como entender contexto e gerar respostas.
O principal objetivo desse trabalho é mostrar como modelos treinados com texto escrito podem ajudar a melhorar os modelos baseados em fala. Embora fala e texto sejam diferentes, eles estão bem relacionados, o que significa que transferir conhecimento de texto para fala pode ser benéfico.
Modelos de Linguagem Falada Generativa
Os Modelos de Linguagem Falada Generativa (GSLMs) foram feitos para processar e criar fala. Eles conseguem fazer isso sem nenhum texto escrito guiando. Esse artigo apresenta um método para melhorar esses modelos usando modelos de linguagem escrita já existentes como ponto de partida.
Treinando modelos de fala dessa forma, conseguimos resultados melhores na geração de linguagem falada. Também vamos explorar como diferentes fatores, como o design do modelo e a quantidade de dados de treino, afetam o desempenho.
O Papel do Texto em Modelos de Fala
Muitos sistemas focam principalmente no conteúdo escrito. No entanto, a linguagem falada inclui características importantes como tom de voz e pausas, que não são capturadas no texto escrito. Avanços recentes em tecnologia permitem que criemos modelos que trabalham apenas com dados de linguagem falada.
Apesar do uso crescente de conteúdo em áudio em áreas como podcasts e jogos, a web ainda é dominada por texto. Esse desequilíbrio desafia a criação de modelos de fala em grande escala em comparação aos seus equivalentes baseados em texto.
Modelos baseados em texto, treinados em uma grande quantidade de dados escritos, conseguem realizar várias tarefas com apenas alguns exemplos ou instruções. Eles servem como bases fortes que podem ser ajustadas para realizar outras tarefas, como classificação de texto ou geração de código.
Fica a dúvida se esses modelos de texto podem melhorar os modelos de fala. Como a fala opera em um nível diferente do texto, não tá claro se essa transferência pode trazer melhorias. Mas, tem evidências que misturar modelos de texto e fala pode levar a melhores resultados em tarefas como tradução e transcrição.
Treinando Modelos de Fala com Modelos de Texto
Neste trabalho, propomos um método que combina as forças dos modelos de linguagem textual com os modelos de fala. Chamamos esse método de Modelos de Linguagem de Transformadores de Fala Inicializados de Forma Textual. A ideia é configurar um modelo de fala usando um modelo de texto pré-treinado como ponto de partida.
Descobrimos que essa abordagem é muito eficaz e leva a melhorias consistentes nas métricas de desempenho, tanto em avaliações automáticas quanto em avaliações humanas. Nossa análise foca em vários fatores como design do modelo, escala de dados e o tokenizer usado para processar a fala.
Seguindo esse método, introduzimos o maior modelo de fala conhecido, treinado com uma quantidade significativa de dados falados. Também criamos duas versões faladas de um teste de referência chamado StoryCloze para avaliar o quanto os modelos entendem linguagem falada em contexto.
Os Componentes do GSLM
O pipeline do GSLM consiste em três partes principais:
Tokenizer de Fala: Esse pega a fala bruta e transforma em um formato que o modelo consegue entender. Ele divide a fala em tokens discretos, permitindo que o modelo processe de forma eficaz.
Modelo de Linguagem: Aqui é onde o aprendizado real acontece. O modelo aprende a entender as relações entre os tokens e consegue gerar fala com base nesse entendimento.
Módulo de Token para Fala: Esse converte os tokens gerados de volta para a linguagem falada, produzindo a saída de áudio final.
Usando um modelo de texto pré-treinado para inicializar o modelo de fala, podemos melhorar o processo de aprendizado e obter resultados melhores no geral.
Fatores que Afetam o Desempenho do Modelo
Várias escolhas de design podem impactar o desempenho dos modelos de fala. Isso inclui o tipo de tokenizer usado, o tamanho do modelo de texto pré-treinado e a quantidade de dados de treino disponíveis.
Nossas descobertas mostram que tanto o tamanho do modelo quanto a quantidade de dados usados para o treino afetam bastante o desempenho. Usar modelos maiores com mais dados de treinamento leva a melhores resultados, pois eles conseguem aprender relações mais complexas dentro dos dados.
As duas versões faladas do benchmark StoryCloze que criamos ajudam a avaliar a capacidade do modelo de gerar e entender contexto na linguagem falada. Esses benchmarks podem apoiar pesquisas futuras e oferecer métricas de avaliação claras para modelos de linguagem falada.
Comparando Modelos de Texto e Fala
Tradicionalmente, modelos de fala foram menos eficazes que seus equivalentes baseados em texto devido a diferenças de granularidade. Tokens de fala operam em uma escala de tempo muito curta, enquanto tokens de texto podem abranger conceitos mais longos como frases ou sentenças. Apesar dessas diferenças, reconhecemos que fala e texto têm uma relação próxima.
Para o nosso estudo, focamos em saber se inicializar um modelo de fala com um modelo de texto pode melhorar seu desempenho. Ao substituir o vocabulário de texto por tokens de fala e usar um tokenizer de fala, conseguimos continuar o processo de treinamento e avaliar os resultados.
Nossos experimentos indicam que esse processo de inicialização quente resulta em melhorias significativas em várias métricas de desempenho.
Configuração Experimental
Para entender a eficácia da nossa abordagem, realizamos experimentos extensivos. Usamos diferentes modelos de texto pré-treinados, variando tamanhos e tipos de dados de treinamento, e aplicamos diferentes métodos de tokenização.
Os dados usados nos experimentos incluem vários conjuntos de dados de fala disponíveis publicamente. Analisamos como diferentes configurações impactam o desempenho e a estabilidade em várias configurações.
Avaliando o Desempenho do Modelo
Avaliar o desempenho de um pipeline com múltiplos componentes pode ser desafiador. Estabelecemos três principais métodos de avaliação:
Modelagem Zero-Shot: Isso avalia a capacidade do modelo de gerar respostas apropriadas sem treinamento prévio em tarefas específicas.
Avaliação Humana: Coletamos feedback humano sobre a naturalidade da fala gerada, focando em gramática, coerência e diversidade.
StoryCloze Falado: Esse benchmark ajuda a avaliar a capacidade do modelo de manter contexto e coerência em histórias geradas.
Resultados da Modelagem Zero-Shot
Usamos várias métricas para avaliar quão bem os modelos conseguem gerar fala mais natural. Essas métricas fornecem insights sobre as capacidades de modelagem lexical e sintática dos modelos de fala.
Avaliação Humana
Uma parte crucial de entender quão bem nossos modelos funcionam vem da avaliação humana. Apresentamos a avaliadores humanos continuações de fala geradas, pedindo que classifiquem quão natural e coerente essas continuações são. Esse método de avaliação nos ajuda a entender quão bem a fala gerada atende às expectativas humanas.
Avaliação do StoryCloze Falado
Para avaliar ainda mais as capacidades dos nossos modelos, criamos dois benchmarks específicos baseados no conjunto de teste original do StoryCloze. Esses benchmarks nos permitem medir as habilidades dos modelos em entender detalhes mais finos como relações causais e temporais na linguagem falada.
Escala e Eficiência do Modelo
Enquanto exploramos as capacidades dos modelos, fica evidente que escalar o tamanho do modelo e aumentar os dados leva a um melhor desempenho. Isso se mantém verdadeiro em diferentes tarefas, mostrando que modelos maiores conseguem capturar padrões mais complexos na fala.
Nosso trabalho demonstra que simplesmente aumentar o tamanho dos dados de treinamento ou a complexidade do modelo pode resultar em ganhos significativos.
Limitações e Desafios
Apesar do forte desempenho dos nossos modelos, ainda tem suas limitações. O maior desafio é a falta de um entendimento mais profundo nas respostas geradas. Embora a gente tenha melhorado o processo de inicialização, a transferência de conhecimento semântico de texto para fala ainda é limitada.
A granularidade dos tokens de fala também apresenta desafios, pois as sequências resultantes podem ser longas e difíceis de processar. Isso pode desacelerar o modelo e complicar o processo de otimização.
Impacto Mais Amplo
Os benefícios potenciais de melhores modelos de fala vão além da tecnologia. Eles podem melhorar o acesso a aplicações como busca, tradução e sumarização, tornando essas ferramentas mais úteis para pessoas que falam línguas menos representadas.
No entanto, também existem riscos associados a esses avanços. Há a chance de uso indevido, levando a aplicações prejudiciais como a disseminação de desinformação ou a criação de outputs tendenciosos.
Conclusão
Com nosso trabalho, demonstramos que usar modelos de texto existentes pode melhorar significativamente os modelos de linguagem falada. Treinando esses modelos com a ajuda de conhecimento pré-existente, conseguimos obter resultados melhores em entender e gerar linguagem falada.
Nossa análise revela que vários fatores influenciam a eficácia dos modelos de fala, incluindo design do modelo, escala de dados e escolha do tokenizer. Os benchmarks lançados servem como ferramentas valiosas para pesquisas futuras nessa área.
Há, no entanto, limitações a serem abordadas, especialmente em relação ao entendimento mais profundo da fala gerada. Mais pesquisa é necessária para explorar e mitigar esses desafios. No geral, esse estudo abre novas avenidas para melhorar a compreensão e a tecnologia da linguagem falada.
Título: Textually Pretrained Speech Language Models
Resumo: Speech language models (SpeechLMs) process and generate acoustic data only, without textual supervision. In this work, we propose TWIST, a method for training SpeechLMs using a warm-start from a pretrained textual language models. We show using both automatic and human evaluations that TWIST outperforms a cold-start SpeechLM across the board. We empirically analyze the effect of different model design choices such as the speech tokenizer, the pretrained textual model, and the dataset size. We find that model and dataset scale both play an important role in constructing better-performing SpeechLMs. Based on our observations, we present the largest (to the best of our knowledge) SpeechLM both in terms of number of parameters and training data. We additionally introduce two spoken versions of the StoryCloze textual benchmark to further improve model evaluation and advance future research in the field. We make speech samples, code and models publicly available: https://pages.cs.huji.ac.il/adiyoss-lab/twist/ .
Autores: Michael Hassid, Tal Remez, Tu Anh Nguyen, Itai Gat, Alexis Conneau, Felix Kreuk, Jade Copet, Alexandre Defossez, Gabriel Synnaeve, Emmanuel Dupoux, Roy Schwartz, Yossi Adi
Última atualização: 2024-01-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.13009
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.13009
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://huggingface.co/docs/transformers/model_doc/imagegpt
- https://virtualspeech.com/blog/average-speaking-rate-words-per-minute
- https://pages.cs.huji.ac.il/adiyoss-lab/twist/
- https://github.com/slp-rl/SpokenStoryCloze
- https://www.insiderintelligence.com/content/look-us-digital-audio-market-2022-how-big-who-s-listening-what-they-listening
- https://github.com/facebookresearch/fairseq/blob/main/examples/speech_synthesis/docs/ljspeech_example.md#results
- https://huggingface.co/openai/whisper-large