Complexidade Quântica em Circuitos Aleatórios Monitorados
Investigando como a medição influencia a complexidade quântica em circuitos quânticos aleatórios.
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Índice
- Transições de Fase Induzidas por Medida
- Investigando a Complexidade Quântica
- Teoria de Percolação e Estados Quânticos
- O Papel da Complexidade Quântica
- Conexões com Computação Clássica e Quântica
- Principais Descobertas
- Configuração Experimental
- Dimensão Acessível
- Limitando Inferiormente a Complexidade
- Implicações para a Computação Quântica
- Direções para Pesquisas Futuras
- Conclusão
- Fonte original
Sistemas quânticos se comportam de maneiras fascinantes, especialmente quando passam por mudanças controladas e Medições. Estudos recentes focaram em um tipo único de transição de fase que acontece devido a essas medições. Essa transição é acionada ao mudar a forma como bits quânticos individuais (chamados de qubits) são medidos ao longo do tempo.
Quando olhamos para um grupo de qubits, uma medida importante do comportamento deles é algo chamado Complexidade Quântica. Esse conceito ajuda a entender quão complicado o estado de um sistema quântico pode se tornar ao longo do tempo. Neste trabalho, vamos explorar como a complexidade quântica muda em circuitos aleatórios, que são configurações onde qubits interagem entre si de maneiras aleatórias, enquanto também são medidos em intervalos específicos.
Transições de Fase Induzidas por Medida
Quando as medições são introduzidas em sistemas quânticos, elas podem causar mudanças abruptas em certas propriedades do estado do sistema. Por exemplo, a quantidade de Emaranhamento (uma medida de quão entrelaçados estão os estados dos qubits) pode mudar drasticamente dependendo da frequência das medições. Abaixo de uma certa taxa de medições, o sistema tende a evoluir de maneira previsível, enquanto acima dessa taxa crítica, a dinâmica pode mudar inesperadamente.
Investigando a Complexidade Quântica
Nosso objetivo principal é explorar como a complexidade quântica evolui em circuitos aleatórios monitorados. Nesses circuitos, os qubits passam por mudanças aleatórias, mas também são medidos com uma probabilidade definida a cada passo de tempo. Descobrimos que a complexidade do estado quântico passa por uma transição significativa dependendo da taxa de medição.
Para entender isso, podemos categorizar o crescimento da complexidade em duas fases: uma "fase complexa" onde a complexidade aumenta pelo menos linearmente ao longo do tempo e uma "fase não complexa" onde a complexidade atinge um ponto de saturação mais rapidamente.
Teoria de Percolação e Estados Quânticos
Neste estudo, utilizamos a teoria da percolação, uma estrutura matemática que ajuda a entender como caminhos conectados (ou rotas) se formam em redes aleatórias. Essa abordagem nos permitiu analisar como os cálculos quânticos podem prosseguir mesmo quando algumas medições interferem.
Por exemplo, abaixo de uma taxa crítica de medição, caminhos pelo circuito podem se formar de uma maneira que permite cálculos longos, enquanto acima dessa taxa, as medições frequentes podem redefinir a complexidade do estado para uma forma mais simples.
O Papel da Complexidade Quântica
A complexidade quântica serve como uma medida chave para entender como um sistema quântico evolui ao longo do tempo. Diferente de outras medidas, como a entropia de emaranhamento (que tende a se estabilizar em um valor fixo), a complexidade quântica caracteriza a natureza dinâmica do sistema. Ela fornece insights sobre há quanto tempo um sistema está evoluindo e pode ajudar a destacar fases distintas no comportamento do estado quântico.
Conexões com Computação Clássica e Quântica
Ao estudar como a complexidade quântica se comporta em circuitos aleatórios monitorados, podemos traçar paralelos com a computação clássica. Certas tarefas se tornam muito mais difíceis de resolver - mostrando um "regime de dificuldade" - à medida que a complexidade do sistema quântico muda. Isso nos permite definir os limites entre as capacidades de computação clássica e quântica.
Nossos resultados estão bem alinhados com o conhecimento existente sobre sistemas complexos e sugerem que circuitos aleatórios monitorados oferecem um modelo valioso para investigar essas dinâmicas.
Principais Descobertas
Descobrimos que a complexidade quântica dos estados em circuitos aleatórios monitorados passa por uma mudança notável em uma taxa crítica de medição. Abaixo dessa taxa, a complexidade cresce linearmente até atingir um ponto de saturação relacionado ao tamanho do sistema. Acima desse limite, diferentes dinâmicas assumem o controle, e a complexidade se estabiliza em um valor diferente.
Fase Complexa: Nesta fase, a complexidade cresce pelo menos linearmente ao longo do tempo até atingir um valor que é grande em relação ao tamanho do sistema.
Fase Não Complexa: Nesta fase, a complexidade rapidamente atinge um valor estável após um curto tempo e permanece constante.
Esses resultados reforçam a ideia de que a complexidade quântica é uma medida significativa para capturar a natureza em mudança dos sistemas quânticos, principalmente quando as medições estão envolvidas.
Configuração Experimental
Para estudar o comportamento da complexidade quântica, consideramos um modelo simples de circuitos quânticos aleatórios monitorados. O circuito consiste em camadas de portas de dois qubits, com medições ocorrendo com uma probabilidade específica. Cada camada de portas é determinada aleatoriamente, proporcionando uma boa aproximação de sistemas que exibem comportamento caótico.
Nossas descobertas indicam que o número de caminhos sem medições - um fator chave para determinar o comportamento do sistema - muda com base na taxa de medição. Para taxas mais baixas, muitos caminhos não medidos persistem, enquanto em taxas mais altas, esses caminhos se tornam menos frequentes à medida que a complexidade é redefinida devido a medições frequentes.
Dimensão Acessível
Introduzimos o conceito de dimensão acessível neste contexto, que serve como uma medida de quantos estados quânticos diferentes podem ser gerados com uma configuração fixa de portas e medições. Para circuitos aleatórios monitorados, adicionar mais medições não aumenta a dimensão acessível. Isso sugere que, embora as medições possam influenciar a complexidade, elas não necessariamente expandem o espaço de estados alcançáveis.
Limitando Inferiormente a Complexidade
Por meio de nossa análise, desenvolvemos estratégias para estabelecer limites inferiores na complexidade quântica nesses circuitos. A dimensão acessível desempenhou um papel crucial, pois forneceu uma linha de base para determinar quanta complexidade poderia potencialmente ser expressa em nosso sistema.
Adaptando técnicas da geometria algébrica, conseguimos derivar limites tanto para a complexidade quanto para a dimensão acessível. Essa abordagem nos permitiu ilustrar como a complexidade se comporta em diferentes regimes de medição.
Implicações para a Computação Quântica
O comportamento da complexidade quântica em circuitos aleatórios monitorados tem implicações significativas para entender a computação quântica. Nossas descobertas sugerem que medições aumentam o poder computacional dos circuitos, especialmente ao preparar certos estados quânticos. Além disso, a natureza dessas medições pode moldar como a complexidade evolui em circuitos aleatórios e estruturados.
Direções para Pesquisas Futuras
Nosso trabalho abre inúmeras avenidas para exploração futura. Acreditamos que investigações adicionais revelarão mais sobre o comportamento crítico das dimensões acessíveis e como elas se relacionam com o emaranhamento. Além disso, estudar o crescimento da complexidade sob diferentes esquemas de medição pode render insights mais profundos sobre as capacidades dos sistemas quânticos.
Seria também vantajoso explorar layouts mais diversos além de nossos modelos simplificados e estender nossas descobertas para evoluções em tempo contínuo.
Conclusão
Em conclusão, nossa pesquisa fornece insights valiosos no reino da complexidade quântica, especialmente no contexto de circuitos aleatórios monitorados. A forma como a complexidade evolui devido a transições de fase induzidas por medições destaca a relação intrincada entre mudanças controladas e medições nos sistemas quânticos. Acreditamos que nossos resultados contribuirão para uma compreensão mais profunda da dinâmica quântica e suas implicações para a computação quântica e física de muitos corpos.
Ao enquadrar essas dinâmicas pela ótica da complexidade quântica, podemos melhor aproveitar e utilizar esses fenômenos nas futuras tecnologias quânticas.
Título: Quantum complexity phase transitions in monitored random circuits
Resumo: Recently, the dynamics of quantum systems that involve both unitary evolution and quantum measurements have attracted attention due to the exotic phenomenon of measurement-induced phase transitions. The latter refers to a sudden change in a property of a state of $n$ qubits, such as its entanglement entropy, depending on the rate at which individual qubits are measured. At the same time, quantum complexity emerged as a key quantity for the identification of complex behaviour in quantum many-body dynamics. In this work, we investigate the dynamics of the quantum state complexity in monitored random circuits, where $n$ qubits evolve according to a random unitary circuit and are individually measured with a fixed probability at each time step. We find that the evolution of the exact quantum state complexity undergoes a phase transition when changing the measurement rate. Below a critical measurement rate, the complexity grows at least linearly in time until saturating to a value $e^{\Omega(n)}$. Above, the complexity does not exceed $\operatorname{poly}(n)$. In our proof, we make use of percolation theory to find paths along which an exponentially long quantum computation can be run below the critical rate, and to identify events where the state complexity is reset to zero above the critical rate. We lower bound the exact state complexity in the former regime using recently developed techniques from algebraic geometry. Our results combine quantum complexity growth, phase transitions, and computation with measurements to help understand the behavior of monitored random circuits and to make progress towards determining the computational power of measurements in many-body systems.
Autores: Ryotaro Suzuki, Jonas Haferkamp, Jens Eisert, Philippe Faist
Última atualização: 2024-07-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.15475
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.15475
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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