A Tensão de Hubble Explicada: Um Dilema Cósmico
Descubra os desafios que os cientistas enfrentam para medir a taxa de expansão do Universo.
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Índice
Nos últimos anos, os cientistas têm enfrentado um problema significativo para entender quão rápido o Universo está se expandindo. Esse problema é conhecido como Tensão de Hubble. Surge de uma diferença entre duas maneiras de medir a taxa de expansão, chamada Constante de Hubble. Um método usa observações do Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB), a luz mais antiga que conseguimos ver do Universo, enquanto o outro método se baseia em olhar para galáxias próximas, especialmente aquelas que explodem como supernovas.
Quando os cientistas medem a constante de Hubble usando o CMB, geralmente encontram um valor mais baixo. Em contrapartida, usar galáxias próximas muitas vezes dá um valor mais alto. Essa discrepância levanta questões sobre nossa compreensão da composição e do comportamento do Universo.
Teorias atuais do Universo
De acordo com as teorias comuns em cosmologia, o Universo passou por uma fase de expansão rápida chamada inflação. Durante essa fase, acredita-se que um campo escalar tenha agido como um balão inflando, esticando o Universo. Depois que a inflação terminou, a energia desse campo escalar se transformou em matéria.
Hoje, os cientistas acreditam que a aceleração da expansão do Universo é causada pela Energia Escura, que geralmente está ligada à constante cosmológica de Einstein. Essa é uma força misteriosa que faz o Universo se expandir mais rápido, mas não é totalmente compreendida. Acredita-se que a energia escura seja distinta do campo escalar que causou a inflação.
O papel da Matéria Escura e da energia escura
No nosso Universo, cerca de 70% da energia é pensada como energia escura, cerca de 25% é matéria escura, e apenas cerca de 5% é matéria comum, como estrelas e planetas. A matéria escura é invisível e não emite luz, mas sua presença é inferida a partir dos efeitos gravitacionais na matéria visível. A energia escura, por outro lado, age contra a gravidade e empurra o Universo para fora.
As teorias atuais sugerem que a energia escura consiste em duas partes: uma parte constante, ligada à constante cosmológica de Einstein, e uma parte menor e variável relacionada aos remanescentes do campo escalar da inflação inicial.
Desafios observacionais
Medir a constante de Hubble é desafiador, especialmente quando se trata de determinar a distância até as galáxias. Para medir a distância com precisão, os astrônomos usam um método chamado escada de distância cósmica, que envolve usar objetos da nossa própria galáxia com brilho conhecido para calibrar distâncias para objetos mais distantes. No entanto, mesmo esse método tem seus erros, que podem levar a discrepâncias.
No início dos anos 1970, diferentes equipes de pesquisa relataram valores muito diferentes para a constante de Hubble, variando de cerca de 50 a 100 quilômetros por segundo por megaparsec. Essa ampla faixa demonstra como essas medições podem ser complicadas. Com o tempo, à medida que a tecnologia melhorou, as medições se tornaram mais precisas, e hoje as estimativas se estreitaram, mas ainda diferem com base no método utilizado.
O Fundo Cósmico de Micro-ondas e As Medidas Locais
O CMB serve como uma foto do início do Universo, mostrando pequenas flutuações que dão pistas sobre sua estrutura geral. Medidas de satélites como WMAP e Planck forneceram uma maneira independente de avaliar a constante de Hubble, sugerindo um valor mais baixo do que as medidas envolvendo galáxias próximas.
A diferença entre esses valores é um aspecto central do problema da Tensão de Hubble. Embora o valor atual da constante de Hubble pareça consistente a partir de medições locais, os valores de desvio para o vermelho derivados do CMB sugerem uma taxa de expansão diferente e menor.
Potenciais soluções para a Tensão de Hubble
Várias teorias surgiram para explicar a Tensão de Hubble. Algumas propõem modificações em nossa compreensão da gravidade ou ajustes nas propriedades do universo inicial, enquanto outras se concentram na natureza da matéria escura e da energia escura.
Uma sugestão envolve uma conexão entre matéria escura e a parte variável da energia escura. Alguns cientistas teorizam que a densidade de energia da energia escura poderia interagir com a matéria escura de uma forma que leve a uma relação linear entre suas propriedades. Isso poderia explicar as discrepâncias na medição da constante de Hubble.
Outra abordagem considera a possibilidade de que a energia escura esteja mudando ao longo do tempo. Se essa densidade de energia variável puder de alguma forma conectar-se à matéria escura, isso poderia levar a uma melhor compreensão de como o Universo está evoluindo e por que há uma lacuna entre as observações.
A importância de entender a Tensão de Hubble
Resolver a Tensão de Hubble é crucial por várias razões. Primeiro, afeta nossa compreensão de parâmetros cosmológicos fundamentais, que são essenciais para os modelos que explicam como o Universo funciona. Segundo, entender a verdadeira natureza da energia escura e da matéria escura poderia levar a avanços na física, possivelmente apontando para novas físicas além de nossos modelos atuais.
Além disso, se a Tensão de Hubble refletir um problema mais profundo dentro de nossas teorias, descobrir a verdade poderia levar a novos insights sobre a estrutura, história e destino do Universo.
Direções futuras
À medida que a tecnologia continua a avançar, os astrônomos estão esperançosos de que novas técnicas e observações ajudem a esclarecer a Tensão de Hubble. Por exemplo, os próximos telescópios e programas de observação devem fornecer dados melhores tanto sobre medições locais quanto sobre o CMB.
Além disso, pesquisadores estão explorando várias estruturas teóricas que poderiam conectar as diferentes medições e oferecer insights sobre a física subjacente que governa o Universo.
Com o tempo, os cientistas esperam preencher a lacuna entre os dois lados da Tensão de Hubble, seja por meio de medições aprimoradas, ajustes em modelos existentes ou teorias totalmente novas que reformulem nossa compreensão do cosmos.
Conclusão
A Tensão de Hubble destaca as complexidades em medir e entender a expansão do Universo. Tanto a energia escura quanto a matéria escura continuam a ser assuntos de intenso estudo, enquanto os pesquisadores trabalham para interpretar a discrepância entre as diferentes medições da constante de Hubble.
À medida que nosso conhecimento do cosmos evolui, abordar a Tensão de Hubble não apenas vai refinar nossa compreensão da expansão do Universo, mas também pode desbloquear novos insights sobre as forças e materiais que governam o cosmos. A jornada para resolver esse mistério continua, prometendo desenvolvimentos empolgantes no campo da cosmologia.
Título: Eliminating the Hubble Tension in the Presence of the Interconnection between Dark Energy and Matter in the Modern Universe
Resumo: It is accepted in modern cosmology that the scalar field responsible for the inflationary stage of the early Universe is completely transformed into matter. It is assumed that the accelerated expansion is currently driven by dark energy (DE), which is likely determined by Einstein's cosmological constant. We consider a cosmological model where DE can have two components, one of which is Einstein's constant ($\Lambda$) and the other, smaller variable component DEV ($\Lambda_V$), is associated with the remnant of the scalar field that caused inflation after the main part of the scalar field has turned into matter. It is assumed that such a transformation continues at the present time and is accompanied by the reverse process of the DM transformation into a scalar field. The interconnection between DM and DEV, which leads to a linear relationship between the energy densities of these components after recombination $\rho_{DM}=\alpha\;\rho_{DEV}$, is considered. Variants with a dependence of the coefficient $\alpha(z)$ on the redshift are also considered. One of the problems that have arisen in modern cosmology, called Hubble Tension (HT), is the discrepancy between the present values of the Hubble constant measured from observations at small redshifts $z\lesssim1$ and the values found from fluctuations of the cosmic microwave background at large redshifts $z\approx1100$. In the considered model, this discrepancy can be explained by the deviation of the real cosmological model from the conventional cold dark matter (CDM) model of the Universe by action of the additional DE component at the stages after recombination. Within this extended model, we consider various $\alpha(z)$ functions that can eliminate the HT. To maintain the ratio of DEV and DM energy densities close to constant over the interval $0\le z\le1100$, we assume the existence of a wide spectrum of DM particle masses.
Autores: G. S. Bisnovatyi-Kogan, A. M. Nikishin
Última atualização: 2023-05-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.17722
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.17722
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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