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Impacto do Resfriamento do Poço na Fraturação Hidráulica

O resfriamento do poço afeta o comportamento das fraturas e a eficiência na extração de geotérmica e petróleo.

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Índice

Na energia geotérmica e na extração de petróleo, o resfriamento do poço é frequentemente utilizado para ajudar na fraturação hidráulica. Esse processo envolve resfriar o poço antes de aplicar pressão para fissurar a rocha ao redor. O fluido frio reduz a temperatura da rocha, evitando que os equipamentos superaqueçam. Mas esse resfriamento também pode criar Tensões Térmicas na rocha que impactam o desenvolvimento das Fraturas Hidráulicas.

Entender como essas tensões térmicas influenciam o comportamento das fraturas é crucial para melhorar a eficiência dos sistemas geotérmicos e reservatórios de petróleo. Este artigo explora os efeitos das tensões térmicas induzidas pelo resfriamento na pressão e forma das fraturas hidráulicas.

Importância do Resfriamento do Poço

Nos sistemas geotérmicos e reservatórios de petróleo de alta temperatura, o resfriamento do poço é essencial. Ao perfurar poços profundos, a temperatura pode ultrapassar 200 graus Celsius. Essa temperatura alta representa riscos para os equipamentos de perfuração e dispositivos eletrônicos. Para evitar o superaquecimento, um fluido frio é circulado no poço. Esse processo resfria a rocha perto do poço, criando uma diferença de temperatura significativa entre o fluido frio e a rocha quente ao redor.

Conforme o fluido frio circula, ele diminui a temperatura da rocha, levando a tensões térmicas nas áreas próximas ao poço. Essas tensões podem alterar as condições de pressão e a geometria das fraturas que se formam durante a fraturação hidráulica.

O Papel das Tensões Térmicas

Quando uma fratura hidráulica começa, ela se espalha pela rocha circundante, criando caminhos para a extração de energia. A pressão necessária para iniciar e propagar essas fraturas é influenciada pelo estado de tensão da rocha. Quando a rocha esfria, ela sofre mudanças na distribuição de tensões, o que pode impactar significativamente o comportamento da fraturação.

As tensões térmicas resultantes do processo de resfriamento podem ajudar ou dificultar a iniciação da fratura. Em alguns casos, elas podem diminuir a pressão necessária para iniciar uma fratura, levando a uma iniciação mais precoce. Em outras situações, podem mudar a direção preferida do crescimento da fratura, passando de longitudinal (paralela ao poço) para transversal (perpendicular ao poço).

Foco da Pesquisa

Esta pesquisa tem como objetivo entender como o resfriamento pré-injeção afeta o comportamento das fraturas hidráulicas, incluindo a pressão de ruptura e a geometria das fraturas. Um modelo numérico foi desenvolvido para analisar os efeitos acoplados das tensões térmicas e da fraturação hidráulica.

Fatores-chave considerados incluem a duração e a diferença de temperatura do processo de resfriamento. O modelo permite estudar diferentes cenários de propagação de fraturas e como eles são influenciados pelo resfriamento.

Modelagem Numérica

O modelo numérico simula a iniciação e o crescimento de fraturas hidráulicas em condições variadas. Ele leva em conta a condução de calor devido ao fluido de resfriamento, assim como as tensões térmicas na rocha. O modelo inclui duas fases principais:

  1. Fase de Resfriamento: Esta fase se concentra em como a circulação de fluido frio reduz a temperatura da rocha e induz tensões térmicas.
  2. Fase de Fratura: Após o período de resfriamento, o fluido de fraturação hidráulica é injetado, criando fraturas na rocha.

Equações Governantes

O modelo incorpora a difusão de calor para entender como as mudanças de temperatura afetam a rocha. Ele também inclui equações para a fraturação hidráulica que consideram a distribuição de tensões antes e durante a injeção do fluido.

Resultados da Simulação

As simulações mostram que o resfriamento do poço impacta significativamente a fraturação hidráulica. As principais descobertas incluem:

  1. Início de Fratura Antecipado: O resfriamento leva ao início mais precoce das fraturas hidráulicas devido à redução da pressão de ruptura. A rocha mais fria requer menos pressão para fissurar, resultando em fraturas surgindo mais cedo do que sem resfriamento.

  2. Pressão de Ruptura Mais Baixa: A pressão necessária para iniciar uma fratura é menor quando o resfriamento é aplicado. Essa diminuição na pressão pode ser benéfica para os processos de extração, já que menos energia é necessária para romper a rocha.

  3. Geometrias de Fratura Alteradas: Como resultado do resfriamento, a orientação das fraturas pode mudar. Em alguns casos, fraturas que normalmente cresceriam paralelamente ao poço podem se desenvolver perpendicularmente a ele. Essa mudança pode melhorar o fluxo de fluido no reservatório.

Fatores que Influenciam os Resultados

Vários fatores influenciam os resultados das simulações:

  • Duração do Resfriamento: Períodos de resfriamento mais longos levam a maiores reduções na pressão de ruptura. Isso significa que quanto mais tempo a rocha é resfriada, mais fácil fica iniciar fraturas.

  • Diferença de Temperatura: Quanto maior a diferença de temperatura entre o fluido frio e a rocha ao redor, mais significativos são os efeitos térmicos. Temperaturas de resfriamento mais altas podem aumentar a redução na pressão de ruptura.

Implicações Práticas

Essas informações têm implicações importantes para práticas de fraturação hidráulica em sistemas geotérmicos e extração de petróleo. Considerar tensões térmicas durante as etapas de planejamento da estimulação do poço pode impactar significativamente a eficiência dos processos de extração.

Testes de Estresse In Situ

Ao realizar testes de estresse in situ, entender os efeitos do resfriamento do poço é crítico. Por exemplo, se um poço é perfurado paralelo ao estresse compressivo mínimo, a orientação das fraturas pode afetar como a pressão é interpretada. Se as tensões térmicas levarem a uma iniciação transversal de fraturas, isso pode alterar os métodos comumente usados para estimar os níveis de estresse mínimo nas formações rochosas.

Estimulação da Fraturação Hidráulica

Nas estimulações de fraturação hidráulica, o resfriamento do poço se mostra vantajoso ao reduzir as pressões necessárias para iniciar fraturas. Promover a iniciação transversal de fraturas pode simplificar as geometrias das fraturas e minimizar complicações, como altas pressões de injeção ou caminhos de fluido tortuosos.

Conclusão

Esta pesquisa destaca a importância do resfriamento do poço nos processos de fraturação hidráulica. Os efeitos combinados do resfriamento sobre as tensões térmicas levam a um início mais cedo da fratura, pressão de ruptura reduzida e geometrias de fratura alteradas.

As descobertas sugerem que incorporar estratégias de resfriamento do poço poderia aumentar a eficiência da extração de energia geotérmica e produção de petróleo. Entender como o resfriamento influencia o comportamento das fraturas é essencial para o planejamento e execução ideais dos tratamentos de fraturação hidráulica.

Em resumo, o resfriamento do poço não é apenas uma medida de proteção para equipamentos; tem efeitos profundos na forma como as fraturas se comportam em formações rochosas quentes. Esse conhecimento pode levar a estratégias mais eficazes para aproveitar energia de recursos geotérmicos e de petróleo.

Resumo

No geral, o processo de resfriamento é um aspecto vital da fraturação hidráulica e tem consequências significativas para o desempenho de sistemas geotérmicos e extração de petróleo. Abordar os impactos do resfriamento do poço pode levar a melhorias na eficiência e eficácia na extração de recursos.

Fonte original

Título: Modeling the impact of thermal stresses induced by wellbore cooldown on the breakdown pressure and geometry of a hydraulic fracture

Resumo: Wellbore cooldown is often employed before well stimulation and/or hydraulic fracture stress testing in EGS and high temperature petroleum reservoirs. The thermo-elastic stress resulting from heat conduction during the cooling activity can have important influence on the behavior of the hydraulic fractures. A coupled numerical model has been developed to study the thermo-mechanical effect associated with pre-injection wellbore cooldown on the wellbore pressure and geometry of the hydraulic fracture (either longitudinal or transverse to the wellbore axis). The main novelty of this numerical study is the consideration of significant near-wellbore thermal stresses in the coupled non-linear problem of hydraulic fracturing initiation and propagation, which enables investigation of the thermo-mechanical effect under different fracture propagation regimes. Simulation results show earlier fracture initiation and lower breakdown pressure caused by cooling circulation. Extensive wellbore cooling also significantly alters the evolution of wellbore pressure, as evidenced by the differences observed under various cooling conditions. Most importantly, cooling promotes the transverse initiation of hydraulic fractures in situations where the initiation would have been longitudinal in the absence of cooling. The cases most susceptible to the complete change of fracture initiation geometry are those horizontal wells drilled parallel to the minimum horizontal stress but also applicable to vertical wells in cases where the vertical stress is the lower in magnitude than either horizontal principal stress. These results combine to indicate a profound potential for cooling to impact hydraulic fracture initiation and early growth, and therefore needs to be considered in the planning and interpretation of stress testing and reservoir stimulation when cooling operations are necessary.

Autores: Guanyi Lu, Mark Kelley, Samin Raziperchikolaee, Andrew Bunger

Última atualização: 2024-03-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.06186

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.06186

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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