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Avaliação de Segurança da Vacina CoronaVac no Brasil

Estudo avalia a segurança da CoronaVac para adultos e idosos no Brasil.

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Estudo de Segurança daEstudo de Segurança daVacina CoronaVacsegura para adultos e idosos.Pesquisas confirmam que a CoronaVac é
Índice

A criação rápida de vacinas para o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, mostrou quão importante é ficar de olho na segurança depois que as vacinas estão em uso. Isso é conhecido como farmacovigilância. Ajuda a rastrear qualquer problema que possa acontecer após a vacinação, o que é crucial para manter a segurança do público durante as campanhas de vacinação.

No Brasil, o Instituto Butantan (IB), um centro de pesquisa público, teve um papel chave no gerenciamento da Covid-19. Em 2020, o IB começou um estudo para testar a vacina CoronaVac em trabalhadores da saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o uso da CoronaVac em 17 de janeiro de 2021, mas foi reconhecido que grandes testes poderiam deixar de fora Efeitos Colaterais raros. Por isso, checagens de segurança contínuas após a liberação de uma vacina são essenciais.

Visão Geral do Estudo

Para avaliar a segurança da CoronaVac, foi realizado um estudo com adultos e idosos no Brasil. O objetivo era rastrear qualquer efeito colateral após a vacinação. O estudo aconteceu em centros de saúde pública de maio de 2021 a janeiro de 2022. Permissões éticas foram obtidas, e os Participantes deram consentimento para participar.

Os participantes incluíam adultos de 18 a 59 anos e aqueles que tinham 60 anos ou mais. Pessoas com certos históricos médicos ou condições não podiam participar. O estudo monitorou as pessoas após a primeira dose da vacina e depois a segunda, que foi dada duas semanas depois.

Metas de Segurança

A principal meta do estudo era monitorar qualquer efeito colateral que precisasse de atenção médica dentro de uma semana após a vacinação. Metas adicionais incluíam rastrear problemas que poderiam surgir nas semanas seguintes e entender a seriedade desses eventos. Os pesquisadores também investigaram casos específicos que poderiam ser de preocupação.

Procedimentos do Estudo

Os participantes visitaram os centros de saúde duas vezes. A primeira visita incluiu triagem e a primeira dose. Os participantes precisavam esperar meia hora para checar por reações imediatas. Durante essa visita, a equipe coletou informações pessoais e histórico médico. Após serem vacinados, os participantes receberam um cartão de diário para registrar qualquer efeito colateral por uma semana.

A segunda visita foi para receber a segunda dose e revisar quaisquer efeitos colaterais que os participantes tinham notado. Além disso, os participantes receberam ligações de acompanhamento da equipe do estudo para checar a saúde após a vacinação.

Entendendo Eventos Adversos

Um evento adverso se refere a qualquer problema de saúde negativo que ocorra após alguém ser vacinado, independentemente de estar diretamente ligado à vacina. Isso pode incluir sintomas, condições ou resultados anormais em testes. Eventos adversos sérios são mais graves, envolvendo hospitalização ou condições ameaçadoras à vida.

O estudo classificou os eventos adversos com base em sua seriedade e gravidade. Diretrizes das autoridades de saúde foram seguidas para categorizar esses problemas de forma eficaz.

Detalhes sobre a Vacina

A vacina CoronaVac é uma vacina de vírus inativado, ou seja, contém partículas de vírus que foram mortas, então não podem causar a doença. Inclui um ingrediente para ajudar a aumentar o sistema imunológico. A vacina requer duas doses administradas no braço.

Estimando o Tamanho da Amostra

Os pesquisadores buscavam incluir pelo menos 900 participantes no estudo, focando em adultos mais jovens e idosos. A ideia era monitorar um número suficiente de indivíduos para detectar quaisquer efeitos colaterais que pudessem ocorrer.

Analisando os Resultados

Após a análise dos dados, um total de 538 participantes foi incluído no estudo. A maioria eram adultos mais jovens, com menos participantes idosos. A idade média dos adultos mais jovens era de cerca de 30 anos, enquanto os idosos tinham uma média de 65 anos. A maior parte dos participantes era feminina e se identificava como branca.

Foi constatado que, após a primeira dose, os adultos mais jovens relataram mais efeitos colaterais do que os idosos após a vacinação. Em geral, os efeitos colaterais foram leves e desapareceram sozinhos. Apenas um evento adverso sério foi registrado, sugerindo que a vacina é, em grande parte, segura.

Resultados Primários de Segurança

Entre os adultos mais jovens, cerca de 76% relataram efeitos colaterais após a primeira dose, em comparação com cerca de 43% após a segunda. O problema mais comum relatado foi dor no local da injeção. A maioria dos efeitos colaterais foi classificada como leve a moderada, o que significa que não eram severos.

Para os idosos, as porcentagens foram menores, com cerca de 43% relatando efeitos colaterais após a primeira dose e 44% após a segunda. Novamente, dor no local da injeção e dores de cabeça foram os problemas mais frequentemente relatados. Nenhum dos idosos experimentou efeitos colaterais sérios.

Resultados Secundários de Segurança

Os pesquisadores também analisaram reações imediatas que ocorreram logo após a vacinação. Entre os adultos mais jovens, cerca de 26% relataram problemas dentro de 30 minutos após a primeira dose, enquanto cerca de 19% relataram isso após a segunda dose. Os idosos tiveram taxas mais baixas de reações imediatas.

Eventos adversos sérios foram raros, com apenas um caso possível relacionado à vacina registrado entre os adultos mais jovens. Todas as pessoas que tiveram reações adversas eventualmente se recuperaram completamente.

Além disso, houve alguns casos de problemas de saúde específicos relatados, como Covid-19 e artrite, mas esses não foram comuns.

Observações Durante o Estudo

Um pequeno número de participantes grávidas também foi monitorado. Elas relataram efeitos colaterais leves, que todos se resolveram. Isso destaca a necessidade de continuar coletando dados sobre como as vacinas afetam diferentes grupos, incluindo mulheres grávidas.

O desenvolvimento rápido e o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 desempenharam um papel crítico no enfrentamento da pandemia. Apesar das preocupações iniciais sobre segurança, estudos como este ofereceram uma imagem mais clara de como as vacinas, especificamente a CoronaVac, se comportam em situações reais.

Conclusão

Os achados desta pesquisa confirmam que a vacina CoronaVac é geralmente segura para adultos e idosos. A maioria dos efeitos colaterais experimentados foi leve e temporária. No entanto, a monitoração contínua para problemas raros continua sendo importante. Este estudo fornece informações valiosas para profissionais de saúde e formuladores de políticas, reforçando a confiança na segurança da vacina como parte da resposta mais ampla à Covid-19 no Brasil.

À medida que mais dados se tornam disponíveis, é crucial continuar avaliando a segurança de todas as vacinas contra a Covid-19 para garantir a confiança e a saúde pública. Essa pesquisa contribui para o crescente corpo de evidências que apoia o uso seguro das vacinas e incentiva novos estudos sobre a segurança das vacinas em diferentes populações.

Fonte original

Título: Evaluating the Safety Profile of the CoronaVac in Adult and Elderly populations: A Phase IV Prospective Observational Study in Brazil

Resumo: ObjectiveThis Phase IV prospective observational study aimed to evaluate the safety and monitor adverse events following immunization (AEFI) associated with CoronaVac, an inactivated SARS-CoV-2 vaccine, in Brazilian adult (18-59 years) and elderly ([≥]60 years) populations. MethodsParticipants (n=538; 487 adults and 51 elderly) were enrolled from three public health services in Sao Paulo, Brazil. A two-dose vaccination regimen, administered 14 days apart, was used. The study assessed Adverse Reactions (AR) necessitating medical attention within seven days post-vaccination dose and monitored AEFI for a period of 42 days. Safety was monitored through a review of participant diary cards, telephone contacts, and on-site study visits. ResultsAmong adults, the most frequently reported local AR after the first and second dose was pain (256[52.6%] and 129 [29.5], respectively), while the most common systemic reaction was a headache (158[34.5%] and 51 [11.6%], respectively). Most local and systemic solicited ARs were of Grade 1 or 2, with these reactions being more prevalent in adults after the first dose. One serious adverse event possibly related to the vaccine was reported among adults, but there were no fatalities. Nine adult participants experienced adverse events of special interest, which included five cases of Covid-19. ConclusionCoronaVac demonstrated safety and tolerability in the observed population. Ongoing post-marketing surveillance is crucial for the identification of rare adverse events and further affirmation of the vaccines safety profile.

Autores: José Moreira, M. Cintra, E. Fernandes, V. Infante, A. P. Loch, L. Ragiotto, P. Braga, M. d. G. Salomao, M. B. B. Lucchesi, M. De Oliveira, V. Gattas, A. S. Da Silva, P. Villas Boas, M. H. Lopes, F. Boulos, CFV-01-IB study Group

Última atualização: 2023-08-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.19.23294316

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.19.23294316.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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