O Papel da TPR na Senescência Celular e Resposta Imune
Esse estudo revela o papel chave do TPR no envelhecimento celular e na sinalização imunológica.
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Índice
- O Fenótipo Secretório Associado à Senescência (SASP)
- Mudanças na Cromatina e Fragmentos de Cromatina Citoplasmática (CCFs)
- O Papel dos Poros nucleares na Senescência
- Investigando o Papel da TPR na Ativação do SASP
- A Importância dos Enhancers nos Genes do SASP
- O Papel da TPR na Ativação do NF-κB
- Analisando Condições que Afetam a Ativação do NF-κB
- A Conexão Entre TPR e CCFs em Células Senescentes
- O Papel dos Retrotransposons na Senescência e Ativação Imune Inata
- Conclusão: O Papel da TPR na Manutenção da Integridade Nuclear
- Cultura Celular e Procedimentos Experimentais
- Avaliação das Respostas Celulares
- Fonte original
Dano no DNA pode acontecer de várias maneiras, tipo quando uma parte do DNA chamada telômeros fica muito curta ou quando certos genes, chamados oncogenes, mandam sinais que atrapalham o crescimento das células. Esse dano no DNA pode empurrar as células para um estado chamado senescência, onde elas param de se dividir e entram numa fase de descanso. Esse processo é conhecido como senescência replicativa.
Quando as células passam por esse processo por causa dos oncogenes, rolam mudanças significativas dentro da célula. Uma mudança grande é na estrutura da cromatina, que é o material que forma os cromossomos. Normalmente, a cromatina é organizada de um jeito certinho, mas durante essa senescência, ela fica bagunçada. Partes da cromatina que geralmente ficam perto das bordas do núcleo (a parte da célula que contém o DNA) se movem pra dentro e formam aglomerados chamados focos heterocromáticos associados à senescência (SAHF).
O Fenótipo Secretório Associado à Senescência (SASP)
Além dessas mudanças estruturais, as células senescentes começam a produzir e liberar várias substâncias conhecidas como citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento. Essa mistura toda é chamada de fenótipo secretório associado à senescência (SASP). O SASP pode ter dois efeitos diferentes nas células ao redor. De um lado, pode ajudar o sistema imunológico a reconhecer e destruir tumores potenciais. Por outro lado, também pode incentivar o crescimento de tumores e levar a respostas imunes mais baixas.
A produção do SASP é controlada principalmente por proteínas especiais chamadas fatores de transcrição, especialmente NF-κB e C/EBPβ. Quando esses fatores são ativados, eles mudam a forma como certos genes funcionam, o que leva à produção dos componentes do SASP.
Mudanças na Cromatina e Fragmentos de Cromatina Citoplasmática (CCFs)
Quando as células entram em senescência, não só a cromatina se move pra dentro do núcleo pra formar SAHF, mas partes da cromatina também podem ser empurradas pra fora do núcleo. Isso causa a formação de estruturas chamadas fragmentos de cromatina citoplasmática (CCFs). Esses fragmentos são importantes porque contêm marcadores que sugerem que estão associados ao dano no DNA, indicando que o dano no DNA tem um papel na sua formação.
Uma vez no citoplasma, esses CCFs são detectados por uma via conhecida como via cGAS-STING. Essa via responde à presença de DNA citoplasmático e pode ativar o SASP através do sinal NF-κB.
O Papel dos Poros nucleares na Senescência
Durante esse processo de senescência, o número de poros nucleares (as pequenas aberturas na membrana nuclear) aumenta. Esses poros nucleares são essenciais para o funcionamento de vários processos celulares, incluindo a formação de SAHF e a ativação do SASP. Uma proteína que faz parte dos poros nucleares é a TPR. A TPR é crucial para manter a cromatina organizada e garantir que a ativação do SASP aconteça corretamente.
Pesquisas mostraram que a TPR está ancorada nos poros nucleares e é vital tanto para a formação do SAHF quanto para a ativação do SASP. Nesse contexto, investigamos como a TPR contribui pra esses processos durante as fases iniciais do estresse replicativo e em resposta a sinais oncogênicos.
Investigando o Papel da TPR na Ativação do SASP
Pra investigar o papel da TPR na ativação do SASP, os pesquisadores usaram uma linha de células de fibroblastos humanos chamada IMR90. Essas células foram alteradas pra expressar um oncogene específico, que foi ativado por uma substância química. Quando essas células alteradas foram tratadas com a substância, algumas continuaram se dividindo normalmente, enquanto outras se tornaram senescentes.
Usando uma técnica chamada ATAC-seq, os pesquisadores puderam identificar regiões da cromatina que mudaram de acessibilidade nas células senescentes. Os resultados mostraram que uma parte dessas regiões dependia da TPR, ou seja, a acessibilidade delas diminuiu quando a TPR foi reduzida.
A Importância dos Enhancers nos Genes do SASP
Enhancers são regiões especiais do DNA que ajudam a controlar a atividade dos genes. O estudo descobriu que os enhancers ligados aos genes do SASP estão perto de regiões dependentes da TPR. Os genes associados ao SASP, como IL1B e IL8, mostraram atividade aumentada quando a TPR estava presente.
Os pesquisadores então realizaram análises adicionais pra identificar possíveis locais de ligação para fatores de transcrição perto desses enhancers. Os resultados mostraram que os enhancers dependentes da TPR tinham muitos locais de ligação correspondentes aos fatores de transcrição envolvidos na promoção do SASP.
O Papel da TPR na Ativação do NF-κB
Dada a conexão entre a TPR e a via NF-κB, os pesquisadores buscaram explorar como a redução da TPR mudaria a ativação do NF-κB durante a senescência. O NF-κB normalmente fica retido no citoplasma com a ajuda de proteínas chamadas IκB. Quando a IκB é degradada, o NF-κB pode ir pro núcleo e atuar em genes-alvo.
Os resultados mostraram que, quando a TPR foi reduzida, a atividade do NF-κB diminuiu nas células senescentes. Isso sugere que a TPR é essencial pra ativação correta do NF-κB. Além disso, a redução da TPR levou a níveis de fosforilação do NF-κB e da sua proteína de sinalização, IKK, mais baixos.
Analisando Condições que Afetam a Ativação do NF-κB
Pra garantir que a redução da ativação do NF-κB observada não fosse devido a um defeito geral nos processos de importação nuclear causado pela redução da TPR, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos onde células senescentes foram expostas a um meio condicionado contendo fatores do SASP. Os resultados indicaram que o NF-κB ainda conseguia entrar no núcleo na presença desses fatores, independentemente da redução da TPR.
Esse achado deixou claro que a TPR desempenha um papel específico na ativação do sinal NF-κB precoce, em vez de simplesmente facilitar sua entrada no núcleo.
A Conexão Entre TPR e CCFs em Células Senescentes
Estudos anteriores indicaram que a formação de CCFs em células senescentes poderia desencadear respostas imunes. Neste estudo, os pesquisadores avaliaram se a TPR afetava a formação desses fragmentos. Os resultados indicaram que a redução da TPR levou a uma diminuição no número de CCFs produzidos por células senescentes.
Os CCFs são formados a partir da membrana nuclear e são enriquecidos com certas modificações de histona, o que sugere que estão relacionados à cromatina que vem do genoma. A ausência de TPR parece aumentar a estabilidade da envoltória nuclear, reduzindo assim a produção de CCFs.
O Papel dos Retrotransposons na Senescência e Ativação Imune Inata
Os retroelementos, como LINE1 e HERVs, são conhecidos por serem ativados em células senescentes. Eles desempenham um papel na ativação de respostas imunes através da via cGAS-STING. Os pesquisadores analisaram se a TPR afetava como esses retrotransposons são expressos, mas não houve mudanças significativas na sua abundância após a redução da TPR.
Conclusão: O Papel da TPR na Manutenção da Integridade Nuclear
Em resumo, a TPR é crucial para os processos de sinalização iniciais associados ao estresse causado por oncogenes. Ela apoia a ativação do NF-κB antes do início do SASP. Ao ajudar a manter a integridade da estrutura nuclear, a TPR garante que as células consigam responder efetivamente ao estresse, incluindo a produção de CCFs que ativam respostas imunes.
Os resultados dessa pesquisa ressaltam a importância da TPR na regulação não só da estrutura da cromatina, mas também de vias de sinalização imunes chave, o que pode ter implicações para entender o envelhecimento celular e o desenvolvimento de câncer. Estudos futuros ajudarão a esclarecer se a TPR desempenha um papel semelhante em outras situações que levam à senescência e mudanças relacionadas à idade nas células.
Cultura Celular e Procedimentos Experimentais
Pra realizar esses experimentos, as células IMR90 foram cultivadas em um ambiente rico em nutrientes. As células foram modificadas usando vetores virais especiais pra criar dois tipos de células: uma que poderia responder a oncogenes específicos e outra que funcionaria como controle. Assim que as células foram tratadas com uma substância química pra desencadear a expressão do oncogene, um meio condicionado foi preparado ao cultivar essas células em condições especiais.
Além disso, os pesquisadores usaram ferramentas específicas pra silenciamento gênico pra estudar os efeitos da redução dos níveis de TPR nas células. Vários ensaios foram realizados pra analisar mudanças na expressão gênica, sinalização imune e estrutura da cromatina, oferecendo insights sobre as respostas celulares e os mecanismos envolvidos.
Avaliação das Respostas Celulares
A análise das respostas celulares envolveu uma combinação de microscopia, ensaios bioquímicos e técnicas de sequenciamento genético. Essa abordagem multifacetada permitiu que os pesquisadores obtivessem uma compreensão abrangente de como a TPR, o SASP e o NF-κB se inter-relacionam no contexto do envelhecimento celular e da resposta a oncogenes.
Esses achados enfatizam a importância da TPR na saúde celular, especialmente no contexto do envelhecimento e do câncer, sinalizando áreas potenciais pra novas pesquisas que exploram estratégias terapêuticas direcionadas a essas vias.
Título: TPR is required for cytoplasmic chromatin fragment formation during senescence
Resumo: During oncogene-induced senescence there are striking changes in the structure of the nucleus and the organisation of heterochromatin. This is accompanied by activation of a pro-inflammatory gene expression programme - the senescence associated secretory phenotype (SASP) - driven by transcription factors such as NF-{kappa}B. Here we show that TPR, a protein of the nuclear pore complex basket, is required for the very early activation of NF-{kappa}B signalling during the stress-response phase of oncogene-induced senescence. This is prior to activation of the SASP and occurs without affecting NF-{kappa}B nuclear import. We show that TPR is required for the activation of TBK1 signalling at these early stages of senescence and we link this to the formation of heterochromatin-enriched cytoplasmic chromatin fragments thought to bleb off from the nuclear periphery. These cytoplasmic chromatin fragments appear to lack nuclear pore components. Our data suggest that TPR at the nuclear pore is involved in the loss of structural integrity of the nuclear periphery during senescence. We propose that this acts as a trigger for activation of cytoplasmic nucleic acid sensing, NF-{kappa}B signalling, and activation of the SASP, during senescence.
Autores: Wendy A Bickmore, B. M. Bartlett, Y. Kumar, S. Boyle, T. Chowdhury, A. Quintanilla, C. Boumendil, J. C. Acosta
Última atualização: 2024-04-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.18.590085
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.18.590085.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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