Desigualdades de Gênero em Cargos de Liderança no Ballet
Analisando as desigualdades de gênero na colaboração e na liderança dentro da indústria do balé.
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Índice
O balé é uma arte performática popular, muitas vezes associada às mulheres, mas tem uns buracos enormes em questões de gênero quando se trata de cargos de Liderança. Este artigo dá uma olhada em como o gênero influencia o trabalho em equipe e a Colaboração que rola no balé.
Visão Geral do Gênero no Balé
Mesmo com muitas bailarinas no meio, os homens geralmente ocupam os cargos mais altos nas companhias de balé. Estudos mostram que as mulheres costumam assumir papéis menos visíveis nas produções de balé, deixando os homens brilharem nas posições de liderança. Esse desbalanceio é ainda mais preocupante, já que o balé é visto como uma arte dominada por mulheres.
Tem uma necessidade urgente de entender por que esses buracos existem. Nossa pesquisa mergulha na composição das equipes de balé e como homens e mulheres colaboram na criação das performances.
Principais Descobertas
Nossa pesquisa descobriu que as mulheres costumam estar em papéis menos centrais nas redes de colaboração do balé. Elas contribuem com apenas cerca de 20-25% das produções de balé em comparação aos homens. Essa sub-representação pode distorcer como as pessoas percebem a presença real e as contribuições das mulheres no mundo do balé. Essa distorção pode acabar afetando negativamente as perspectivas de carreira das mulheres nessa indústria.
Acreditamos que existem barreiras estruturais que impedem as mulheres de avançarem no balé, e é crucial criar um ambiente mais igualitário para que elas prosperem.
O Problema Mais Amplo da Desigualdade Econômica
A desigualdade econômica é um problema generalizado que afeta muitas indústrias, incluindo as artes. Pesquisas indicam que as disparidades econômicas prejudicam especialmente as artistas mulheres, limitando suas chances de sucesso e cargos de liderança. Compreender essas dinâmicas sociais é fundamental para lidar com as desigualdades de gênero nas artes, especialmente no balé, que tem um público global.
Embora se pense que o balé é uma profissão dominada por mulheres, registros mostram que os homens ainda ocupam a maioria dos cargos de liderança. Dados de companhias de balé americanas revelam que menos de 40% das posições artísticas e executivas estão nas mãos de mulheres, mesmo elas formando cerca de 70% da força de trabalho.
Isso levanta preocupações sobre o famoso "teto de vidro" que as mulheres podem enfrentar no balé. Fatores como raça, educação e gênero têm papéis importantes na criação desses problemas estruturais na indústria.
Impactos da Estrutura das Redes Sociais
As estruturas sociais podem influenciar bastante o acesso de uma pessoa a informações, criatividade e sucesso na carreira. Quando as redes de colaboração estão desbalanceadas em termos de gênero, isso pode prejudicar como as mulheres são percebidas e suas chances de sucesso.
Por exemplo, indivíduos que trabalham em ambientes dominados por homens podem subestimar o número de mulheres presentes, o que pode levar a erros de percepção. Esses erros geralmente reforçam as desigualdades existentes, tornando crítico examinar como as estruturas de rede contribuem para as disparidades de gênero.
Falta de Pesquisa Existente
A maioria das pesquisas anteriores focou em contar o número de homens e mulheres envolvidos em projetos de balé sem analisar as dinâmicas de colaboração que levam aos desbalanceamentos de gênero. No entanto, entender como a representação de gênero é distribuída dentro de estruturas colaborativas é fundamental para fazer mudanças reais.
Nosso estudo pretende lançar luz sobre essas dinâmicas ao investigar as estruturas de colaboração das principais companhias de balé. Queremos identificar como essas estruturas afetam a participação e Visibilidade das mulheres no balé.
Metodologia de Pesquisa
Para analisar as redes de colaboração, olhamos para quatro companhias de balé proeminentes. Coletamos dados através de web scraping, reunindo informações sobre títulos de balé, criadores e seus papéis. Com esses dados, formamos redes baseadas nos artistas principais que trabalham juntos em projetos de balé.
Focamos nos papéis principais envolvidos na produção de balé, como coreógrafos e compositores, enquanto excluímos dançarinos e outros funcionários. As redes criadas a partir dos nossos dados incluem centenas de obras e colaborações de balé que abrangem décadas.
Representação de Gênero nas Equipes
O tamanho médio de uma equipe de criação de balé é geralmente de três a quatro pessoas, com um número considerável de equipes sendo compostas apenas por homens. Menos de 10% das equipes têm um número igual de artistas masculinos e femininos, enquanto equipes compostas exclusivamente por mulheres são quase inexistentes.
A disparidade nos papéis artísticos é evidente, com as mulheres sendo notavelmente sub-representadas como coreógrafas e compositoras. Outros papéis, como designers de figurinos e iluminação, apresentam uma participação maior de mulheres. Isso sugere uma divisão clara na composição das equipes com base no gênero.
Participação e Produtividade das Mulheres
De forma geral, encontramos que as mulheres são menos produtivas que os homens em termos de envolvimento nas criações de balé. Por exemplo, a mulher mais envolvida em algumas companhias participa de apenas cerca de 20-25% das produções em comparação aos seus colegas homens.
Esse padrão se mantém em várias companhias de balé. Em um caso, o marido mais produtivo colabora em 76 criações, enquanto a esposa mais produtiva participa de apenas 16. Essa disparidade na produtividade aponta para um problema maior de representação e acesso dentro do campo do balé.
Centralidade nas Redes de Colaboração
Também analisamos quão centrais são os artistas dentro dessas redes de colaboração. Os homens tendem a ter mais conexões e melhores posições na rede geral. Isso é crucial porque uma maior centralidade geralmente significa melhor acesso a informações e oportunidades.
Para cada quatro artistas homens, existe aproximadamente uma artista mulher em muitas dessas redes. Os homens não só dominam numericamente, mas também se conectam com mais frequência entre si, colocando-os no centro da rede de colaboração. As mulheres, por outro lado, costumam estar situadas nas periferias, impactando sua visibilidade e influência.
Erros de Percepção Entre Artistas Mulheres
Nossas descobertas também revelam que erros de percepção são comuns, ou seja, as pessoas costumam subestimar o número real de mulheres em suas redes. Por exemplo, se muitas mulheres estão presentes em um espaço local, alguns podem pensar que elas representam uma parte maior do total na rede, o que pode levar a crenças equivocadas sobre sua importância.
Ao analisar esses erros em nível de companhia, percebemos que as percepções podem diferir bastante entre homens e mulheres. Muitas vezes, os homens subestimam a presença das mulheres, enquanto as mulheres podem faltar confiança em suas contribuições.
Implicações dos Padrões de Colaboração de Gênero
A estrutura das redes de colaboração pode influenciar fortemente como as mulheres são percebidas no balé. Nossa pesquisa indica que, se colaborações mais diversas fossem incentivadas, a visibilidade e representação das mulheres poderiam melhorar significativamente.
Além disso, nossas comparações com modelos aleatórios mostram que os desequilíbrios observados não são acidentais, mas provavelmente surgem de preconceitos arraigados nas preferências de colaboração e produtividade.
Recomendações para um Ambiente Mais Inclusivo
Para lidar com esses problemas, as companhias de balé deveriam considerar estratégias que promovam oportunidades iguais para artistas mulheres. Uma maior inclusão de mulheres em cargos de liderança pode fomentar a criatividade e melhorar o desempenho geral das produções de balé.
Incentivar parcerias diversas pode gerar ideias inovadoras e uma melhor representação das mulheres nessa forma de arte. As companhias precisam avaliar suas práticas, melhorar as estruturas de colaboração e desafiar preconceitos existentes para criar um ambiente mais justo para todos os artistas.
Conclusão
Nossa exploração das desigualdades de gênero no balé destaca o quanto esses problemas estão profundamente enraizados na indústria. As mulheres costumam ser colocadas de lado tanto em visibilidade quanto em produtividade, refletindo desigualdades sociais mais amplas. Ao examinar as redes de colaboração e entender as dinâmicas estruturais subjacentes, podemos desenvolver estratégias práticas para aumentar a representação das mulheres no balé.
É essencial continuar lutando pela equidade nas artes, já que criar um ambiente mais inclusivo não só beneficia as mulheres, mas enriquece toda a comunidade do balé. Ao abordar essas disparidades e repensar as dinâmicas de colaboração, podemos abrir caminho para um futuro onde todos os artistas tenham oportunidades iguais de brilhar e ter sucesso.
Título: Structural Gender Imbalances in Ballet Collaboration Networks
Resumo: Ballet, a mainstream performing art predominantly associated with women, exhibits significant gender imbalances in leading positions. However, the collaboration's structural composition on gender representation in the field remains unexplored. Our study investigates the gendered labor force composition and collaboration patterns in ballet creations. Our findings reveal gender disparities in ballet creations aligned with gendered collaboration patterns and women occupying more peripheral network positions respect to men. Productivity disparities show women accessing 20-25\% of ballet creations compared to men. Mathematically derived perception errors show the underestimation of women artists' representation within ballet collaboration networks, potentially impacting women's careers in the field. Our study highlights the structural disadvantages that women face in ballet and emphasizes the need for a more inclusive and equal professional environment to improve the career development of women in the ballet industry. These insights contribute to a broader understanding of structural gender imbalances in artistic domains and can inform cultural organizations about potential affirmative actions towards a better representation of women leaders in ballet.
Autores: Yessica Herrera-Guzmán, Eun Lee, Heetae Kim
Última atualização: 2023-06-19 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.11187
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.11187
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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