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Exercício e seu Impacto no Microbioma Intestinal

Descubra como o exercício influencia a saúde do intestino e a diversidade microbiana.

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O Microbioma intestinal é feito de vários microrganismos diferentes que vivem nos nossos intestinos. Essas coisinhas minúsculas têm um papel crucial nas funções do nosso corpo, incluindo como a gente digere a comida, como nosso sistema imunológico funciona e como quebramos os nutrientes. Ultimamente, os cientistas têm ficado bem interessados em como o Exercício pode mudar o microbioma intestinal. Muitos estudos analisaram como o exercício afeta o microbioma intestinal tanto em pessoas quanto em animais.

Exercício e o Microbioma Intestinal

Os primeiros estudos sugeriram que o exercício pode influenciar o microbioma intestinal humano e como isso afeta nosso Metabolismo. Por exemplo, atletas profissionais, como jogadores de rugby, mostraram uma maior variedade de Bactérias intestinais em comparação com indivíduos menos ativos. Além disso, mulheres que se exercitavam pelo menos três horas por semana tinham mais bactérias benéficas que produzem ácidos graxos de cadeia curta, que são bons para a saúde intestinal. Porém, muitos desses estudos são limitados porque não levam em conta outros fatores, como a dieta, que também pode impactar o microbioma intestinal.

Como o Exercício Afeta o Intestino

Embora não entendamos completamente como o exercício influencia o microbioma intestinal, algumas ideias foram propostas. O exercício pode ajudar nosso sistema imunológico mudando a forma como as células imunes trabalham. Também pode melhorar a camada de muco no intestino, que protege o revestimento intestinal. O exercício pode alterar a velocidade com que a comida passa pelo nosso sistema digestivo, afetando o ambiente onde as bactérias intestinais vivem. Além disso, o exercício pode modificar os níveis de certos ácidos no corpo que ajudam a moldar as bactérias intestinais. No geral, os efeitos do exercício no microbioma intestinal provavelmente vêm de uma mistura desses mecanismos.

Pesquisa sobre Exercício e Microbioma Intestinal

Para entender melhor como o exercício impacta o microbioma intestinal, foi realizada uma revisão sistemática dos estudos existentes. Essa revisão analisou tanto pessoas quanto modelos animais para obter uma visão abrangente de como diferentes tipos de exercício afetam as bactérias intestinais. Foram examinados vários fatores, como o tipo de exercício, quanto tempo durou e o nível de intensidade.

Em estudos com animais, os cientistas podem controlar mais variáveis, como dieta e genética, que podem influenciar os resultados. Isso permite uma imagem mais clara de como o exercício afeta o microbioma intestinal. A revisão focou nas mudanças nos tipos de bactérias intestinais, sua Diversidade e a produção de certos metabólitos durante o exercício.

Encontrando Estudos

Uma estratégia de busca específica foi desenvolvida para encontrar estudos relevantes. Isso envolveu pesquisar em bancos de dados por artigos que incluíssem tanto intervenções de exercício quanto avaliações do microbioma intestinal. Os pesquisadores revisaram muitos artigos para determinar quais atendiam aos critérios de inclusão no estudo.

Inclusão e Exclusão de Estudos

Três autores analisaram cuidadosamente os artigos coletados para decidir quais deveriam ser incluídos na revisão. Eles primeiro olharam os títulos para encontrar estudos relevantes, depois examinaram os resumos para filtrar ainda mais a seleção. Por fim, revisaram os textos completos para garantir que os estudos atendiam a critérios específicos.

Os estudos foram incluídos se envolvessem exercício e examinassem mudanças nas bactérias intestinais. Estudos foram excluídos se fossem duplicatas, revisões ou não estivessem diretamente relacionados ao exercício ou ao microbioma intestinal. A seleção final incluiu 19 estudos em humanos e 13 em animais.

Analisando os Dados

Os dados foram coletados dos estudos selecionados, e os pesquisadores analisaram tanto a qualidade dos estudos quanto os potenciais riscos de viés. Os estudos variaram significativamente em design e população, dificultando comparações diretas. No geral, 32 estudos foram incluídos na revisão.

Efeitos do Exercício na Diversidade Microbiana em Humanos

Dos 19 estudos humanos incluídos nesta revisão, muitos não encontraram mudanças significativas na diversidade microbiana intestinal devido ao exercício. Porém, alguns estudos mostraram que o exercício geralmente levou a um aumento na diversidade, o que é visto como um resultado positivo para a saúde intestinal. Por exemplo, em alguns casos, o treinamento aeróbico melhorou a variedade de bactérias em indivíduos sedentários. Outros estudos que incluíram tanto exercício quanto dieta também apresentaram resultados mistos em relação aos seus efeitos na diversidade intestinal.

Efeitos em Estudos com Animais

Em estudos com animais, especialmente camundongos, alguns mostraram uma diminuição em medidas específicas de diversidade após o exercício. Outros descobriram que o exercício aeróbico melhorou as medidas de diversidade, destacando os resultados mistos na pesquisa animal. A diversidade nos desenhos dos estudos e nos tipos de exercício influenciaram os resultados, dificultando comparações diretas.

Mudanças na Composição das Bactérias Intestinais

Em humanos, vários estudos examinaram como o exercício afetou os tipos de bactérias intestinais presentes. Alguns estudos relataram aumentos em bactérias benéficas com exercício, enquanto outros não encontraram mudanças significativas. Para aqueles que mostraram mudanças, algumas bactérias associadas a uma melhor saúde metabólica aumentaram, enquanto outras relacionadas a uma má saúde não mudaram significativamente.

Em estudos com animais, o exercício também influenciou quais bactérias estavam presentes no intestino. Vários pesquisadores encontraram mudanças na abundância de certas bactérias, o que sugere que o exercício pode moldar positivamente o ambiente intestinal.

Metabólitos Microbianos em Relação ao Exercício

Apenas alguns estudos analisaram como o exercício afetou os metabólitos produzidos pelas bactérias intestinais. Um estudo descobriu que, depois do exercício, certos metabólitos benéficos no corpo aumentaram, enquanto metabólitos potencialmente prejudiciais diminuíram. No entanto, ainda há muito pouca pesquisa sobre esse aspecto e mais estudos são necessários para tirar conclusões claras.

Risco de Viés e Avaliação de Qualidade

A maioria dos estudos na revisão foi classificada como neutra em qualidade, o que significa que não tinham designs nem fortes nem fracos. Alguns estudos não abordaram adequadamente questões que poderiam afetar suas descobertas, como dieta e outros fatores de estilo de vida. Essa inconsistência dificultou a determinação de conclusões concretas sobre os efeitos do exercício no microbioma intestinal.

Resumo dos Resultados

No geral, mais da metade dos estudos não mostraram efeitos significativos do exercício na diversidade bacteriana intestinal em humanos. Aqueles que mostraram frequentemente indicaram uma tendência positiva para maior diversidade. Os resultados variaram bastante, provavelmente influenciados por fatores como o tipo de exercício, duração e diferenças individuais no microbioma intestinal.

Em estudos com animais, havia mais evidências de que o exercício afetava a diversidade, mas novamente, os resultados foram mistos. A falta de medidas padronizadas e diferenças em como os estudos foram conduzidos limita a capacidade de fazer comparações diretas entre eles.

Implicações para Pesquisas Futuras

Essa revisão destaca a necessidade de mais pesquisas na área de exercício e microbioma intestinal, com foco na padronização dos protocolos de exercício e na consideração das diferenças individuais nos participantes. Entender como o exercício pode impactar positivamente a saúde intestinal pode levar a recomendações personalizadas para melhorar a saúde por meio do exercício.

Estudos futuros devem explorar como a composição do microbioma intestinal afeta a resposta de um indivíduo ao exercício. Levando em conta esses fatores, os pesquisadores poderão entender melhor como adaptar intervenções para melhorar a saúde intestinal. Identificar bactérias específicas que respondem consistentemente ao exercício será importante para pesquisas futuras nessa área.

Conclusão

Em conclusão, o exercício tem o potencial de impactar o microbioma intestinal ao melhorar a diversidade microbiana e mudar os tipos de bactérias presentes. Mais pesquisas são necessárias para padronizar protocolos de exercício, empregar tamanhos de amostra maiores e entender as mudanças específicas nos metabolitos microbianos. Compreender como o exercício influencia a saúde intestinal será cada vez mais importante para desenvolver tratamentos eficazes para doenças crônicas. Direcionar programas de exercício para promover um perfil favorável do microbioma intestinal pode ser uma abordagem valiosa e não invasiva para melhorar a saúde geral e prevenir doenças.

Fonte original

Título: A Systematic Review on the Effects of Exercise on Gut Microbial Diversity, Taxonomic Composition, and Microbial Metabolites: Identifying Research Gaps and Future Directions

Resumo: The gut microbiome, hosting a diverse microbial community, plays a pivotal role in metabolism, immunity, and digestion. While the potential of exercise to influence this microbiome has been increasingly recognized, findings remain incongruous. This systematic review examined the effects of exercise on the gut microbiome of human and animal models. Databases (i.e., PubMed, Cochrane Library, Scopus, and Web of Science) were searched up to June 2022. Thirty-two exercise studies, i.e., 19 human studies, and 13 animal studies with a minimum of two groups that discussed microbiome outcomes, such as diversity, taxonomic composition, or microbial metabolites, over the intervention period, were included in the systematic review (PROSPERO registration numbers: CRD42023394223 and CRD42023394485). Results indicated that over 50% of studies found no significant exercise effect on human microbial diversity. When evident, exercise often augmented the Shannon index, reflecting enhanced microbial richness and evenness, irrespective of disease status. Changes in beta-diversity metrics were also documented with exercise but without clear directionality. A larger percentage of animal studies demonstrated shifts in diversity compared to human studies, but without any distinct patterns, mainly due to the varied effects of predominantly aerobic exercise on diversity metrics. In terms of taxonomic composition, in humans, exercise usually led to a decrease in the Firmicutes/Bacteroidetes ratio, and consistent increases with Bacteroides and Roseburia genera. In animal models, Coprococcus, a SCFA producer, consistently rose with exercise. Generally, SCFA producers were found to increase with exercise in animal models. With regard to metabolites, SCFAs emerged as the most frequently measured metabolite. However, due to limited human and animal studies examining exercise effects on microbial-produced metabolites, including SCFAs, clear patterns did not emerge. The overall risk of bias was deemed neutral. In conclusion, this comprehensive systematic review underscores that exercise can potentially impact the gut microbiome with indications of changes in taxonomic composition. The significant variability in study designs and intervention protocols demands more standardized methodologies and robust statistical models. A nuanced understanding of the exercise-microbiome relationship could guide individualized exercise programs to optimize health.

Autores: Jaapna Dhillon, J. Cullen, S. Shahzad

Última atualização: 2023-09-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.05.23294991

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.05.23294991.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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