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O Papel da Poeira nas Interações de Estrelas Binárias

Pesquisas mostram como a poeira afeta sistemas estelares binários durante interações de envelope comum.

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Estudamos como duas estrelas em um sistema binário se comportam quando a camada externa de uma delas envolve a companheira. Essa situação é conhecida como interação de envelope comum (CE). Nosso objetivo era analisar como a Poeira se forma durante esse processo e como ela afeta o movimento das estrelas.

Contexto sobre Interações de Envelope Comum

Em um sistema estelar binário, a camada externa de uma das estrelas pode se expandir e envolver a parceira devido a vários fatores, como a massa da camada ou mudanças internas na estrela. Essa interação pode durar pouco tempo e pode levar as estrelas a se fundirem ou a ejetarem a camada externa. Esse processo é importante porque pode criar diferentes tipos de sistemas estelares e fenômenos, como binários de raios-X ou nebulosas planetárias.

O Papel da Poeira nas Interações Binárias

Observações mostram que alguns sistemas binários produzem poeira pouco antes de surtos intensos. A poeira pode afetar a visibilidade e a Dinâmica do sistema, influenciando possivelmente como as estrelas interagem. À medida que a poeira se forma, ela pode desempenhar um papel em quão efetivamente a camada externa é ejetada ou como os ventos estelares se comportam.

Metodologia da Simulação

Usamos um programa de computador para simular a interação de dois tipos de estrelas, uma com uma massa de 1,7 vezes a do Sol e a outra com uma massa de 3,7 vezes a do Sol. Ambas as estrelas tinham uma estrela companheira com uma massa de 0,6 vezes a do Sol. As simulações também consideraram como o Gás se comporta sob diferentes condições, usando dois métodos diferentes para medir o comportamento do gás: um que assumiu condições ideais e outro que levou em conta mudanças de energia nas camadas externas.

Principais Descobertas e Observações

  1. Impacto da Poeira na Dinâmica Estelar
    As simulações mostraram que a presença de poeira tem um impacto notável em como as estrelas interagem. A poeira pode acelerar ligeiramente o movimento das camadas externas, levando a uma ejeção mais rápida em alguns casos. Isso resulta em menos massa permanecendo vinculada às estrelas após a interação.

  2. Evolução das Estrelas
    As estrelas passaram por mudanças significativas durante a simulação. A estrela com massa de 1,7 apresentou um comportamento menos drástico em comparação com a estrela mais massiva. A estrela de 3,7 massas mostrou mais instabilidade e produziu uma quantidade maior de gás não vinculado durante a interação devido à sua maior massa.

  3. Tamanho da Fotosfera
    O tamanho da fotosfera afetada pela poeira foi significativamente maior em comparação com cenários onde a poeira não foi considerada. A presença de poeira aumentou o tamanho da fotosfera em até dez vezes. Esse resultado muda como podemos interpretar as observações desses sistemas.

  4. Condições Separadas para Diferentes Modelos
    Observamos comportamentos diferentes nas simulações, dependendo se usamos um modelo de gás ideal simples ou incluímos interações mais complexas através de um modelo tabelado. O modelo de gás ideal tendia a ser mais estável, mas mostrava menos gás não vinculado, enquanto o modelo tabelado resultou em mais massa não vinculada devido aos efeitos da energia de recombinação.

  5. Dinâmica da Poeira
    A poeira também afeta como o gás se afasta das estrelas. As partículas que compõem a poeira aumentam a pressão quando aquecidas, o que pode levar a saídas de gás mais energéticas. Nossas simulações confirmaram que os movimentos foram influenciados não apenas pelas forças gravitacionais das estrelas, mas também pela aceleração criada pelas partículas de poeira.

Conclusões

Nossa pesquisa confirma que a poeira desempenha um papel significativo em como as estrelas binárias interagem, especialmente durante as fases de envelope comum. A presença de poeira afeta não apenas a dinâmica da ejeção de gás, mas também altera a estrutura e a aparência geral das estrelas envolvidas. Isso significa que, ao observar tais sistemas, considerar a poeira pode mudar nossa compreensão de seus comportamentos e resultados finais.

Direções para Pesquisas Futuras

Planejamos continuar nossa pesquisa examinando modelos mais complexos que levam em conta uma variedade maior de tipos de poeira e processos de formação. Queremos entender melhor como a poeira interage com a luz e o gás nesses ambientes além das aproximações atuais. Compreender essas relações ajuda a melhorar os modelos que simulam a formação e a evolução das estrelas ao longo do tempo.

Aumentando nosso conhecimento sobre sistemas estelares binários, podemos aprimorar nossa compreensão geral do ciclo de vida das estrelas e dos processos que governam suas interações em diferentes ambientes. Esse conhecimento também pode informar esforços de observação futuros, especialmente em identificar eventos transitórios causados por tais interações complexas.

Fonte original

Título: Dust Formation in Common Envelope Binary Interaction -- I: 3D Simulations Using the Bowen Approximation

Resumo: We carried out 3D smoothed particle hydrodynamics simulations of the common envelope binary interaction using the approximation of Bowen to calculate the dust opacity in order to investigate the resulting dust-driven accelerations. We have simulated two types of binary star: a 1.7 and a 3.7 $M_{\odot}$ thermally-pulsating, asymptotic giant branch stars with a 0.6 $M_{\odot}$ companion. We carried out simulations using both an ideal gas and a tabulated equations of state, with the latter considering the recombination energy of the envelope. We found that the dust-driven wind leads to a relatively small increase in the unbound gas, with the effect being smaller for the tabulated equation of state simulations and for the more massive primary. Dust acceleration does contribute to envelope expansion with only a slightly elongated morphology, if we believe the results from the tabulated equation of state as more reliable. The Bowen opacities in the outer envelopes of the two models, at late times, are large enough that the photosphere of the post-inspiral object is about ten times larger compared to the same without accounting for the dust opacities. As such, the prediction of the appearance of the transient would change substantially if dust is included.

Autores: Miguel González-Bolívar, Luis C. Bermúdez-Bustamante, Orsola De Marco, Lionel Siess, Daniel J. Price, Mansi Kasliwal

Última atualização: 2024-04-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.16609

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.16609

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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