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# Ciências da saúde# HIV/AIDS

Enfrentando o risco de HIV para mulheres que sofrem violência por parceiro íntimo

Analisando o acesso à PrEP e as barreiras para mulheres afetadas pela IPV.

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A violência por parceiro íntimo (VPI) é uma questão séria que pode deixar as mulheres mais vulneráveis ao HIV. As mulheres que sofrem VPI física ou sexual têm muito mais chances de estar em risco de pegar HIV em comparação com aquelas que não passaram por essa violência. O risco vem de vários fatores, como relacionamentos com parceiros de alto risco e barreiras para acessar serviços de Saúde. Apesar da relação clara entre VPI e o risco de HIV, faltam programas eficazes para reduzir esse risco para as mulheres que sofreram abuso.

Métodos Tradicionais de Prevenção do HIV

A prevenção do HIV muitas vezes depende de métodos tradicionais, como preservativos masculinos. Mas esses métodos podem ser menos eficazes para mulheres que enfrentam VPI. Usar preservativos exige a cooperação dos parceiros homens, e conversar sobre o uso de preservativos pode levar a mais violência. Em vez disso, a profilaxia pré-exposição (PrEP) oferece uma abordagem diferente. A PrEP é um medicamento que as mulheres podem tomar para se proteger do HIV, e não depende da participação do parceiro. Essa opção pode empoderar as mulheres que enfrentam VPI, ajudando-as a controlar sua saúde.

Barreiras para Acessar a PrEP

Mesmo com os benefícios claros da PrEP e o interesse das mulheres, muitas enfrentam barreiras para acessá-la. Menos de 10% das mulheres nos Estados Unidos que são elegíveis para a PrEP realmente a receberam. Os primeiros passos para acessar a PrEP incluem entender o risco pessoal de HIV, fazer testes e estar ciente da própria PrEP. Para mulheres que passaram por VPI, esses passos podem ser especialmente difíceis.

Usando Ferramentas de Decisão para Melhor Compreensão

Ferramentas de decisão podem ajudar as mulheres a entender melhor suas opções de prevenção do HIV, incluindo a PrEP. Esses recursos oferecem uma forma de as mulheres aprenderem sobre suas opções em um ambiente de apoio e fazer escolhas informadas sobre sua saúde. Profissionais de saúde e prestadores de serviços comunitários podem distribuir essas ferramentas, ajudando a guiar as mulheres para entender suas escolhas de saúde.

A Necessidade de Adaptação em Configurações de Serviços de Violência Doméstica

O estudo atual analisa como uma ferramenta de decisão sobre a PrEP pode ser usada de maneira eficaz em serviços de violência doméstica. Esses serviços são cruciais porque já oferecem apoio a mulheres que enfrentaram VPI. No entanto, as equipes dessas agências muitas vezes não têm treinamento para fornecer informações relacionadas à saúde, o que pode limitar a integração da prevenção do HIV nos serviços que oferecem.

Configuração do Estudo e Participantes

O estudo, chamado PrEP WAVE, aconteceu em dois centros urbanos em Connecticut. Um conselho consultivo comunitário ajudou a organizar o projeto, garantindo que estivesse alinhado com as necessidades dos prestadores de serviços locais e clientes. Duas agências de violência doméstica foram escolhidas como parceiras porque já oferecem serviços de apoio sensíveis ao trauma e confidenciais.

Coletando Opiniões de Sobreviventes e Funcionários

A equipe de pesquisa entrevistou tanto sobreviventes de VPI quanto funcionários das agências. Durante essas entrevistas, exploraram vários temas, incluindo conhecimento sobre a PrEP, experiências pessoais com risco de HIV e ideias sobre como integrar com sucesso informações sobre a PrEP nos serviços oferecidos pelas agências.

Adaptando-se aos Desafios

Embora as agências sejam ótimos lugares para discutir a prevenção do HIV, a equipe expressou preocupações sobre sua capacidade de trazer o assunto da PrEP de forma confortável. Alguns membros da equipe sentiram que os profissionais de saúde poderiam estar em uma posição melhor para ter essas conversas. Ao mesmo tempo, muitas sobreviventes de VPI viam os membros da equipe dessas agências como fontes confiáveis de informação sobre sua saúde.

Pesando Opções para Prevenção do HIV

Alguns funcionários da agência reconheceram que a PrEP poderia ser uma opção valiosa para sobreviventes de VPI, especialmente em comparação com métodos tradicionais como preservativos, que podem ser menos discretos. As sobreviventes mencionaram a importância de discutir várias opções de prevenção do HIV, como abstinência ou monogamia mútua. No entanto, muitas vezes não pensavam na PrEP como uma possibilidade.

Integrando a PrEP aos Processos Existentes

A equipe da agência identificou maneiras de incorporar discussões sobre a PrEP em seus serviços existentes. Por exemplo, sugeriram adicionar perguntas sobre o risco de HIV durante avaliações iniciais ou sessões individuais com os clientes. No entanto, a equipe também observou a importância de priorizar as necessidades imediatas dos clientes acima de tudo, especialmente segurança e estabilidade.

Enfrentando o Estigma e Barreiras Práticas

Muitas sobreviventes de VPI expressaram sentimentos de vergonha e estigma em torno das discussões sobre sua saúde sexual ou risco potencial de HIV. Alguns membros da equipe destacaram que questões financeiras poderiam ser uma barreira para acessar qualquer tipo de serviço de saúde, incluindo a PrEP. Preocupações sobre seguros e a exposição potencial a parceiros abusivos ao buscarem cuidados de saúde também apresentam desafios.

Recursos e Lacunas de Conhecimento

Nas entrevistas, a equipe sugeriu que são necessários recursos adicionais para ajudá-los a fornecer informações sobre a PrEP de forma eficaz. Pediram ferramentas como folhetos informativos e sessões de treinamento sobre como discutir tópicos de saúde sexual com os clientes. Além disso, a equipe apontou que há uma falta de conhecimento público sobre a PrEP na comunidade mais ampla.

Sensibilidade Cultural e Conforto do Cliente

Os diferentes contextos culturais das sobreviventes de VPI também foram discutidos. Alguns membros da equipe mencionaram que falar sobre saúde sexual pode ser difícil em certas comunidades, levando à necessidade de abordagens culturalmente sensíveis. A equipe concordou que a ferramenta de decisão deve se encaixar bem com os serviços existentes oferecidos nas agências de violência doméstica, ajudando a criar um ambiente acolhedor para as sobreviventes aprenderem sobre suas opções.

Planejamento para Implementação

A implementação bem-sucedida de uma ferramenta de decisão sobre a PrEP precisaria levar em conta os desafios específicos enfrentados pelas sobreviventes de VPI. A equipe discutiu várias estratégias para aumentar a conscientização sobre a PrEP, enfatizando a importância da confiança nessas conversas pessoais. Criar oportunidades para feiras de saúde ou seminários informativos poderia ajudar a educar os clientes sobre a PrEP e seus benefícios.

Conclusão

As mulheres que sofreram violência por parceiro íntimo estão em maior risco de HIV e podem se beneficiar muito de opções como a PrEP. No entanto, há muitas barreiras para acessar esse recurso vital. Ao integrar ferramentas de decisão e aproveitar as estruturas de apoio existentes nas agências de violência doméstica, há potencial para melhorar a conscientização e o acesso à PrEP para sobreviventes de VPI. Construir confiança, fornecer recursos necessários e garantir sensibilidade cultural serão fatores-chave para implementar esses programas com sucesso.

Fonte original

Título: A PrEP Decision Aid for Women Survivors of Intimate Partner Violence: Task-Shifting Implementation to Domestic Violence Service Settings

Resumo: BackgroundWomen exposed to intimate partner violence (IPV) experience multiple social and structural barriers to accessing HIV pre-exposure prophylaxis (PrEP), despite being at increased risk for HIV. In addition, few existing HIV prevention interventions address IPV. A recently developed PrEP decision aid for women has the potential to reach IPV survivors at risk for HIV if it could be integrated into existing domestic violence agencies that prioritize trust and rapport with female IPV survivors. Leveraging non-traditional service delivery mechanisms in the community could expand reach to women who are IPV survivors for PrEP. MethodsWe conducted qualitative interviews and online qualitative surveys with 33 IPV survivors and 9 domestic violence agency staff at two agencies in Connecticut. We applied the Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR) to understand barriers and facilitators to delivering a novel PrEP decision aid to IPV survivors in the context of domestic violence service agencies. ResultsMost IPV survivors and agency staff thought the PrEP decision aid intervention could be compatible with agencies existing practices, especially if adapted to be trauma-responsive and delivered by trusted counselors and staff members. PrEP conversations could be packaged into already well-developed safety planning and wellness practices. Agency staff noted some concerns about prioritizing urgent safety needs over longer-term preventive health needs during crisis periods and expressed interest in receiving further training on PrEP to provide resources for their clients. ConclusionsIPV survivors and agency staff identified key intervention characteristics of a PrEP decision aid and inner setting factors of the service agencies that are compatible. Any HIV prevention intervention in this setting would need to be adapted to be trauma-responsive and staff would need to be equipped with proper training to be successful.

Autores: Jaimie P Meyer, E. Lazarus, K. Phillips, Z. T. Watts, B. Duroseau, C. Carlson, C. R. Price, T. Kershaw, T. C. Willie

Última atualização: 2023-09-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.12.23295455

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.12.23295455.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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