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# Ciências da saúde# Endocrinologia

Preocupação Crescente com Prediabetes e Níveis de Açúcar no Sangue

Um estudo destaca o impacto do pré-diabetes na saúde e estratégias eficazes de manejo.

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Pré-diabetes: Um DesafioPré-diabetes: Um DesafioContínuosangue.sobre gerenciamento de açúcar noEstudo revela informações Cruciais
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O diabetes tipo 2 (T2DM) e os problemas de saúde relacionados são questões sérias no mundo todo. Estima-se que cerca de 422 milhões de pessoas tenham diabetes. O número de pessoas com pré-diabetes, uma condição em que os Níveis de Açúcar no Sangue estão mais altos que o normal, mas não o suficiente para serem diagnosticados como diabetes, também está aumentando rapidamente. Até 2030, espera-se que haja aproximadamente 454 milhões de pessoas com pré-diabetes. E até 2045, esse número pode aumentar para 548 milhões.

A pré-diabetes é determinada por níveis de açúcar no sangue que estão entre o que é considerado saudável e o que indica diabetes. Quando os níveis de açúcar no sangue estão muito altos, isso pode causar inflamações contínuas no corpo e levar a uma condição chamada resistência à insulina. Nessa situação, as células do corpo não respondem bem à insulina, que é essencial para mover o açúcar do sangue para as células, para ser usado como energia. Como resultado, pessoas com pré-diabetes estão em risco de desenvolver diabetes, com estimativas sugerindo que 5-10% dos pré-diabéticos podem desenvolver diabetes a cada ano.

A boa notícia é que muitos pré-diabéticos conseguem voltar aos níveis normais de açúcar no sangue se tomarem as medidas certas. Isso inclui monitorar regularmente seus níveis de açúcar no sangue e fazer mudanças no estilo de vida, como comer de forma mais saudável e se exercitar mais. Organizações de saúde, como a American Diabetes Association (ADA), enfatizam a importância dessas estratégias não medicamentosas logo após alguém ser diagnosticado com pré-diabetes.

Recentemente, dispositivos de monitoramento contínuo de glicose (CGM), que rastreiam os níveis de açúcar no sangue em tempo real usando sensores sob a pele, se tornaram populares. Esses dispositivos ajudam as pessoas a ver como seus níveis de açúcar no sangue mudam ao longo do dia e podem alertá-las sobre flutuações significativas. Essa tecnologia é especialmente atraente para atletas e pessoas que querem manter a saúde.

Apesar do potencial dos CGMs, ainda há uma necessidade de métricas fáceis de entender e interfaces amigáveis que incentivem mais pessoas a usar essas ferramentas. A plataforma Ultrahuman (UH) M1 inclui um sensor CGM e um aplicativo que fornece dados personalizados e dicas de fitness com base nas leituras de açúcar no sangue. O app gera uma pontuação metabólica diária que dá aos usuários uma visão clara dos padrões de açúcar no sangue.

Em certas regiões, especialmente no Sul da Ásia e na Índia, os CGMs são usados principalmente para monitorar o diabetes. Embora haja muitos aplicativos para rastrear hábitos de vida como a alimentação e a atividade física, eles muitas vezes deixam de lado dados de saúde importantes que podem ajudar a identificar riscos. Isso é crucial na Índia, que tem uma alta taxa de diabetes, afetando cerca de 11,4% da população. Uma pesquisa recente também destacou um aumento alarmante no número de pessoas com níveis de açúcar no sangue considerados como pré-diabetes.

Para abordar a falta de dados específicos relacionados à população indiana, foi realizado um estudo para rastrear a variabilidade do açúcar no sangue em indivíduos saudáveis e pré-diabéticos. O objetivo era entender como os níveis de açúcar no sangue se relacionam com outros marcadores de saúde, como Inflamação e hábitos de vida. Os resultados ajudariam a criar dados de referência úteis para indivíduos que estão lidando com sua saúde metabólica.

Visão Geral do Estudo e Participantes

O estudo foi conduzido em várias clínicas de diabetes urbanas em diferentes estados da Índia. Os pesquisadores recrutaram participantes entre 25 e 50 anos que tinham um peso saudável (IMC entre 20-30 kg/m²). Aqueles com certas condições de saúde ou tomando medicamentos específicos foram excluídos para garantir que os resultados se aplicassem apenas à população pretendida.

O estudo tinha como objetivo coletar dados sobre os níveis de açúcar no sangue e como eles se correlacionam com outros marcadores de saúde entre pessoas saudáveis e aquelas com pré-diabetes. Os participantes foram monitorados por duas semanas usando a plataforma UH-M1, que forneceu informações valiosas sobre seu controle de açúcar no sangue e saúde metabólica geral.

Durante o estudo, os participantes passaram por exames médicos e forneceram amostras de sangue para análise. Eles foram então agrupados em duas categorias: indivíduos saudáveis e pré-diabéticos. O estudo garantiu que os participantes tivessem uma compreensão clara do dispositivo e de como usar o aplicativo para rastrear seus hábitos diários.

Procedimento do Estudo

Os sujeitos elegíveis foram selecionados aleatoriamente e passaram por uma triagem minuciosa para coletar informações sobre seu histórico de saúde, demografia e estilo de vida. Isso incluiu medir sua altura e peso, além de coletar amostras de sangue para testar os níveis de açúcar no sangue.

Uma vez inscritos, os participantes usaram o sistema CGM e o aplicativo para registrar sua ingestão alimentar e atividades físicas ao longo de um período de duas semanas. Visitas de acompanhamento foram agendadas para verificar os exames de sangue e garantir que os dispositivos estivessem funcionando corretamente. Os participantes foram incentivados a entrar em contato com a equipe de pesquisa se enfrentassem desafios durante o estudo.

No final do estudo, os dados foram coletados e os participantes forneceram feedback sobre sua experiência com os dispositivos e o aplicativo. A equipe de pesquisa analisou as informações coletadas para entender como os níveis de açúcar no sangue mudaram ao longo do tempo e como se relacionaram com outros indicadores de saúde.

Principais Descobertas

Os resultados mostraram que havia diferenças notáveis nos níveis de açúcar no sangue entre participantes saudáveis e pré-diabéticos. Em média, os pré-diabéticos apresentaram níveis de açúcar no sangue mais altos ao longo do período do estudo. No entanto, ambos os grupos mostraram tendências de melhoria em seu manejo dos níveis de açúcar no sangue ao longo das duas semanas.

Os dados indicaram que ambos os grupos passaram uma quantidade significativa de tempo dentro da faixa aceitável de açúcar no sangue, embora os indivíduos saudáveis tivessem resultados ligeiramente melhores. Os níveis de açúcar no sangue caíram para os participantes ao longo da duração do estudo, especialmente entre aqueles que começaram com pré-diabetes.

Variabilidade Glicêmica e Medição

A variabilidade glicêmica (GV) se refere às flutuações nos níveis de açúcar no sangue. Neste estudo, os pesquisadores mediram a GV para identificar diferenças entre indivíduos saudáveis e pré-diabéticos. Os resultados mostraram que os pré-diabéticos experimentaram maior variabilidade em seus níveis de açúcar no sangue em comparação com os participantes saudáveis.

Vários métricas de GV foram empregadas, incluindo desvio padrão, coeficiente de variação e a amplitude média das oscilações glicêmicas. Os dados destacaram que a GV era menor para os indivíduos saudáveis, sugerindo que níveis estáveis de açúcar no sangue são comuns entre eles.

Correlação com Outros Indicadores de Saúde

Além de monitorar os níveis de açúcar no sangue, o estudo também analisou relacionamentos entre a variabilidade do açúcar no sangue e outros marcadores de saúde, como inflamação, níveis de estresse e atividade física. O vínculo mais forte encontrado foi entre o aumento da inflamação e níveis mais altos de açúcar no sangue, especialmente em pré-diabéticos.

Embora algumas correlações tenham sido observadas entre atividade física e níveis de açúcar no sangue, a força dessas relações foi mais fraca do que o esperado. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente como atividades do dia a dia impactam o controle do açúcar no sangue.

O Papel da Pontuação Metabólica

A pontuação metabólica (MS) foi um foco chave do estudo, proporcionando aos usuários uma visão geral de seu manejo com o açúcar no sangue. Ela é baseada na combinação da variabilidade do açúcar no sangue, tempo passado dentro de uma faixa saudável e níveis médios de açúcar no sangue. Os pesquisadores descobriram que a MS se correlacionava fortemente com outros marcadores de saúde, como inflamação e resistência à insulina, especialmente entre os pré-diabéticos.

As descobertas destacam que a pontuação metabólica pode ser uma ferramenta útil para os indivíduos monitorarem sua saúde e tomarem medidas proativas no manejo dos níveis de açúcar no sangue.

Limitações do Estudo

Embora o estudo tenha fornecido insights valiosos, ele também enfrentou limitações. A curta duração do período de monitoramento com o CGM pode não ter permitido conclusões de longo prazo sobre a eficácia das mudanças no estilo de vida. Além disso, o uso de ferramentas de rastreamento básicas pode não ter capturado todos os aspectos relevantes da saúde dos participantes, como padrões de sono detalhados.

Estudos futuros poderiam se beneficiar de períodos de monitoramento mais longos e ferramentas mais sofisticadas para rastrear o bem-estar geral.

Conclusão

Essa pesquisa enfatiza a importância do monitoramento contínuo dos níveis de açúcar no sangue e oferece insights sobre como gerenciar efetivamente a pré-diabetes. O uso de tecnologia como os CGMs, juntamente com modificações no estilo de vida, pode capacitar os indivíduos a tomarem controle sobre sua saúde.

As descobertas também incentivam uma exploração mais aprofundada de como os níveis de açúcar no sangue se relacionam com outros indicadores de saúde, abrindo caminho para estratégias de saúde personalizadas. Ao entender as conexões entre níveis de açúcar no sangue, inflamação e hábitos de vida, os indivíduos podem fazer escolhas informadas que poderiam prevenir a progressão para o diabetes.

No geral, com um número crescente de pessoas enfrentando pré-diabetes e diabetes globalmente, estudos como esse são um passo crucial para melhorar os resultados de saúde e promover uma melhor saúde metabólica.

Fonte original

Título: Metabolic health tracking using Ultrahuman M1 continuous glucose monitoring platform in non- and pre-diabetic Indians: a multi-armed observational study

Resumo: BackgroundCGM-based tracking is expanding in non-diabetic groups to meet wellness and preventive care needs. However, data is limited on short-term outcomes for glycemic control, insulin resistance and correlation of algorithm-derived score to known glycemic metrics in controlled settings, making benchmarking difficult. This is especially true for the high-risk Indian/South Asian demographic. ObjectivesTo examine changes resulting from the Ultrahuman (UH) M1 CGM application-with concomitant FitBit tracker use in patterns of glucose variability (GV). Evaluate GV correlations with stress, sleep duration, inflammation, and activity. Examine correlations between UH metabolic score (UH-MS) and biomarkers of dysglycemia and insulin resistance. MethodsParticipants (N=53 non-diabetic, 52 pre-diabetic) wore the UH-M1 CGM and FitBit tracker for a 14-day period. HsCRP, cortisol, OGTT, HbA1c, HOMA-IR levels, and standard blood profile measurements were obtained. ResultsMean glucose levels, restricted time in range (70-110mg/dL), and GV metrics were significantly different between non- and pre-diabetics and displayed improvements with M1 use. Strong correlations of specific GV metrics with inflammation were found in pre-diabetics, with modest correlation between sleep and activity in non-diabetics. Elevated HOMA-IR, HbA1c, and OGTT were linked with J-index and high blood glucose index in pre-diabetics, and low blood glucose index in non-diabetics. UH-MS displayed a strong inverse relationship with insulin resistance and glucose dysregulation. ConclusionsThe study presents the first guidance values of glycemic indices of non- and pre-diabetic Indians and supports the notion that short-duration CGM use with algorithm scores can affect positive changes in glucose management.

Autores: Bhuvan Srinivasan, M. Chaudhry, M. Kumar, V. Singhal

Última atualização: 2023-09-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.20.23295642

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.20.23295642.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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