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Exposição à Luz e Estresse nas Células da Retina: Novas Descobertas

Estudo revela como a luz LED influencia as respostas de estresse da retina.

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Dano Retinal por Luz LEDDano Retinal por Luz LEDestresse em células da retina.Estudo liga a exposição a LED ao
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A degeneração retinal (RD) é uma doença que dá uma balançada em como nossos olhos funcionam, levando à perda de visão. Essa condição rola por várias razões, incluindo a morte de células especiais nos nossos olhos chamadas Fotorreceptores. Essas células são fundamentais pra transformar luz em sinais que o cérebro entende. Quando os fotorreceptores morrem, nossa capacidade de ver diminui.

Um fator importante que contribui pra degeneração retinal é a exposição à luz. Nossos olhos têm defesas naturais pra se proteger contra muita luz, especialmente a luz solar. Mas, com o aumento da iluminação artificial, especialmente das lâmpadas de LED, estamos agora expostos a mais luz do que nunca. LEDs estão em casa, nas luzes das ruas e em dispositivos eletrônicos como computadores e smartphones. Embora economizem energia e grana, eles também emitem uma quantidade grande de luz azul, que pode ser ruim pra nossa visão.

A retina é a parte do olho que tá sempre ativa e precisa de muita oxigenação. Ela possui muitas gorduras que são sensíveis a danos causados pela luz e pelo estresse ambiental. Sob estresse, a retina pode produzir moléculas prejudiciais chamadas Espécies Reativas de Oxigênio (ROS). ROS são necessárias pra algumas funções celulares, mas em excesso podem danificar partes das células, incluindo seu DNA e proteínas.

Pesquisadores analisaram como a exposição a baixos níveis de luz LED afeta a retina. Em experimentos com ratos, descobriram que, após apenas alguns dias de exposição contínua à luz LED de baixa intensidade, houve um aumento na produção de ROS em certas camadas da retina. Isso também foi acompanhado por uma queda no Ácido docosahexaenoico (DHA), uma gordura essencial que ajuda a manter os fotorreceptores saudáveis. Além disso, foi observada uma perda significativa de fotorreceptores depois de uma semana de exposição, indicando dano a essas células oculares críticas.

Curiosamente, enquanto muitos fotorreceptores estavam danificados, outros tipos de células na retina, como as Células Ganglionares da Retina (RGCs) e células na camada nuclear interna (INL), ficaram quase intactos. No entanto, mudanças foram notadas em proteínas específicas relacionadas à visão, mostrando que essas células também passaram por algum estresse. Isso sugere que diferentes tipos de células retinais têm níveis variados de resistência a danos causados pela luz.

Quando as células estão estressadas, elas podem ativar um programa de sobrevivência chamado resposta integrada ao estresse (ISR). Esse programa ajuda elas a lidarem com os danos. Mas, se o estresse for demais ou durar muito, pode levar à morte celular. Uma parte chave do ISR envolve parar a produção geral de proteínas, levando à formação de estruturas chamadas Grânulos de Estresse (SGs). Esses grânulos reúnem moléculas importantes e ajudam a gerenciar o estresse celular e a sobrevivência.

A formação de SGs é uma área de pesquisa ativa. Eles contêm vários elementos, incluindo mRNA, que armazena as instruções genéticas pra fazer proteínas, e proteínas envolvidas na sinalização celular. Os SGs podem funcionar como centros pra essas moléculas, influenciando como as células respondem ao estresse. Estudos sugerem que os SGs podem ajudar a prevenir a morte celular inibindo caminhos prejudiciais e reduzindo os níveis excessivos de ROS.

Neste estudo, os pesquisadores quiseram investigar como os SGs são formados na retina e como a presença deles é afetada pela exposição à luz. Pra isso, realizaram vários experimentos com ratos, garantindo que todos os procedimentos seguissem as diretrizes éticas para a pesquisa com animais.

Métodos Experimentais

Foram usados ratos albinos Wistar machos no estudo, que estavam em condições que permitiam que seguissem um ciclo regular de luz e escuridão. Os pesquisadores expuseram os ratos à luz LED de intensidade específica por diferentes durações pra ver como suas retinas respondiam. Depois, examinaram as retinas pra procurar sinais de formação de SGs.

Pra visualizar os SGs na retina, os pesquisadores usaram imunohistoquímica (IHC). Essa técnica envolve o uso de anticorpos que visam proteínas associadas aos SGs. Eles também usaram um método chamado hibridização in situ por fluorescência (FISH) pra verificar o mRNA dentro dos SGs. Combinando essas técnicas, eles puderam confirmar a presença de SGs no tecido retiniano.

Além de olhar retinas de ratos expostos à luz, eles também isolaram células retinais individuais pra examinar como elas responderam a diferentes estressores, incluindo arsenito de sódio, que é conhecido por induzir a formação de SGs.

Principais Descobertas

O estudo descobriu que, após expor ratos à luz LED por 48 horas, SGs estavam presentes em suas retinas. Especificamente, os SGs eram mais visíveis nas RGCs, com alguma presença na INL e raramente na camada nuclear externa (ONL).

Quando os pesquisadores induziram a formação de SGs em células retinais isoladas usando arsenito de sódio, observaram muitos mais SGs em comparação com células controle não tratadas. Essa descoberta confirmou que o arsenito de sódio efetivamente estimula a formação de SGs e apoia a ideia de que os SGs ajudam as células a lidarem com estresse.

Além disso, o estudo explorou se períodos mais curtos de exposição à luz LED poderiam desencadear a formação de SGs. Embora SGs tenham sido encontrados mesmo após breves exposições, as diferenças no número deles em diferentes pontos de tempo não foram estatisticamente significativas.

Em um modelo de degeneração retinal onde os ratos foram expostos a luz LED constante por 2 a 8 dias, as contagens de SGs foram avaliadas em diferentes camadas retinais. Os dados mostraram que as RGCs apresentaram significativamente mais SGs do que células da INL e ONL, especialmente durante a exposição prolongada à luz. Isso sugere que as RGCs podem utilizar os SGs de forma mais eficaz pra lidar com o estresse induzido pela luz.

Conclusão

Essa pesquisa destaca a presença de SGs na retina de mamíferos e ilustra a relação entre a exposição excessiva à luz LED e a formação de SGs. Embora os SGs possam oferecer uma função protetora para certas células retinais, como as RGCs e as células da INL, eles são menos prevalentes nas células fotorreceptoras, que são mais propensas a morrer sob estresse. Isso levanta questões sobre o papel dos SGs na sobrevivência celular versus sua possível participação no desenvolvimento de condições degenerativas.

Futuros estudos são necessários pra esclarecer melhor a relação entre os SGs e a saúde celular retinal, especialmente no contexto da exposição contínua à luz. Compreender essa conexão pode trazer insights sobre como prevenir ou tratar doenças retinais relacionadas a danos causados pela luz.

Informações Suplementares

Materiais e dados adicionais que apoiam este estudo podem ser referenciados pra mais informações detalhadas sobre metodologias e resultados. Essa pesquisa contribui pro crescente corpo de conhecimento sobre os efeitos da luz na saúde da retina e o papel das respostas celulares na proteção da visão.

Fonte original

Título: Stress granule induction in rat retinas damaged by constant LED light.

Resumo: ObjectivesStress granules (SGs) are cytoplasmic biocondensates formed in response to various cellular stressors, contributing to cell survival. While implicated in diverse pathologies, their role in retinal degeneration (RD) remain unclear. We aimed to investigate SG formation in the retina and its induction by excessive LED light in a RD model. MethodsRat retinas were immunohistochemically analyzed for SG markers G3BP1 and eIF3, and SGs were also visualized by RNA FISH. Additionally, SGs were induced in primary retinal cell and eyeball cultures using sodium arsenite. Light exposure experiments utilized LED lamps with a color temperature of 5,500 K and 200 lux intensity for short-term or 2-8-day exposures. ResultsSGs were predominantly detected in retinal ganglion cells (RGCs) and inner nuclear layer (INL) cells, confirmed by sodium arsenite induction. SG abundance was higher in animals exposed to light for 2-8 days compared to light/dark cycle controls. RGCs consistently exhibited more SGs than INL cells, and INL cells more than outer nuclear layer cells (Scheirer-Ray-Hare test: H 13.2, p = 0.0103 for light condition, and H 278.2, p < 0.00001 for retinal layer). These observations were consistent across four independent experiments, each with three animals per light condition. ConclusionsThis study identifies SGs in the mammalian retina for the first time, with increased prevalence following excessive LED light exposure. RGCs and INL cells showed heightened SG formation, suggesting a potential protective mechanism against photodamage. Further investigations are warranted to elucidate SGs role in shielding against light stress and their implications in retinopathies.

Autores: Eduardo Garbarino-Pico, M. M. Benedetto, M. Malcolm, M. G. Bruera, L. G. Penazzi, M. E. Guido, M. A. Contin

Última atualização: 2024-04-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.26.591385

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.26.591385.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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