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Estruturas Cerebrais de Aves Revelam Perspectivas sobre a Evolução

Pesquisas sobre o cérebro de galinhas mostram ligações com estruturas cerebrais de mamíferos e répteis.

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Algumas aves mostram uma inteligência que pode se igualar à de alguns primatas. Isso tá ligado a ter cérebros maiores em relação ao tamanho do corpo, mais células cerebrais e circuitos cerebrais em aves que são semelhantes aos encontrados em mamíferos. A parte do cérebro das aves chamada de pallium mudou bastante ao longo da evolução. Essa área é diferente dos mamíferos, onde o pallium tem estruturas em camadas. Já as aves e os répteis têm uma estrutura chamada de dorsal ventricular ridge (DVR), que é organizada de um jeito diferente.

Diferenças na Estrutura Cerebral

As aves, especialmente as que estão em um grupo chamado arquossauros, como crocodilos e aves, não têm um córtex em camadas. Em vez disso, elas têm uma estrutura conhecida como hyperpallium. Essa diferença na estrutura do cérebro levou os cientistas a debater sobre a evolução do pallium em amniotas, que inclui mamíferos, aves e répteis. Uma ideia sugere que os circuitos no cérebro são similares porque compartilham alguns tipos de células que fazem trabalhos parecidos. Outra ideia sugere que áreas diferentes do cérebro se desenvolveram a partir de fontes semelhantes durante o processo evolutivo.

Estudos recentes analisaram o cérebro de répteis e pássaros canoros em detalhes, apoiando a ideia de que diferentes origens desenvolvimentais podem levar a semelhanças nas estruturas cerebrais. No entanto, não houve análise detalhada suficiente do pallium aviano completo ou comparações válidas entre diferentes amniotas.

Pesquisa sobre o Cérebro de Galinha

Esse estudo teve como objetivo reunir dados completos sobre o pallium da galinha em várias fases do desenvolvimento usando técnicas avançadas. Ao comparar esses dados com os de mamíferos e répteis, os pesquisadores pretendiam rastrear a evolução do pallium aviano e sua relação com outras espécies de amniotas.

Criando um Atlas Celular do Pallium de Galinha

Para mapear o pallium da galinha, os pesquisadores analisaram amostras de quatro indivíduos e uma que foi examinada em mais detalhes, dividindo-a em quatro áreas principais. O trabalho resultou em informações genéticas detalhadas de mais de 91.000 células. As células foram classificadas com base em suas características, focando principalmente em diferentes tipos de Neurônios e outros tipos de células.

Na análise, os pesquisadores descobriram várias células não neuronais, incluindo aquelas associadas a funções de suporte e imunidade. Os neurônios foram categorizados em dois tipos principais: inibitórios, que reduzem a atividade, e excitatórios, que promovem a atividade. Essa abordagem permitiu aos pesquisadores criar um mapa abrangente dos tipos de células do cérebro da galinha.

Mapeando Tipos de Células Entre Espécies

Para encontrar links entre tipos de células em aves e outros amniotas, os pesquisadores precisavam de dados de diferentes espécies de amniotas. Eles reuniram dados semelhantes de um lagarto e de um camundongo, permitindo uma comparação eficaz. Esse processo revelou muitas semelhanças e diferenças inesperadas entre as populações de células nessas espécies.

Neurônios GABAérgicos nos Cérebros das Aves

Os neurônios GABAérgicos, que são importantes para inibir sinais no cérebro, também foram encontrados sendo semelhantes entre diferentes espécies. A maioria desses neurônios nas aves vem de áreas específicas durante seu desenvolvimento, muito parecido com os mamíferos. No entanto, havia diferenças notáveis, já que alguns grupos desses neurônios nas aves se pareciam com aqueles encontrados em estruturas de mamíferos, enquanto outros não.

Distribuindo Neurônios GABAérgicos

O estudo mapeou as posições dos diferentes tipos de neurônios GABAérgicos dentro do cérebro da galinha. Alguns desses neurônios têm locais claros enquanto outros estão mais espalhados. Os pesquisadores notaram que as semelhanças nesses neurônios podem indicar origens compartilhadas. Ao comparar como esses neurônios estão distribuídos, eles ganharam insights sobre a relação evolutiva entre essas espécies.

Caracterizando Neurônios Glutamatérgicos

A pesquisa também focou nos neurônios glutamatérgicos, que desempenham papéis cruciais na sinalização em todo o cérebro. Os resultados mostraram que esses neurônios têm muitas subclasses, com algumas características compartilhadas entre os cérebros avianos e mamíferos. Essa classificação tem implicações para entender como certas funções cerebrais se desenvolveram e como podem diferir entre espécies.

Ligação Entre Neurônios Excitatórios e Estruturas Mamíferas

Tipos específicos de neurônios glutamatérgicos em galinhas foram encontrados com fortes semelhanças aos do hipocampo mamífero. O hipocampo é crucial para a memória e navegação espacial. Isso leva os pesquisadores a acreditar que certas estruturas cerebrais-chave podem ter sido preservadas através da evolução, sugerindo uma ancestralidade compartilhada entre essas espécies.

Entendendo o Mesopallium

O mesopallium, uma parte do cérebro das aves, foi ligado a estruturas em mamíferos. O estudo mostrou que certos tipos de neurônios dessa região compartilham características com tipos de células no isocórtex mamífero, que está envolvido em várias funções de ordem superior.

Análise Comparativa das Células Mesopalliais

Os dados indicaram que o mesopallium contém vários tipos de células que divergem de seus equivalentes mamíferos. Alguns desses tipos de células se assemelham a neurônios encontrados em diferentes áreas do cérebro mamífero, incluindo o claustrum. Isso adiciona à complexidade de entender como essas estruturas cerebrais evoluíram entre os amniotas.

A Conexão Nidopallium e Hyperpallium

Um foco chave do estudo foi a semelhança entre o nidopallium e o hyperpallium nas aves. Essas áreas eram tradicionalmente pensadas como tendo funções distintas, mas descobertas indicaram uma sobreposição significativa em sua composição celular. Ao analisar a expressão de genes específicos, os pesquisadores apontaram que essas camadas podem não ser tão diferentes quanto se pensava antes.

Examinando Desenvolvimento e Expressão

A pesquisa descobriu que muitas das semelhanças podem surgir não apenas de funções compartilhadas, mas também da organização estrutural das células nessas regiões. Os padrões gerais vistos em aves adultas foram rastreados de volta a estágios de desenvolvimento, sugerindo que fatores que contribuem para esses padrões podem ter se estabelecido cedo.

Relações Evolutivas Entre Amniotas

O estudo concluiu com observações importantes sobre os links evolutivos entre várias espécies de amniotas. As descobertas destacaram que, embora certos tipos de células possam ser semelhantes, seus papéis e conexões podem ser bem diferentes. Essa complexidade reforça a ideia de que a evolução do cérebro aviano não é um caminho direto, mas sim uma teia de interações moldadas por várias pressões ambientais e desenvolvimentais.

Conclusão: Implicações dos Resultados

Os resultados dessa pesquisa fornecem uma visão abrangente de como os tipos de células no pallium da galinha se relacionam com os de camundongos e répteis. As semelhanças significativas em certos tipos de neurônios entre as espécies sugerem histórias evolutivas e adaptações compartilhadas. Esse trabalho estabelece as bases para mais estudos sobre a evolução dos cérebros avianos e mamíferos, destacando a necessidade de mais exploração de como estruturas e funções cerebrais diversas emergiram ao longo do tempo.

As descobertas também incentivam uma reavaliação dos modelos atuais de evolução cerebral, sugerindo uma compreensão mais sutil de como estruturas semelhantes podem surgir em diferentes espécies. A pesquisa contínua será vital para desvendar essas complexidades e entender a dinâmica evolutiva em jogo nos cérebros dos amniotas.

Fonte original

Título: Developmental origins and evolution of pallial cell types and structures in birds

Resumo: The advanced cognitive abilities of birds rival those of mammals and have been attributed to evolutionary innovations in the pallium. However, a comprehensive cellular characterization of this brain region in birds has been lacking. We scrutinized the structures, cell types and evolutionary origins of the avian pallium based on single-cell and spatial transcriptomics atlases for the adult and developing chicken, and comparisons to corresponding data from mammals and non-avian reptiles. We found that the avian pallium shares most inhibitory neuron types with other amniotes. While excitatory neuron repertoires in the (medial) hippocampal formation show high conservation, they substantially diverged in other pallial regions during avian evolution, defining novel structures like the avian-specific (dorsal) hyperpallium, whose neuronal gene expression identities partly converge during late development with those of the (ventral) nidopallium. Our work also unveils the evolutionary relationships of pallial structures across amniotes, like the previously unknown homology between avian (lateral) mesopallial and mammalian deep layer cortical neurons. One-Sentence SummaryAn avian neural cell type atlas illuminates the developmental origins and evolution of the amniote pallium.

Autores: Bastienne Zaremba, A. Fallahshahroudi, C. Schneider, J. Schmidt, I. Sarropoulos, E. Leushkin, B. Berki, E. Van Poucke, P. Jensen, R. Senovilla-Ganzo, F. Hervas-Sotomayor, N. Trost, F. Lamanna, M. Sepp, F. Garcia-Moreno, H. Kaessmann

Última atualização: 2024-04-30 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.30.591857

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.30.591857.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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