Colóides Ativos Desafiam a Gravidade: Escalando Paredes Verticais
Colóides ativos conseguem escalar paredes, trazendo novas ideias para aplicações em microfluídica.
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Índice
Colóides Ativos são partículas minúsculas que conseguem se mover sozinhas. Esse movimento geralmente é impulsionado por reações químicas ao redor delas. Um estudo recente investigou como essas partículas ativas conseguem escalar uma parede vertical, até mesmo contra a gravidade. Entender esse comportamento pode levar a usos práticos em várias áreas, como microfluídica.
O Que São Colóides Ativos?
Colóides ativos são pequenas partículas, como bolinhas ou gotículas, que têm a capacidade de se mover sem precisar de ajuda externa. Elas podem ser encontradas em várias formas, como bactérias, células ou partículas sintéticas especialmente projetadas. Essas partículas geram movimento através de reações químicas, tornando-as únicas na maneira como interagem com o ambiente.
O Desafio da Matéria Ativa
Um dos principais desafios ao trabalhar com matéria ativa é como aproveitar a energia produzida por essas partículas de forma eficaz. Muitas vezes, essa energia resulta em movimentos aleatórios que não fazem nada útil. Os cientistas estão interessados em entender melhor como controlar esse fluxo de energia para criar aplicações práticas.
Subindo a Parede
Quando colóides ativos são colocados perto de uma parede vertical, algo interessante acontece. Em vez de apenas se acomodar no fundo, essas partículas conseguem formar uma camada que sobe pela parede. Esse efeito é semelhante ao que acontece com líquidos na subida capilar, onde um líquido pode se mover para cima de uma superfície por conta da tensão superficial.
O Experimento
No estudo, os pesquisadores montaram um experimento com minúsculas microesferas Janus que pulavam devido às reações químicas ocorrendo ao seu redor. Eles colocaram essas partículas em um recipiente para que se acomodassem sob a influência da gravidade contra uma parede de vidro. O objetivo era ver como essas partículas se comportavam perto da parede e se elas formariam uma camada que se movia para cima.
Observações
Os pesquisadores descobriram que, à medida que a atividade das partículas aumentava, elas começaram a criar uma camada inesperada que grudava na parede. Essa camada era dinâmica, ou seja, mudava ao longo do tempo, e não era algo visto em sistemas passivos. As partículas conseguiam escalar a parede, resultando em um fluxo contínuo de partículas para cima.
O Papel da Parede
A parede teve um papel significativo nesse processo. Ela funcionou como uma bomba para as partículas ativas, permitindo que se movessem contra a força da gravidade. As partículas não estavam apenas grudando na parede; na verdade, estavam subindo ativamente graças à sua autopropulsão e às interações com a parede.
Entendendo as Forças em Jogo
O comportamento dos colóides ativos perto da parede pode ser atribuído a algumas forças-chave:
Aderência: A parede tinha um efeito pegajoso nas partículas, ajudando a mantê-las próximas e permitindo que subissem.
Alinhamento: A parede influenciou como as partículas se orientavam. Quando as partículas se alinhavam de certas maneiras, era mais provável que subissem.
Aprimoramento da Polaridade: A direção que as partículas estavam viradas também importava. Quando estavam voltadas para cima, conseguiam resistir melhor à gravidade.
Movimento Coletivo de Partículas
Enquanto partículas individuais conseguiam escalar, o estudo também observou que elas formavam aglomerados ou "trens" enquanto se moviam. Esse agrupamento permitiu que mantivessem o movimento para cima e criou um padrão que lembrava um comportamento coletivo em vez de movimento isolado.
Tempo de Detenção
Um fator importante nesse comportamento de subida foi quanto tempo uma partícula permaneceu perto da parede. Os pesquisadores mediram quanto tempo cada partícula ficou na camada de adsorção e descobriram que certos fatores, como a força adesiva da parede, influenciavam bastante esse tempo.
Implicações do Estudo
Os resultados desse estudo têm implicações mais amplas. Eles mostram que paredes podem agir como bombas eficazes para partículas ativas, possibilitando novas formas de aproveitar a energia gerada por esses colóides. Esse conhecimento pode ajudar a projetar sistemas microfluídicos ativos, onde configurações simples envolvendo paredes e gravidade criam fluxos úteis.
Conclusão
A capacidade dos colóides ativos de subir por uma parede vertical destaca como essas partículas conseguem se mover além dos comportamentos típicos observados em sistemas passivos. O estudo ressalta a importância das interações com a parede, adesão e alinhamento em promover esse movimento para cima. No geral, essas descobertas abrem caminho para novas aplicações em ciência e tecnologia ao explorar os comportamentos únicos da matéria ativa.
Título: How to steer active colloids up a vertical wall
Resumo: An important challenge in active matter lies in harnessing useful global work from entities that produce work locally, e.g., via self-propulsion. We investigate here the active matter version of a classical capillary rise effect, by considering a non-phase separated sediment of self-propelled Janus colloids in contact with a vertical wall. We provide experimental evidence of an unexpected and dynamic adsorption layer at the wall. Additionally, we develop a complementary numerical model that recapitulates the experimental observations. We show that an adhesive and aligning wall enhances the pre-existing polarity heterogeneity within the bulk, enabling polar active particles to climb up a wall against gravity, effectively powering a global flux. Such steady-state flux has no equivalent in a passive wetting layer.
Autores: Adérito Fins Carreira, Adam Wysocki, Christophe Ybert, Mathieu Leocmach, Heiko Rieger, Cécile Cottin-Bizonne
Última atualização: 2023-07-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.02810
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.02810
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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