Novo método avança na medição do tamanho de proteínas
A Microscopia Dinâmica Diferencial traz uma nova maneira de estudar proteínas.
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Índice
- O que é Dispersão de Luz Dinâmica (DLS)?
- O Novo Método: Microscopia Dinâmica Diferencial (DDM)
- Vantagens do DDM Sobre o DLS
- Como o DDM Funciona
- Experimentação com DDM
- Resultados do Uso do DDM
- Como o DDM Mede o Tamanho
- DDM e Interações Entre Moléculas
- Desafios e Considerações
- Uma Gama Mais Ampla de Aplicações
- Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
Os cientistas estão sempre em busca de maneiras de estudar proteínas de forma mais eficiente. As proteínas são blocos de construção importantes da vida, e saber o tamanho delas pode nos ensinar muito sobre como funcionam. Um método que já é usado há mais de cinquenta anos para medir o tamanho das proteínas e outras partículas pequenas se chama Dispersão de Luz Dinâmica (DLS). Recentemente, pesquisadores apresentaram um novo método chamado Microscopia Dinâmica Diferencial (DDM), que utiliza um microscópio comum para alcançar resultados semelhantes.
O que é Dispersão de Luz Dinâmica (DLS)?
DLS é uma técnica que brilha uma luz laser em uma amostra, e os pesquisadores medem como a luz reflete nas partículas da amostra. À medida que as partículas se movem, elas fazem a intensidade da luz dispersa mudar com o tempo. Analisando essas mudanças, os cientistas conseguem determinar quão rápido as partículas estão se movendo, o que ajuda a calcular o tamanho delas.
DLS tem sido uma escolha popular em muitos laboratórios porque é sensível e pode medir uma ampla gama de tamanhos de partículas, desde moléculas pequenas até estruturas maiores. No entanto, existem desafios. DLS precisa de amostras muito limpas e é afetada por impurezas. Ela também tem dificuldades com amostras turvas ou nebulosas, onde a luz não passa bem.
O Novo Método: Microscopia Dinâmica Diferencial (DDM)
DDM é uma abordagem mais nova que usa um microscópio óptico comum para capturar partículas em movimento. Funciona de maneira semelhante ao DLS, mas tem algumas vantagens. DDM consegue lidar com condições menos limpas e é menos sensível às impurezas. Isso facilita o estudo de uma variedade maior de amostras sem precisar de tanta limpeza.
DDM captura uma série de imagens de uma amostra ao longo do tempo. Comparando essas imagens, os cientistas podem entender como as partículas estão se movendo e usar essa informação para determinar o tamanho delas. DDM também permite o estudo de amostras mais complexas, o que é benéfico em muitas áreas de pesquisa.
Vantagens do DDM Sobre o DLS
- Menos Exigências de Amostras: DDM consegue trabalhar com amostras que podem não ser perfeitamente limpas.
- Ampla Gama de Medições: DDM pode analisar amostras que são um pouco turvas, o que o DLS pode não conseguir fazer bem.
- Técnica Adaptável: Pesquisadores podem usar diferentes tipos de técnicas de microscopia dentro do DDM para obter mais informações sobre a amostra.
Como o DDM Funciona
No DDM, imagens são tiradas rapidamente e depois comparadas para identificar diferenças ao longo do tempo. A ideia principal é rastrear como a amostra muda conforme as partículas se movem. A técnica utiliza uma abordagem matemática semelhante à do DLS para derivar o tamanho das partículas em movimento a partir dessas mudanças de imagem.
Durante o processo de DDM, uma série de imagens em campo claro é capturada. Depois, as mudanças entre essas imagens são analisadas. Isso é feito de forma sistemática para gerar dados que podem revelar quão grandes são as partículas e como elas se comportam na solução.
Experimentação com DDM
Em um estudo recente utilizando o DDM, os cientistas analisaram três tipos de proteínas: Albumina de Soro Bovino (BSA), Lisozima e Pepsina. Essas proteínas foram colocadas em soluções aquosas em diferentes concentrações. Antes da medição, as soluções foram filtradas para remover qualquer partícula indesejada.
Os pesquisadores usaram um microscópio padrão e capturaram imagens das proteínas em várias diluições. Todas as medições foram feitas à temperatura ambiente. Para garantir que os resultados do DDM fossem precisos, medições paralelas foram realizadas usando o DLS tradicional para comparar os achados.
Resultados do Uso do DDM
Os resultados mostraram que o DDM conseguiu medir com precisão os tamanhos das proteínas em suas soluções diluídas. Para o BSA, os pesquisadores notaram que podiam medir concentrações tão baixas quanto 1 mg/mL, que é um nível significativo para estudos de proteínas. A proteína menor detectada foi a Lisozima, que tinha um tamanho de cerca de 2 nm de raio. Isso é muito melhor do que os métodos anteriores, mostrando que o DDM pode ultrapassar os limites do dimensionamento das proteínas.
Como o DDM Mede o Tamanho
No estudo, os resultados confirmaram que o DDM poderia fornecer medições de tamanho confiáveis para proteínas pequenas. A equipe de pesquisa observou como as proteínas se comportavam em várias concentrações. Para o BSA, a equipe descobriu que a taxa de difusão aumentava com a concentração, que é um comportamento normal para proteínas em solução.
DDM e Interações Entre Moléculas
Um aspecto importante que o DDM pode ajudar a revelar é como as proteínas interagem entre si na solução. Analisando a dependência da intensidade da dispersão em relação à concentração, os pesquisadores podem ganhar insights sobre como as proteínas afetam o movimento umas das outras. Essa compreensão pode ajudar a explorar interações proteicas, que são cruciais em muitos processos biológicos.
Desafios e Considerações
Embora o DDM mostre promessas, há desafios a serem considerados. A precisão pode ser afetada pela concentração das amostras. Se a amostra for muito densa, pode levar a efeitos de múltipla dispersão, o que complica a análise. Portanto, o DDM funciona melhor com soluções diluídas.
Os cientistas costumam usar um método chamado séries de diluição. Isso significa que eles pegam uma amostra concentrada, a diluem em etapas, e depois realizam as medições nessas amostras diluídas para garantir que os resultados sejam consistentes. Isso ajuda a confirmar que as medições são confiáveis.
Uma Gama Mais Ampla de Aplicações
O DDM não é apenas limitado a proteínas. Ele pode ser adaptado para estudar diferentes tipos de suspensões coloidais e outras partículas pequenas em vários campos, como biologia, química e ciência dos materiais. A flexibilidade de usar um microscópio convencional abre portas para muitos tipos de estudos que eram desafiadores com técnicas tradicionais.
Direções Futuras
Olhando para o futuro, o DDM tem um grande potencial para desenvolvimentos futuros. Com os avanços na tecnologia de microscópio e câmeras melhores, a sensibilidade do DDM pode ser aprimorada. Isso significa que os pesquisadores poderiam medir proteínas ainda menores ou concentrações mais baixas do que as atualmente possíveis.
Os pesquisadores também estão buscando maneiras de calibrar melhor as medições do DDM. Isso ajudará a tornar a técnica mais robusta e permitirá que os cientistas extraiam mais informações sobre as amostras que estão estudando.
Conclusão
Resumindo, o DDM representa uma alternativa promissora aos métodos tradicionais como o DLS para medir tamanhos de proteínas. Ele oferece muitos benefícios, como lidar com condições menos limpas e a capacidade de analisar uma gama mais ampla de amostras. Os experimentos recentes com proteínas mostram que o DDM pode medir efetivamente partículas pequenas em solução.
À medida que os cientistas continuam a aprimorar este método e explorar suas aplicações, o DDM pode se tornar uma ferramenta padrão em laboratórios que estudam proteínas e outros fluidos complexos. A pesquisa contínua pode levar a uma compreensão mais profunda das proteínas e suas interações, o que, em última análise, contribuirá para avanços na biologia, medicina e além.
Título: Protein sizing with Differential Dynamic Microscopy
Resumo: Introduced more than fifty years ago, dynamic light scattering is routinely used to determine the size distribution of colloidal suspensions, as well as of macromolecules in solution, such as proteins, nucleic acids, and their complexes. More recently, differential dynamic microscopy has been proposed as a way to perform dynamic light scattering experiments with a microscope, with much less stringent constraints in terms of cleanliness of the optical surfaces, but a potentially lower sensitivity due to the use of camera-based detectors. In this work, we push bright-field differential dynamic microscopy beyond known limits and show it to be sufficiently sensitive to size small macromolecules in diluted solutions. By considering solutions of three different proteins (Bovine Serum Albumin, Lysozyme, and Pepsin), we accurately determine the diffusion coefficient and hydrodynamic radius of both single proteins and small protein aggregates down to concentrations of a few milligrams per milliliter. In addition, we present preliminary results showing unexplored potential for the determination of virial coefficients. Our results are in excellent agreement with the ones obtained in parallel with a state-of-the-art commercial dynamic light scattering setup, showing that differential dynamic microscopy represents a valuable alternative for rapid, label-free protein sizing with an optical microscope.
Autores: Chiara Guidolin, Christopher Heim, Nathan B P Adams, Philipp Baaske, Valeria Rondelli, Roberto Cerbino, Fabio Giavazzi
Última atualização: 2023-07-24 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.12608
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.12608
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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