Como Nossos Corpos Afetam os Processos de Tomada de Decisão
Pesquisas mostram as maneiras inesperadas que nossos corpos influenciam as escolhas.
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Índice
Tomar Decisões é uma parte chave de como pensamos e agimos. Quando estamos diante de Escolhas, avaliamos as opções e escolhemos aquela que parece levar a um resultado melhor. Esse processo geralmente parece vir do nosso próprio controle, sem influências externas. No entanto, novas pesquisas mostram que escolhas básicas também podem ser afetadas pela nossa composição física, principalmente como nos movemos ou percebemos as coisas ao nosso redor.
Como Nossos Corpos Influenciam Decisões
Estudos recentes sugerem que aspectos dos nossos corpos, como como usamos as mãos ou como ouvimos, podem impactar como tomamos decisões. Por exemplo, a maneira como decidimos qual mão usar para uma tarefa pode refletir nossa Lateralidade-se somos destros ou canhotos. Esse estudo analisou de perto como a lateralidade afeta nossas escolhas, especialmente em tarefas simples que envolvem movimentos básicos.
A pesquisa também investigou como nossos ouvidos podem influenciar decisões em tarefas relacionadas ao som. Estudos mostram que, quando as pessoas ouvem sons, elas geralmente reagem melhor ao que ouvem em um ouvido em comparação com o outro. Isso é chamado de "vantagem do ouvido direito", especialmente em relação ao processamento de palavras.
O Experimento
Neste estudo, alunos de pós-graduação participaram de uma tarefa onde precisavam ouvir sons de cliques tocados através de fones de ouvido. Eles foram solicitados a decidir de qual ouvido ouviram mais cliques, pressionando uma tecla com a mão correspondente. Os pesquisadores mudaram as regras no meio da tarefa para ver se as escolhas dos Participantes mudavam com diferentes atribuições de teclas.
Participantes
Cinquenta e quatro alunos de graduação entre 18 e 21 anos participaram do estudo. Todos estavam saudáveis e tinham audição normal. Cada participante deu seu consentimento para entrar no estudo e recebeu créditos na faculdade pela participação.
Configuração
Os participantes sentaram-se em frente a uma tela e usaram fones de ouvido que tocavam sons de cliques. Eles tinham as mãos posicionadas sobre duas teclas de um teclado. Inicialmente, pressionavam uma tecla à esquerda se achassem que ouviram mais cliques no ouvido esquerdo e pressionavam a tecla à direita para o ouvido direito. Depois de um conjunto de tentativas, as instruções foram invertidas para testar os efeitos da nova configuração.
Tomando Decisões
O objetivo principal era ver como os participantes reagiam quando podiam escolher livremente, sem sons guiando. Em alguns casos, não havia cliques, e os participantes eram solicitados a pressionar qualquer tecla. Os pesquisadores queriam descobrir se a lateralidade influenciava suas decisões quando não havia sons externos para guiá-los.
Testes de Livre Escolha
Durante as tentativas sem som, os participantes mostraram uma tendência a escolher a tecla da direita com mais frequência. Isso significa que suas decisões foram provavelmente influenciadas pela lateralidade; alunos destros escolhiam a tecla da direita, enquanto os canhotos preferiam a tecla da esquerda.
Testes de Audição
Quando os sons foram introduzidos, os participantes tiveram que basear suas escolhas nos cliques que ouviam. Os resultados mostraram que, no geral, eles respondiam mais rápido e com mais precisão quando percebiam uma diferença maior entre o número de cliques em seus ouvidos. Isso sugere que quanto mais informações eles tinham, mais rápido conseguiam tomar uma decisão.
O Papel da Lateralidade
Curiosamente, a lateralidade teve um impacto notável quando os participantes fizeram escolhas livres. Alunos destros frequentemente tendiam a escolher a tecla da direita, enquanto alunos canhotos favoreciam a esquerda. Essa descoberta mostra que até movimentos simples, como pressionar uma tecla com um dedo, podem ser influenciados se a pessoa é canhota ou destra.
No entanto, quando as escolhas eram baseadas em sons, a influência da lateralidade diminuía. O estudo não encontrou diferenças significativas nas escolhas baseadas na lateralidade quando os participantes tomaram decisões guiadas apenas por informações auditivas. Isso indica que quando informações sensoriais conduzem a tomada de decisão, outros fatores podem ter prioridade sobre a lateralidade.
A Vantagem Auditiva
Nas tarefas de audição, os participantes mostraram uma preferência por sons apresentados ao ouvido direito. Quando as atribuições das teclas foram trocadas, suas escolhas alinharam-se com essa vantagem do ouvido direito. Isso significa que, quando percebiam evidências auditivas, isso impactava seu processo de tomada de decisão, sugerindo que a informação auditiva é processada de maneira diferente dependendo de qual ouvido a recebe.
Vantagem do Ouvido Direito Explicada
Pesquisas mostraram que as pessoas tendem a identificar palavras ou sons melhor quando vêm ao ouvido direito do que ao esquerdo. Isso está provavelmente ligado a como nossos cérebros estão conectados para processar linguagem e sons. Neste estudo, mesmo que os sons fossem cliques simples e não palavras, os participantes ainda mostraram uma preferência significativa por sons vindos do ouvido direito.
Conclusão
Os achados deste estudo demonstram que tomar decisões não é apenas um processo mental, mas também é influenciado pelo nosso corpo e sistemas sensoriais. A lateralidade desempenha um papel chave em escolhas simples, enquanto os sistemas Auditivos podem influenciar decisões com base nos sons que ouvimos.
Essa pesquisa desafia visões tradicionais que pensam na tomada de decisão como puramente cognitiva e mostra que nossos atributos físicos, como lateralidade e processamento auditivo, moldam como fazemos escolhas. Os resultados destacam a importância de considerar tanto nossos estados cognitivos quanto físicos para entender como percebemos e decidimos em várias tarefas.
Título: Sensorimotor faculties bias perceptual decision-making
Resumo: Decision-making is a deliberate process that seemingly evolves under our own volition. Yet, research on embodied cognition has demonstrated that higher-order cognitive processes may be influenced, in unexpected ways, by properties of motor and sensory systems. Here we tested whether and how simple decisions are influenced by handedness and by asymmetries in the auditory system. Right- and left-handed participants performed an auditory decision task. In the task, subjects decided whether they heard more click sounds in the right ear or in the left ear, and pressed a key with either their right or left index finger, according to an instructed stimulus-key assignment (congruent or reversed). On some trials, there was no stimulus and subjects could choose either of the responses freely. When subjects chose freely, their choices were substantially governed by their handedness: Left-handed subjects were significantly biased to make the leftward choice, whereas right-handed subjects showed a substantial rightward bias. When the choice was governed by the sensory stimulus, subjects showed a rightward choice bias under the congruent key assignment, but this effect reversed to a leftward choice bias under the reversed key assignment. This result indicates a bias towards deciding that there were more clicks presented to the right ear. Together, our findings demonstrate that human choices can be considerably influenced by properties of motor and sensory systems.
Autores: Jan Kubanek, R. Abrams, L. Snyder
Última atualização: 2024-05-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.14.594024
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.14.594024.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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