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Malária na Etiópia: Uma Ameaça Persistente

A malária continua sendo um risco à saúde na Etiópia, especialmente para as crianças pequenas.

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O Desafio da Malária naO Desafio da Malária naEtiópiaurgente e estratégias bem focadas.Combater a malária precisa de atenção
Índice

A malária é uma doença séria que pode levar a problemas de saúde e até à morte. Ela tá em várias partes do mundo, principalmente na África. Em 2018, rolou cerca de 228 milhões de casos reportados em 87 países. A área mais afetada é a África subsaariana, onde muita gente é impactada. Nos últimos anos, as tentativas de reduzir a malária mostraram alguns resultados. Mas, o número de casos subiu pra 247 milhões em 2021, de 245 milhões em 2020. Embora os casos e mortes tenham diminuído ao longo dos anos, um pequeno aumento em casos e mortes ainda faz da malária um grande problema de saúde, atingindo quase metade da população mundial.

Causas da Malária

A malária é causada por cinco tipos de parasitas conhecidos como Plasmodium. Esses são P. Falciparum, P. Vivax, P. ovale, P. malariae, e P. knowlesi. Os dois primeiros, P. falciparum e P. vivax, estão por todo o mundo. Na África, o P. falciparum é mais comum, enquanto o P. vivax é mais encontrado na Ásia. Na Etiópia, os dois tipos de malária são preocupações de saúde importantes. Apesar de tentativas de controlar a doença desde os anos 50, a malária ainda representa uma ameaça séria.

Malária na Etiópia

Na Etiópia, a malária é geralmente sazonal e varia de lugar pra lugar. Ela afeta cerca de dois terços do território, colocando mais de 60 milhões de pessoas em risco. O P. falciparum e o P. vivax correspondem a 60% e 40% dos casos no país, respectivamente. O P. falciparum é o tipo mais perigoso, causando doenças graves e mortes. Em 2019, foram quase 905 mil casos de malária reportados na Etiópia, a maior parte por causa do P. falciparum.

Pra combater a malária, a Etiópia tem implementado várias medidas de prevenção e controle. Isso inclui fornecer mosquiteiros tratados com inseticida que duram (LLINs) e pulverização residual interna. O aumento do acesso à saúde, diagnóstico rápido, tratamento em tempo hábil e monitoramento da doença também fazem parte da estratégia. O país oferece esses serviços de prevenção e controle da malária de graça. Atualmente, a Etiópia tá trabalhando em um programa que visa eliminar a malária até 2030.

Áreas e Design do Estudo

Esse estudo analisou quatro áreas específicas no sul da Etiópia. As regiões incluíram South Omo, Gamo, Wolaita e Hadiya. Dentre elas, vários distritos e unidades administrativas menores, chamados kebeles, foram selecionados com base nos relatórios de malária.

O estudo tinha como objetivo descobrir quão comum a malária é e quais fatores contribuem pra isso em diferentes comunidades. Os dados foram coletados de janeiro a junho de 2019 através de uma pesquisa comunitária. Os participantes eram pessoas que moravam nos kebeles escolhidos e que estavam lá há pelo menos seis meses.

Quem Foi Incluído no Estudo?

Todos os membros das famílias, independente da idade ou gênero, podiam participar. No entanto, aqueles que estavam recebendo tratamento para malária no momento da pesquisa e quem não quis participar foram excluídos.

Tamanho da Amostra e Seleção

Pra saber quantas pessoas incluir no estudo, foi usado um cálculo com base nas taxas de prevalência esperadas. Estimaram que cerca de 16% da população tinha malária, com uma margem de erro de 2,5%. Isso resultou em um total de 1.674 indivíduos. Os participantes foram escolhidos de famílias nas áreas do estudo usando um método de amostragem sistemática.

Coleta de Amostras de Sangue e Coleta de Dados

As amostras de sangue foram coletadas dos participantes usando lancetas limpas após obter o consentimento. A equipe médica treinada seguiu diretrizes adequadas pra garantir a segurança. As amostras coletadas foram examinadas em laboratórios locais pra verificar a presença de parasitas da malária.

Junto com as amostras de sangue, informações sobre o histórico de cada participante foram coletadas através de questionários. Isso incluiu perguntas sobre idade, gênero, educação e práticas relacionadas à prevenção da malária.

Garantindo a Qualidade dos Dados

Pra garantir que os dados coletados fossem precisos, várias medidas foram tomadas. Assistentes de campo receberam treinamento pra coletar informações adequadamente. As amostras de sangue foram avaliadas por técnicos de laboratório experientes, e todos os formulários foram checados por integridade e correção. Cada família também foi marcada usando GPS pra rastreamento preciso.

Variáveis-Chave no Estudo

O estudo mediu se a malária estava presente nas amostras de sangue. Além disso, vários fatores foram examinados, incluindo o material das casas, o uso de inseticidas, a posse de mosquiteiros e a presença de locais de reprodução de mosquitos. Informações sobre características individuais, como idade e sintomas de Febre, também foram registradas.

Analisando os Dados

Os dados coletados foram analisados usando software estatístico. Estatísticas básicas foram usadas pra identificar a frequência de várias características. Análises mais detalhadas examinaram a relação entre infecções por malária e os fatores coletados dos participantes.

Ética do Estudo

A pesquisa foi aprovada por um comitê de ética. Os pesquisadores obtiveram permissão de autoridades de saúde e se certificarão de que os participantes entenderam o propósito do estudo. Cuidados especiais foram tomados pra tratar quaisquer participantes que testaram positivo para malária sem custo.

Histórico dos Participantes

Dos 1.674 participantes, tinham mais mulheres (54,5%) do que homens (44,1%). A distribuição por idade mostrou que crianças menores de cinco anos representaram 20,4% dos participantes, enquanto aqueles com idade entre cinco e quatorze constituíram 31,7%. Um número significativo de participantes não apresentou sintomas de malária.

Resultados da Prevalência da Malária

O estudo descobriu que 4,5% dos participantes testaram positivo pra malária. A maior prevalência foi vista no kebele Bashilo, onde 14,6% dos participantes estavam infectados. Outras áreas, como Mehal Korga, também tiveram casos notáveis. Nenhuma infecção por malária foi encontrada no kebele Gocho Hambisa.

Tipos de Malária Detectados

Entre os casos positivos, o P. falciparum foi o tipo mais comum, correspondendo a 65,8% das infecções. O P. vivax representou 18,4%, enquanto infecções mistas dos dois tipos foram encontradas em 15,8% dos casos. As taxas mais altas de P. falciparum foram também identificadas em Bashilo.

Impacto da Idade e Gênero

O estudo revelou que os homens tiveram uma taxa de infecção ligeiramente mais alta do que as mulheres. A maior prevalência foi encontrada entre crianças menores de cinco anos. Esse grupo etário teve uma taxa de infecção de 7,8% comparado a 1,1% em quem tinha mais de quatorze. Crianças em idade escolar também tiveram um número significativo de casos de malária.

Fatores de Risco para Malária

Vários fatores foram investigados pra ver como eles se relacionavam com infecções por malária. Isso incluiu:

  • Idade dos participantes
  • Presença de febre durante a pesquisa
  • Estado civil
  • Uso de LLINs
  • Pulverização recente de inseticidas
  • Condições de moradia
  • Proximidade a locais de reprodução

Dentre esses, idade mais jovem, ter febre, não usar LLINs, e morar perto de locais de reprodução de mosquitos estavam ligados a um risco maior de malária.

Conclusão

A malária continua sendo um problema crítico de saúde na Etiópia, com prevalência variando entre diferentes áreas. Crianças mais novas, especificamente as menores de cinco anos, estão em maior risco de infecção. As descobertas destacam a importância de focar nessas crianças e nos casos assintomáticos ao planejar intervenções de saúde. Ao abordar esses grupos vulneráveis e enfatizar estratégias de prevenção, a carga da malária pode ser reduzida, salvando vidas na região.

Fonte original

Título: Prevalence of plasmodium infection and associated risk factors among household members in Southern Ethiopia: Mult-site cross-sectional study

Resumo: Despite continuous prevention and control strategies in place, malaria remains a major public health problem in sub-Saharan Africa including Ethiopia. This study is, therefore, aimed to determine the prevalence of plasmodium infection and associated risk factors in selected rural kebeles in southern Ethiopia. A community-based cross-sectional study was conducted between January and June 2019. Mult-stage sampling techniques were employed to select the study districts and kebeles from four zones. Blood sample were taken from 1674 participants by finger prick and thin and thick smears were examined by microscopy. Socio-demographic data as well as risk factors for malaria infection were collected using questionnaires. Bivariate and multivariate logistic regressions were used to analyze the data. The overall prevalence of malaria in the study localities was 4.5% (76/1674). The prevalence was varied among the study localities with high prevalence in Bashilo (14.6%; 33/226) followed by Mehal Korga (12.1%; 26/214). Plasmodium falciparum was the dominant parasite accounted for 65.8% (50/76), while P. vivax accounted 18.4% (14/76). Co-infection of P. falciparum and P. vivax was 15.8% (12/76). The prevalence of malaria was 7.8% (27/346) in age less than 5 years and 7.5% (40/531) in 5-14 years. The age groups >14years were less likely infected with plasmodium parasite (AOR=0.14, 95% CI 0.02-0.82). Asymptomatic individuals more likely had malaria infection (AOR = 28.4, 95% CI 011.4-70.6). Individuals living proximity to mosquito breeding sites have higher malaria infection (AOR = 6.17, 95% CI 2.66 - 14.3). Malaria remains a public health problem in the study localities with lower age group and asymptomatic individuals had higher plasmodium infection. Thus, malaria prevention and control strategies targeting children and asymptomatic cases are crucial to reduce malaria related morbidity and mortality.

Autores: Teklu Wegayehu, G. Yutura, F. Massebo, N. Eligo, A. Kochora

Última atualização: 2023-11-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.22.23298901

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.22.23298901.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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